terça-feira, 24 de março de 2015

Estaríamos fadados à eterna estupidez?


A estupidez tem de terrível o poder assemelhar-se à mais profunda das sabedorias.


Diante de um oceano de estupidez da imprensa, saiu mais um bom artigo do experiente jornalista Mino Carta na “Carta Capital” desta semana e que reflete a atual conjectura de pré-eutanásia brasileira. A este respeito, passamos a refletir: estaria o Brasil fadado a ser um estereótipo de si mesmo? Incapaz de promover saídas dentro do seu próprio calabouço? Que estranho país é esse que sabota seu próprio futuro com riso colérico? Pior ainda, gozar servilmente diante desta sabotagem suicida!

Entre crise e mais crise, qual é o tipo de elite que temos que aposta contra seu próprio país e deseja sangrar até a exaustão toda pouca carne conquistada à duras penas? Nossas elites são colonizadas, repugnantes, perversas e, pior ainda, são psicopatas! Não é estranho a ninguém. Preferem o cheio da bosta estadunidense ao suor do seu próprio povo! Uma classe média que fica feliz em limpar latrina de gringo se prostituindo por alguns dólares e a viver excretando seu ódio primitivo contra seu próprio país nativo. Desta gente, somente poderemos esperar a eutanásia!

Como uma fantástica fábrica de notícias, de opinião em opinião, de novela em novela, de alhos com bugalhos, se faz uma mídia golpista que se julga jornalística! No momento, a nova brincadeira (aliás, não tão nova assim!) bancada com farto dinheiro na imprensa com ares golpista é cuspir na cara do PT, a nova deliciosa Geni, aquela da canção do Chico Buarque. O prazer de jogar bosta no PT, o novo Judas da pátria de 200 milhões de santos! Um país tropical tão canonizado e puro cujo único mal é não saber escolher políticos para seu autogoverno. Será? Como seria possível produzirmos nauseantes excrementos políticos numa nação de puritanos? Quem pariu Renan Calheiros e Eduardo Cunha? Que tipo de esgoto brotou gente desta natureza? O narcisismo alucinógeno tupiniquim delirante na onda dos neo-indiganados cujas caras de ovelhas ordeiras sequer fazem corar sob o holofote de algum “pau de self” em postagens nas redes sociais. Quem inventou o novíssimo cinto de castidade brasileiro? Seriam seus autores os neomoralistas tucanos do PSDB protegidos vorazmente pela Grande Mídia?

O que seria impensáveis anos atrás aconteceu: a realidade pervertendo qualquer ficção. Acreditamos em falácias midiáticas e o resultado foi visto uma fantasmagórica procissão golpista a jorrar em ladeira abaixo toda construção democrática conquistada por sangue, suor e bordoadas: o desdém irresponsável pela democracia e o flerte com o fanatismo militarista. Naturalmente, tal procissão de zumbis políticos não seria possível sem o incessante chamado orquestrado pelas mídias manipulatórias. Um verdadeiro circo criminoso e selvagem! Em nome da democracia, vamos destruí-la porque alguns iluminados não gostam do biquinho da presidenta! O dia 15 de março do presente ano possivelmente ficará marcado na histórica como a marcha da vergonha brasileira. O despejar de ódio em xingamentos insanos e grotescos contra a “vagabunda” da presidenta Dilma Rousseff e o PT não poderia ser possível se não fosse à construção ideológica com todas as artimanhas podres da Grande Mídia que diariamente inunda os noticiários de televisão, jornais, revistas e portais de internet apregoam um vil maniqueísmo tão sórdido quanto das campanhas de desestabilização do governo de Getúlio Vargas em 1954 e de João Goulart, em 1964. O perigosíssimo teatro farsesco da intolerância a todo vapor ou como de uma maneira surreal, as “pegadinhas do Faustão” em plena praça pública! De fato, foi inacreditável o show de bizarrices estrondosas na Avenida Paulista com a complacência da Polícia Militar que inflacionou os números e as catracas livres do Metro de São Paulo do senhor tucano governador Geraldo Alckmin!

Sim, reafirmamos com convicção: queremos nos "auto-implodir"! Talvez um caso raro na história nas nações, mais próximas de algum país da África e sua eterna e triste vocação para o precipício do caos. Viva o barco afundando! Na mais estúpida agonia, moleques fascistas desmiolados e marmanjos retardados pregam em praça pública e nas redes sociais um golpe de Estado em nome de caçar seus próprios direitos. Mas que diabo é mesmo esta tal "intervenção militar”? Oras, para os estúpidos de plantão, bastaria ver nos guetos cariocas o que é o exército nas ruas, no Complexo da Maré ou do Alemão. Melhorou alguma coisa? Somos ou não somos otários?

No campo da condução do país, erros políticos, erros econômicos. O que todo mundo sabia, mas o governo petista quis desmentir a História. Ferrou-se! Apostar em um “pacto social” com a direita e a velha trupe dos ratos da politicagem foi colocar a cabeça nos trilhas a espera da locomotiva passar. E piuííí, sorria, está passando!... Pouco adiantou ampliar tantos ministérios como bocas de fumo do Planalto Central para alocar parasitas do poder. O PT apostou na "revolução conservadora" via consumismo das classes proletarizadas e precarizadas e está colhendo a maior campanha midiática contra um partido na história deste Brasil. O PT apostou em um perigoso jogo e quem vira poder tem a grande probabilidade de engolir lama, muita lama e a também expelir lama. Pior de tudo, o PT, inerte com tantos sopapos, parece uma criança deslumbrada vendo um brinquedo na vitrine vendo outro alguém levá-lo para casa. O trem da história passando por cima da história petista. Sem reagir? Da direita à esquerda, o gozo teatral é bater com o pau no partido! Quem resiste à tanta pancada? E do outro lado? E afinal, que a direita propõe? De Aécio Neves, o pior senador do país segundo folhetim oficialesco dos tucanos, a fascista Revista Veja, apenas poderemos esperar uma declaração ridícula, típico de um político playboy irresponsável e patético, e muita praia com bebidas e mulheres no Leblon.  

