segunda-feira, 27 de novembro de 2023

TAGARELAS DA LACRAÇÃO: QUEM AGÜENTA TANTO INÚTIL FALATÓRIO NARCISISTA?


A mediocridade, arrogância e a fanfarronice são as marcas do excremento cultural que vegeta os últimos anos no Brasil.

A literatura brasileira virou uma xepa de feira das "escrevivências", ou seja, a amorfa auto-ajuda vitimizada. O enredo é, invariavelmente, o mesmo, onde o eu-lírico é o próprio autor, direta ou indiretamente, que induz o leitor a sentir piedade da dor e orgulho da "volta por cima" do auto-personagem, diante de um mundo sempre "preconceituoso". Logo, todas as agruras do mundo se tornam "vozes silenciadas". Será?

O eufemismo do "silenciamento" em voga na boca de lacradores, significa que é a hora e a vez do jaguncismo ser "ouvido" por todos! É o autoritário " narcisismo das pequenas diferenças", descrito por Sigmund Freud, imposto via autoritarismo egoico em detrimento da saúde mental alheia. É um espelho do que acontece nas redes sociais, onde a ignorância é o carro-chefe de sujeitos que nunca abriram um livro, mas se acham especialistas em tudo!

Itamar Viera é da turma de tagarelas lacradores que não tem, absolutamente, nada para dizer, exceto o choramingo da vitimização. Assim como a marqueteira lacradora-rainha, Conceição Evaristo, e as lacradoras-mirins, como a garota-propaganda Djamila Ribeiro, a figura non sense de Itamar Viera é fruto da desertificação da cultura brasileira e parido como mercadoria criada para consumo instantâneo de um segmento da classe média que pensa, pretensiosamente, ser intelectualizada e "progressista" por aderir ao ideário culturalista neoliberal.

Sem horizonte de futuro, o Brasil faz suas braçadas em um pântano que não encontra vazão para prosseguir. Estamos diante de um atoleiro, vivendo um dia de cada vez, onde a miséria cognitiva é resultante de um mundo onde o neoliberalismo se impõe como hegemônico e doutrinário. Todavia, em terreno onde o neoliberalismo se estabelece como via única, nada cresce, exceto a alienação e a ignorância da miséria humana.

(Wellington Fontes Menezes)

 

Para saber mais: https://www.estadao.com.br/cultura/literatura/a-literatura-abraca-historias-que-querem-ser-contadas-porque-nos-foram-negadas-diz-itamar-vieira/

quarta-feira, 8 de novembro de 2023

UNICAMP JUSTIFICA OS DELÍRIOS DA EXTREMA DIREITA

 


É puro deboche da avacalhação identitária na UNICAMP: realizar uma "aula aberta" para ser "ministrada" por um ilustre desconhecido “funkeiro" metido a "intelectual do gueto". Afinal, do que se trata o saber da academia ou, sinteticamente, o saber universitário?

A questão não é “censurar” algum expositor, mas ter algum mínimo critério que faça jus do que é formada a academia e quais os compromissos que ela representa enquanto instituição pública ou que tem algum compromisso com o saber universitário. Pior ainda, são fatos, que vem se avolumando, quando as universidades, que deveriam privilegiar o saber técnico e o científico, tratarem tais sujeitos oportunistas e cafetões da mediocridade como grandes "intelectuais", ou, de forma mais abrangente, “intelectuais públicos”.

Temos aqui um obscuro e preocupante fenômeno da construção de sujeitos midiáticos, irrelevantes social e cognitivamente, como se fossem “intelectuais públicos”. No mundo do estrelato artificial e efêmero, surgem figuras que desfilam um flácido verniz de saberes, mas se vendem como "doutores" de si próprios, o micromundo do umbigo! Em nome de um populismo academicista, ou uma espécie de “vale tudo” como expressão de “conhecimento”, exalta-se uma pobreza reacionária fantasiada de “rebeldia” fetichizada.

O identitarismo, assim como boa e sedutora cepa do fascismo, procura fabricar seus “intelectuais” cujo conhecimento se limita apenas a se posar de vitimas e a tagarelar sobre o próprio umbigo. Portanto, se vale colocar um lacrador “funkeiro” cujo feito maior é ter milhares de seguidores em redes sociais para balbuciar narcisismo em “aula aberta”, logo, por que não poderá ter o mesmo “privilégio” as criaturas do naipe de um “beato” como Fernandinho Beira-Mar ou o Pastor Silas Malafaia? Assim, o dantesco impasse se forma, arrepiam até os pelos da extremidade mais opaca, porém, é preciso ser sanado!

Oras, se vale para uma forma de “fascismo colorido” do “politicamente correto”, deverá servir para as outras aberrações monocromáticas. E, paulatinamente, a universidade é corroída, diante da submissão covarde e silenciosa à ignorância da Caverna de Platão, doutrinada por uma boçalidade medíocre e tosca, de todas as frentes ideológicas, como base do conhecimento pós-moderno!

Trocando em miúdos, é a ética midiática pós-moderna do oportunismo narcísico dos sujeitos que buscam surfar na onda do delírio egóico e galgar degraus no alpinismo social. Claro, mediante um mundo cujas perspectivas são cada vez mais turvas, tudo se torna válido em busca de dinheiro, fama e ostentação da própria mediocridade.

Entre o oportunismo e a cretinice inescrupulosa, assim se atracam os papagaios de pirata no lodaçal ideológico do neoliberalismo. Eis o fetiche pós-moderno: fraturar, distorcer, destroçar o conhecimento e fazer apologia à falácia de um senso comum cada vez mais delirante, centrado no narcisismo e corrompido pela ideologia do capital. A mesma lógica que rege o instrumental fascista diante da realidade.

Para quê labutar, estudar, escrever e pesquisar, anos à fio com seriedade e tenacidade, se basta qualquer criatura estúpida soltar um flato que se faz, por si mesmo, um grande evento da cultura cósmica universal?

Depois, os mesmos lacradores que tentam transformar as universidades em um grande circo non sense de bestialidades e charlatanismos, vem reclamar quando a Extrema Direita grita, com furor orgástico, que os cursos de humanidades nas universidades é puro esterco que só serve para torrar dinheiro público!

Do alto do sanatório, os cursos de humanidades vêm sendo abduzidos por uma onda irresponsável de fetichismo obsessivo do oba-oba "decolonial", daí, vem a porra-louquice identitária para justificar as histerias dos fanáticos extremistas. Nunca a Extrema Direita chegou a fazer tanto estrago ideológico dentro das universidades qual como vem se mostrando, recentemente, o fascismo pós-moderno neoliberal fantasiado com o fetiche das identidades!

O mundo está sendo consumido por duas guerras preocupantes simultâneas. A Extrema Direita cresce em todas as partes do mundo. O Brasil vive um processo cavalar de desindustrialização, retorno à dependência das exportações de commodities e desemprego estrutural... E a UNICAMP vai dar ouvidos aos oportunistas abobalhados da lacração?

É, simplesmente, inacreditável uma universidade como a UNICAMP, um centro de referência para a intelectualidade e o saber acadêmico no Brasil e no mundo, deveria ser mais reflexiva e cuidadosa à esta invasão de oportunismos que usam as estruturas universitárias para promoção pessoal! Quando um centro de excelência da intelectualidade crítica se aliena com ondas de modismos do capital e começa a chocar os ovos de um serpentário, imaginemos o que está acontecendo com a própria sociedade dentro da Caverna de Platão!

