sábado, 31 de maio de 2014

A provinciana classe média da ingratidão





Contrariando o velho cinismos de alguns, o PT realizou o sonho da luxúria de muita gente da classe média. Foi o partido que mais alavancou o ideal pequeno-burguês que estava estagnado há décadas. Não adianta alguns baterem o pezinho no chão. A realidade é estatística. Fria, burocrática e real.

Depois alguns membros mais xenófobos da classe média ficam torcendo seus narizinhos empinados contra o governo do PT de Lula e Dilma e impondo um terrorismo midiático sem sentido. Pura histeria sem nenhum lastro com a realidade. Alias, as manifestações catárticas que pipocaram desde o ano passado é uma prova do descolamento entre o desejo idealizado nas altura e o ódio antipetismo (contra o Pai da Horda) e os números da economia da presente realidade. Vão esperar o quê dos tucanos? Privatizarem os sonhos idílicos consumistas desta mesma pequena burguesia e vendê-los por alguns trocados?

Quer dizer, quando interessa, nossa fina pequena burguesia esnoba os gastos nos "States" até estourarem tudo quanto é limite dos maravilhosos cartões de crédito. Quando não interessa, ficam querendo atear fogo no país até com a bobagem infanto-juvenil de boicotar a Copa (ou seja, vão todos comemorar os feriadões do futebol com todo o churrasco preparado). A questão não é gostar ou não do PT, mas de observar os números da economia da luxúria para esta camada em especial da população. 

Nossa classe média provinciana e conservadora além de pura ingratidão pelos retrospectos econômicos favoráveis ao consumismo desenfreado, é muito burra ao se negar entender nada de economia (ou pelo menos, ter uma memória com mais honestidade).

Se o PT ajudou alguns com a Bolsa Família (que tanto mal-estar causa em certas pessoas quando veem outras comendo alguma coisa), certamente ajudou muito mais com as bolsas não-oficiais da luxúria pequeno-burguesa. O resto é puro fascismo infantilizado.


quarta-feira, 21 de maio de 2014

Canalhices eleitoreiras: a tática da fabricação do medo.



Há um sintoma claro que até e durante a Copa a ordem é buscar ao máximo desestabilizar as cidades-sedes da Copa do Mundo e atingir a imagem do Governo Federal. Outra questão que é bem clara: está mais do que na hora do Prefeito Fernando Haddad estatizar o sistema de transportes de São Paulo que está nas mãos do podre sindicato dos motoristas pelegos e a máfia das cooperativas das peruas/vans (ligadas ao PCC). Ontem, terça-feira, foi um exemplo escroto e covarde desta turba que deixou o paulistano que depende de coletivos à deriva, em plena tarde de dia útil, com uma inusitada greve dos transportes públicos. Qualquer manifestante grevista com consciência coletiva sabe que isto não se justifica e não é procedente da forma que foi realizada.

O que foi visto ontem foi a mais pura canalhice de grupos mercenários para buscar produzir o caos. Aliás, nada mais mercenária que a máfia dirigente do sindicato dos condutores. Não foi nenhuma cândida manifestação trabalhista, mas o uso maquiavélico de alguns interessados nas próximas eleições se aproveitando dos holofotes da imprensa internacional que estão cobrindo os preparativos da Copa do Mundo. Na mesma esteira está o sindicato dos professores municipais, cujos salários são os melhores remunerados da rede pública (muitíssimo além da rede estadual que há mais de duas décadas está sob o comando tucano) que curiosamente está entrando na "pilha" contra a prefeitura paulista que é do PT. Muito curiosamente a manifestação de grupos dos sem-tetos que romperam com o MST, agora se torna um braço "independente" para bradar contra o Governo Federal (leia-se, presidenta Dilma). Grupos pontuais de policiais, incluindo a Polícia Federal, de repente, paralisam suas atividades em nome de uma "melhor segurança pública", coisa que eles nunca fizeram isto com maior desenvoltura. Por que somente agora?

