sexta-feira, 29 de novembro de 2013

O autoritarismo eletrônico e as efêmeras relações objetais






A Pós-Modernidade vem sendo um palco onde tudo parece ser o que não é; e onde o que é, não quer ser. Nesta premissa, muitas mulheres parecem conseguir o patamar de muitos outros homens: a equidade na estupidez. Para quem tem dúvidas que toda aparecia moderna é muito mais pretensiosa do que sua essência, tudo indica, tal equilíbrio entre gêneros vem se aproximando com relativo sucesso.

A impunidade é um convite para a ação irrefreável, ou seja, é o lugar onde a castração não foi fundada. Logo, diante da sobra do anonimato, se permite fazer tudo na era da tecnologia ao alcance da ponta dos dedos, inclusive as mulheres cultivarem posturas autoritárias e ofensivas e, curiosamente, podem também fazer o mesmo que alguns homens fazem contra muitas mulheres: o sintomático abuso. Um novo aplicativo para celular foi inventando tendo a brilhante idéia de dar notas aos homens as quais as mulheres "trepam" (ou fingem fazer tal exercício físico) em baladas, ficadas e afins. Tudo muito inovador e moderno, tanto quanto, moderno era o fogão a lenha.

Depois, para delírio histérico do lesbo-feminismos, muitas destas mesmas mulheres, que compartilham com este universo de hostilidades grotescas, futilidades voláteis e relacionamentos patológicos, se posam de sacras vitimas indefesas de homens cafajestes ou com sérios problemas de transtorno de personalidade. Logo, quem seria o culpado disto tudo? Lá vem a "Sociologia da Vitimização" tecendo seu cabedal de pérolas politicamente correta, mas que não leva a lugar algum, exceto a incidência do gozo no papel de "vítima". Como sempre o Outro é o culpado e nunca a condição do "Eu" se torna protagonista, ou seja, a eterna voz passiva do velho discurso da vitimização por osmose.

Na onda do autoritarismo eletrônico, o Facebook, por exemplo, vem se tornando cada vez mais um espaço de manifestação de calúnias, injúrias e intolerâncias de toda a natureza, praticando tanto por homens quanto por mulheres (inclusive adolescentes). A agressividade transpõe o cotidiano palpável e inunda o info-mar das redes sociais. Logo, sem castração, as redes sociais se tornam o um espaço sedutor para o despojamento do ego sem sofrer tanto a influência "paternal" do superego.

Com a falsa impressão que as pessoas estão mais próximas via meio eletrônico, mas mantendo-se afastados da realidade física (ou seja, a interação da não-relação), estamos evoluindo para uma predominância de relações fluídas e descartáveis, cada vez mais covardes nas posturas perante o Outro, a falência do respeito e a canalhice generalizada nas relações sexo-objetais. Por outro lado, a superação deste caminho seria um retorno à tentativa de aproximação da realidade, do elemento concreto, de se posicionar perante o olhar e a dor do Outro. Certamente, é uma via nada trivial.

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