segunda-feira, 3 de abril de 2023

A ESQUERDA QUE O CAPITAL ADORA!


O PT faz o "socialismo às avessas": adora fazer programas demagógicos de transferência de recursos públicos para o grande capital na Educação e alardeia como se fosse um "grande feito"! (Vide AQUI!)

Lembrar que, constitucionalmente, o Ensino Superior não é tarefa dos Municípios. Para variar, o Ensino Básico carece de maior atenção, em particular, o abandonado Ensino Médio público. Certamente, são tarefas mais urgentes e necessárias, antes do Poder Municipal querer se aventurar a entregar dinheiro público aos tubarões dos oligopólios das empresas privadas. 

Para piorar e ampliar o nível "non sense" destas transferências de recursos públicos, estas bolsas, na prática, são distribuídas sem critérios (ou de caráter muito duvidoso!) e, certamente, cairão nas garras dos falaciosos e mambembes cursos de EAD que circulam, tresloucadamente, à todo vapor, no mercado. 

E por falar em EAD, é mais fácil um elefante passar por um buraco de agulha, do que o PT, agora no Governo Federal, se mobilizar contra a indústria da fabricação indiscriminada de cursos EAD e o processo de extermínio da profissão docente do Ensino Superior no país. 

O que mais surpreende é a falta de visão estratégica, mínima, que o PT padece nos últimos tempos. Um dos problemas graves é o PT se posicionar somente por via de sua seleta cúpula de "gestores do partido" e que adora fazer conchavos para a permissiva conciliação de classes e bajulação do grande capital. 

É sempre uma batalha para o partido, militância e simpatizantes ganharem eleições diante de cenários distópicos. Todavia, ao chegar ao poder, a sensação que seus partidários não sabem o que fazem e apostam em velhos pastiches que se mostraram desgastados e inúteis! 

O PT, que ignora as suas bases, não amplia o processo de politização e conscientização de sua militância (cada vez mais embriagada no processo catastrófico de culto à personalidade!), se afasta da luta de classes, se alucina com o catequismo protofascista da insana "guerra cultural", amplia um arco de alianças sem garantia nenhuma de segurança com setores mais apodrecidos e golpistas do dejeto político e, para desgraça maior: abraça todo o ideário neoliberal.

Diante desta cegueira sem lastro, o caminho é a trágica transformação de um histórico partido da classe trabalhadora para uma aristocracia partidária de burocratas neoliberais, lacradores parasitários e oportunistas de rapina. 

Naturalmente, a direita, a extrema direita (incluso as milícias bozofascistas), setores reacionário da sociedade e o banditismo da Grande Midia controlada pelo capital, sempre sedentas por erros petistas, agradecem tanta incompetência, perda de rumo e demagogia. 

A luta social no capitalismo sempre foi à visceral luta de classes que sobrepõe, invariavelmente, as demais demandas. A maior infelicidade do PT, em particular, de sua cúpula sacrossanta, é a sua incapacidade de aprender (e ignorar!) com a História, nem com os próprios erros crassos! O resultado, como já tragicamente sentido, quando o PT se perde, deixa de pautar o debate público político e atirado à lona, a massa dos trabalhadores e os mais miseráveis são os que sofrem, direta e drasticamente, todas as consequências. 

Uma lição clássica que jamais devera ser ignorada, banalizada ou menosprezada. Se as Esquerdas, especialmente, o PT, não sabem impor suas pautas realistas com as necessidades da sociedade e da classe trabalhadora, a Direita e seus extremos (representantes imediatos da ampla burguesia), sabem muito bem fazer todo este processo de aparelhamento e entorpecimento ideológico da sociedade.

(Wellington Fontes Menezes)

59 ANOS DO GOLPE MILITAR: É PRECISO FAZER O ACERTO DE CONTAS COM O BRASIL



CINQUENTA E NOVE ANOS DEPOIS, o legado maldito do Golpe Cívico-Militar de 31 de março de 1964, ainda se personifica em nossos dias. 

Toda a História da República brasileira sofreu um trágico retrocesso do tosco e assassino militarismo, com a subida ao poder no famigerado 31 de março de 1964, até a anistia e "abertura" em 1985. Naturalmente, um processo golpista não se constrói na calada da noite, mas dentro das franjas do poder e curtido na salmoura do tempo. 