Certamente o alvo se torna mais tangível. O que se percebe é que alguns grupos natimortos, de repente, saem dos seus túmulos e começa a peregrinar na cidade cujo alvo definido é atacar a Governo Federal criando um clima de instabilidade institucional e lucrar dividendos políticos (diretos ou terceirizados), agora, com holofotes internacionais com "Padrão FIFA". Agora, a massa amorfa protestante de meses atrás começa a reestruturar em pequenos grupos mais orgânicos, como objetivos pouco edificantes e utilizando de táticas de medo, destruição e incitando a uma suposta "ingovernabilidade". Um fétido odor de ranço golpista com carinha de bom-mocismo democrático. Novela velha, preocupação constante!

Temos graves, muito profundos e complexos problemas sociais que são notórios. O Governo Federal nas gestões de Lula e Dilma não avançou da forma que grande parte da população esperava e, pior ainda, patinou em fortes questões éticas que causaram descontentamento e desesperança. Todavia, é sintomático que uma onda reacionária com cara de "manifestação cívica" novamente começa a sair da tumba buscando criar uma sensação de insegurança e medo. Até mesmo elementos de uma esquerda festiva e de minguada reflexão, que não tem nada melhor para propor para uma factível realidade, também está sendo bem usada neste processo de fritura sistemática da imagem de Dilma. Curiosamente, figuras com o governador de São Paulo, o tucano Geraldo Alckmin, com a boca seca e corrupção a todo vapor sobre os trilhos, em nada é atingido. Será mera coincidência?

Diante de tamanho convite para a fabricação do caos, há bicos e penas em festa, e particularmente, um certo baladeiro mineiro, antes insosso, já poderá começar a regalar os olhos e brindar com alguns pileques os novos horizontes com ares de bolorentos factóides. A zorra promete muito barulho em grandiosos discursos vazios.

terça-feira, 20 de maio de 2014

A perda de horizonte.




Alguns escritos de Vladimir Safatle me agradam. Qual deles? O Safatle-acadêmico, professor universitário da USP com bom uso da Psicanálise e Sociedade. O que tenho visto ultimamente é um Safatle-politiqueiro, justificando o injustificável e utilizando a filosofia como justificativa egocêntrica para sua própria candidatura ao irreal governo de São Paulo.

Logo, de cara, Safatle que não tem experiência nenhuma em gestão pública quer se governador. Claro que todo desejo é fruto de sua estrutura, faz parte do condicionante do comportamento do indivíduo. O desejo é o que nos mantém estruturalmente vivos e dinâmicos. Todavia, a minha pergunta é que tipo de contribuição realista Safatle quer dar a sociedade, a política e o próprio partido ao desejar atear fogo no circo e depois cair fora disparando para todos os lados?

Os intelectuais devem contribuir, sim, para a sociedade, faz parte da construção do magma fundador entre a retórica acadêmica e a realidade da práxis cotidiana. Sair da zona de conforte e debruçar-se sobre o que não é tangível. Creio que insistir em candidaturas que não irão levar a nada, não contribuem para nada no quadro político, não agrega nenhum valor, não une as esquerdas, pelo contrário, aparecem mais cisões, comezinhos e ódios tolos.

No caso do PSOL, a peleja entre Gilberto Maringoni (professor da UFABC que passou a perna no filósofo e ganhou a disputa dos egos) e Safatle para ser o cabeça-chave da disputa do governo de São Paulo soa débil, até mesmo desgraçadamente engraçada. Como dois intelectuais destes se prestam a fazer um ridículo e papel de disputas infantis buscando chamar atenção da criançadada pseudo-intelectualizada do partido (a tal baboseira da "juventude do partido" com seus marmajões com camisetas "fashion" de Che Guevara). E fica só nisto! O discurso do palanquismo para cada um agraciar com obviedades seu público-mirim, palminhas e sorrisos de pueris alegrias no meio do fosso político.

A esquerda brasileira, que já teve um papel muito maior e mais condizente com sua importância histórica, com figuras dignas e comprometidas com um ideal mais edificante, merece mais respeito e melhores estratégias para um mundo cada vez mais chafurdado em verdades cretinas e mentiras acomodadas.

segunda-feira, 19 de maio de 2014

Populismo acadêmico: muita demagogia na ausência de realismo.