Falando de realidade concreta, quem tem medo do progresso brasileiro? Sim, progressos materiais e simbólicos nos anos Lula-Dilma são inegáveis e quem os questionar faltará com a verdade e sobrará a cara-de-pau dos mentirosos e aproveitadores de plantão. Todavia parece que o modelo de neodesenvolvimentismo neoliberal com adendo social da era petista se esgotou e, como o final de ciclo, agora é preciso redefinir novos horizontes. Possivelmente, se tive coragem, com olhares mais amplos e promissores. Mas cadê a coragem no discurso de Dilma e de seus assessores mais imediatos? A mesma coragem emblemática que sobrou ao ex-ministro Cid Gomes que apontou o dedo na cara dos “achacados” dentro do Congresso Nacional. Aos que experimentaram mortadela com gosto de caviar, agora nem mais a gordura da mortadela parece fazer efeito. Daí, o apelo dos abutres fascistas da mais fina elite da podridão brasileira em promover o ódio também das classes sem gordura de mortadela.

A presidenta Dilma, figura honesta, mas pouco paciente com os conchavos políticos, se cercou de um punhado de incompetentes (uns mais, outros menos) em nome de uma tal “governabilidade” (que anda muito capenga!). Selou pactos com o demônio e beijo a cruz do PMDB. Por sua vez, os brasileiros doaram seus votos para uma matilha maldita que parasitam o Congresso Nacional. A democracia representativa é um cheque em branco para endossar toda a camarilha de safados mamadores de tetas suculentas da brasileiríssima nação.

Quem poderia acordar deste transe que se encontra o país? Da atual classe política é uma piada de mal gosto, das duas extremidades, com raríssimas claridades. Da cultura, quem pariu sertanejo universitário, quinze anos de Big Brother com direito a festa de debutante e funk ostentação é melhor esperar por uma violenta diarreia cultural. Da classe intelectual, com raras e caras exceções, quando não pende para absurdas posturas golpistas e autistas parecem estar preocupadas com as paisagens do Champs-Élysées a espera de um charmoso café e muito glamour. De resto, um mar de silêncio que é ate possível ouvir uma sinfonia de cigarras e grilos. Que lírica fossa brasileiríssima de tenebroso silêncio!

Paradoxalmente, nunca tivermos tão perto de passar para a história como o momento mais propício de combater a chaga da corrupção na alma brasileira e, mesmo assim, acreditamos estar no fim do mundo. Escândalos e mais escândalos, novos, requentados, embolorados. Afinal, é preciso produzir um noticiário para entoar que o Apocalipse de São João, o novo síndico brasileiro, é aqui! Tempos estranhos onde às poucas vitórias se transformam em derrotas acachapantes!

Quem fomenta tanta crise certamente quer que o país exploda e volte a sua eterna "idade das trevas" dos trópicos? Naturalmente, alguns devem adorar os velhos tempos do beijo da bunda de alguma agência de empréstimo bancário, ou simplesmente, nosso velho amigo, o FMI. Certamente, muitos dos que hoje se apresentam como neo-indignados estão com uma baita saudade do sangue dos joelhos rastejantes dos emissários brasileiros em prol daquelas esmolas! Teimamos em nos auto-sabotarmos e negarmos nossas próprias possibilidades de mudança. Para isto, a fina flor da burguesia e seus puxa-sacos pequenos burgueses batem panelas das suas empregadas após a bela janta noturna. Mais um ridículo teatro de intolerância e estupidez em nome da exaltação do ego igualmente estúpido.

Uma explosão de gozo que revela nossa incompleta imaturidade histórica e imbecilidade mundial. Aos que apostam no retrocesso, as possibilidades são grandes. Porém, aqueles que ainda relutam em entregar tudo de mão beijada com direito as bicadas tucanas, é preciso acordar, respirar e lutar. Caso contrário, é deitar-se em berço esplendido e adeus!
Logo, estaríamos fadados a sermos eternamente estúpidos?


quinta-feira, 19 de março de 2015

A diferença entre saber se posicionar no mundo em que se vive e viver plugado no mundo da insana fantasia manipulatória.


É sensível o provincianismo tacanho que vive o cenário nacional.

Enquanto na Europa a luta é contra os pacotões de austeridades neoliberais, aqui no Brasil a sanha é pedir de forma escrota e estúpida um golpe de estado e intervenção militar.

Talvez os tais brasileiros perdidos no tempo e no espaço devem ser os únicos do planeta a fazerem manifestações em praça pública a favor da censura e da própria violação dos seus direitos. Coisas tais que somente a ignorância política e a estupidez cega do mundo poderia produzir de forma tão tosca.

Unidos na crise econômica, porém estamos muito distantes dos europeus. Não apenas na cultura, mas, sobretudo na construção política dos povos. Aqui alguns optam por serem zumbis dos meios de comunicações golpistas, quanto os europeus preferem ouvirem suas próprias sensibilidades na luta de novos tempos, pois o mundo do "walfare state" europeu está se derretendo.