(Wellington Fontes Menezes)

 

FONTE: https://www.terra.com.br/visao-do-corre/mc-hariel-participa-de-aula-aberta-na-unicamp-e-fala-sobre-a-filosofia-do-funk,68da6e70a58ed71aecbae1aa293f9d68ktb8i9kf.html

 

domingo, 29 de outubro de 2023

A FARRA DOS IGNORANTES

 


Destruição da memória histórica. Eis o que acontece quando um bando de idiotas se passa por "pesquisadores". Ao se apostar na ignorância o resultado é sempre trágico.

Temos, neste caso, a atualização da burrice com a lógica das redes sociais que vem imperando, velozmente, e se tornando cada vez mais autoritárias: "se está na internet, então é verdade!"

Quanto maior o volume de informações, menor é a capacidade cognitiva para processá-los coerentemente. Um reino para mentiras e manipulações se forja desde propagandas farsantes até as falsas notícias, as chamadas "fake news".

Nada é novo, tudo é reciclagem. A ignorância é uma persistente erva daninha. Obcecado com sua mediocridade, o ignorante não aceita ser contestado e a sua "verdade", por mais insana que seja, deve sempre prevalecer.

No caso da Educação Básica, temos o predomínio do modelo neoliberal que busca "empoderar" a tarefa educacional e centralizar no delírio narcísico egoista do aluno, além de e ignorar os fatores essenciais que possam contribuir para o estudante obter seus necessários conhecimentos. O resultado do nível de rendimento cognitivo dos alunos é catastrófico e, mesmo assim, entidades governamentais insistem em colocar a Educação na caverna de Platão.

Desta forma a dispersão da ignorância se reproduz quando qualquer toupeira se arvora a falar de algo que não tem a menor noção, desde história colonial, aos conflitos no Oriente Médio.

Para finalizar, é importante lembrar que as hordas de fanáticos, historicamente, se cristalizaram com a abdução de uma massa de ignorantes que desprezam qualquer meio de reflexão. O resultado da farra da ignorância não é difícil de compreender.

(Wellington Fontes Menezes)


Para saber maishttps://g1.globo.com/am/amazonas/noticia/2023/10/27/pesquisadores-fazem-pintura-em-gravuras-rupestres-milenares-reveladas-pela-seca-do-rio-negro-para-ressaltar-os-atributos.ghtml

domingo, 30 de julho de 2023

A FEBRE REVISIONISTA DA INVENÇÃO DO "BINARISMO RACIAL BRASILEIRO"

 


É assustador como a epidemia identitária vem se alastrando dentro das universidades, transformando as tais "pesquisas culturalistas acadêmicas" em um simulacro anêmico fetichizado: a invenção de um Brasil como um medíocre espelho racial estadunidense.

Para invejar qualquer revisionista da Extrema Direita, estamos com o suadouro da febre do revisionismo das imaginações identitárias tão patéticas que seus arautos, embriagados de falsa preocupação social, esquecem que o velho motor da História são suas determinações econômicas e não, simplesmente, um ingênuo e farsante "binarismo racial". 

Em mais um folhetim que sai das editoras de olho na lucrativa "onda identitária", acusam a "burguesia paulista" de "alimentar a branquitude" na sociedade. Como assim? 

Nada mais patético reduzir os interesses dos capitalistas da nascente São Paulo industrializada, do início do século XX, meramente, ao fator racial. Uma burguesia paulista que tinha, até mesmo, desejos separatistas com o advento do levante frustrado da "Revolução de 1932", frente ao governo da ditadura de Getúlio Vargas. 

A miséria, indistintamente, foi sempre um fator essencial para separar as classes sociais. A frágil "mobilidade social" que, por sua vez, carrega, entre outros, elementos raciais,  sempre ditou os ritmos culturais e moralistas das sociedades capitalistas e, por sinal, não o seu inverso! 

A mudança de patamar social insere o sujeito em uma "nova cultura" e os seus valores são moldados não apenas por determinações econômicas, mas interesses de classe. O revisionismo culturalista identitário opera, mecanicamente, por um simulacro caricatural, levando suas conclusões inverossímeis a invocar, sempre, genéricas determinações de uma ficcional identidade.

O sedutor revisionismo da fabricação de identidades visa apagar as determinações da dinâmica do capitalismo tardio brasileiro. Portanto, se trata de uma rasteira tentativa de obscurecer o conhecimento da História e ludibriar seus desavisados leitores que estão, atualmente, consumindo um paiol de entulho identitário na esteira da onda culturalista neoliberal.

Todavia, a falta de materialidade que sustente os delírios revisionistas inviabiliza qualquer robustez argumentativa. Logo, mais um livro que se reduz a uma bricolagem desnecessária que talvez sirva, ao menos, como um prosaico e burlesco roteiro de novela televisiva.

(Wellington Fontes Menezes)


👆 Para saber mais:  https://jornal.usp.br/cultura/livro-revela-historias-que-sao-paulo-deixou-de-contar/ 


terça-feira, 25 de julho de 2023

"IDENTITARISMO INSTITUCIONAL": A DOENÇA DO FALSO MORALISMO ESTADUNIDENSE QUE SE ESPALHA IRRESPONSAVELMENTE NA SOCIEDADE.


É quase uma declaração de "guerra cultural" publicado no jornal paulistano "Folha de São Paulo" desta terça-feira, 25 de julho.

Quanto besteirol arrogante e falacioso assinado por quatro ministras de Estado que vivem com todo o bem-estar e conforto que o capitalismo, que elas tanto defendem, consegue comprar!

Pura irresponsabilidade do governo Lula e, por sua vez, não ajuda em nada no processo de ampliação da cidadania e a desintoxicação do ar putrefato fascistóide que impregnou o país nos últimos anos.

As quatro cavaleiras do Apocalipse Identitário do Governo Lula, ao querer panfletar que a maioria da população brasileira é formada por esta entidade mística vaticinada como "mulheres negras" é de uma charlatanice que beira a perversão.

Os terraplanistas arautos da supremacia afro-negra buscam fabricar o que de pior poderia acontecer na sociedade pós-Bozo: o estimulo do fascismo com todas as cores, insanidades e perversões.

O Brasil tão miscigenado e miserável não carece de mais entulho fascista fantasiado de "reparação histórica" e fabricação de falsas demandas por espertalhões grupos de lobistas identitários.

Parece que ninguém aprendeu nada do que se passou nestes últimos dez anos, diante da miséria política brasileira. Que lástima!

(Wellington Fontes Menezes) 

domingo, 16 de julho de 2023

IDEOLOGIA DE GÊNERO: A IRRESPONSABILIDADE DA CATEQUESE IDENTITÁRIA

 


Para um processo civilizatório, toda a loucura social deverá ter um limite! E, em tempos recentes, não é que os histéricos da "Escola sem Partido" (ou seja, grupo de pais e oportunistas de Extrema Direita que vigiam os professores) tem alguma razão? É surreal, mas a realidade mostra sempre sua face inconteste.

Que maluquice curricular é essa de enfiar o esdrúxulo besteirol da "ideologia de gênero" para crianças na pré-escola de 4 a 6 anos?

