sexta-feira, 27 de setembro de 2019

É FUNDAMENTAL DERRUBAR O MAIOR IMBECIL DO BRASIL NO PODER




Bolsonaro é uma farsa completa parida por uma conjectura golpista que foi escancarada desde 2013.

A própria incompetência política misturado com uma ingenuidade poliana e soberba do PT permitiram bem debaixo do próprio nariz que uma quadrilha instalada no Ministério Público e setores da Polícia Federal arquitetassem com juízes da extrema-direita oportunista um teatro chamado "Lava Jato". A partir daí, fortaleceu a pandemia de fanatismo midiático que jorraria na sociedade a celeuma paranóica de que o maior problema do país seria a tal "roubalheira do PT".

Acuado e sem reação, diante de toda a grande mídia disparando sensacionalismo falseado intenso e covardemente, o PT foi incapaz de construir um discurso de defesa de si e da gestão dos governos petistas.

O resultado trágico foi o golpe de 2016, a imposição do estado de exceção alavancado pela cúpula do judiciário e com ele todo o sortilégio de retrocessos econômicos e sociais. Deve-se lembrar de que desde o primeiro ano de Lula, o seu governo buscou melhorar com todas as dificuldades possíveis. Reitera-se que o período petista não foi nenhum paraíso terreno de Pindorama, mas foi o cenário mais favorável possível das últimas décadas. Para qualquer dúvida flertada pelo senso comum de uma criança na fase oral freudiana, basta analisar as estatísticas e reportagens responsáveis do período.

A retomada do controle do Estado de forma absoluta e sem concessões de classe, por parte da burguesia se deu com a derrubada de Dilma Rousseff com um golpe de estado disfarçado de "impeachment" e entregue as rédeas no instável e desastroso governo-tampão de do vice de Dilma, Michel Temer. A partir daí, oficialmente, foi o início do contra-reformismo anti-petista e a instalação da agenda ultraliberal que se estendeu até a tumultuada eleição fraudulenta do ser mais abjeto da política nacional, o bufão da política do baixo clero, Jair Bolsonaro. Lembrar ainda que a farsa representada pela prisão de Lula, que liderava todas as pesquisas de opiniões colocou meteoricamente Bolsonaro na liderança e vitória, particularmente a encenação de outra farsa: a facada de Juiz de Fora.

Em quaisquer circunstâncias normais, uma figura tão tosca e caricatural como Bolsonaro dificilmente seria eleita para qualquer cargo majoritário. Todavia, a burguesia que nunca teve apreço pela questão nacional, diante da fragilidade das candidaturas neoliberais conhecidas, apostava naquele que poderia trazer o caos e, com o caos, as desculpas esfarrapadas para aprovar uma monstruosa agenda ultraliberal de desertificação de qualquer projeto de país em nome de lucros voláteis e imediatistas.

Imerso em um caldo catastrófico de um obscuro "medievalismo" inédito no Brasil, Bolsonaro se tornou a voz bizarra e delirante de uma pequena e histriônica parcela da sociedade brasileira cada vez mais fanatizada por mafiosos evangélicos e que se assume escancaradamente perversa.

Diante do caos, os partidos de esquerda se perderam como instrumentos de oposição à extrema-direita de alucinação bolsonarista. Com discursos narcísicos, fetichistas, neoliberais, anti-intelectuais e, até mesmo, anti-marxista, parte significativa das esquerdas, em particular, a culturalista-identitária, viraram uma caricatura incompreensível para os trabalhadores e, estes, por sinal, se encontraram órfãos e "traídos pelo PT" diante da narrativa midiática do ódio anti-petista.

Salienta-se que toda orfandade política é sempre capturada por um discurso extremista, daí a projeção midiática de Bolsonaro que de um completo boçal deputado federal foi catapultado meteoricamente para o Planalto.

Nesta última terça-feira, 24 de setembro de 2019, todos os temores do desastre do discurso de Bolsonaro na abertura da Assembleia Geral da ONU foi confirmado: não há registro na história do Brasil de um presidente tão desqualificado quanto o do representante das milícias fluminenses na Câmara dos Deputados lançado como chefe do Estado brasileiro.

