quarta-feira, 30 de julho de 2014

O mafioso e sua megalomania de ostentação



Destaque no jornal estadunidense, The New York Times, o clone horrível da caixa-forte do Tio Patinhas, o tal "Templo de Salomão", uma construção de quase 700 milhões de reais que servirá de quartel general do maior mafioso do Brasil, Edir Macedo, dono da maior seita neopentecostal do país, a Igreja Universal, mostra que o ovo da serpente agora é colossal.
 
O avanço avassalador de seitas que exploram a fé, a ingenuidade, a desgraça humana, a ganância desmedida, o imediatismo instantâneo e a fragilidade da vida contemporânea destroçada pelo capitalismo senil, abriu portas para uma legião de fanáticos e simpatizantes de grupos mafiosos que encontraram na manipulação da fé um mecanismo fantástico de enriquecimento exponencial.

O fanatismo e a exploração da fé são elementos tão novos quanto a idade da Pedra Lascada. É preciso, no entanto, entender que tipo de mecanismo é este, um fenômeno que em menos de quatro décadas já tem um percentual significativo de seguidores no Brasil. O que inova na seita de Edir Macedo, é a capacidade de instrumentalizar fanatismo religioso com uma rede gigantesca de comunicação em massa. Rádios, televisões, jornais e demais acessos a redes de internet, deram a Edir Macedo um instrumental de manipulação sem precedentes. Rituais arranjados de "endemonização" e a falsas curas de igualmente falsos enfermos por "pastores" que mais parecem jagunços de coronéis são elementos típicos das pregações. O teatro da fantasia para enganar quem deseja e implora para se enganado.
 
No campo político, Macedo além de constituir partidos típicos de seu controle como a sigla do Partido da República, ele pulverizou seus fantoches em vários partidos, da extrema-direita e ate da esquerda, permitindo uma ampla vantagem de abocanhar nacos do poder. Destaca-se, o principal braço político de Macedo, o Bispo Marcelo Crivella que é o atual senador pelo Rio de Janeiro, e também é o atual Ministro da Pesca e Aquicultura (o ministério mais inútil de todos os tempos que somente serve para conciliar interesses políticos), e disputa atualmente o governo do Rio de Janeiro. Um nome que vem trabalhado por Macedo há anos e vem colhendo bons frutos com a formalização de apoio ao PT.

Estamos diante de um novo elemento da sociologia brasileira, onde seitas de fanáticos e seus rituais de turbocapitalismo religioso começam a se articular dentro das esferas do poder constituindo verdadeiros blocos de conservadorismo reacionário que beira a estupidez corrosiva. A “Teologia da Prosperidade”, uma  espécie de obra-prima de interpretação ultra-capitalista do cânone bíblico e enfatizada pelo segmento neopentecostal é um exemplo de como o dinheiro pode comprar um ilusório pedaço de chão do Paraíso!
 
A caixa-forte do Tio Patinhas de Edir Macedo delimita um novo momento de seu poder no país, a "espiritualidade ostentação". Não basta ser somente um deturpador da Bíblia, tem que mostrar a todo o mundo o poder megalomaníaco de sua seita.
 
Tudo isto, absolutamente tudo, passa bem acomodado pelo Poder Público, o qual seus dirigentes políticos nada fazem para interromper a escalada mafiosa de Edir Macedo e seus comparsas, pois sabem que terão votos garantidos dos cordeiros bestializados da Igreja Universal. A bancada evangélica, recheada dos tipos mais escrotos de políticos bandidos no Congresso Nacional, é o exemplo que dinheiro, Bíblia, canalhice são caminhos mais lucrativos de explorar a miséria humana e ficar milionário.

O ovo da serpente agora tem endereço fixo e lucratividade garantida.

sexta-feira, 25 de julho de 2014

Máscaras caindo e a amplitude da falta de escrúpulos.



Aos poucos toda a fachada vai caindo, inclusive as máscaras e a aura de querubins que os vândalos profissionais buscavam se travestir. As polícias vêm desbaratando o esquema de vandalismo profissional por parte dos tais "black bloc". Agora ficam para alguns segmentos da esquerda, as alas mais sem pés no chão, que apoiaram esta palhaçada autoritária, segue um alerta: é este tipo de "ideologia" que sobrou diante da queda do muro? É a aposta apocalíptica numa espécie de "fascismo vermelho"?