A luta por um novo mundo depende do fim do analfabetismo político. É inadmissível que parte significativa da população sequer consiga entender conceitos mínimos de política e, pior ainda, sequer entende a diferença entre o céu e a terra.

Logo, quanto maiores as mentiras dos cafetões da política e maiores as manipulações da Grande Mídia a serviço do caos no país, mais difícil será construir qualquer nova alternativa política quando os sujeitos-cidadãos estão imersos num mar de ignorância primitiva


segunda-feira, 16 de março de 2015

O clube dos golpistas midiáticos: a Folha de S. Paulo é a nova Revista Veja para jorrar desinformação.


O jornal paulistano Folha de S. Paulo se tornou a nova Revista VEJA, o fascista folhetim tucano semanal. Curioso é que seus articulistas optaram pela política de acreditar que a presidenta é acéfala e tudo é culpa dela. Fernando Rodrigues e Josias de Souza, hábeis jornalistas, parecem agora serem "procuradores da voz golpista das ruas", tal é a postura de querer "peitar" o governo e sem nenhuma solução prática.

Com o título "O asfalto ferveu, mas a ficha de Dilma não caiu", Josias de Souza diz nas entrelinhas que Dilma é inapta, o Ministro da Justiça não diz coisa com coisa, e que o governo "não ouve a voz do povo". Quando Dilma diz alguma coisa, os jornalistas da FOLHA dizem que ela está errada. Quando ela não diz nada, os mesmos dizem que ela é omissa.

Este é o jornalismo "sério" praticado pela FOLHA, que lançou calendário de protestos golpistas no seu site e a todo o momento inflava, ontem, na página inicial do seu portal os falsos números astronômicos de "participantes democráticos" que exigiam o golpe de Estado. Lançou em letras gigantescas que na Avenida Paulista tinha um milhão de zumbis, depois tiveram que recuar para 210 mil com seu promíscuo DATAFOLHA.

Para a Grande Mídia que fabrica ódios para flertar com o golpe, o importante é destruir toda a credibilidade e confiança do país diante do Governo Federal. Tal como em 2013, onde a catarse ainda era mais difusa, mas contra o Governo Federal. Agora, a meta é concentrar na figura da presidenta Dilma, regurgitar fatos passados como novos, forçar sua imagem como uma "corrupta" para incitar os "neo-indignados" fazerem o trabalhos sujo golpista em nome da "democracia".


É fundamental que o cidadão perceba a movimentação da desinformação destas mídias golpistas que não tem menor compromisso com a democracia. Tal como foi no passado, tal como esta sendo agora. 

domingo, 15 de março de 2015

EU APOIO A DEMOCRACIA E DILMA ROUSSEFF CONTRA A TENTATIVA MIDIÁTICA DE GOLPE DE ESTADO.


Independente das posturas neoliberais do Governo Federal, o que está em jogo, no momento, é a democracia deste país. Eu apoio a democracia e o governo eleito nas urnas de Dilma Rousseff.

Aos amigos e amigas que embarcaram na ONDA GOLPISTA ventilada pela Grande Mídia, meus pêsames pela falência múltipla dos neurônios. Tenho a certeza que as maiorias de vocês sequer não estão entendendo a gravidade de tomarem posturas GOLPISTAS e FASCISTAS. Afinal, sequer devem nem se lembrar da palavra ou nunca ouviram falar com precisão do termo "fascismo".

A democracia é o melhor dos arranjos de grupos sociais, seria melhor ainda uma democracia socialista. Mas a luta contra o capital foi, é e será de longa data. Agora, a questão é preservar nossa democracia, mesmo que ainda incipiente, parida com suor e sangue de toda uma geração de diversos brasileiros.

As redes FOLHA, ESTADÃO, REDE GLOBO, RECORD, BANDEIRANTES, GRUPO ABRIL entre outros tentáculos da GRANDE MÍDIA dão destaques para manifestações que elas mesmas vem construindo ao longo dos últimos meses. Apostam da falência da memoria histórica e da histeria contra a tal "corrupção".

É fácil canalizar ódios primitivos contra uma única pessoa ou grupo político, no caso, temos o satanização de Dilma e o PT. Todavia, contra governadores tucanos do PSDB, como Aécio, Alckmin e Beto Richa, em seus respectivos estados, nada é falado. Nenhuma crise destas regiões é dita, tudo é abafado e esquecido, pois a onda do momento é dar um GOLPE DE ESTADO numa presidenta que foi reeleita há poucos meses pela maioria da população.

Protestar é um direito cívico. Compactuar com golpe de Estado é assinar um atestado de demência política cujas consequências trágicas já cansaram de mostrar a todos. O golpe é destituir um governo legítimo à bel-prazer de outro grupo adversário ou de elites político-econômicas nacionais e/ou estrangeiras. Somente quem não sabe o que é um GOLPE DE ESTADO é porque pouco se interessou pelos destinos da nação, da própria família e de si próprio, ou simplesmente, fugiram das aulas de História.

É preciso conhecer minimamente a história e reconhecer as conquistas sociais dos últimos dez anos nos governos do PT. Não chegamos a nenhum Paraíso, mas tampouco chegamos aos rincões de uma África Subsaariana. A maioria legítima dos brasileiros e brasileiras sabe disto e reelegeu Dilma Rousseff. Estar descontente com rumos da economia ou alguma situação pessoal ou social é legítimo, todavia não é legítimo patrocinar GOLPES DE ESTADO contra a sua própria sociedade e sua própria democracia. Aliás, é seguramente um atestado de insanidade política!