O pesadelo bolsonarista brasileiro precisa ter um fim para minimizar a angústia geral da nação. Bolsonaro tem que ser barrado agora, imediatamente, para que o país se livre de um delirante estorvo desastroso e, ao mesmo tempo, seja possível minimizar a humilhação histórica que o Brasil vem sofrendo pelo planeta desde a posse dele.


sexta-feira, 2 de agosto de 2019

PROFETAS DO SENSO COMUM EM PROL DOS PERVERSOS


Adorável um presente e alarmista covardia intelectual frouxa que só regurgita senso comum niilista e não tem nenhuma capacidade crítica de desvelar a realidade arreganhada nas esquinas das cidades onde a voraz estrutura metabólica do capital tritura sem piedade seus trabalhadores!
Há uma "turma" sintomática de pseudo-intelectuais ou pseudo-críticos contemporâneos que fazem muito "sucesso" nas "rodas de conversas" de parte da "intelectualidade". Até mesmo as quais parte das esquerdas abraça com desespero patético qualquer modismo de momento para chamar de "meu guru". Vale ressaltar que as estratégias mais efêmeras das esquerdas sempre formam mimetizadas pelos chacais mais astutos da extrema-direita e alimentaram (e ainda são nutridos) mecanismos de conquistar adeptos à causas extremistas da direita.
A "crise da razão" como muitos pregam, esquecem que o cerne desta crise é do modelo de capital que não quer mais tolerar mais nenhuma "conciliação de classe" denominada amplamente de "democracia". A tal "turma" dos descolados coveiros dos trabalhadores não passa de um bando de burgueses que satisfazem seus egos ao serem os arautos da propaganda da morte dos mais fracos. Por sinal, tais coveiros são incapazes de ousar questionar os modelos de realidade impostos para satisfazer um desejo destrutivo dos detentores reais do capital.
"Naturalizar" a perversão e dizer que estaria inevitavelmente tudo "terminado". Diante do contexto, é desconhecer de forma leviana os intrincados caminhos da História e das formulações metabólicas do sistema capitalista e, por sua vez, a força das lutas sociais.
O último "pensador" que disse que a História havia "terminada” foi liberal estadunidense Francis Fukuyama e ideólogo conservador, publicado em 1989 e repercutiu nos anos 1990. Diante da realidade atual, o próprio já voltou a atrás do seu cretinismo determinista onde dava como certo a supremacia da democracia neoliberal a la estadunidense.
O artigo do historiador camaronês Achille Mbembe[1] segue a mesma linha conformista com viés maníaco-depressiva e suicida que nada acrescenta a reflexão crítica. Pior ainda, alimentam um clima de desmotivação e enfraquecimento para a luta dos trabalhadores em busca da própria sobrevivência em tempos da ascensão dos modelos autoritários para preservar os lucros dos capitalistas.
Para estes oportunistas midiáticos de mercado, é sempre muito mais fácil propagandear proselitismos identitários vitimistas e manter intocadas as fundações do poder da escravidão real que arde nas estruturas da perversão capitalista.
O derrotismo acovardado contribui tão somente para satisfazer o jogo psicológico da opressão, ou seja, a adesão voluntaria dos trabalhadores para serem engolidos pelas estratégias da burguesia. Por sinal, tais estratégias sempre foram de minar, primeiramente, a auto-estima e depois, se ainda resistir, a destruição física de todos aqueles que ousarem a confrontar as ideologias de um modelo estruturalmente perverso.




[1] O artigo foi publicado, originalmente, em inglês, no dia 22-12-2016, no sítio do Mail & Guardian, da África do Sul, sob o título "The age of humanism is ending". Disponível em:  http://www.ihu.unisinos.br/186-noticias/noticias-2017/564255-achille-mbembe-a-era-do-humanismo-esta-terminando

quarta-feira, 29 de maio de 2019

UM BRASIL À DERIVA

(Manifestante em Belo Horizonte em apoio a Bolsonaro no ato de domingo, 26 de maio.)

Em apenas cinco meses desde o seu início, não há registros que um governo eleito pelas urnas implore para seus mais fiéis eleitores vá as ruas defender sua administração.  Jair Bolsonaro assinou o decreto de sua total incompetência em lidar com a governabilidade ao clamar aos seus seguidores ortodoxos para defender seu desgoverno. 