Para os fatos, não adianta o exercício da retórica do rocambole e negar que não haja "doutrinação" em pontuais ambientes escolares com profissionais que não refletem as boas práticas do seu ofício. O resultado midiático é catastrófico e põem em xeque as boas virtudes da esmagadora maioria dos dedicados professores com todas as suas limitações que oferece o ambiente escolar.

Vale sempre relembrar aos educadores: na primeira infância não cabe a valorização da sexualidade diante de um processo de estímulo educacional, tal como se a criança fosse um adulto-mirim com plena vida sexual. Ademais, impactar a criança com neuroses sociais como a controversa questão do "preconceito" é outra forma de aluciná-la precocemente. Excesso de realidade é tão nociva para uma criança tal como ocultar dela toda e qualquer realidade da vida material.

A Pós-modernidade é um excesso de estímulo de consumismo do erotismo e da pornografia associado à venda de mercadorias e serviços. Um notório fato contraditório do mundo capitalista é quando a Grande Mídia estimula, em demasia, a sexualização dos sujeitos e, ao mesmo tempo, vaticina que os homens devem ser castrados de seu desejo sob a alcunha que são "assediadores".

Diante da loucura pós-moderna, é muita irresponsabilidade um processo alucinado de hiperssexualização precoce do sanatório promovida pelos delirantes arautos da psicótica pedagogia da lacração!

A laicidade foi a maior conquista da Educação após a Revolução Francesa no mundo. A luta para manter a escola laica é permanente. A catequese identitária com sua mitologia pré-fabricada está passando dos limites e só fortalece a histeria da extrema direita e dos grupos religiosos. Claro, nestes termos, a revolta de alguns pais tem toda razão! É preciso ter uma gota de bom senso.

É sempre temerário trocar a laicização da Educação por ostentação de bizarras manjedouras e altares de falso misticismo nos espaços de Educação Infantil. Em detrimento dos aspectos lúdicos, como se a exposição mística de elementos da atual moda identitária fossem práticas aderentes para a tal "educação antirracista". Oras, toda Educação laica é, a priori, humanística e contrária aos preconceitos, exceto àquelas que utilizam dos abusos da pedagogia do fascismo.

Depois de todo este lamaçal psicótico identitário, serão as franjas da Esquerda, que ainda tem um mínimo de lucidez, quem pagará a conta destes irresponsáveis que criam esta desnecessária doutrinação da catequese identitária.

Pior, os fanáticos identitários ainda dão margem para extrema direita ter razão em suas queixas! Por todos os lados, a sociedade está, cada vez mais, sendo bombardeadas por elementos psicóticos e fetichistas que não ajudam em nada na formação da cidadania e bem-estar social.

(Wellington Fontes Menezes)

 

👆 Para saber mais: https://educacao.uol.com.br/noticias/2023/07/16/escola-publica-sp-enfrenta-preconceitos.htm

sábado, 15 de julho de 2023

A LEI DO FASCISMO IDENTITÁRIO: SE NÃO GOSTOU, É RACISTA!


 Se alguém fizer alguma crítica, minimamente, lúcida aos folhetins que Itamar Vieira Júnior, um arauto da lacração, escreve, logo cai na teia do "cancelamento" e é tido como "racista". 

Com um único folhetim escrito que "fez sucesso" (leia-se, obteve boas vendas mediante um tsunami marqueteiro!) e com o lançamento de novo livro "plagiado" do primeiro, Itamar só aceita ser tratado como o novo Machado de Assis da Literatura Brasileira. 

A questão nem é mais se Itamar serve para escrever um folhetim para a novela das seis da Rede Globo, mas a adoção da postura arrogante e inquisidora para incriminar quem criticar e taxar por "racista", todo aquele não considera "boa literatura" os seus alfarrábios. 

Itamar, cuja pele é a típica do processo de miscigenação brasileira, quer se passar por legítimo descendente de algum reino imaginário "africano" de Wakanda. Talvez, só com daltonismo para enxergar que Itamar teria uma pele mais escura, tal como ele próprio se vende! Logo, a questão não é étnica, mas marketing e negócios.

Na confusão proposital que a ideologia identitária faz, ressalta-se que o desejo não é sinônimo de realidade! Portanto, a realidade, com sua materialidade intrínseca, jamais é serva do desejo. Identitários são típicos terraplanistas e negacionistas biológicos que buscam, insistentemente, em vão, submeter a realidade aos seus caprichos. 

Diante deste cenário, surgiu o modismo do fetiche das identidades e, por sinal, essa é a "mercadoria cultural" que mais rende rápido capital no momento! Observa-se então, o nível que a loucura identitária está sendo impregnada no Brasil! Quanto maior a histeria, mais lucrativo para quem está na crista da onda em prol do escrachado neoliberalismo.

É assim que age os jagunços fascistinhas das identidades de araque pós-modernas. Que Brasil sem fundo! Vale lembrar que um típico modus operandi do fascismo é o julgamento sumário dos seus críticos. 

Deste modo, o tempo se encarregará de dizer se Itamar será o novo Machado de Assis do século XXI, ou apenas mais um oportunista que está na crista de um modismo fascistóide, perverso e rasteiro. 

(Wellington Fontes Menezes)


👆 Para saber mais: https://www.publishnews.com.br/materias/2023/07/14/apanhadao-da-semana-itamar-vieira-junior-volta-a-acusar-critica-literaria-de-racismo

terça-feira, 11 de julho de 2023

A ESQUERDA INFANTO-JUVENIL E A RAPOSA FASCISTA

Na semana passada, grande parte da Esquerda estava comemorando eufórica o chilique público do bozofascista carioca que o ocupa o Palácio dos Bandeirantes e o genocida do Jair Bolsonaro. 

Parecia que o jagunço letrado do Tarcísio tinha se transformado na criatura virgem e imaculada que estava se rebelado contra o Grande Pai Fascista... Seria um novo Che Guevara que troca "bolacha" por "biscoito"? Todavia, a cena foi mero embuste digno de ouro de tolo: só patética performance!

Os noticiários da Grande Mídia e os ditos do campo progressista, em particular os blogues petistas e afins, destacaram todo o episódio como se fosse a redenção para o Éden. Escreviam, eufóricos, nas redes sociais: "Grande dia!". Será que foi uma derrota para a Extrema Direita?

Buscando descolar a imagem do astuto Tarcísio da figura nefasta do Bozo, a "Folha de S. Paulo" destacou, em demasia, tal episódio. Em suma, um belo truque de marketing pessoal de Tarcísio de olho no Planalto, em 2026: sair do cercadinho do extremismo fanatizado e ir comendo as beiradas do Centro, atingindo, até mesmo, o tal "campo progressista".

Na mesma semana, o Governo Lula torrou sete e meio bilhões de reais para emendas de parlamentares. Toda a bolada para a Câmara dos Deputados aprovar, de forma meteoricamente, a "Reforma Tributária". Como bom capacho do capital, o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, publicamente, teceu longa gratidão ao governador Tarcísio pelo "empenho na aprovação da Reforma". Ademais, o próprio presidente Lula teve aparição pública com Tarcísio. 