Quem não gosta de política, não é crime! Todavia, quem não gosta de política tem a obrigação pessoal de entender sua participação na sociedade e não se deixar ser usando por qualquer que seja a fomentar atos de profunda destruição da sociedade.

Protestar ou reivindicar é um direito, ser BOI DE PIRANHA para grupos fascistas/golpistas é uma escolha!


CONSTRUINDO O FOSSO BRASILEIRO: A crise da atual realidade e a fabricação midiática de uma crise histérica com ares golpistas.


1.   A onda do momento o “protestismo golpista”

A nova moda alardeada pela Grande Mídia é o “protestismo” cujo mote é achincalhar o governo Dilma e o PT fazendo ventilar o engodo que o desperjar de soluções mágicas reacionárias e golpistas resolveria qualquer crise a qualquer momento. A questão posta em pauta não é protestar (fato este legítimo dentro de qualquer estrutura social), mas é pertinente saber os motivos (com mínimo de senso de realidade) pelo qual se está se protestando sob o risco de ser mais um títere nas mãos de manipuladores de plantão! Todavia, o conhecimento mais pausando da realidade em tempos de muita conexão de (des)informação deslumbrada parece se tornar nula a construção sináptica reflexiva. Um velho filme acinzentado começa a se repetir, cujo enredo a história recente brasileira mostrou-se como termina de forma lastimável!

Imaginemos se, por hipótese, em pleno horário nobre, a Rede Globo mandasse todos seus telespectadores pularem da bela Ponte Rio-Niterói em nome da “pátria”? Seria a marcha para o grande rio de zumbis! Faltaria espaço para tantos suicidas voluntários diante daquela quilométrica estrutura fluminense. Em nome do Brasil, a pátria onde figuras que a classe média e boa parte deste pessoal neo-indigada adora achincalhar com a ideologia do colonizado, agora dizem que vão lutar pela nossa "pátria" (leia-se contra os pobres, contra Dilma e o PT e, também, contra tudo que é feio e bobo!).

O surto repentino de “brasileiros patrióticos” parece ser tão verdadeiro quanto uma nota de três reais. A onda do panelaço “gourmet” dos bairros nobres paulistanos diante do pronunciamento da presidenta Dilma em 08 de março foi um exemplo do quanto de reacionarismo patético ronda as alas mais reacionárias e burguesas da sociedade.  Temos assim, a sapiência escorrendo pelo nariz e pela extremidade do intestino grosso dos neo-indignados da Grande Mídia. Tal como a onda catártica de meados de 2013, o “protestismo” volta a se ensaiar mais uma vez como farsa diante de uma grande fogueira de desinformação e ilusões infantilizadas.


2.   A História como parâmetro

Em 1964, na fervura pré-golpe, tivemos manifestações em praça pública ditas “populares” com o rótulo "Marcha da Família com Deus pela Liberdade", fato este que serviu de catapulta para a tomada do poder pela estupidez dos militares derrubando o governo do presidente João Goulart. O mote da “corrupção” e da suposta “ameaça comunista” eram frequentes na boca de seus participantes. Tais palavras de ordem desencadeadas por uma turba foi marcada por devaneios políticos alicerçados pelo poder da Grande Mídia da época. Ademais é falso dizer que tivemos um golpe “somente” militar no páisl, mas sim tivemos um golpe civil-militar no Brasil, cuja amálgama foi a adesão considerável de parcelas das classes médias e burguesia atrelada com a força opressiva e bélica dos militares.

A influência golpista dos Estados Unidos em fomentar diversos golpes não deve ser esquecida dentro na América Latina e, particularmente, no Brasil daquele período (casos emblemáticos aconteceram na Argentina e no Chile). Nunca nenhum grupo isolado em ondas golpistas conseguiu algum êxito sozinho. É preciso uma pré-estrutura para que, de fato, consiga ter “sucesso” a proposta de alteração radical da ordem vigente, ou seja, um golpe, propriamente dito o termo.

Recuando no tempo, dez anos antes, em 1954, onde a União Democrática Nacional, a UDN, e partidos da centro-direita forçaram um movimento golpista de tomada do poder fabricando uma onda de descontentamento midiática-popular contra o governo do presidente Getúlio Vargas. O resultado desta contenda contra a persistente fragilidade democrática nacional foi o suicido de Vargas e o país mergulhado em nova crise institucional. O coroamento das estruturas golpistas contra Vargas e a débil democracia brasileira ecoaram no golpe civil-militar de 1964.

Hoje temos muitas diferenças entre 1954 e 1964, e a onda dos “neo-indignados” se apresenta mais restrita, pulverizada e setorizada. Dilma não é nenhum Vargas ou Goulart (muito longe destas duas figuras centrais na política nacional), e também o PT não é uma estrutura tão frágil tal como foram seus partidos da época. Hoje os movimentos sindicais e os sindicatos, apesar dos pesares e com todas as contradições internas destas agremiações, se encontram mais fortes do que estava há mais de cinquenta anos atrás. A democracia brasileira se encontra mais consolidada, apesar de continuarmos a viver com enormes disparidades econômicas e sociais. Contra Dilma, os grupos do ódio apenas regurgitam a acusação, diga-se bem claro, sem provas, de que ela seja “corrupta, feia e boba”. Uma consistência tão firme tal como geleia de miolos moles! É na aposta da fraseologia infantil e da pouca aderência da memória histórica que a Grande Mídia e setores mais reacionários apostam suas fichas golpistas.