Um tiro de bazuca no pé em quaisquer circunstâncias fossem elas processadas nas ruas. Todavia, a esvaziada micareta da promoção do ódio e da barbárie deste domingo não foi a favor exatamente do desgoverno de Bolsonaro. O paradoxo se instala uma vez que seus participantes foram apoiar apenas a figura "mítica" do Bolsonaro e tudo que ele barbariza no Twitter escrito pelo filho interneteiro, o Carlos. O desgoverno Bolsonaro e o próprio Bolsonaro foram separados, como se fossem duas entidades completamente distintas pelo messianismo da ignorância do jaguncismo verde-amarelado. Uma procissão fantasmagórica que tem como Bolsonaro sua santidade ungida pelo deus da máfia de Edir Macedo e seu escudeiro Sancho Moro, o ex-juiz que unica coisa que fez na vida foi exibir sua tara obsessiva por Lula. 

O mais sintomático dos peregrinos da insensatez bolsonarista é o "esquecimento do PT" e o ataque direto aos apoiadores e ex-afetos do Bolsonaro, tais como o MBL, o grêmio estudantil de jovens fascistas que parasitou a onda de ódio anti-PT, um dos primeiros apoiadores do Bozo e que alguns dos seus membros foram eleitos na onda Bozo. Os ataques dos peregrinos de ontem também incluiriam o Congresso Nacional, o "Centrão", ou seja, o grupo de congressistas pró-Bolsonaro que estão descolando do seu ex-"mito", o presidente do Congresso Nacional na figura de Rodrigo Maia, o STF, além de apoio a Reforma da Previdência para destruir direitos. Como louca pouca é bobagem, apoio aos cortes de verbas na Educação e contra as universidades!

Neste caldo de total insanidade turbinados por robôs eletrônicos e fanáticos da extrema-direita pelas redes (in)sociais, Bolsonaro mostrou que não quer mais governar. Logo, resta a ele três caminhos: o mais curto, a renúncia; a espera de um impeachment; ou ainda uma tentativa de um golpe de estado clássico com apoio de militares (que já demonstraram não estarem dispostos a tal feito no momento). 

De qualquer modo, Bolsonaro pariu sua própria ingovernabilidade, sem rumo e sem lastro. Neste cenário de total incerteza, Bolsonaro cada dia perde mais apoio e os brasileiros afetados pela ignorância política começam a sair da abdução bolsonarista. Diante dos fatos, única coisa que a burguesia brasileira quer e espera do Bolsonaro é a Reforma da Previdência. Se for votada, o "mito" ganhará sobrevida, caso contrário seu descarte será antecipado. Contudo, o Brasil está soterrado pelo mar de lama alucinógena do desgoverno. O cenário futuro é a própria  incógnita!


segunda-feira, 20 de maio de 2019

O CAPITALISMO NÃO É UMA ABSTRAÇÃO FANTASMAGÓRICA!


A abstração no campo da Política é um péssimo condutor para uma via reflexiva em momentos que exigem maior densidade de compreensão de fenômenos críticos na sociedade. Toda ação real somente poderá ser operada dentro da realidade concreta dos fatos. O capitalismo foi criado e continua sendo gerenciado por pessoas físicas (que podem e, geralmente estão, fantasiadas pela couraça de "pessoas jurídicas”) e não por abstrações fantasmagóricas como a "entidade mística" do "dinheiro" ou do "sistema”.

Ao dizer que é o "dinheiro" que controlaria os processos da democracia, como afirmou o eminente estudioso do capitalismo, David Harvey em sua entrevista na "Revista Época", redundou em um equivoco desnecessário e reducionista!  Quem ou o que seria o "dinheiro"? Uma entidade metafísica, imaterial, fenomenológica e paranormal? Certamente que não! O dinheiro é o elemento simbólico em essência que dá fluido nas relações socioeconômicas e permite a circulação de poderio econômico com voraz rapidez e magnitude.  Quem detém o poder de concentração do dinheiro? Em linhas gerais, são e continuam sendo os donos dos meios de produção material e seu aporte imaterial que é a financeirização cujas posses estão nas mãos de homens e mulheres terrenos.

Ao utilizar um termo “místico” como o dinheiro, Harvey ajuda involuntariamente mascarar com uma "abstração mística", os reais interesses de classes daqueles que detêm o poder econômico e que interagem para sistematicamente sabotam o "sistema democrático".  Com todo respeito à David Harvey, tudo que esquerda e o pensamento crítico não precisam agora é caírem no desespero e no abstracionismo.