Populismo pode ser considerada, grosso modo, como uma artimanha de dar peixes e pães com um belo discurso sem lastro com a realidade. O programa de turismo acadêmico como o populista "Ciências sem Fronteiras" é mais um exemplo de como angariar e dourar projetos pífios com estrito interesses eleitorais. Não se produz pesquisadores críticos transformando-os eles em adoráveis e alegres turistas saindo do ensino médio.

Não bastar mandar os neófitos para tirarem fotos para o Facebook fora do país, isto em nada agregará de fato para a Ciência nacional. Deveria-se utilizar melhor os recursos aprimorando as fragmentadas universidades brasileiras. Para quem duvida da penúria da realidade, bastaria simplesmente, andar por seus campus e ver suas carências estruturais, em particular, o caso das universidades federais.

É muito bonitinho ter a filha ou filho "estagiando" em alguma universidade do mundo à custa do erário sem sequer cumprir a graduação básica dentro do território nacional. Claro que sempre terão histórias lindas e aventuras magníficas para contar, uma "experiência de vida" para os filhos e netos dos turistas acadêmicos e todo aquele romanceiro comovente de folhetim televisivo.

Todavia, não vamos perder o foco do ideal necessário para ampliarmos a produção e participação científica. Daí o dilema óbvio de projetos demagógicos como o programa federal "Ciências sem Fronteiras": seria para desenvolver a Ciência nacional ou tapar o rombo financeiro das universidades em dificuldades econômicas devido o lastro da crise de 2008?

Se quisermos "internacionalizar" pesquisas, que ampliemos os programas de Pós-Graduação dentro das universidades, que contratemos pesquisadores estrangeiros para operar em nosso território, ampliar intercambio de docentes, que deixemos de lado a prostituição e do jogo de cartas marcadas dos processos seletivos dentro das universidades e que o profissionalismo e a ética estejam em primeiro plano, por sinal, quase sempre esquecidos nos meios acadêmicos.

O resto é papo furado governamental em busca de votos na eleição. Demasiados gastos desnecessários e sobram demagogia e carência de absoluta realidade.

sábado, 17 de maio de 2014

Quem precisa de Goebbels? - A floresta da hipocrisia.




Se hipocrisia fosse árvore, a redação da Folha de S. Paulo seria uma Floresta Amazônica. Curiosamente, a FOLHA que desde o início NUNCA apoiou os tais protestos, de repente, vendo a queda da popularidade vertiginosa de Dilma, começou a apoiar e até mesmo a vincular um bisonho calendário de "protestos" para a turma dos descontentes de última hora marcharem rumo a alguma coisa ( como diz um mote corriqueiro da época: "sei lá bem, entende?"). Naturalmente, o maior dos objetivos foi atacar o Governo Federal, em particular, o Governo Dilma Rousseff, curiosamente, praticamente nada respingou nos tucanos (basta ver a popularidade quase intacta de Alckmin em São Paulo). Agora, a FOLHA quer fazer a edição cinematográfica para pretender dar uma abordagem épica, verborrágica, romanceira e bem nas vésperas da Copa do Mundo. Mera coincidência?

A Copa do Mundo foi um erro estratégico colossal do PT para comemorar os anos de fartura econômica. Expandir para doze cidades-sedes os custos e alcance eleitoral foi um erro mais colossal ainda. Todavia, a realidade mostrou-se pouco compatível com a soberba megalomaníaca e eleitoral petista de anos atrás (leia-se: "olho gordo de Lula"). É bom salientar que desde o encaminhamento que aqui seria a sede do Mundial, quase toda a população tinha visto com bons olhos e não ouve nenhum protesto contra na ocasião ou alguma criança mimada queimando figurinhas da Copa.

Agora, a babaquice infanto-juvenil do "Não vai ter Copa” encampada pelos fascistinhas mascarados ou não, ensaiam seus gritinhos histéricos com a tática mais do que decoreba para promover o medo pré-apocalítico para a população, respingar em Dilma e levar o tucano Aécio Neves para o segundo turno. Até mesmo a esquerda festiva e poliana com problemas de sinapse do mundo pós-moderno entrou neste coro do conservadorismo tosco com falso-nacionalismo e pegou carona nas marchas da debilidade oportunista.

