A onda conservadora,
entre outras patologias, tem um forte componente pseudo-religioso com a
organização cada vez mais empresarial das quadrilhas de exploração da fé no país. O avanços desta bancada evangélica vem ganhando força no Congresso Nacional e em cada eleição vem buscando consolidar fortes tentáculos dentro da política nacional, impondo uma visão de política que beira a um espécie de fascismo reacionário em desacordo com regras básicas referentes aos Direitos Humanos.
A busca de inventarem tabus
sociais por parte destas quadrilhas, como o aborto ou a questão da
homossexualidade, são estratégias que visam tão somente provocar falsas polêmicas e manter tais
quadrilhas como os únicos arautos das famílias brasileiras, o que também se veem
órfãs da representatividade política. O recuo da igreja Católica das áreas mais
pobreza criou condições para os tentáculos destas organizações empresariais de
exploração da fé se aproveitar deste vácuo e ocuparem terreno na lógica
multiplicadora do gueto: em cada esquina, um bar, uma desesperança e uma
igreja.
Ademais, além de buscarem um retrocesso
cada vez maior no que tange os Direitos Humanos no país, com mais poderes e
maior pujança econômica, tais quadrilhas vem se aproximando em contato com as
facções criminosas ligadas ao narcotráfico, o que explica elos entre pastores e
narcotraficantes em favelas e dentro do sistema carcerário. O que poderia
explicaria inclusive, o livre-trânsito de pastores nas prisões e, por exemplo, impedimentos
físicos por parte de traficantes, de terreiros de religiões de origem africana
dentro das favelas cariocas.
No silêncio de quem conta causticamente dízimos e acumula vasta riqueza nas costas dos bestializados, o que temos pela
frente, é um cenário novo e bizarro para a sociedade brasileira e nada
animador.
Um panorama descritivo da
distribuição da bancada evangélica no Congresso Nacional poderá ser encontrada no artigo: http://www.revistaovies.com/reportagens/2011/12/um-estado-laico-com-bancada-evangelica/
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