3.   A verdadeira crise sem retoques

A atual crise econômica é o resultado de um modelo que sofre duplo impacto: o desgaste em apostar na famigerada opção quase que estritamente neoliberal com algum viés social e a difícil conjuntura externa (ainda arregimentada pelo lastro da grande crise internacional de 2008). O Brasil conseguiu se “blindar” como pode da crise que grassou por todos os Estados Unidos e Europa, só que nenhum país da periferia capitalista consegue resistir por muito tempo, apesar dos avanços da economia brasileira dos últimos dez anos. A demanda reprimida deu fôlego ao consumismo do mercado interno com ajuda de diversos incentivos por parte do Governo Federal nas gestões dos dois mandatos de Lula e o primeiro mandato de Dilma. O resultado do esgarçamento da fórmula adotada de um modelo econômico abalado por crises internas e externas é a opção de Dilma foi apostar numa equipe do Ministério da Fazenda neoliberal e adoção de medidas impopulares, queixas generalizadas e de curto fôlego diante do quadro presente. Na falta de horizontes, optou-se pelo caminho requentado mais simples e o resultado é o que já se esperava: insatisfação popular e baixo crescimento econômico.

O golpista mote de Grande Mídia foi se apegar no caso da Petrobras. Os interesses por detrás de empresa estatal são tão enormes quanto profundamente obscuro. A pressão para que ela seja vendida não é de agora e muito já se tentou fazer a sua entrega para a tal “iniciativa privada”, principalmente nos dois governos do ex-presidente tucano, Fernando Henrique Cardoso. Sintomático que o mesmo partido, o PSDB, que mais queria entregar à estatal a preços de banana para a iniciativa privada se diz hoje tão preocupada com sua defesa da empresa. Curiosamente, a questão da novela mexicana em torno da corrupção envolvendo a Petrobras é apenas a cereja do bolo do mote de destruição política das estruturas de governo de Dilma atrelada a uma matilha eleita pelos próprios brasileiros dos piores congressistas dos últimos tempos. Dilma, na prática se encontra em dificuldades nas duas casas legislativas presididas por figuras do esgoto da política nacional.

Os recentes ataques especulativos através da alta crescente do dólar é um sintomático mecanismo de entender que o cafetão capitalismo financeiro do vampirismo rentista aposta da desestabilização do governo Dilma. A virtualidade do mundo financeiro contra a materialização do mundo dos que trabalham e sustentam este ciclo de operações de extorsões econômicas.
Ao invés de taxar grandes fortunas, o atual modelo econômico defendido pelo ministro Joaquim Levy é de preferir fazer o autista modelo de sobrecarregar com impostos os trabalhadores, cortar gastos sociais e recuar trabalhistas e, depois, redistribuir com serviços incipientes (para isto, dão o nome de “austeridade fiscal”). Paradoxalmente, quem mais deveria estar indignado com as políticas neoliberais de Dilma seriam setores à esquerda do espectro político, e não como acontece hoje, à direita e seus extremos insanos que sempre apoiou medidas de austeridade econômica que prejudicam sempre os trabalhadores em detrimento do desenvolvimento nacional. Daí a certeza que o movimento não é contra a economia do país, mas contra a figura política do grupo que atualmente está ocupando o poder (mesmo que não consegue governar sozinho).


4.   A campanha midiática de excitação ao ódio

Sobre as tais passeatas e os ódios expurgados nas redes sociais pedindo “impeachment” da presidenta é a prova da demência política que vem ecoando em setores mais extremos, antidemocráticos e estúpidos da sociedade. O PT deixou de ser um partido de esquerda do início dos anos 1980 para ser o maior partido ideológico dos anos 2000 de todo o continente americano. A vitória nas urnas e a ocupação de ciclo de poder no Planalto o tornaram vulnerável às intempéries inatas do poder e o natural desgaste da imagem do partido, levando em consideração a incessante campanha de destruição da imagem partidária perante um avançado monopólio de informações da grande elite econômica que forma o que chamamos de Grande Mídia. Em nome da tal “liberdade de expressão”, a permissão para expelir mentiras, falsas acusações e produzir toda uma campanha de excitação histérica de apelo ao ódio primitivo.

A arte de “ser governo” empurrou o PT para o minado campo de alianças com setores mais atrasados e reacionários do país. A aliança com o PMDB, o maior partido do país deriva de um emaranhado de interesses da elite dominante, foi o maior exemplo do retro-desenvolvimentismo petista e a opção por um governo cada vez mais dócil, conservador e passivo com os interesses que não estavam em suas bases históricas.

Sim, o PT tem culpa da crise que se atolou e deve refletir a respeito dos seus erros crassos. Mas não é exclusivamente culpado por todos os fracassos, fato este seria de uma extrema falta de senso político! O messianismo político é uma patologia dentro do imaginário popular o qual apenas resulta em ressentimentos, ódios e niilismos inúteis.

Se formos apontar erros do PT enquanto governo, certamente a opção pela “revolução cosmética” sem mexer nas estruturas fundamentais da sociedade brasileira foi um dos maiores erros do partido ao acreditar que fazer alianças com setores da direita e de grandes especuladores vampirescos, por si somente, seria garantia de estabilidade, lealdade e governabilidade. O preço da ilusão da “governabilidade indolor” foi a da fragmentação da legenda e a erosão do patrimônio ético e político do partido. As consequências são notórias e o desânimo de sua militância se tornou visível na dispersão de legendas de elementos que saíram de suas fileiras.

