O Copa do Mundo no Brasil mostrou, entre
outras coisas, a divisão de renda dentro dos estádios que
"embranqueceu" diante das inúmeras câmeras projetando imagens para o
mundo inteiro e, o mais importante, mostrou
como a classe média provinciana torce: "se ganhar, sou brasileiro",
ser perder "tenho vergonha e asco do meu país". Mas mostrou ainda o
quanto anda a hipocrisia nacional em torno de um esporte que é uma paixão para
muitos e um mero oportunismo para uma minoria rasteira.
Políticos que sempre foram contrários à organização do evento, vestiram camisas e fizeram questão de tirarem fotografias se posando como "aficionados torcedores". Tudo para aparecer para o seu eleitorado. Agora, com a derrota histórica, os mesmos fazem questão de desvencilhar da "peste Felipão & cia." como se desejassem culpabiliza-los por todas as mazelas dos últimos tempos.
Ainda é possível de se ver alguns sociólogos e afins de plantão que tiveram a cara de pau de dizer que a "derrota histórica" do Brasil levaria a um maior "nível de consciência da população", ou seja, como se isto representasse alguma ligação direta em participação política consciente e resultados de jogos de futebol. Se fosse assim, os torcedores mais conscientes do mundo seriam os flamenguistas, de tantos são os sofrimentos passados com campanhas sofridas do clube da Gávea nos últimos tempos!
Sem mencionar que na lógica do torcedor quadrienal (de Copa em Copa a cada quatro anos) o qual contabiliza toda a derrota brasileira para os alemães como sendo culpa da presidenta Dilma, que escalou o Bernard e deixou o meio de campo canarinho com aparência do semi-árido nordestino. Claro, se o país tivesse chegado a final e conquistado o hexa, tudo estaria comprado para a reeleição da presidenta.
Assim, funciona lógica da Copa do Mundo à brasileira, para todo o mundo, um dos melhores eventos do setor de muitos anos, mas internamente, para os setores da classe média, seria algo que deve ser "envergonhado". Bom mesmo, para eles, é acreditar que todo mundo é melhor, exceto nós, brasileiros, que diante da lógica, nascemos predestinados ao fracasso eterno. Melhor seria, sendo assim, vender todo o país e ir trabalhar de prostituta ou peão de obra em alguma periferia europeia. Logo, o orgasmo seria muito mais histridentemente “fashion”!
Nelson Rodrigues, nosso arauto da brasilidade, sempre tem razão: o complexo de vira-latas imposto pelas elites é algo desgraçadamente atávico nos sentimentos brasileiros.
Políticos que sempre foram contrários à organização do evento, vestiram camisas e fizeram questão de tirarem fotografias se posando como "aficionados torcedores". Tudo para aparecer para o seu eleitorado. Agora, com a derrota histórica, os mesmos fazem questão de desvencilhar da "peste Felipão & cia." como se desejassem culpabiliza-los por todas as mazelas dos últimos tempos.
Ainda é possível de se ver alguns sociólogos e afins de plantão que tiveram a cara de pau de dizer que a "derrota histórica" do Brasil levaria a um maior "nível de consciência da população", ou seja, como se isto representasse alguma ligação direta em participação política consciente e resultados de jogos de futebol. Se fosse assim, os torcedores mais conscientes do mundo seriam os flamenguistas, de tantos são os sofrimentos passados com campanhas sofridas do clube da Gávea nos últimos tempos!
Sem mencionar que na lógica do torcedor quadrienal (de Copa em Copa a cada quatro anos) o qual contabiliza toda a derrota brasileira para os alemães como sendo culpa da presidenta Dilma, que escalou o Bernard e deixou o meio de campo canarinho com aparência do semi-árido nordestino. Claro, se o país tivesse chegado a final e conquistado o hexa, tudo estaria comprado para a reeleição da presidenta.
Assim, funciona lógica da Copa do Mundo à brasileira, para todo o mundo, um dos melhores eventos do setor de muitos anos, mas internamente, para os setores da classe média, seria algo que deve ser "envergonhado". Bom mesmo, para eles, é acreditar que todo mundo é melhor, exceto nós, brasileiros, que diante da lógica, nascemos predestinados ao fracasso eterno. Melhor seria, sendo assim, vender todo o país e ir trabalhar de prostituta ou peão de obra em alguma periferia europeia. Logo, o orgasmo seria muito mais histridentemente “fashion”!
Nelson Rodrigues, nosso arauto da brasilidade, sempre tem razão: o complexo de vira-latas imposto pelas elites é algo desgraçadamente atávico nos sentimentos brasileiros.
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