Trocando em miúdos, no caso da aprovação da "Reforma Tributária", o governo Lula torrou parte do erário para comprar votos, mas quem ganhou projeção e publicidade para seu projeto eleitoral foi Tarcisio, o neo-progressita que caiu do céu e nas graças de parte venal do petismo!

O fato é que o jagunço do governador de São Paulo jamais deixou de ser de Extrema Direita com políticas neoliberais, como alguns bestializados querem acreditar! Tal como ele sempre deixou bem claro e energético como irradiação solar: segue com suas convicções à serviço do capital. Sua mentalidade política continua tão grotesca quanto as poluídas águas do Rio Tietê. 

Afinal, o que mudou? A ingenuidade e prepotência rotineira das Esquerdas. Somente uma militância de Esquerda tão alienada quanto infantilizada, além de "comprar" o jogo de cena de Tarcísio, ainda ajudou a promover a campanha eleitoral do (ex-?)bozofascista. 

Para tranquilidade de Tarcísio, como uma boa raposa que vive na moita a espera dos acontecimentos, a Direita nem precisa fazer campanha. Basta deixar a Esquerda pós-moderna de bico aberto e tagarelando suas projeções e alucinações suicidas. 

Enfim, o cenário político para a corrida ao Planalto para 2026, aos poucos, com três anos de antecedência, vai se definindo de forma assustadora e suicida.

(Wellington Fontes Menezes)


terça-feira, 20 de junho de 2023

ENQUANTO A POPULAÇÃO FICA SEM TETO, O GOVERNO TORRA O ERÁRIO EM PROGRAMAS DE BENEFÍCIOS PARA O GRANDE CAPITAL


É difícil defender um governo que se rotula como “Esquerda”, mas só produz programas que encaixaria com total tranquilidade em qualquer “governo de Direita”, minimamente, preocupado com o eleitorado em eleições futuras. O reeditado Programa “Minha Casa Minha Vida” do terceiro mandato de governo Lula é mais um bom exemplo deste “fenômeno”.

Por mais que, aparentemente, se propagandeia que é uma “luz no final do túnel” da moradia, o Programa “Minha Casa Minha Vida” não é (e nunca foi!) um programa de moradia popular. Pelo contrário, com o uso massivo de subsídios públicos, é mais um programa de transferência de recursos do Estado para as mãos das grandes empreiteiras atenderem as famílias que possuem um padrão de renda intermediário, levando em consideração a faixa mínima estabelecida para os padrões imperativos para aderir ao Programa.

Com a nova mudança no programa, anunciada hoje pelo governo, terça-feira, 20 de junho, elevou-se o teto dos imóveis financiados para R$ 350 mil e, por sua vez, o teto do subsídio, no valor de R$ 55 mil. Um verdadeiro “tiro no pé” daqueles que precisam de um teto para morar! Tudo isto é um prato suculento para as empreiteiras ampliarem os valores reais dos imóveis novos ou na planta por todo o país, produzindo o chamado “efeito cascata”, tendo em vista os robustos subsídios governamentais! Temos então os sintomas do capitalismo em seu estado genuíno: a fome incessante de lucros à qualquer custo!

Na onda da reciclagem dos programas governamentais anteriores de Lula, mais um esqueleto foi tirado do baú neste mês: o Programa do “Carro Popular”. Mais uma vez, o subsídio estatal entrou em cena para financiar carros que estão longe do “bolso popular”. Conforme previsto, o efeito de alta nos preços dos automóveis novos ocorreu diante dos subsídios com relação aos esdrúxulos financiamentos do “carro popular”, cujo termo “popular” ficou apenas no nome.

O gasto do erário é exorbitante diante dos programas de incentivo ao consumo de bens! Somente nos primeiros quinze dias do mês de junho, o programa estatal do “carro popular” consumiu cerca de R$ 300 milhões das benesses estatais. Trocando em miúdos: o governo que se diz de “Esquerda” está fazendo a festa do “dinheiro fácil” para alegria de empreiteiras e empresas automobilísticas, ou seja, transferência direta de renda do Estado para o grande capital.

Todavia, a realidade é muito mais dramática! A massa dos brasileiros que vivem no limbo da miséria sequer consegue obter o mínimo para se alimentar, precisando de auxílios como o “Bolsa Família”. Para estes casos, o Programa “Minha Casa Minha Vida” não favorece a implantação de moradias populares de baixo custo.

Segundo pesquisa efetuada pela Fundação João Pinheiro com base no levantamento de dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), estimou-se que o déficit habitacional, em números do ano de 2019, está na ordem de seis milhões de moradias! Em contraste com este número, a partir da promessa do governo e do próprio presidente Lula, o atual Programa estatal deve entregar apenas cerca de 30 mil moradias por ano. Nesta velocidade e mantendo o ritmo prometido por Lula, para zerar o déficit habitacional de 2019, o Brasil demorará cerca de duzentos anos para isto acontecer, ou seja, o tempo que não teremos mais pessoas vivendo em situação precária e sem nenhuma dignidade no país!   

Não dá para esperar que em dois séculos se resolva o problema de moradia no Brasil! Para a dura realidade brasileira, é preciso construir programas específicos, essencialmente estatais, que direcionem para a grande e emergencial demanda da maioria da classe trabalhadora brasileira.

Ademais, é fundamental atender esta demanda de forma mais rápida e menos prejudicial para o famélico orçamento das famílias. A moradia popular deverá ser uma obrigação constitucional que garanta a todos o acesso irrestrito a um teto! É fundamental uma política pública de construção de moradias populares de baixo custo e não ficar apenas financiando e ampliando os rendimentos do grande capital imobiliário.

(Wellington Fontes Menezes)


* Para ampliar a leitura: https://economia.uol.com.br/noticias/agencia-brasil/2023/06/20/valor-de-imoveis-do-minha-casa-minha-vida-sobe-e-vai-ate-r-350-mil.htm

segunda-feira, 3 de abril de 2023

A ESQUERDA QUE O CAPITAL ADORA!


O PT faz o "socialismo às avessas": adora fazer programas demagógicos de transferência de recursos públicos para o grande capital na Educação e alardeia como se fosse um "grande feito"! (Vide AQUI!)

Lembrar que, constitucionalmente, o Ensino Superior não é tarefa dos Municípios. Para variar, o Ensino Básico carece de maior atenção, em particular, o abandonado Ensino Médio público. Certamente, são tarefas mais urgentes e necessárias, antes do Poder Municipal querer se aventurar a entregar dinheiro público aos tubarões dos oligopólios das empresas privadas. 

Para piorar e ampliar o nível "non sense" destas transferências de recursos públicos, estas bolsas, na prática, são distribuídas sem critérios (ou de caráter muito duvidoso!) e, certamente, cairão nas garras dos falaciosos e mambembes cursos de EAD que circulam, tresloucadamente, à todo vapor, no mercado. 

E por falar em EAD, é mais fácil um elefante passar por um buraco de agulha, do que o PT, agora no Governo Federal, se mobilizar contra a indústria da fabricação indiscriminada de cursos EAD e o processo de extermínio da profissão docente do Ensino Superior no país. 

O que mais surpreende é a falta de visão estratégica, mínima, que o PT padece nos últimos tempos. Um dos problemas graves é o PT se posicionar somente por via de sua seleta cúpula de "gestores do partido" e que adora fazer conchavos para a permissiva conciliação de classes e bajulação do grande capital. 