Fico a imaginar alguns "entusiastas" da pancadaria senil, nesta barca da insanidade, até vi alguns professores de universidades renomadas subiram a bordo, apoiando estes fascistinhas em nome do que mesmo? Gostaria agora de ver qual será a desculpa masturbatória para justificar apoio e ainda colocar gasolina na fervura durante as manifestações catárticas com ares fascistóides.

Foi incrível a quantidade de "alucinações" escritas nos últimos tempos de algumas pessoas que deveriam ser um tanto mais reflexivas e que estavam vangloriando a violência boçal contra o patrimônio público e contra a polícia. O que mostra que parte do "pensamento crítico" em algumas universidades padece com Alzheimer ou não acordou para a presente realidade. Recriar uma estúpida idéia de "ditadura de esquerda", "ditadura do PT", "presos políticos de Dilma" é de uma sonora canalhice intelectual sem tamanho.

A tal alardeada da "tática black bloc" é pura baboseira pseudo-intelectual que não passa de um vandalismo tosco, primitivo e organizados por alguns fantoches a serviço dos seus ventríloquos. Justificar o emprego da violência de forma tão autoritária no Estado democrático, por mais que sejam frágeis suas estruturas, merece repúdio de toda sociedade que não entrou na barca do apocalipse midiático e eleitoreiro.

A história cansou de mostrar que os verdadeiros movimentos sociais são feitos com idéias, demandas e desejos reais cuja organicidade não é através do discurso do autoritarismo senil de grupelhos de marmanjos bestializados. Se a violência brando para um braço de apoio, este em geral, esteve ao lado da direita e do fascismo (aqui amplio a idéia de fascismo como forma de regime densamente autoritário).

Sim, temos muito que avançar na sociedade, muito que ampliar a democracia real dentro dela, mas é preciso ter o cuidado para que o insano veneno de alguns irresponsáveis niilistas não contamine toda a sociedade. A violência jamais será caminho para nada, exceto para fomentar a lareira da barbárie.


O circo do populismo jurídico



O "populismo jurídico" sobrou no caso dos vândalos profissionais com o requintado nome de "ativistas". Primeiro a Justiça exagerou na dose de enjaular com truculência a molecada laranja mascarada para, posteriormente, eles se posarem de "presos políticos". Bem, teatro cada um pode fazer à vontade. Todavia, que fique bem claro "presos" sim (arbitrário ou não), "políticos", aí é fazer populismo barato de debochado.

Agora, depois de toda mídia perante o caso dos "ativistas presos" (claro, como são oriundos da classe média pseudo-revolucionária fascistóide, o holofote midiático é mais intenso!), vem um desembargador se aparecer para os holofotes posando como defensor dos frascos e comprimidos. Soa como outro deboche.

Algo realmente devemos refletir neste bolorento episódio da Justiça e os vândalos profissionais: falta seriedade e compromisso ético no trato dos trâmites legais. Quando interessa, a Justiça desce o "braço da lei". Quando não interessa mais, a mesma Justiça se posa de de defensor da liberdade.

O país, no caso de nosso sistema judiciário que funciona muito bem movido pelo poder econômico, precisa urgentemente parar de fazer populismo jurídico para agradar a opinião publica de todas as maneiras. Numa democracia, a Justiça tem que ser predominantemente ética.

Falando de ética (ou a falta dela), os togados do Supremo Tribunal de Justiça bem sabem o que é populismo jurídico: basta acender uma lâmpada sobre a testa de algum magistrado que ele já sorrindo pensando que está diante das câmeras de televisão.

Na mistura explosiva, democracia e irresponsabilidade jurídica cheia a ovo podre.


 

Falsas polêmicas: o deboche dos querubins.




Por mais que sejamos contrários de alguns abusos das autoridades policiais, o pedido de asilo de vândalos profissionais, agora com o pomposo nome de "ativistas", soa, no mínimo, um deboche para provocar falsas polêmicas.

Os mesmos que apostaram toda a estupidez na violência, provoca a polícia, vandalizam o patrimônio público, usam táticas de milícias da juventude hitlerista (coisa de bandidos mesmo!) e depois de tudo, se posar de querubins é o fim da picada!

As esquerdas que ainda dignificam este nome devem lutar sim, pelo direito de manifestar-se de forma livre, democrática e soberana, mas nunca apoiar atos fascistóides de mascarados covardes e laranjões da direitona. Os que apostam na violência afastam do cenário político as pessoas que buscam reivindicar direitos legítimos. A direitona adoram seus laranjas fantoches mascarados.

Há um problema grave, ao meu ver, nas democracias juvenis como é o caso da brasileira: todos querem os louros da liberdade, mas ninguém quer uma gota de responsabilidade por seus próprios atos. Daí a equação que nunca se equilibra entre liberdade e responsabilidade. A realização do desejo total não existe nem na esfera psíquica e tampouco em agrupamentos coletivos.

