A sexualidade, ou melhor, o delírio da fantasia da sexualidade, é mais uma mercadoria que dá lucros para o capitalismo. Pouco é importante discutir de forma minimamente séria ou mais madura tais questões, se não for um grande arroto de pornochanchada sem nexo e estereótipos sexuais.
Fugir da realidade com encenações carnavalescas não contribuem para a construção melhor reflexão sobre o ser humano. Neste nicho de delírios narcísicos, temos a hipertrofia do ego no afã do seu puro narcisismo. Entre grupos heterofóbicos e homofóbicos, onde ambos é o puro desejo reverso e assim se (re)criam das suas faltas estruturais das suas personalidades.
Por exemplo, em São Paulo, a "Parada Gay" e a "Marcha para Jesus" tem o comum o distanciamento da racionalidade em prol da promoção de produtos os quais o lucro dos seus organizadores é promovido pelo ódio ao "inimigo" e a mistificação que tanto uma irreal pansexualidade como uma não-sexualidade são elementos fundamentais para o ser humano. Todavia, o desejo de cada grupo supostamente antagônico é fazer frente ao ódio do outro, ou seja, o Outro é o meu objeto recalcado de desejo na sinfonia das mobilizações histéricas.
O entrechoque das suas queixas é o produze como elementos estruturantes. Será que alguém para desenvolver sua própria sexualidade mais madura carece de todo um espetáculo carnavalesco cujo subproduto é a ostentação da imbecialidade?
Estamos no século XXI, e quanto à sexualidade é discutida e promovida por eventos e atitudes histéricas e estereotipadas, o capitalismo triunfa lucrando com a estupidez explícita dos seus consumidores para além da genitália.
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