terça-feira, 30 de junho de 2015

Contra a sociedade do fanatismo e do ódio, penalizar os elos mais frágeis é a mais torpe canalhice.


Os nobres deputados picaretas que sempre ficam impunes dos seus crimes e ainda tem proteção especial para não ser incomodados por suas patifarias, agora, abusam da tentativa de emplacar a demagógica PEC 171/93 que visa a redução da maioridade penal, querem colocar na conta do lado mais frágil da sociedade, jovens pobres e sem rumo, a conta da vingança social irracional.
É de uma sordidez sem tamanho enjaular adolescentes juntamente com outros presos nas putrefatas escolinhas do crime que virou o sistema penitenciário brasileiro. Se a solução mágica do encarceramento da forma que é conduzida no Brasil fosse sinal de recuperação do penitenciado e diminuição da violência, teríamos outro cenário que não seja a quarta maior população carcerária do mundo.
A violência no país é estrutural e não será penalizando indistintamente jovens pobres da forma mais cruel possível que iremos amenizá-la, pelo contrário, não é apostando no ódio vingativo social turbinado por parte de uma mídia sensacionalista, fascistóide e irresponsável que obteremos melhores horizontes.
É trágica esta guinada canalha que a politicagem nacional vem adotando, e a Grande Mídia ecoando um discurso do fanatismo apelativo do medo, da violência e da incitação ao ódio. O discurso simplista que tenta divulgar de forma mentirosa é que para resolver a violência praticada pelos adultos e conduzida por eles, deve-se penalizar crianças e adolescentes. 

Sim, há casos pontuais de grave violência cometidos por menores, mas que devem ter tomadas medidas específicas para cada situação (para isto, as leis já estão na praça, é preciso aplicá-las corretamente). Ademais, quem acredita que algum adolescente burguesinho irá ser punido por eventuais crimes? O discurso do fascismo brasileiro é do ódio contra pobres, pretos e desvalidos sociais.
A sociedade brasileira, ao contrário que possa aparecer o belo discurso cordato do "cidadão de bem", traduz manifestações evidentes que demonstra não se importar seriamente com a educação de suas crianças e jovens coletivamente no âmbito de jovens mais pobres e em situação de risco. Bastar ver as condições depauperadas de escolas públicas estaduais e da carreira docente, temos o exemplo gritante de São Paulo que padece extremamente enfermo com sucessivos e desastrosos governos tucanos, é o mais rico estado da federação onde se optou pela desconstrução do sentido educacional em promoção da barbárie institucional.
Ao penalizar os elos mais frágeis de uma sociedade perversamente injusta e desigual, os políticos de Brasília, em especial àqueles mais reacionários, demagógicos e com seus gordos rabos cheios de dinheiro fazendo coro de palanque e inventando soluções mágicas tendo em vista uma sociedade acuada, egocêntrica e preocupada mais exclusivamente com os próprios narizes perdendo em vista a totalidade do conjunto social.


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