segunda-feira, 15 de julho de 2013

Snowden: Apenas um Mero Caso da Síndrome de Poliana?





Tudo bem que o senhor Barack Obama já ganhou de forma risível o Nobel da Paz. Porém, como é que um ex-agente da CIA, órgão de espionagem dos EUA, que sem mais nem menos, trai o governo em que trabalha e divulga dados sigilosos para o mundo merece ganhar o prêmio Nobel da Paz? Será que o ex-agente da CIA, Edward Snowden, sofre de Síndrome de Poliana, onde de repente começa a ver o mundo como um grande jardim cor-de-rosa?

Somente com muita ingenuidade achar que, gratuitamente, bateu uma luz irradiadora santificada na suposta cabeça poliana de Snowden, um mero e burocrata espiãozinho estadunidense. Logo, supõem que ele acordou saltitante numa bela manhã e resolveu passar de mexeriqueiro à "defensor da liberdade" como prega euforicamente setores da imprensa e de muitos analistas mais entusiasmados?

As perguntas, ainda sem respostas (e duvida-se que realmente se terá com senso mais realístico) que deveria ser questionadas eram quais os interesses por de trás de tanto polianismo: para quem Snowden realmente trabalha ou trabalhou de fato (seria um "agente-duplo", operando para dois lados e qual seria a outra ponta?); quem deixou Snowden na mão e não lhe deu cobertura; e a quem interessa de fato o vazamento das informações estratégicas dos EUA? Qual país do mundo não sabe da existência de redes de espionagem, fato que é tão velho quanto as neuroses esquizofrênicas dos mexericos alheios? Ademais, para simples reflexão, para quem já usou os serviços do Google Maps disponibilizado na internet acha que isto foi criado simplesmente para achar a rua onde o leitor procura de forma benevolente e humanitária?

Vale refletir também que ninguém em sã consciência vai trabalhar num órgão de informações e espionagem oficial, como é o caso da estadunidense CIA, e achar que lá é meramente um seminário beneditino em prol dos direitos humanos, promotora da fé da Santíssima Trindade e cuidadora de criancinhas indefesas. Esta história de heroísmo com síndrome de poliana, gratuito e benevolente cheira tão mal quanto as espionagens dos chefes de Snowden.

Pedir educadamente para que os EUA esqueça as neuroses de grande voyeur mundial é inútil, basta ver quais são os alicerces das políticas de segurança de Washington. Logo, os governos prejudicados com as armadilhas de espionagem deveriam ter mecanismos mais firmas de autodefesas e menos promíscuos, mas na prática, os discursos não batem com os interesses imediatistas.

Agora, diante de tantas premiações para líderes contestáveis, quem pode levar a sério o Comitê gestor do Prêmio Nobel?



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