Não há protestos ingênuos ou "despolitizados", há sim, possíveis ingenuidades em sua receptividade por parte de alguns interessados. Nosso complexo de vira-latas sempre disparando para nada dar certo, apesar de todos os esforços inexplicáveis para os erros políticos, corrupção latente e toscos erros planejamento. Agora, não tem jeito, resta torcer pelo menos pior na Copa do Mundo da improvisação!

Não é por causa da Copa que nosso fosso social se mantém quase estável ou que nossas disparidades socioeconômicas se ampliaram. O PT paga o preço ao se aliar às políticas neoliberais e ainda visualizar o início do esgotamento do seu "milagre econômico". Protestos são naturais numa democracia, mas sem canalizar objetivos claros ficam na mera subjetividade oportunista e manipulatória (daí vem a velha pobreza do mote: "melhor isto do que nada!"). Cada vez mais, os "protestismos" demonstram sua cara com tons "profissionais" de alguns grupos oportunistas, tal como já alertei há quase um ano.

A onda conservadora insiste em voltar e fazer mais usos e abusos do poder (mesmo sendo de caráter bem liberal o governo petista). Ademais, com uma massa amorfa tão passível e ainda embalada por uma sede de niilismo pré-fabricado (as mídias fazendo um bom papel de estímulo ao apocalipse tupiniquim) atrelada ao esgotamento de uma política neoliberal populista, quem precisa de Goebbels?

quinta-feira, 15 de maio de 2014

Os “protestismos” oportunistas na retro-modernidade




Estamos assistindo uma ótima representação dos novos "protestismos" infanto-juvenis. Uma tentativa de reeditar os protestos catárticos do ano passado. O "fake" do "fake" no país da miséria política e dos oportunistas eternamente de plantão. Entre legítimo ou não, a onda é protestar por protestar, independendo do que seja a reivindicação.

Da esquerda temos uma agenda de neuroses obsessivo-compulsivas ornamentada pelo overdose de alucinógenos pró-legalização de mais lixo social. Da direita, temos a truculência clássica de sempre com aperitivos de estarem à deriva dos seus projetos megalomaníacos. Portanto, as ideologias reinantes na ordem do dia seguem no absoluto ralo da esterilidade de visão de mundo.
Na onda do auê por mundo, o importante para os tais mimadinhos fascistinhas é passar a imagem de alta politização "contra o sistema" (leia-se tudo é feio, mal e bobo) via redes sociais com o assassinato massivo da Língua Portuguesa.

O autismo político do país apenas e tão somente permite que as estruturas mais arcaicas e conservadoras continuem na perpetuação do seu poder político. É mais importante, hoje, mostrar as fantasias sexuais e adornos cosméticos pró-modernidade esvaziada em praça pública ao invés de reestruturar uma construção orgânica de fundo coletivista.

Os tais protestos sem lastros se transformaram numa horda hipernacísica de adoração à si mesmo em torno do mundo feio, malzinho e bobo. Mais uma vitória do neoliberalismo na sua vertente social, a imbecilização do mundo por via do esgarçamento das patologias, medos e frustrações unipessoais, a hipertrofia do modelo do auto-interesse hiperconsumista. No Brasil, é patente a visualização progressiva deste modelo "politicamente correto" de aneurisma político.

Culpar a Copa do Mundo por todas as mazelas sociais é de uma infantilidade tão estúpida quanto achar que todos os problemas estruturais brasileiros somente existem após a entrada do governo petista no comando do Governo Federal. Claro, que muitos destes tais "protestimos" oportunistas de araque, que de ingênuos não tem absolutamente nada, serão usados intensamente para uso eleitoral. É fundamental separar o joio do trigo, do que é real e o que é factóide.

Ademais, é preciso extirpar este complexo de vira-latas que nada é possível fazer neste país com a síndrome bipolar da neurose verde-amarelada: ou é cópia mal-feita ou é desgraça absoluta. A hipermodernidade está merecendo ser batizada de retro-modernidade à brasileira.

sexta-feira, 9 de maio de 2014

Santo Expedito, olhai por nós.




Haja reza brava para o timeco de São Felipão com a Neymarpendência fazer frente a seleções com maiores condições reais de jogo, talento e qualidade. A lista divulgada ontem é tão consensual que mostra o quanto nosso futebol está frígido e sem a menor criatividade. Claro que existem algumas bizarrices felipescas como Júlio César, William, Hulk, Henrique, Maxwell, Fernandinho e afins. 

