sexta-feira, 11 de julho de 2014
7 x 1: e daí?... Foi apenas uma partida de futebol.
A histórica derrota do Brasil nas semifinais da Copa do Mundo fez ressaltar as bobagens que muitos urubus de plantão tentam estender o lastro de uma mera partida de futebol, por sinal, complemente atípica, como se fosse uma "tragédia nacional". Os arautos do apocalipse verde-amarelo querem dar entender que após o fatídico 7 a 1 histórico contra o Brasil, o país entrará em trevas absolutas.
Diante desta retórica do catastrofismo, a derrota para o selecionado alemão traria uma "revolução cívica nacional". Que de uma hora para outra, a população que sempre apoiou a Seleção de Felipão desde o jogo contra a Croácia, na primeira fase da competição, se sentiriam "traída" e iria partir para uma guerra contra alguma coisa... Qualquer coisa serviria!...
Na prática, o evento da Copa transcorreu com tranquilidade e uma desclassificação brasileira não inviabiliza isto! Achar que de antemão o país já tinha "garantido o caneco", pois teria sido "comprado" e agora, com a perda da possibilidade de ir à final da Copa, o Governo Federal teria "vendido", é sinal de tosca e ridícula manipulação de informações. Haja insanidades destes urubus!
7 a 1! Sim, foi vexatório, mas foi apenas uma partida de futebol. Sim, se houver mudanças, deverá ser feitas dentro do âmbito do futebol, expulsando os abutres que parasitam a CBF e as federações de futebol regionais. Nada, além disto, nada além mesmo! Logo, todos os “torcedores quadrienais” de futebol irão esquecer e nem mais se lembrarão com quem o Brasil jogou, assim como nas Copas anteriores que o Brasil não foi campeão. Alguém se lembra contra quem o Brasil foi desclassificado em 1982, 1986, 1990, 1998, 2006 e 2010, para citar eventos da Copa mais recentes? Logo, não vamos exagerar na dose do catastrofismo!
Uma boa (e significativa) parte das pessoas sequer gosta ou entende de futebol, pois a “Copa do Mundo” se tornou no maior evento midiático do planeta por mero impulso comercial. Não faz sentido a comoção nacional de um esporte que as pessoas sequer sabem a diferença entre uma cobrança de escanteio ou de um lateral. Não tem lógica! Além da massificação do consumismo, há a exacerbação de um sentido "patriótico" que beira a histeria e que dura até a participação do selecionado brasileiro na maior das competições organizadas pela FIFA.
Logo, os tais "envergonhados" quee surgiram após o termino da partida entre Brasil e Alemanha teriam vergonha do quê? De algo que sequer sabem do que estão vendo? O futebol é apenas um esporte, popular, grandioso, mas que não se pode achar que dele teremos resposta para tudo: seja para o bem, seja para o mal. Não nos podemos "apequenar" diante de uma construção tão ínfima do tecido social. Nossos problemas vão bem além do que o placar dos 7 a 1 "ensacolado" pelos germânicos.
Que o esporte tem sua importância sociológica e cultural, isto é pertinente e reconhecido, o que não o faz resposta para todos os males ou benesses sociais. Todavia, fazer da pontual partida do Brasil contra a Alemanha um elemento para além do que ele realmente é, seria a tentativa oportunista de ampliar demasiadamente o "complexo de vira-latas" brasileiro. Tal proposta charlatã é, no mínimo, um posicionamento sensacionalista.
Socializar as consequências para todo o "planeta" Brasil é, no mínimo, um viés que beira a cretinice explícita. Em épocas eleitoreiras, tudo é usando de forma mais oportunista possível para angariar votos e promover a desinformação.
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Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirExcelente! O "carente" povo brasileiro não deve fazer desse fiasco futebolístico mais um motivo para manifestações sem sentido teleguiados pelos urubus de plantão como diz o autor.
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