quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Sobre a atualidade das histerias coletivas





Se olharmos com atenção, o Brasil entrou escancaradamente na era das histerias coletivas a partir de um fato pontual e sem maiores significados aqui em SP, a respeito de um pífio aumento nas passagens dos ônibus. Após se regado o aumento municipal (e que posteriormente foi atrelado ao IPTU pelo prefeito Fernando Haddad), nos últimos meses, assistimos quase diariamente cenas de atroz voracidade de participantes cada vez mais alienados com pautas voláteis e líquidas de supostas reivindicações. 


A cada semana, um novo "inimigo público" a ser linchado, em particular, via redes sociais e com muitos aplausos e incentivo de uma falsa camada de intelectuais irresponsáveis (inclusive alguns professores de universidades renomadas) que vem colocando mais fogo na fervura do falso apocalipse. 


Naturalmente, tanto empenho para a violência banalizada e autista, não poderia dar em outra coisa senão o sangue de vítimas inocentes do fanatismo visceral de mascarados, autoridades e de um punhado da "intelligentsia" de araque. 


Sem pretender fazer aqueles alarmismos e as infantis generalizações típicos dos que acham que não existem diferenças entre sociedades, é importante salientar que o Brasil é um tipo de sociedade, entre outras, que é fundamental construir um olhar muito pontual sobre ela, que possa entender suas raízes e suas essências, seja para o bem ou para o mal.

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