segunda-feira, 14 de julho de 2014

Começa a temporada oficial de propaganda eleitoral: na falta de melhores propostas, o apelo ao ódio "anti-petista" e a disputa de foices no escuro.




Irrigada por campanhas milionárias de recursos financeiros tão transparentes quanto às putrefatas águas do Rio Tietê, está aberta oficialmente a temporada de propaganda política após a ressaca da Copa do Mundo.

Assistiremos mais explicitamente uma disputa de foices no escuro com ataques infundados, mentiras desorientadoras e justificativas cada vez mais pífias. O PT irá se mostrar que sabe administrar melhor o grande capital e a direita, via PSDB, irá colocar toda da culpa das desgraças do mundo em cima da pessoa da presidenta Dilma, como vem fazendo já vem sendo feito tal "política da difamação". O restante será o debate político desértico, patético e que pouco contribuirá para a reflexão de nossas demandas.

A direita e todo seu cabedal político, sem proposta alguma de alternativa para o país e a extrema-esquerda também tampouco tem propostas factíveis, ambas as extremidades de juntam ironicamente para criar o "ódio" anti-petismo. O "ódio" da direito contra o PT tem sim sua fundamentação e não é à toa o desejo de falácias fartamente distribuída na sociedade, em particular, via metralhadora da grande mídia. A contaminação do ódio "anti-petista" é bem mais sintomático na classe média, por sinal, paradoxalmente, uma das grandes beneficiadas diretas pela política de consumismo dos governos Lula e Dilma.

Lamenta-se que o PT não dá de fato uma "guinada à esquerda", se limita a ser um gerenciador mais eficiente do grande capital e não rompe com este modelo neoliberal neodesenvolvimentista de vez e não assume algumas bandeiras históricas de aprofundamento da democracia, ampliação das reformas necessárias e redistribuição de riquezas.

Logo, vivemos um estranho paradoxo na atual política brasileira e que vem refletindo desde os paradoxais e genéricos protestos catárticos do ano passado. O PT faz uma política neoliberal bem ao gosto de políticas de direita aplicando benesses assistencialistas que agradam as bases da pirâmide social. Por sua vez, a direita e todo seus extremos políticos critica tais políticas neoliberais aplicadas pelo governo federal petista porque não é ela, essa mesma direita sem rumo, que não está fazendo.

Em tempo: Fale ressaltar que esperar que venha da direita alguma "boa contribuição para as classes populares" é esperarmos dar uma nova revanche de 7 a 1 na Alemanha em alguma vindoura nova Copa do Mundo. Quem espera isto, espera até a volta de Jesus Cristo na Terra. Contudo, é bom levar um lanchinho para não passar fome.


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