quinta-feira, 15 de maio de 2014

Os “protestismos” oportunistas na retro-modernidade




Estamos assistindo uma ótima representação dos novos "protestismos" infanto-juvenis. Uma tentativa de reeditar os protestos catárticos do ano passado. O "fake" do "fake" no país da miséria política e dos oportunistas eternamente de plantão. Entre legítimo ou não, a onda é protestar por protestar, independendo do que seja a reivindicação.

Da esquerda temos uma agenda de neuroses obsessivo-compulsivas ornamentada pelo overdose de alucinógenos pró-legalização de mais lixo social. Da direita, temos a truculência clássica de sempre com aperitivos de estarem à deriva dos seus projetos megalomaníacos. Portanto, as ideologias reinantes na ordem do dia seguem no absoluto ralo da esterilidade de visão de mundo.
Na onda do auê por mundo, o importante para os tais mimadinhos fascistinhas é passar a imagem de alta politização "contra o sistema" (leia-se tudo é feio, mal e bobo) via redes sociais com o assassinato massivo da Língua Portuguesa.

O autismo político do país apenas e tão somente permite que as estruturas mais arcaicas e conservadoras continuem na perpetuação do seu poder político. É mais importante, hoje, mostrar as fantasias sexuais e adornos cosméticos pró-modernidade esvaziada em praça pública ao invés de reestruturar uma construção orgânica de fundo coletivista.

Os tais protestos sem lastros se transformaram numa horda hipernacísica de adoração à si mesmo em torno do mundo feio, malzinho e bobo. Mais uma vitória do neoliberalismo na sua vertente social, a imbecilização do mundo por via do esgarçamento das patologias, medos e frustrações unipessoais, a hipertrofia do modelo do auto-interesse hiperconsumista. No Brasil, é patente a visualização progressiva deste modelo "politicamente correto" de aneurisma político.

Culpar a Copa do Mundo por todas as mazelas sociais é de uma infantilidade tão estúpida quanto achar que todos os problemas estruturais brasileiros somente existem após a entrada do governo petista no comando do Governo Federal. Claro, que muitos destes tais "protestimos" oportunistas de araque, que de ingênuos não tem absolutamente nada, serão usados intensamente para uso eleitoral. É fundamental separar o joio do trigo, do que é real e o que é factóide.

Ademais, é preciso extirpar este complexo de vira-latas que nada é possível fazer neste país com a síndrome bipolar da neurose verde-amarelada: ou é cópia mal-feita ou é desgraça absoluta. A hipermodernidade está merecendo ser batizada de retro-modernidade à brasileira.

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