A tentação do golpismo militar no Brasil começou, desde a instalação da República, no final do século XIX e caminhou, protagonizando e pautando, os trôpegos passos da vida republicana à brasileira até os nossos dias com a ascensão da milícia-militar de Jair Bolsonaro. 

A reacionária burguesia brasileira sempre se escorou no militarismo como cães de guarda contra qualquer insurreição popular. O "medo do povo" sempre marcou a ideologia da burguesia nascente e se impôs como ideologia de Estado. 

A cidadania, este longo processo de sociabilização da civilidade, sempre foi mitigada e concedida, depois de muitas lutas sociais, em doses homeopáticas e suprimidas de vez quando foi conveniente aos interesses do Grande Capital.

Não haveria o GOLPE DE 1964, se não ocorresse um processo sistemático de abdução das massas promovido pela Grande Mídia, na surreal movimentação contra o tal "perigo vermelho", a criação ficcional do fantoche do comunismo. 

Os mesmos ilusionistas de 1964, estiveram presentes no GOLPE DE 2016, derrubando a então presidenta Dilma Rousseff e, consequentemente, auxiliando a instalação do projeto miliciano de Bolsonaro e sua corja de militares golpistas. 

As inacreditáveis "procissões" de alienados da extrema direita em frente aos quartéis e os bizarros atos terroristas de 08 de janeiro de 2023 em Brasília, só tiveram sucesso com o auxílio, entusiasmo e permissão de parcela significativa dos setores militares. Até agora, diante deste trágico espetáculo da barbárie de extrema direita, ninguém foi punido e tudo se mantém como se nada tivesse acontecido! 

As Forças Militares foram e continuam sendo, uma monstruosidade inaceitável para o país. A Constituição Federal de 1988 foi, extremamente, omissa com relação aos militares, permitindo-lhes, até mesmo, que elementos fardados da ativa e da caserna participem, livremente, da política nacional, inclusive concorrendo às eleições.

Não é possível que passadas seis décadas, o Brasil ainda permaneça sobre a sombra do militarismo! É preciso virar a página do militarismo no Brasil. É preciso punir, sem trégua, o militarismo golpista:

* Punir os monstros de 1964;

* Punir os lacaios de 2016;

* Punir os genocidas que lotearam os ministérios de Bolsonaro, em particular, o Ministério da Saúde, e que fizeram de tudo para ampliar o número de vitimas e mortos durante os momentos mais dramático da pandemia; 

* Punir os apoiadores de terroristas de 08 de janeiro de 2023.

* Registrar e reparar o passado, permanentemente, com a fundamental verdade histórica que jamais tivemos "presidentes militares" durante o Golpe Militar, mas ditadores militares que tomaram o poder pela covardia, autoritarismo, força descomunal e aprisionaram todo o arcabouço da democracia. Por extensão, ao longo da República, tivemos ditadores militares e não presidentes militares.

Não haverá a mínima chance de uma democracia, estável e durável, se o Brasil seguir sendo tutelado pelo parasitismo chantagista do militarismo. Basta de fechar os olhos e colocar, para debaixo do tapete, todo o caldo de terror, autoritarismo e submissão impostos historicamente à nação por parte do maldito legado das Forças Armadas!

Atualmente, o governo Lula, que sofreu um histórico e imperdoável ataque terrorista em 08 de janeiro, tem uma oportunidade e obrigação históricas de construir uma política e legislação que proíba, para sempre, o militarismo e seus membros de se projetarem na política via eleições gerais; proibir exibições pessoais em mídias em todos os seus formatos; vetar cargos públicos aos militares ou exercer qualquer atividade que não seja a de segurança militar registrado na Constituição e punir os históricos responsáveis por tamanha destruição deste país.

Conscientizar, esclarecer, conhecer os fatos históricos é consolidar elementos que possam solidificar a democracia e, resgatar dos escombros, os valores da cidadania.

(Wellington Fontes Menezes)

TAGARELAS DA LACRAÇÃO: QUEM AGÜENTA TANTO INÚTIL FALATÓRIO NARCISISTA?

A mediocridade, arrogância e a fanfarronice são as marcas do excremento cultural que vegeta os últimos anos no Brasil. A literatura brasil...