Todavia, o grande problema é que não temos nada melhor que esta rapaziada com cabeça na "Zuropa" e mal sabe falar o "prutugueis" (tudo bem que isto é uma redundância no mundo futebolístico!).  Lembrando ainda que boa parte dos convocados “europeus” amarga banco de reservas ou titularidade titubeante nos clubes onde atuam. Sim, quer dizer, que os nosso “craques” (com aspas, necessariamente) não são lá as “mil maravilhas” apregoadas por alguns ufanistas de plantão!

A verdade que o poço do futebol nacional está mais na lama do que na grama. Basta ver o nível técnico dos principais times de futebol do país. Aliás, basta ver ainda a sangria que Jayme de Oliveira faz no glorioso Flamengo queimando suas pestanas para montar o time que mais vive do Departamento Médico e na fisioterapia do que em campo. E o que dizer de Santos, São Paulo, Corinthians, Palmeiras e o Vasco na segundona?  Somente para comparar, na Copa Libertadores da América do corrente ano, os times brasileiros foram verdadeiros desastres!

A realidade vai para além da perfumaria circense governamental perante a Copa do Mundo. Alemanha, Espanha, Argentina e a imprevisível Itália são nomes certos de preocupação consensual. Não vamos tapar o sol com a peneira esburacada da corrupção com padrão FIFA!

Se bem que se tudo der errado, lá vem o Henrique, o último a ingressar na Arca de Felipão, acerta porrada para todos os lados ao estilo do Felipe Melo do carrancudo Dunga, que fud... o país na última Copa... Lá na África do Sul, que por sinal, não aprendemos nada com a péssima organização dos nossos colegas sul-africanos.

Tudo bem que a Copa é aqui em solo brasuca e a torcida "joga junto", mas é preciso ser claro para todos aqueles que têm Síndrome de Poliana que esta é uma das seleções mais chinfrins convocadas para um mundial de todos os tempos. A Copa das Confederações vendidas por Felipão não é parâmetro confiável, aliás, nunca uma seleção que venceu esta copinha conseguiu sagrar-se campeão mundial no ano seguinte (para quem não conhece, este torneio é uma espécie de prévia para o Mundial).

No Brasil, não há espaço para o ateísmo clássico, logo, como um bom ateu rubro-negro, terei que me agarrar no manto de Nossa Senhora Aparecida com os santinhos de Santo Expedito e os búzios de Ogum para torcer pela seleçãozinha do Felipão. Amém!




domingo, 4 de maio de 2014

A crise das UPPs e o perigoso lastro da violência estrutural



As UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora) foram uma iniciava do governo estadual do Rio de Janeiro de minimizar o poder das facções criminosas dentro dos morros fluminenses (logo, o termo "pacificadora" faz jus ao seu sentido estratégico). Todavia, como seria possível de prever, uma "guerra ao tráfico" somente com chumbo e privações de liberdade, em um verdadeiro "estado de sítio não-declarado" conduziu a um sistema de estrangulamento da percepção da violência perante os moradores destas comunidades, além do conhecido desgaste na imagem e um facilitador da corrupção dentro dos agentes policiais envolvimentos.

É preciso deixar claro que é necessário, sim, um combate firme ao narcotráfico, mas deverá ser feito de forma mais racional e menos truculenta. Temos que entender que o mercado consumidor está no asfalto, é da letrada classe média que se alimenta de todos os sortilégios possíveis de drogas e outros derivados. A droga flui com mais facilidade pelas vielas de onde se encontra o poder economico. Logo, este é publico-alvo dos traficantes, ficando as camadas populares, as sobras deste mercado gigantesco e milionário. A legalização de todas as drogas não deu certo em nenhum país do globo, e não dará certo em comunidades superpopulosas, que é o caso do Rio de Janeiro. A questão é mais simples de se supor, aos legalistas polianas esquecem que sempre haverá um mercado negro oferendo drogas mais potentes e mais baratas que as supostamente “oficiais” e, ademais, é uma questão que jamais será equacionada e assim teremos que conviver com níveis de violência existencial enquanto houver um modelo de sociedade que prima pela possessão individualista.

