Que o governo de Geraldo Alckmin é especialista em "foder" com a categoria docente, não resta dúvida! Que é um grande “filho de uma puta”, mau-caráter e canalha, também não é novidade alguma! Ao professor, humilhado de todas as formas, seja pela vergonhosa esmola que lhe é pago , seja é sistematicamente corroído pelas péssimas condições de trabalho e segurança, resta-lhe duas coisas: adoecer ou exonerar.
Alckmin, assim como todos os tucanos dentro da dinastia paulista, fingiu que nada existia, nem greve, nem professores, nem sequer se existe Educação Básica. Logo, o desgaste natural de uma greve, os dias cortados e descontados na folha de pagamento, a insegurança da “normalidade” e a frágil credibilidade de um sindicato que prima pelo peleguismo se torna empecilhos reais para a desmotivação do ser humano na condição de "professor", que em geral, se acostumou a viver na barbárie cotidiana dos últimos anos.
Sabemos que sociedade brasileira mais reacionária, ou seja, aquela parcela com voz ativa e mais recursos, pouco está interessada na Educação. Logo, ela totalmente desinteressa se temos os piores índices educativos, uma vez que o grande feito de pais e mais da classe média é mimar seus próprios filhos e fazerem deles adultos idiotizados no futuro. Quem liga para Educação de pobres? Quem realmente se importa se temos uma sociedade cada vez mais pateticamente conectada em aparelhos eletrônicos e "desplugada" da realidade?
Alckmin sabe que os professores são passivos e que a Educação Básica não afeta diretamente a produção imediata das engrenagens capitalistas e sequer nenhum grande patrão o qual seria financiador de campanhas eleitorais tucanas. Logo, é fingir que esta tudo bem e tocar o barco da ignorância perversa.
Com a desmotivação da profissão e a ausência de uma carreira, os melhores professores não ficam e apenas os que "estão" professores a ficar ocupando espaço. Logo, cada vez mais o nível profissional dos professores tenderá a cair e a mediocridade sistemática impera de forma natural. O senso de criticidade e realidade se tornam cada vez mais distante e mais fácil para qualquer governo ou sindicato leniente operar. A "tia" ou o "tio" cede lugar do profissional de educação.
Na mediocridade dos debates atuais, a sociedade se preocupa muito mais com questões narcísicas, as questões da histeria sexual, o xingamento da presidenta ou a culpabilização de um único partido por todas as desgraças do país. A banalidade do debate sobre genitálias parece ser mais instigante do que entender que não podemos nos afundar no poço do obscurantismo e do fanatismo narcísico-capitalista. Qualquer coisa que for completamente estúpida, sensacionalista e indolor para o capital é porta de entrada para grandes bobagens ditas nas mídias e redes sociais. Nosso cotidiano é estreito, tacanho e, essencialmente, medíocre.
Qual o sentido da Educação em tempos de estupidez crônica? Não somos melhores do que se estabeleceu por aí e, pior ainda, tampouco desejamos mudar a realidade. Se o mundo é outro, não faz parte do pequeno umbigo narcisista, não interessa o melhor apreço de atenção. Assim, é a lógica o qual um governo medíocre sequer dá atenção a um pilar fundante de uma sociedade moderna que é a Educação. Afinal de conta, quem se importa para a Educação de fato numa sociedade tão medíocre quanto o governo que é o representante desta mediocridade? Temos um belo convite para o retorno ao período das trevas e da ignorância autoritária.
A mídia é uma ferramenta eficiente que entorpece a mente da grande massa da sociedade alimentando a mediocridade e contribuindo com a manutenção desse tipo de governo.
ResponderExcluirRosangela de São Bernardo do Campo