Se olharmos com atenção, o Brasil entrou escancaradamente na
era das histerias coletivas a partir de um fato pontual e sem maiores significados
aqui em SP, a respeito de um pífio aumento nas passagens dos ônibus. Após se
regado o aumento municipal (e que posteriormente foi atrelado ao IPTU pelo
prefeito Fernando Haddad), nos últimos meses, assistimos quase diariamente
cenas de atroz voracidade de participantes cada vez mais alienados com pautas
voláteis e líquidas de supostas reivindicações.
A cada semana, um novo "inimigo público" a ser
linchado, em particular, via redes sociais e com muitos aplausos e incentivo de
uma falsa camada de intelectuais irresponsáveis (inclusive alguns professores
de universidades renomadas) que vem colocando mais fogo na fervura do
falso apocalipse.
Naturalmente, tanto empenho para a violência banalizada e
autista, não poderia dar em outra coisa senão o sangue de vítimas inocentes do
fanatismo visceral de mascarados, autoridades e de um punhado da
"intelligentsia" de araque.
Sem pretender fazer aqueles alarmismos e as infantis
generalizações típicos dos que acham que não existem diferenças entre
sociedades, é importante salientar que o Brasil é um tipo de sociedade, entre
outras, que é fundamental construir um olhar muito pontual sobre ela, que possa
entender suas raízes e suas essências, seja para o bem ou para o mal.
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