A doença da meritocracia não é exclusividade do governador Sérgio Cabral, no Rio de Janeiro, ou do seu colega Geraldo Alckmin, em São Paulo, mas produto de políticas neoliberais de minimização dos custos com encargos sociais e fórmulas mágicas de falso estímulo do funcionalismo promovidas por tecnocratas que acreditam que um Estado “inchado” é prejudicial à saúde financeira de sua contabilidade orçamentária.
Todavia, os estragos deste modelo se evidenciam na precarização dos trabalhadores, na ineficiência das ações públicas e o maior desperdício do erário em serviços terceirizados de péssima qualidade.
Ao abrir mão de dar os devidos reajustes salariais aos seus servidores públicos, o Estado pratica um criminoso assédio moral com o funcionalismo ao fazê-lo se obrigar a prestar ridículos exames para ganhar alguns níqueis adicionais para compor seu salário.
Portanto, a luta não se deve meramente ser contra Cabral ou Alckmin, não deve ser contra pessoas especificamente, mas contra uma ideologia de dominação do capital perante o social que ganhou adeptos em todos os partidos, inclusive dentro das esquerdas mais progressistas.
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