É fundamental ainda lembrarmos que no Brasil vive sob a égide do “presidencialismo de coalizão”, ou seja, nenhum partido governa sozinho e não consegue impor sua vontade se não angariar forças políticas (leia-se, aderência ao clientelismo fisiológico imediatista). Daí a dificuldade concreta entre o sonho idílico do “Lula lá” e a realidade do mote conservador do “Lulinha, Paz e Amor” (em alusão à flexibilidade de Lula para compor alianças políticas).

Diante de mais um horizonte com ares golpista no Brasil, é claro, que somente com o apelo à um carnaval da demência histórica promovido pela Grande Mídia para reviver um clima de 1954 e 1964 visando quebrar a norma democrática e jorrar ódios histéricos contra Dilma e o PT. É importante ressaltar que nenhum erro de Dilma, a figura da presidenta, até agora, justifica qualquer pedido de “impeachment” de um governo recém-reeleito pela maioria dos brasileiros. O campo das elites dominantes que nunca se conformaram com o PT no poder (a intolerância pelo seu significado simbólico), mesmo que o partido tenha feito concessões ao limite do inimaginável e os ganhos desta flexibilidade petista. Sendo assim, é mais fácil canalizar o ódio para uma pessoa um dado segmento social bem específico, ou seja, no caso, a presidenta e seu partido.

Todavia, é sintomático o ridículo de todo o teatro da burguesia que quer empurrar ideologicamente para a adoção de um pensamento reacionário sectário uma classe média desnorteada e abalada psicologicamente. Muito sintomático é o fato explícito dos veículos da Grande Mídia poupar todos os demais partidos políticos de direita e políticos mais reacionários do poder (como é o caso do mineiro ex-presidenciável Aécio Neves e o “queridinho” da Grande Mídia paulista, o governador Geraldo Alckmin), em particular, é visível a canonização política do PSDB como sendo a nova UDN golpista do momento.

Ainda que incipientes, as significativas conquistas sociais e o acesso a uma parcela que saiu da pobreza extrema para o consumo é, por si mesma, motor de um tipo de ódio narcísico e perverso da Casa Grande. Ademais, é sintomático que em parcela de emergentes narcíseos, a memória histórica do ambiente o que o sujeito surgiu é apagada por uma sanha de “novos tempos de bonança”. Em tempos de crise econômica, o medo de voltar ao estágio inicial de sua escalada diante da pobreza repercute de forma histérica e reproduz tons de brutalidade e ódio. Portanto, diante da crise, todos os gatos uivam como lobos. As queixas são desnorteadas e escorrem para o ralo de um autismo político que não geram demanda política com consistência: ao sabor dos ventos da manipulação midiática, o sujeito grita o que não entende e balança a cabeça pelo que menos entende ainda. É um ciclo do analfabetismo político explícito e patológico.


5.   Um turvo horizonte e saídas para a crise

Relembrando o grande pensador alemão da Escola de Frankfurt, Theodor Adorno, e a educação para evitarmos a barbárie. A falência da educação é a construção exponencial de "homens de bens" (a farsa conservadora do bom-mocismo) em ejaculadores de ódios, anteparos de fobias e carniceiros de sua própria existência. Neste fosso do autismo político, toda uma Alemanha bem esclarecida caiu no desejo de reconstruir sua estrutura narcísica e a canalização por parte um exímio orador, como Adolf Hitler e o seu grupo desfraldando uma bandeira pintada com uma suástica nos anos 1920 até final de 1940 (e ainda continua vivíssimo no imaginário e ações políticas do Velho Continente)! A crise alemã que desencadeou após a Primeira Guerra (1914-1918) foi fundamental para a histeria nazista tomasse corações e mentes de um povo que era considerado um dos mais cultos de toda a Europa.

As lições da história estão aí para serem aprendidas e, principalmente, refletidas. O autismo político às replicam no ápice da histeria e da demência do fanatismo social sempre em nome de uma elite que quase nunca sai dos alicerces reais do poder. A aposta de uma sociedade consumista sem lastro de cidadania construiu uma horda de brasileiros com concepções niilistas, uma passividade acrítica e de fácil mimetização aos discursos perversos de golpismos sem maiores reflexões jorrados pelas elites através dos seus mecanismos de comunicação.

Um exemplo da falência da Educação e da ação crítica de um povo, entre outras várias opções do estilhaçamento da cultura poderá ser visto nas estéreis e estúpidas programações televisivas, a cultura do hiperconsumo descartável e a histeria sintomática de pessoas e grupos alienados e motivados por informações deturpadas nas redes sociais. Ao contrário do que imaginava os mais eufóricos, a internet e as redes sociais não são “a revolução da informação”, mas sim, a extensão das mentiras, limitações e debilidades coexistentes nas caducas programações televisivas midiáticas nas mãos dos grandes grupos de ideologia dominante.

A manipulação de desejos e ódios continua tão viva e catastrófica tal como foi arregimentada no passado. Do ponto de vista político, Sem um acordo que busque uma coalização dos grupos mais progressistas e uma guinada para atender os anseios dos mais precisam do Pode Público, a crise poderá se estender com resultados mais desastrosos. O chamado “pacto social” dentro de uma democracia como a brasileira ainda é um dos mecanismos a serem operados em momentos de crise. Todavia é necessário, mais uma vez, que o Governo Dilma busque um novo pacto social levando em consideração as reais demandas dos brasileiros e as necessidades vitais daqueles que mais precisam ser cuidados e amparados e, fundamentalmente, buscando setores à esquerda, sindicais,  movimentos sociais e setores mais progressistas da sociedade.

