segunda-feira, 15 de julho de 2013

As Ilusões da Pornochanchada de Ostentação







" 'Claro que é São Paulo, capital das notas de 100', canta MC Deleste dentro de um helicóptero cercado de mulheres, bebendo champanhe em uma piscina e passeando nas avenidas da capital paulista com uma BMW vermelha." (Folha de S. Paulo)
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O revolucionarismo é coisa de intelectual e de românticos perdidos em passado quase distante. No mundo da realidade pós-moderna, os esquemas estruturantes do capitalismo subliminar são os que comandam corações e os poucos neurônios operantes dentre de um sistema de massacre do indivíduo e ostentador do lado mais sombrio do narcisismo.

Como apoteose do pobre remediado que tem o grande sonho de ser tornar um "burguês", o mesmo que se critica com raiva nas bordas periféricas, mas que se transforma em uma inveja patológica de muitos garotos e meninas da periferia. A mídia, a todo o momento, convida avidamente seus bestializados consumidores de plantão: "ter é ser", traduzindo de outra maneira, "eu só existo na medida em que consumo". 

No vazio oceânico de perspectiva do futuro doutrinadas pelo neoliberalismo social e imersa no consumismo desenfreado, a marginalidade e a contravenção se tornam elementos fundantes de uma ordem e servem como ilusórios e imediatos trampolins que transfere da vida precária para a ostentação da luxuria.

Como uma simbologia tipificada e um onírico "estilo de vida", diante de um lastro de incertezas e a precariedade da vida material, eis o ritmo pornochanchada sonora do "funk ostentação", banalizando o descarte da vida e glamourizando o consumismo neurótico como pedra filosofal, no lastro da atual psicopatologia da vida cotidiana.

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