terça-feira, 15 de julho de 2014

A política como frivolidade social.


Fumar, trepar e orar: eis os grandes temas destacados pela FOLHA DE S. PAULO na campanha presidencial deste ano. Quanto mais frívolo, subjetivo e moralista a temática, maior é o distanciamento do real debate político da objetividade necessária para refletir os temas pertinentes para o país. 

Desta forma, os grandes grupos econômicos de diversas naturezas, aqueles que realmente se apoderam das riquezas e domínio político do país, ficam intactos, sem nenhum tipo de maior questionamento e, pior ainda, se mantêm protegidos de qualquer vento de mudança.

Nesta mesma linha, os partidos que estão a serviço deste setor do "domínio de fato" adentram nesta retórica completamente passiva e inofensiva contra o grande capital e as estruturas de dominação da política no Brasil.

É mais fácil virar um inusitado "preso político" (sic) do jardim da infância contra algum fantasma criado na mente de algum manifestante-laranja profissional, do que questionar as estruturas reais bem diante de seu nariz. É bem mais cômodo eleger a "polícia" como o atual "vilão violento" do momento ou até mesmo, a vilã mais adorada que é a figura da presidenta Dilma. 


A "direita" adora criar seus achincalhar seus vilões e pincha-los com termos completamente desconexos e a "esquerda", em especial, aquele segmento pouco reflexivo, adora ainda mais gozar com os fantasmas do passado (a ebulição do imaginário). Ademais, é sintomático quando a "esquerda festiva" adentra no discurso libidinal e pseudossocial da pós-modernidade, cujas bandeiras se limitam a exatamente a tratar desta "agenda dos comezinhos".

Portanto, ao abrir os jornais ou ler os portais de notícias, a impressão é que estamos diante  do país do hipernarcisismo, onde cada um cria seus próprios demônios e elegem, ao bel-prazer, suas bandeiras com tintas cada vez mais frívolas e subjetivas. Retratos de uma sociedade cada vez mais descolada do senso de realidade e coletividade, sendo assim, projetados na esfera da subjetividade hiperindividualista e orientada pela naturalização do consumismo de toda forma de sortilégios.

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