A selvageria em jogar grupos frágeis na esteira da crise econômica é o pior dos caminhos e o que repercutirá inevitavelmente em sintomas sociais de extrema gravidade de violência e marginalidade. A este respeito, temos na América do Sul, oriundo dos sinais visíveis dos nossos vizinhos, que tanto a Venezuela quanto a Argentina começam a sofrer diante das suas respectivas crises dentro de suas limitações de poder, forte insatisfação das elites econômicas locais com ares golpistas e problemas da produção interna e circulação da riqueza na economia.


É preciso que haja a calma necessária e a ação política mais enfática do Governo Federal, que busque se aproximar das esquerdas e dos movimentos sociais mais democráticos e legítimos, para que a profundidade do fosso não se torne um túmulo. As medidas necessárias ainda passam também pela democratização da mídia e a quebra do monopólio destas verdadeiras cadeias de comunicações reacionárias que expelem ódios primitivos e desinformação para toda a sociedade. 

sábado, 14 de março de 2015

Brevíssima Psicopatologia do Ódio.


Nada mais reconfortante para o sujeito fervilhando com seus temores interiores do que encontrar uma tábua de salvação para o ego trincado, abalado, atordoado.

O outro é o sujeito a ser abatido, sem dó, sem piedade! Temer o outro é temer a si próprio.
No campo do indivíduo, ele se encontra sozinho e desorientado.

No campo do coletivo, ele ejacula este rompante persecutório e se aglutina em guetos para o pulsar de suas fobias e ódio arraigados.

O inconsciente grita e a fala/ação/salvação se torna a catapulta de sua agressividade instintiva sem lastro com a realidade aparente.

Eis a fundação psíquica de um grupo ou partido de viés fascista.

quinta-feira, 12 de março de 2015

A fabricação do ódio em protestos financiados por dinheiro obscuro é tão sujo como qualquer outro ato de corrupção


Aécio Neves, um senador tão sóbrio do quanto galo cego de ninha de penosos, dá uma de "nega maluca" e assume seus "rompantes de menina-moça", joga cachaça na fogueira e diz: "não sei de cuspo ou engulo". Assim como toda a cúpula "neoudenista" tucana, alimenta ódios, promove e financia atos golpistas e diz que não são com eles. Todos santos com Alzheimer!

A FOLHA, tal como fez nas manifestações catárticas de 2013, coloca um mapa a la “Google Maps” dos encontros da confraria dos golpistas pelo país e diz que isto é "democrático". Mas não faz o mesmo com as manifestações das esquerdas, MST ou do MTST. Por que será?

Um bando de crianças “marmanjadas” autistas que fugiram das aulas de História com militância pagas por "ilustres desconhecidos" dos obscuros e fascistóides MBL (Movimento Brasil Livre) e do "Vem Pra Rua". Reclamam da corrupção, mas não se importam em receberem dinheiro sujo e obscuro para organizarem movimentos golpistas. Quanta ética destemida, hein?

Assim caminha a turba do ódio alienante bancado pela elite calhorda e patrões descontentes contra Dilma e o PT. Uma vez que, segundo os neomoralistas de plantão, não importa o que seja, tem que evacuar todo o ranço persecutório inconsciente criando pela Grande Mídia contra o atual governo federal, mesmo que a crise esteja internalizada das instâncias dos governos estaduais, como é caso do Estado de São Paulo e do Paraná e suas crises "invisíveis".

Uma mobilização tão verdadeira quanto às verdades daqueles que se acham nos novos paladinos da ética. Santo na política não existe nem no céu da boca da onça politizada. A política não carece de santos (principalmente dos santos que despertam aos cinquenta minutos do segundo tempo da vida política nacional), mas de posturas éticas e de ideal de proteção aos mais carentes e desassistidos pelo Poder Público. Também somente de ética não se faz política, é preciso à ação transformadora politico e social e, consequentemente, não meramente um convento de freiras assexuais.

No teatro que alguns querem ejacular, temos fabricado um farsante retrato banguela ao estilo dos golpismos de 1954 e 1963/64, nutrida por uma parcela reacionária da sociedade que apenas quer excretar o ranço do ódio por alguma coisa, mesmo não importando ou sequer sabem com exatidão do que querem de fato.

Neste meandro todo, Dilma não se posiciona e não indica de fato que a natureza das manifestações fabricadas é mais um golpe à democracia. Ademais, prefere se encastelar e se refugiar em assessores e "conselheiros" pouco confiáveis. Pouco adiantou aplicar medidas tucanas e estúpidas na economia, sabendo que eram praticamente inócuas. Preencheu seu longo quadro de ministérios de reacionários e vampiros da política, buscando uma governabilidade que está longe de aparecer. Quanto mais Dilma tenta agradar a direita, mais ela é violentada por esta mesma direita que tanto a odeia. É preciso que Dilma acorde o quanto antes... E urgentemente!

Todavia, podemos gostar ou não do governo neoliberal de Dilma, mas é completamente falso contestar sua legitimidade dentro dos trâmites eleitorais brasileiros. Porém não impede que se façam críticas (elas seguramente devem ser feitas!), mas sem se comportar como marionete golpista movimentado pelo espírito parasita e desagregador da Grande Mídia. Alimentar ódios é alimentar a mescla do delírio inconsciente entre dor/alívio/angústia.

