domingo, 14 de julho de 2013

O Neoliberalismo Social: a Faceta Armamentista.





A cordialidade pacífica do brasileiro é mais um outro mito entre tantos de rondam o imaginário das pessoas. Não somos tão cordiais assim e tampouco tão querubins perante outras sociedades. O aumento da compra de armas reflete a sanha do engodo que para se proteger da violência dos grandes centros urbanos seria buscando na corrida armamentista, a solução mágica contra ela. Diante disto, para os caubóis de plantão, todas as lógicas de "autodefesa pessoal" caem por terra, do ponto estritamente das Leis da Física, o tempo de reação do indivíduo é sempre menor do que aquele que aponta certeiramente o dedo no gatilho, no entanto, a crença continua presente e engordando o lucro sanguinário dos fornecedores de armas.

Por sua vez, o Poder Público finge que não é com ele a conta do mar de sangue e violência brutalizada. O fator fundamental é a percepção da deficiência da polícia na prevenção global do crime cotidiano e que contribui para a sensação de insegurança e fomenta o imaginário armamentista.

Naturalmente, a questão social continua relegada à último plano em uma sociedade eminentemente consumista, inserida em gritantes desníveis socioeconômicos e que a todo momento patrocina o status de poder de consumo. Logo, não poderia ser diferente no reflexo da criminalidade baseada na violência explícita.

A corrida armamentista é um reflexo contundente do desastre do neoliberalismo social na sociedade que se tornou tão voraz e impregna no imaginário popular a solução do empreendedorismo unipessoal. Sendo assim, na cartilha de sobrevivência do deserto neoliberal, para todos os males terrenos, a justiça se faz com as próprias armas do cidadão.

Em tempo: Diante de tantas armas de fogo em poder de pessoas que não tem a menor habilidade para manuseá-las, ainda terá alguns saudosistas do revolucionarismo jurássico que acharão que isto será o caminho para alguma transloucada revolução! (Aliás, quando o sangue é alheio, quem se importa?)



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