É sempre uma batalha para o partido, militância e simpatizantes ganharem eleições diante de cenários distópicos. Todavia, ao chegar ao poder, a sensação que seus partidários não sabem o que fazem e apostam em velhos pastiches que se mostraram desgastados e inúteis! 

O PT, que ignora as suas bases, não amplia o processo de politização e conscientização de sua militância (cada vez mais embriagada no processo catastrófico de culto à personalidade!), se afasta da luta de classes, se alucina com o catequismo protofascista da insana "guerra cultural", amplia um arco de alianças sem garantia nenhuma de segurança com setores mais apodrecidos e golpistas do dejeto político e, para desgraça maior: abraça todo o ideário neoliberal.

Diante desta cegueira sem lastro, o caminho é a trágica transformação de um histórico partido da classe trabalhadora para uma aristocracia partidária de burocratas neoliberais, lacradores parasitários e oportunistas de rapina. 

Naturalmente, a direita, a extrema direita (incluso as milícias bozofascistas), setores reacionário da sociedade e o banditismo da Grande Midia controlada pelo capital, sempre sedentas por erros petistas, agradecem tanta incompetência, perda de rumo e demagogia. 

A luta social no capitalismo sempre foi à visceral luta de classes que sobrepõe, invariavelmente, as demais demandas. A maior infelicidade do PT, em particular, de sua cúpula sacrossanta, é a sua incapacidade de aprender (e ignorar!) com a História, nem com os próprios erros crassos! O resultado, como já tragicamente sentido, quando o PT se perde, deixa de pautar o debate público político e atirado à lona, a massa dos trabalhadores e os mais miseráveis são os que sofrem, direta e drasticamente, todas as consequências. 

Uma lição clássica que jamais devera ser ignorada, banalizada ou menosprezada. Se as Esquerdas, especialmente, o PT, não sabem impor suas pautas realistas com as necessidades da sociedade e da classe trabalhadora, a Direita e seus extremos (representantes imediatos da ampla burguesia), sabem muito bem fazer todo este processo de aparelhamento e entorpecimento ideológico da sociedade.

(Wellington Fontes Menezes)

59 ANOS DO GOLPE MILITAR: É PRECISO FAZER O ACERTO DE CONTAS COM O BRASIL



CINQUENTA E NOVE ANOS DEPOIS, o legado maldito do Golpe Cívico-Militar de 31 de março de 1964, ainda se personifica em nossos dias. 

Toda a História da República brasileira sofreu um trágico retrocesso do tosco e assassino militarismo, com a subida ao poder no famigerado 31 de março de 1964, até a anistia e "abertura" em 1985. Naturalmente, um processo golpista não se constrói na calada da noite, mas dentro das franjas do poder e curtido na salmoura do tempo. 

A tentação do golpismo militar no Brasil começou, desde a instalação da República, no final do século XIX e caminhou, protagonizando e pautando, os trôpegos passos da vida republicana à brasileira até os nossos dias com a ascensão da milícia-militar de Jair Bolsonaro. 

A reacionária burguesia brasileira sempre se escorou no militarismo como cães de guarda contra qualquer insurreição popular. O "medo do povo" sempre marcou a ideologia da burguesia nascente e se impôs como ideologia de Estado. 

A cidadania, este longo processo de sociabilização da civilidade, sempre foi mitigada e concedida, depois de muitas lutas sociais, em doses homeopáticas e suprimidas de vez quando foi conveniente aos interesses do Grande Capital.

Não haveria o GOLPE DE 1964, se não ocorresse um processo sistemático de abdução das massas promovido pela Grande Mídia, na surreal movimentação contra o tal "perigo vermelho", a criação ficcional do fantoche do comunismo. 

Os mesmos ilusionistas de 1964, estiveram presentes no GOLPE DE 2016, derrubando a então presidenta Dilma Rousseff e, consequentemente, auxiliando a instalação do projeto miliciano de Bolsonaro e sua corja de militares golpistas. 

As inacreditáveis "procissões" de alienados da extrema direita em frente aos quartéis e os bizarros atos terroristas de 08 de janeiro de 2023 em Brasília, só tiveram sucesso com o auxílio, entusiasmo e permissão de parcela significativa dos setores militares. Até agora, diante deste trágico espetáculo da barbárie de extrema direita, ninguém foi punido e tudo se mantém como se nada tivesse acontecido! 

As Forças Militares foram e continuam sendo, uma monstruosidade inaceitável para o país. A Constituição Federal de 1988 foi, extremamente, omissa com relação aos militares, permitindo-lhes, até mesmo, que elementos fardados da ativa e da caserna participem, livremente, da política nacional, inclusive concorrendo às eleições.

Não é possível que passadas seis décadas, o Brasil ainda permaneça sobre a sombra do militarismo! É preciso virar a página do militarismo no Brasil. É preciso punir, sem trégua, o militarismo golpista:

* Punir os monstros de 1964;

* Punir os lacaios de 2016;

* Punir os genocidas que lotearam os ministérios de Bolsonaro, em particular, o Ministério da Saúde, e que fizeram de tudo para ampliar o número de vitimas e mortos durante os momentos mais dramático da pandemia; 

* Punir os apoiadores de terroristas de 08 de janeiro de 2023.

* Registrar e reparar o passado, permanentemente, com a fundamental verdade histórica que jamais tivemos "presidentes militares" durante o Golpe Militar, mas ditadores militares que tomaram o poder pela covardia, autoritarismo, força descomunal e aprisionaram todo o arcabouço da democracia. Por extensão, ao longo da República, tivemos ditadores militares e não presidentes militares.

Não haverá a mínima chance de uma democracia, estável e durável, se o Brasil seguir sendo tutelado pelo parasitismo chantagista do militarismo. Basta de fechar os olhos e colocar, para debaixo do tapete, todo o caldo de terror, autoritarismo e submissão impostos historicamente à nação por parte do maldito legado das Forças Armadas!

Atualmente, o governo Lula, que sofreu um histórico e imperdoável ataque terrorista em 08 de janeiro, tem uma oportunidade e obrigação históricas de construir uma política e legislação que proíba, para sempre, o militarismo e seus membros de se projetarem na política via eleições gerais; proibir exibições pessoais em mídias em todos os seus formatos; vetar cargos públicos aos militares ou exercer qualquer atividade que não seja a de segurança militar registrado na Constituição e punir os históricos responsáveis por tamanha destruição deste país.

Conscientizar, esclarecer, conhecer os fatos históricos é consolidar elementos que possam solidificar a democracia e, resgatar dos escombros, os valores da cidadania.

(Wellington Fontes Menezes)

terça-feira, 7 de março de 2023

"MUSEU DAS FAVELAS": QUANDO A PERVERSÃO FETICHISTA IDENTITÁRIA NÃO TEM LIMITE!

 


Quando é possível acreditar que tudo já foi inventado, surge a realidade para provar o quanto a pós-modernidade brasileira é o próprio sanatório à céu aberto. Diante da epidemia de neuroses identitárias patrocinadas pelo capital, a Prefeitura de São Paulo inaugura um bizarro "Museu das Favelas". 

