segunda-feira, 19 de maio de 2014
Populismo acadêmico: muita demagogia na ausência de realismo.
Populismo pode ser considerada, grosso modo, como uma artimanha de dar peixes e pães com um belo discurso sem lastro com a realidade. O programa de turismo acadêmico como o populista "Ciências sem Fronteiras" é mais um exemplo de como angariar e dourar projetos pífios com estrito interesses eleitorais. Não se produz pesquisadores críticos transformando-os eles em adoráveis e alegres turistas saindo do ensino médio.
Não bastar mandar os neófitos para tirarem fotos para o Facebook fora do país, isto em nada agregará de fato para a Ciência nacional. Deveria-se utilizar melhor os recursos aprimorando as fragmentadas universidades brasileiras. Para quem duvida da penúria da realidade, bastaria simplesmente, andar por seus campus e ver suas carências estruturais, em particular, o caso das universidades federais.
É muito bonitinho ter a filha ou filho "estagiando" em alguma universidade do mundo à custa do erário sem sequer cumprir a graduação básica dentro do território nacional. Claro que sempre terão histórias lindas e aventuras magníficas para contar, uma "experiência de vida" para os filhos e netos dos turistas acadêmicos e todo aquele romanceiro comovente de folhetim televisivo.
Todavia, não vamos perder o foco do ideal necessário para ampliarmos a produção e participação científica. Daí o dilema óbvio de projetos demagógicos como o programa federal "Ciências sem Fronteiras": seria para desenvolver a Ciência nacional ou tapar o rombo financeiro das universidades em dificuldades econômicas devido o lastro da crise de 2008?
Se quisermos "internacionalizar" pesquisas, que ampliemos os programas de Pós-Graduação dentro das universidades, que contratemos pesquisadores estrangeiros para operar em nosso território, ampliar intercambio de docentes, que deixemos de lado a prostituição e do jogo de cartas marcadas dos processos seletivos dentro das universidades e que o profissionalismo e a ética estejam em primeiro plano, por sinal, quase sempre esquecidos nos meios acadêmicos.
O resto é papo furado governamental em busca de votos na eleição. Demasiados gastos desnecessários e sobram demagogia e carência de absoluta realidade.
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