Estamos diante de uma violência estrutural, onde as bases da sociedade são violentas e cujas raízes são autoritárias e agressivas. Décadas de descaso governamental desenvolveu um mundo à parte, onde a miséria é a violência são elementos que se fortalecem dentro de uma ética violenta das favelas fluminenses.

É mais do que necessário uma revisão das políticas de ocupação sem dar assistência sistêmica às famílias que moram nestas regiões.  O crime organizado manipula as suas vítimas e promovem uma série de pseudo-revoltas populares com o claro intuito de jogar a sociedade contra as forças policiais. Tal política criminosa vem ganhando fôlego diante da própria incompetência das forças policiais de se constituírem em forças mais coesas e menos violentas.

A guerra civil do Rio de Janeiro é aberta e não está sendo sequer velada. O Governo do Estado precisa ter consciência que é necessário um olhar mais humanitário e menos agressivo, além de combater com mais rigor a corrupção policial e os excessos dos seus agentes.  É fundamental que o Governo Federal interfira neste campo e entender que a questão da violência brasileira é estrutural, não se reduz a um único governo ou região específica.

É preciso combater a pobreza, mas não pode ser feita com fuzis e metralhadoras. O máximo desta política sanguinária é contar corpos diários no abismal fosso da barbárie. A crise das UPPs é a crise de um modelo que não trouxe segurança e tampouco conseguiu coibir o banditismo derivado do narcotráfico. O país precisa acordar para não se transformar em mais uma Colômbia ou México, cujas raízes não se têm uma distinção clara do que é legal ou ilegal. O país brinca com fogo onde todos poderão sair chamuscados de forma violenta, cruel e covarde. Certamente, com é bem visível, são os elos sociais mais frágeis que a violência se mostra com maior intensidade.

quinta-feira, 1 de maio de 2014

Mais um deputado hilário com discurso pastelão





O ex-BBB global e, agora, deputado federal, Jean Wyllys (PSOL-RJ),  que quer ser a vanguarda da Pós-modernidade sem lastro, deve esta brincando ao dizer que todos os narcotraficantes devem ser inocentados porque são criancinhas boazinhas e ingenuamente bobinhas, que perderam o cordão umbilical e, para completar, não sabiam que estavam fazendo ao se chafurdarem no mercado negro das drogas. Pobres almas que o Papa Francisco deverá canonizá-las!

Infelizmente, os discursos da profundidade do pires de uma parte de uma esquerda (ou pelo menos que restou dela!) que não sabe mais para onde caminhar, se maquiou numa espécie de "esquerda festiva delirante" cujo discurso-chicleteiro é ficar com crise psicanalítica sobre a hiper-pluri-mega-sexualidade, se manifestar para liberar tudo quanto que é tipo de droga destrutiva (e num passe de mágica a violência mundial irá virar purpurina com as cores do arco-íris), achar que todo machismo é obra do Capeta (O Diabo é masculino, é claro!), cotizar toda a vida em jargões politicamente corretos, criar uma legião de narcocapitalistas oficializados que explorarão o entorpecente "legalizado" atrelada a uma legião de consumidores-zumbis. Uma belíssima plataforma reivindicatória após overdose de Fluoxetina!

Para colocar a cereja da utopia da fase oral freudiana é balbuciar frases-feitas sobre o Estado que é feio, bobo e mau e, naturalmente, tudo é culpa da polícia que é chata e malvadinha. Ah sim, toda a desgraça social faz parte do esquema diabólico da Copa do Mundo, este evento inédito na história do planeta Terra. Por sinal, pela lógica do esquerdismo esquizofrênico, o megaevento é culpa também do Capeta! (Sempre ele, e isto deverá ser bem claro!)

Parece que estamos em tempos não apenas acéfalos, mas perigosamente estúpidos. A esquerda não poderá se reduzir a discursos de pastelões delirantes e hilários. Se a realidade fosse tão simples, viver seria apenas um exercício de retórica.


TRUMP NÃO FOI UM (NOVO) ACIDENTE DA HISTÓRIA. FOI UMA ESCOLHA!

  Quase todas as tentativas de explicação que surgem do campo de uma Esquerda, magnetizada pelo identitarismo, é de uma infantilidade atroz,...