A idéia da promoção da miséria, que já era grotesca, se transforma em pastiche de carnaval emoldurada em um "museu". Porém, para ampliar o deboche com a vida humana, onde fica o local do surreal "museu" criado pela Prefeitura? Simplesmente, no histórico Palácio Campos Elíseos, situado na região central da cidade de São Paulo, ou seja, um palácio para entronar a miséria!

Trocando em miúdos, a exaltação das favelas é exposta em um palácio, materializando uma ironia escrachada de gritante perversão! Seria tresloucadamente cômico se não fosse um espelho da expressão explícita do pervertido fetichismo  cultural que embriaga cinicamente o Brasil. 

Desta forma, na lógica da insanidade identitária culturalista, o melhor lugar da cidade paulistana para se abrigar é na favela! Logo, as moradias precárias e miseráveis das favelas, onde perambulam insetos e ratos, falta de saneamento básico, ausência de infraestrutura, miséria e todo um sortilégio de violência e precariedade, por si mesmas, mereceriam ser "objetos" de contemplação imortalizados em um "museu cultural"!

A perversão capitalista transforma qualquer delírio neurótico, psicótico ou perverso em mercadoria de consumo. Inclusive, vale ressaltar, o "fetiche da miséria" que é palco constante de ostentação por parte de uma esotérica, irresponsável e festiva esquerda pós-moderna. Vale pontuar que o "fetiche da favela" é uma derivação deste "fetiche da miséria" turbinada com retórica de autoajuda para praticar o alpinismo social. Agora, tal alucinação fetichista foi também capturada e explorada pela oportunista e perversa direita e seus extremistas políticos e que, por sua vez, ocupam gestões administrativas, como é o caso da Cidade e do Estado de São Paulo. 

Ressalta-se que a atual onda de incessantes "'identidades" paridas pelo desejo narcísico individualista se transformou em um valoroso objeto amorfo de usufruto tanto de políticos e militantes da chamada "esquerda identitária", quanto da direita e extrema-direita: o populismo culturalista induz à alienação, visando atrair a atenção e os votos de segmentos inventados como se fossem mais os "descolados" e iluminados da população. Consequentemente, a onda identitária patrocinada pelo capital busca condicionar consumidores de melhor padrão de renda para fomentar novos e lucrativos nichos de mercado.

Diante da miséria cultural que alucina o cotidiano, a Prefeitura de São Paulo, mostra que, ao invés de mudar a realidade miserável de milhões de pessoas que sobrevivem em desumanas habitações precárias, simplesmente, ela sinaliza o contrário. Ainda com dados do antigo censo do IBGE (2010), estima-se que o número daqueles que vivem em favelas ou em condições de precariedade na cidade de São Paulo é superior a dois milhões de pessoas. Vale salientar que estes números estão desatualizados e, certamente, com o rolo compressor das cruéis políticas neoliberais dos últimos anos no Brasil, deve ter ampliado consideravelmente esta população marginalizada.

Com o perverso e patético "Museu das Favelas", o Poder Público, incentivado pelo capital, ajuda a difundir a ideologia neoliberal que busca alimentar a cultura do "empreendedorismo". Essa panaceia mirabolante é vendida como a solução mágica de "superação" da pobreza de forma egoísta e individual. Entretanto, esta mesma ideologia neoliberal oculta as raízes desta pobreza que resulta, diretamente, da brutal desigualdade sociopolítica capitalista. Sendo assim, a pobreza é embalada numa cínica e ignóbil "cultura periférica" sob a forma de um museu para uma classe média "descolada" visitar, sem culpa ou constrangimento, diante do mar da miséria paulistana. 

Não há equívocos nas benesses que a dominação imposta pelos donos do capital oferecem aos trabalhadores e aos descartados socialmente. Nunca pode-se esquecer que se trata de um sistema que precisa, incessantemente, movimentar o capital e a retenção de mais-valia diante da labuta dos trabalhadores. As lições de dominação ideológica e material do capitalismo mostram que, sistematicamente, não há limite para a perversão, exploração e exposição da miséria parida pelo próprio capital.

(Wellington Fontes Menezes)

quarta-feira, 11 de janeiro de 2023

O FASCISMO POPULAR BRASILEIRO GANHOU SEU DIA DE GLÓRIA

 

O dia 08 de janeiro ficará marcado, na história brasileira, como o momento em que o fascismo nacional tentou tomar de assalto o país. Os atos de terrorismo com a invasão dos prédios dos Três Poderes, em Brasília, simbolizou, drasticamente, a inédita investida de um “fascismo popular” que tem origem recente, a partir dos anos 2010. Acreditar que atos tão bem orquestrados e com um número incalculável de pessoas foram organizados, repentinamente, e de forma espontânea é não dar a devida dimensão à gravidade da contaminação da extrema direita no país.

Desde 2013, com o grande ensaio das fascistizantes “jornadas de junho”, quando Brasília foi invadida por uma turba alienada contra o governo Dilma, o país conheceu um novo tipo de política: o "fascismo popular". De lá para cá, o descalabro só aumentou, o país conheceu o maior retrocesso político da Nova República. Jamais, na história brasileira, a extrema direita obteve tanto apoio popular, elegendo um fascista como presidente da república: Jair Messias Bolsonaro.

Neste ínterim, as esquerdas perderam toda a carga ideológica de ação e mobilização popular, ficando à margem de um alienante discurso culturalista identitário que pouco ajuda a entender os ditames da realidade e, tampouco, se forjar como contraponto ao poder e influência da extrema direita. O antipetismo, o combustível incessante da extrema direita na atualidade, nasceu, basicamente, com a grande frustração de setores médios da população, projetada pelo excesso de otimismo irrealista que Lula e o PT geraram na sociedade, desde o início do primeiro mandato, em 2003.

Toda a cumplicidade criminosa da Grande Mídia foi responsável, diretamente, por uma avalanche de disparates contra o PT, Dilma e Lula, culminando na campanha de demonização nacional da "linhagem petista" que, por sua vez, resultou no Golpe de Estado de 2016. Os grotescos erros petistas de não acreditarem em atos golpistas debaixo do próprio nariz e que derrubaram Dilma, foram os mesmos que, neste domingo, os petistas experimentaram de forma ampla e, tragicamente, espetacular. O que precisa mais para o PT compreender e levar a sério a extrema direita no Brasil?

Nunca os protestos contra PT, Dilma ou Lula foram sobre a alardeada “corrupção”. Desde o circo midiático que levou Lula para a cadeia, como resultado na maior farsa jurídica da história nacional, a “Operação Lava Jato”, guiada pelo seu mentor, o político de extrema direita travestido de juiz, Sérgio Moro, o PT sempre acreditou mais em “conciliação nacional”, do que na compreensão dos fatos da conjuntura política.

No substrato da alucinação social, amplos setores da sociedade se fascistizaram na perigosa "loucura das massas": partidos políticos, camadas das polícias em todos os seus segmentos, frações da classe média, pequenos e médios “empreendedores”, grandes patrões que ganharam muito dinheiro nos governos Lula, decidiram patrocinar uma série de articulações golpistas (em particular, a burguesia predatória do agronegócio).