Agora, pedir "asilo ao Uruguai" por parte dos vândalos profissionais presos (independente das condições que foram encarcerados) é mais uma manobra hilária dos que apostam na violência e não sabem para onde estão atirando.

Os tais "ativistas do apocalipse" apostaram na violência das instituições e, curiosamente, estão sentindo o outro lado, ou seja, de pedras agora são vidraças. Ambos bebem da mesma fonte, autoridades autoritárias e vândalos profissionais. Ambos perdidos no tempo, no espaço e com dificuldades de lidar com qualquer sopro de democracia.

Alckmin tem razão




O governador Geraldo Alckmin tem sua razão. O Estado de São Paulo não pode ser palco de aventuras sob o risco de prejudicar ainda mais a população.

Logo, os paulistas, amantes sempre de votar no histórico conservadorismo jurássico, deveriam seguir a linha de raciocínio do grão-duque mestre tucano e não mais votar na dinastia do PSDB que já criou raízes na aventura neoliberal de décadas.

Às vezes, até algum tucano tem sua razão. Mas duvido que os paulistas deem ouvidos a Alckmin... É paixão antiga mesmo! Depois de serem condicionados pelo grande mídia ficaram ensaiando nas ruas querendo "mudança" e blá-blá-blá como ficou evidente nos protestos catárticos dos últimos meses. Logo, todos os males de São Paulo ficaram na conta de Dilma e do PT, com todos os tucanos sempre bem protegidos da tal "ferocidade da opinião pública".

A onda conservadora tanto fez coro para continuar tudo como está, inclusive com auxílio dos laranjas mascarados para incrementar a cereja no bolo bolorento. Logo, o teatro manifestório apenas mostrou que a mudança seria para deixar tudo como está, sem mais, sem menos. 

Exatamente o mesmo! O mais importante é ver que a tendência do eleitorado paulista pende majoritariamente para o lado conservador para eleições estaduais e federais. Coisa que a boa parte das esquerdas dificilmente consegue entender e, pior, sem objetividade de mudança diante deste cenário, e ainda patinam como se o mundo tivesse operando ainda no século XIX.

Curiosamente, as palavras de Alckmin serão ignoradas por parte do eleitorado e ele será novamente eleito ainda no primeiro turno. Será, como de praxe, culpa da Dilma?


segunda-feira, 21 de julho de 2014

A plataforma da fumaça




Quando o mundo avança para buscar o combate ao fumo, aqui no Brasil estamos com esta presepada de tentativas de liberação de mais droga, como a maconha. Revistas e publicações mais a esquerda e à direita agora fazem propaganda dos grandes feitos de se fumar maconha.

Já não basta a quantidade de drogas disponíveis, muitos grupos que se dizem "da esquerda" parecem não conseguem viver sem "puxar um fumo". Cada um faz o que desejar da vida, mas não se deve fazer propaganda sem mostrar seus efeitos adversos. É canalhice! Curiosamente, empresas interessadas em explorar o vício dos usuários já fazem campanha para sua legalização. Mera coincidência?

Logo mais, a até o crack será vendido como uma coisa "maravilhosa" para uma sociedade hipermoderna, esvaziada de conteúdo e cheia de dependentes químicos para serem empilhados em clínicas lucrativas de viciados e bancados com o dinheiro público.
Os vícios nocivos parecem sempre mais sedutores do que o anticlímax da realidade.  Na violenta "guerra tribal" entre polícia e narcotraficantes, diariamente, se defrontam na maldita fronteira do viciado e seu totem de consumo.

Depois, os mesmos usuários rotineiros ou "sociais" (ótima expressão politicamente correta para aqueles que eventualmente turbinam o comércio do narcotráfico) reclamam da violência endógena na sociedade movida pelo narcotráfico e afins... Mas, é claro, tais publicações somente dizem o lado "fashion" de consumir maconha, de um jeito "descolado, jovial e alto-astral".

O lado ruim das drogas e seus efeitos deletérios no organismo humano parecem ser sempre sublimados e posto debaixo do tapete quando o assunto é sobre o "debate" da fumaça.

TRUMP NÃO FOI UM (NOVO) ACIDENTE DA HISTÓRIA. FOI UMA ESCOLHA!

  Quase todas as tentativas de explicação que surgem do campo de uma Esquerda, magnetizada pelo identitarismo, é de uma infantilidade atroz,...