O ódio é pulsional. Sua construção deriva de uma alucinação não-racional. O ódio não se dialoga, mas poderá ser tratada e amenizada no divã. A pulsão de morte destilada e amplificada pelo desejo de uma liberdade egóica infinita e autista que apenas existe na manifestação da demanda por ódio coletivo e senso da perda do semblante da figura paterna. A cegueira política é o fardo que grita em todos aqueles que gozam com o vilipendio alheio, porém não é capaz de sustentar seu próprio ideal de Eu.

Hoje, o que vemos fabricado pela Grande Mídia, é um destilar de ódios irracionais e a ilusão que tudo irá ficar melhor se jogar catarticamente "bosta na Geni", tal como diria Chico Buarque, logo a presidenta Dilma se tornou a atual Geni, pois "Ela é feita pra apanhar/ Ela é boa de cuspir". O desejo democrático se transformou no desejo de pulsão de morte, ingenuamente libertador. Neste caldo, todos os abutres sorrateiros afinam os bicos a espera dos primeiros corpos esticados ao chão.

segunda-feira, 9 de março de 2015

O fundo do poço: os "pitis" da classe média histérica e patética paulistana.


Nossa podre elitizinha pequeno-burguesa que adora defecar perfume dando seus pitis ridículos em pelo dia internacional da mulher, 08 de março. Ficar vaiando o pronunciamento da presidenta em seus aposentos dos lares é sinal que a demência está avançada. O senso do ridículo parece não ter fim nesta gente que bebeu muita água podre do volume morto da SABESP.

Por sinal, muita mulher da pequena burguesia que fica cheia de vertigens com agressões dos homens sexistas brasileiros, porém não mediu esforços para xingar outra mulher, a presidenta Dilma.
Aqui na zona leste de São Paulo, num conjunto de bairro de trabalhadores e não tem a frescura dos prédios com belas sacadas e empregadas para serem maltratadas por seus esnobes padrões que adoram comer mortadela e soltar o bafo de caviar, nada se ouviu, além da imensa chuva que caia lá fora e a torneira seca da SABESP.

Sim, temos uma certa classe média de "bosta", assim como temos uma burguesia que coloca estrume na cabeça narcísica desta classe média ridícula e fascistóide paulistana manipulada por via da Grande Mídia.

Assim, seguimos com a certeza de que a elite está muito bem no percurso de querer a todo o momento dar um golpe de mídia contra a democracia. Mas os fascistinhas não irão passar, não vão querer reeditar mais um golpe na nossa democracia. Não vão reeditar 1954 contra Getúlio Vargas e 1964 contra João Goulart.


Chega desta gente ridícula, capacho da elite e golpista dentro de nossa cambaleante democracia! Os fascistóides não passaram!... 

sábado, 7 de março de 2015

O riso corre solto: na televisão, PSDB e PTB dando um show de histerias e farto cinismo


Não há nada mais divertido do que "spot" de propaganda de programa política, aquele de trinta segundos de pura zoopolítica circense. Na televisão aberta, no momento, temos agora o PSDB e o PTB. Porém, entre tantos spots escrotos partidários, ninguém consegue ser mais cínico que os exibidos pelos tucanos. Merecem um Oscar de curtíssima-metragem com idéias de um filamento de uma lâmpada de tungstênio.

Em seus spots, os programas do PSDB são apresentados por um homem negro e uma mulher negra (com cabelos estilosos), ecoando o discurso do apocalipse e dizendo que o partido atucanado estaria muito preocupado com os direitos trabalhistas. É para enfartar de tanto gargalhar! Se e somente se, acrescido com muita ingênua acreditar que os tucanos, justamente os branquelos de Higienópolis tucanos estaria preocupados com a população negra e com direitos do trabalhador. Deste modo “preocupado” de com o PSDB vem se expressando na televisão é da preocupação que a raposa tem com as galinhas!

O outro spot é do PTB, o partido da farsa trabalhista, com uma marionete loira oxigenada como âncora dizendo que Dilma quer destruir a liberdade de imprensa. Somente se Dilma fosse uma completa anta ditatorial, que deixaria toda a Grande Mídia canalha inventarem um Coliseu de mentiras contra ela e a mesma ignorar todos estes fatos! Qual país sério que toleraria que uma meia dúzia de famílias parasitas ocupem praticamente todos os ramos das comunicações de forma a impor ideologias, padrões de consumo e cultura? Somente no circo brasileiro!

Daí para espalhar o besteirol em cadeia nacional, o PTB procurou ventilar que um fundamental projeto de regulação democrática da mídia que hoje é vampirizado pelos cartéis da Grande Mídia seria para roubar a tal "liberdade de expressão". No Brasil, a tal "liberdade de expressão" vem sendo confundida com a livre manifestação do ódio, mentiras golpistas e preconceitos toscos e primitivos. Pura piada de péssimo gosto!

Eis o nível dos partidos retrógrados e reacionários ! Inventar mentiras, criar um falso clima de apocalipse e jogar querosene na fogueira da fabricação de histéricos com Alzheimer. Quanto maior a fabricação do medo, maior a elasticidade histérica de um povo que não se sente capaz de raciocinar com maior coesão. Somente resta dar muitas gargalhadas para tamanho cinismo calhorda apregoada bem diante da tela impregnada de lixo político televisivo.

TRUMP NÃO FOI UM (NOVO) ACIDENTE DA HISTÓRIA. FOI UMA ESCOLHA!

  Quase todas as tentativas de explicação que surgem do campo de uma Esquerda, magnetizada pelo identitarismo, é de uma infantilidade atroz,...