Do submundo das redes sociais e seus perversos “influenciadores” aos partidos políticos, surge do limbo, o maior nome político deste movimento conservador, reacionário e golpista: o miliciano fluminense do Baixo Clero da Câmara dos Deputados, Jair Bolsonaro! Quanto às Forças Armadas, elas sempre foram plasmadas com bases fascistas e produziram um nefasto histórico golpista que se perpetua, até hoje, na história brasileira.

A arbitrária prisão de Lula, impedindo-o de concorrer, em 2018, a mais uma disputa presidencial, foi mais uma arbitrariedade contra o alardeado “Estado de Direito” e uma pá de cal na frágil democracia brasileira. A vitória de Bolsonaro representou a apoteose da crise institucional do país que se arrastava desde o golpe de 2016 e a instalação o governo golpista de Michel Temer com total cumplicidade dos poderes Legislativo e Judiciário. Nenhuma orquestração fascista na sociedade vinga sem ajuda generosa da burguesia, aparelhamento estatal e amplos setores da classe média.

O desejo de demolição da democracia brasileira se tornou a maior obsessão das principais frações da burguesia, visando à destruição de direitos trabalhistas e sociais, além de todas as barreiras que possam impedir a ampliação das potencialidades da acumulação de capital pelos setores detentores da economia brasileira.

Com o contexto internacional da ascensão da extrema direita nas principais democracias do mundo, aqui, em território brasileiro, não poderia ser diferente. O bizarro teatro da invasão do Capitólio, o congresso estadunidense, em janeiro de 2021, foi o maior de toda a história. Liderada pelo então candidato derrotado à reeleição estadunidense, Donald Trump, a malta de obcecados militantes da extrema direita dos Estados Unidos vandalizou o maior símbolo da democracia daquele país. O golpe da tomada do Capitólio foi frustrado, seus delirantes terroristas foram presos e julgados, além dos processos envolvendo Trump.

O ressurgimento de Lula, resgatando o messianismo político, foi vital para derrotar, eleitoralmente, Bolsonaro. Todavia, foi uma vitória tão apertada que não conseguiu cessar o ímpeto da “rebeldia” da malta bolsonarista. Além de qualquer coisa, foi uma tentativa da burguesia de frear os chacais de Bolsonaro que haviam sido liberados e estavam destruindo o país.

Como todo estratagema do golpismo burguês pavimentando o Estado de exceção, derrubam-se governos democráticos, impõem-se fascistas para limpar o terreno, mas depois, há uma dificuldade de fazer os cães voltarem para o canil.

Se não fosse a tragédia da pandemia de COVID-19 que ceifou mais de 700 mil vidas em quase três anos e mais de 36 milhões de casos, provavelmente, Bolsonaro venceria facilmente as eleições de 2022, conquistando mais um mandato! Porém, o jaguncismo bolsonarista faz de tudo para implantar o caos e a morte por atacado, sabotando a saúde pública brasileira diante do paiol de monstruosidades. Bolsonaro, perversamente, implantou a desinformação, o desmantelamento das políticas de prevenção da doença e, pior de todas as pragas, o negacionismo na opinião pública para alienar e matar o maior número de brasileiros.

O compromisso do fascismo é sempre com o caos social, o poder político e a morte daqueles que não interessam aos planos fascistas. Não há ilusões sobre as ações de Bolsonaro que, desde que tomou posse em primeiro de janeiro de 2019, fez de tudo para arquitetar um golpe de Estado e se perpetuar no poder. As cenas lastimáveis do terror imposto pela “rebeldia” da malta bolsonarista em Brasília, neste domingo, 08 de janeiro de 2023, foi uma tentativa calculada de arquitetar um “Capitólio tupiniquim”.

Com a devastação histórica, não sobrou nada em pé nos prédios dos Três Poderes, coração do poder político brasileiro. O dia de glória dos “rebeldes” bolsonaristas chegou com pompa e destruição, repercutindo tanto nas redes sociais, como nos principais noticiários do mundo. Por algumas horas, a capital do Brasil se transformou em uma região sem lei, típica de uma "república das bananas", sendo mostrada ao mundo a fragilidade institucional da nação.

O país e o mundo assistiram com perplexidade uma horda de zumbis, toda ela fantasiada com a camisa verde-amarela da Seleção Brasileira, destruindo tudo pela frente, sem nenhuma piedade pelo patrimônio público e histórico, em nome de uma causa que nem mesmo eles conseguem explicar com mínima clareza, que não seja, a loucura das massas: o “golpe pelo golpe” como sendo o gozo em si mesmo!

De todos os males possíveis, destaca-se que Bolsonaro faz o grande favor ao país ao mostrar que é preciso combater, sem piedade e dubiedade, o ranço golpista instalado estruturalmente na república brasileira. Por sinal, Bolsonaro, um militar aposentado precocemente por seus atentados militares, é um produto da deformação sistêmica da democracia brasileira que anistiou e acolheu, servilmente, todos seus generais golpistas e assassinos da maldita ditadura brasileira (1964-1985).

Não é possível construir e manter ereta qualquer democracia, por mais frágil que ela for, se o Estado perdoar todos os seus demolidores impiedosos golpistas, sem nenhum tipo de punição.

Do caos de Brasília, com suas cenas ultrajantes de vandalismo insano e aterrador, uma lição é certeira: ou Lula começa a fazer um governo que nunca foi feito, com precisão, decisão e energia, ou será derrubado, ampliando os focos pelo país de insanas e descontroladas reações bolsonaristas golpistas. As atitudes dos Três Poderes de se unirem contra os atos do golpismo terrorista de Bolsonaro e sua malta de golpistas são importantes e precisam ser intensificadas.

Chegou a hora da verdade de Lula e da república brasileira: ou acaba com os terroristas, ou eles acabaram de vez com a democracia brasileira. 

 

Wellington Fontes Menezes - Doutor em Ciências Jurídicas e Sociais pela Universidade Federal Fluminense (UFF)

domingo, 1 de janeiro de 2023

⭕ NOVO ANO, ENTULHO VELHO: PARA NÃO SE ILUDIR EM 2023


Não basta trocar o calendário, quando o assunto é política brasileira. Neste primeiro de janeiro de 2023, Lula assume o seu terceiro mandato presidencial, diante da mais grave crise institucional desde a redemocratização do país, em 1985. Abalado por um golpe civil-jurídico-parlamentar em 2016, o Brasil jamais voltou a ser o mesmo. Entretanto, isto não significa que antes era "muita coisa".

Jair Bolsonaro foi o asteroide errante produzido e impulsionado pelas frações em disputa dentro da burguesia nacional para impor "caos e desordem" em nome da reorganização da exploração do trabalho e acumulação de riquezas. Diante da esteira da fabricação da histeria projetada nas massas, o populismo de extrema direita se tornou popular, um fenômeno jamais visto no Brasil. A loucura das massas se tornou o imperativo político considerável, diante de um país perdido em si mesmo, há quase uma década. Nada mais emblemático, entre tantas outras cenas dantescas do sanatório produzido por Bolsonaro no país, do que militantes bolsonaristas fazerem “vigília” nas portas de quartéis em algumas cidades brasileiras a espera do “milagre golpista” após a derrota eleitoral do “mito”!

