Infelizmente, os discursos da profundidade do pires de uma parte de uma esquerda (ou pelo menos que restou dela!) que não sabe mais para onde caminhar, se maquiou numa espécie de "esquerda festiva delirante" cujo discurso-chicleteiro é ficar com crise psicanalítica sobre a hiper-pluri-mega-sexualidade, se manifestar para liberar tudo quanto que é tipo de droga destrutiva (e num passe de mágica a violência mundial irá virar purpurina com as cores do arco-íris), achar que todo machismo é obra do Capeta (O Diabo é masculino, é claro!), cotizar toda a vida em jargões politicamente corretos, criar uma legião de narcocapitalistas oficializados que explorarão o entorpecente "legalizado" atrelada a uma legião de consumidores-zumbis. Uma belíssima plataforma reivindicatória após overdose de Fluoxetina!
Para colocar a cereja da utopia da fase oral freudiana é balbuciar frases-feitas sobre o Estado que é feio, bobo e mau e, naturalmente, tudo é culpa da polícia que é chata e malvadinha. Ah sim, toda a desgraça social faz parte do esquema diabólico da Copa do Mundo, este evento inédito na história do planeta Terra. Por sinal, pela lógica do esquerdismo esquizofrênico, o megaevento é culpa também do Capeta! (Sempre ele, e isto deverá ser bem claro!)
Parece que estamos em tempos não apenas acéfalos, mas perigosamente estúpidos. A esquerda não poderá se reduzir a discursos de pastelões delirantes e hilários. Se a realidade fosse tão simples, viver seria apenas um exercício de retórica.
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