Foi uma eleição presidencial violenta, dramática e com decisão muito apartada em 2022. De forma emblemática e histórica, Lula venceu por um fio de cabelo de sua barba às eleições e, por sua vez, tem várias missões hercúleas diante de um Brasil dividido entre a insanidade dos apoiadores bolsonaristas e a euforia histérica de um neopetismo. Conforme observado na pajelança do “governo de transição”, insistindo em velhas práticas, entre elas, Lula desejará reconstruir a ilusão da "união entre classes", ou seja, o velho conchavo da "conciliação" entre burguesia e miseráveis. Diante da retomada da força da ampla burguesia, a classe trabalhadora se tornou débil e enfraquecida, tanto política, quanto ideologicamente. 

Possivelmente, projetando o cenário nacional de hoje seja similar ao do início dos anos 2000, quando Lula assumiu a primeira vez a presidências do Brasil, a aposta da conciliação seja seu farol de horizonte político. O desenho do novo ministério de Lula é de uma pobreza de originalidade tão incrível que somente se justifica pela obsessão de praticar a bolorenta “política de conciliação de classes”. Este é um fator que poderá causar muitos problemas para a própria governabilidade do governo Lula diante de um Congresso Nacional que continua sendo um latifúndio do Baixo Clero partidário da Direita e das piores práticas do clientelismo político.

A máquina burguesa de destruição de direitos trabalhistas foi ligada a todo vapor após o golpe de 2016. As alardeadas “reformas trabalhistas” que prometiam gerar “novos postos de trabalho”, foram exitosos engodos. Na prática, tais reformas arrebentaram, ainda mais, as leis que protegiam os trabalhadores (o cínico termo “flexibilização” se tornou eufemismo para destruição!). Ademais, aprofundou a desarticulação sindical e, como esperado, os moribundos sindicatos foram relegados para inúteis entrepostos burocráticos. A palavra "greve" foi, praticamente, banida do vocabulário dos trabalhadores formalizados e o mar de precarização se tornou a regra na retomada do processo de acumulação de capital do patronato.

Nas últimas décadas, o Brasil sofre uma profunda mudança de sua matriz econômica em dois aspectos: retrocesso industrial e ampliação da produção de bens primários. Tal fato reflete, no plano externo, as variações globais da economia e, no plano interno, a luta entre as frações da burguesia por hegemonia e poder. Isto explica, em grande parte, o imenso apoio recebido por Bolsonaro por parte dos setores robustos do agronegócio, setores extrativistas e pequenos burgueses proprietários de negócios.

No campo das lutas sociais, a realidade exposta em desemprego, miséria e fome foi capturada pela ideologia culturalista do "identitarismo neoliberal". Municiado por um viscoso discurso capitalista do "empoderamento empreendedor" com apologia rasteira da miséria hedonista, tudo se resume à extrema regressão cognitiva moralista pautada no catecismo do subjetivismo de uma Santa Trindade obsessiva. Jamais descemos tão fundo no abismo da miséria cultural, educacional e intelectual diante de um período histórico que carece de inteligência, percepção de mundo, união e práxis. A atual vanguarda do “pensamento crítico” pós-moderna vem sendo caracterizado em um mar de oportunistas em busca da ostentação narcísica sendo utilizados como fantoches da nefasta apologia do capital. 

As ilusões sobre apostar todas as fichas em Educação caíram por terra durante a pandemia. A sociedade do capital não sobrevive sem o seu maior ativo: a dinâmica do moto-contínuo motor econômico da visceral sobrevida. A Educação civiliza, mas não produz milagre! O país apostou no modelo educacional e cultural nas mãos da ideologia do capital e, hoje, colhe alienação social sob a forma de analfabetismo funcional e a produção inesgotável de um lastimável aterro sanitário cultural. Logo, se forjou a "tempestade perfeita": submissão ao capital, domesticação da percepção conformada da miséria e o retrocesso socioeconômico como conforto da "alma brasileira".

Pouco adianta reforçar as apostas na ilusão do cotismo na Educação como fugaz "facilitador" de ascensão social das camadas mais baixas da população ou, ainda, a demagógica "paridade de gênero" em cargos de alto escalão da burocracia estatal. Vale lembrar que uma performance narcisíca é igual a trovão: faz muito barulho, mas não produz quase nada real! Na prática é mais do mesmo, ou seja, mudar para não mudar nada! Os frágeis e midiáticos truques neoliberais, que tanto encantam as esquerdas pós-modernas, tem fôlego curto e, na prática, somente, apenas "turbinam" os discursos de violência e ódio da extrema direita em meio ao desamparo social.

O que deveria ser objeto de preocupação por parte da cúpula petista é a total falta de horizonte do frágil projeto que Lula e o PT venderam nas eleições. Por outro lado, como o objetivo maior era a derrota do catecismo de devastação de Bolsonaro, tudo foi validado, inclusive a ausência de um mísero projeto de nação. Velhos artifícios neoliberais como programa de transferência de renda, endividamento por dívida (o "festejado" microcrédito) e "empoderamento" do desempregado, ou seja, o “empreendedorismo para pobres”, não resolve e, tampouco, leva a nenhum desenvolvimento amplo, sério e consistente. Ademais, segue no ar o golpismo arraigado no parasitismo das Forças Armadas que tanto apoiaram todos os golpes de Estado do Brasil, assim como o nefasto governo Bolsonaro e a tentativa frustrada de golpe pelo “mito” durante o período eleitoral e após a vitória de Lula.

A realidade carece, urgentemente, de dinâmica econômica com enfrentamento dos privilégios usurpadores do capital. Combater a concentração de renda dos setores mais parasitários do capitalismo brasileiro deveria ser uma das principais metas de um governo que se autodenomina de "esquerda". Todavia, com Lula e o PT, aparentemente, não estará em pauta esta questão. Sem um programa mínimo de governo, dificilmente o governo Lula sucesso em curto prazo. Lula deveria estimular um sistema de cooperação produtiva entre os trabalhadores, ampliar meios reais de acesso a cidadania, executar projetos de infraestrutura de integração regional (dando ênfase ao setor da circulação e escoamento de bens, como ferrovias e zonas portuárias), ampliação nacional de moradia popular, criação de frentes de promoção ao trabalho e renda, estimulo à massificação da vacinação contra a COVID-19, por exemplo, deveriam compor um projeto mínimo de ação governamental em busca da saída do fosso que se encontra o país.

Sem uma noção clara de que os problemas do país vão muito além do léxico gramatical ou querelas da subjetividade, Lula e o PT terão a árdua tarefa de conduzir o país para outro rumo que não seja a mesmice da retroalimentação de uma economia voltada para concentrar renda em função do deleite de um punhado de capitalistas. Sem tal horizonte em vista, toda a “esperança” poderá cair por terra e apenas requentar as velhas práticas do clientelismo político, ampliação do desemprego estrutural e a perpetuação de uma economia para muito poucos. O resto será subdesenvolvimento e miséria sistêmica. Não há mágica, sem saber os rumos os quais deseja desenvolver o país. É preciso ter mais juízo do que sorte!


Wellington Fontes Menezes – Doutor em Ciências Jurídicas e Sociais pela Universidade Federal Fluminense (UFF)

TRUMP NÃO FOI UM (NOVO) ACIDENTE DA HISTÓRIA. FOI UMA ESCOLHA!

  Quase todas as tentativas de explicação que surgem do campo de uma Esquerda, magnetizada pelo identitarismo, é de uma infantilidade atroz,...