A sabotagem contra o sistema democrático é uma praxe constante nas sociedades ocidentais, em particular, aquelas associadas ao de capitalismo tardio, dependentes das variações externas e gerenciadas por instituições governamentais de solidez gelatinosa. Tal percurso acontece quando a burguesia sente perder as rédeas da condução do poder real na sociedade ou, quando é mais usual, segue com tranquilidade as regras que o próprio núcleo burguês que detêm o poder de concentração de renda e produção impõe para a dinâmica socioeconômica. 

Não há abstração que se sustenta no campo da Economia real. De fato, o que há na prática, os grandes esquemas operativos para mascarar (ou escancarar) a fluidez do capital e, por sua vez, a manipulação da concentração, circulação e retenção especulativa. Nunca deve se esquecer que é o lucro, acima de tudo e de todos, que sustenta a matriz lógica do sistema capitalista.

O embate entre as relações sociais materiais (formadas por indivíduos em número e sujeitos de auto-interesses) produz as classes igualmente materiais e suas formas de operarem dentro da sociedade. A democracia como forma de relação político-social, é visceralmente formada por ações sociais mediadas por uma fluida ideia de igualdade ancorada por sistemas de leis de proteção jurídica e física. A manipulação dos elementos ditos "democráticos" está na esfera de valores e desejos dos grupos sociais dominantes economicamente (o que se constitui no termo clássico de "burguesia").

Cabe aqui ressaltar os bons trabalhos de Harvey, mas ninguém está imune às críticas. Quando se evoca abstrações no debate político, opera-se um mecanismo subjetivo carregado de sintomas neuróticos e psicóticos no seio social de que "nada é possível de mudar", ou seja, toda dinâmica social é nula. Tal premissa é tudo que a burguesia, detentora do poder real, deseja projetar no imaginário social e, naturalmente, se consolidar.

O abstracionismo é o pior dos terrenos para o debate política e se constitui na certeza da derrota e a perda de referências de percepção sobre a realidade. Desta maneira, é um desserviço à reflexão de mundo e a luta contra as formas brutais (veladas ou não) de exploração e desigualdades socioeconômicas evocar abstrações que ao invés de desvelar as formas de operação do mundo material, apenas jogam mais areia nos olhos daqueles que continuam fechados (e muitos desejam com sofreguidão!).

(Wellington Fontes Menezes)


Para ler a entrevista de David Harvey à Revista Época, acesse o link:
https://epoca.globo.com/david-harvey-o-dinheiro-quemk-controla-processo-democratico-nao-asn-pessoas-23076538?utm_source=Facebook&utm_medium=Social&utm_campaign=compartilhar

domingo, 21 de abril de 2019

O sedutor discurso do "empoderamento"



Não há lógica discursiva dentro de uma sociedade sem a atuação massiva de um lastro operativo ideológico. O sedutor discurso neoliberal do "empoderamento" tem a mesma raiz da falácia do "empreendedorismo" que prega a suposta "vontade inato" do indivíduo que "se faz por si mesmo".
O capitalismo deixou de lado seus aspectos mais práticos e rudes como forma de atuação social e se se metamorfoseou na atuação sistêmica da manipulação subjetiva. O mundo do capitalismo "hard" cedeu lugar para o desejo irresistível e irrefreável de sua faceta "soft" que prega a "inclusão democrática" de todos no livre mercado dos afetos orientado, estimulado e manipulado por oligopólios e capital volátil.
Na saraivada de ataques contra as organizações coletivas de trabalhadores faz parte de uma atualização ideológica do capital frente seus interesses de atuação sociopolítica. O cerne desta estratégica está na manipulação subjetiva dos sujeitos e operar no campo do imaginário, visando a destruição de laços sociais coletivos ou comunitários para "empreender" a retórica que "cada um poderá ser o patrão de si mesmo" (mesmo que não tenha nenhuma capacidade para tal ação). Os pontuais e questionáveis exemplos de "sucesso individual" são repetidos a exaustão por todo um enorme aparato midiático.
Para desnutrir a organização coletiva da classe trabalhadora, o discurso do empreendorismo opera na esfera social de desarticulação de uma possível socialização da produção e consumo. Neste mesmo caminho, o discurso do "empoderamento" procura operar dentro da lógica narcísica do sujeito que se imagina poder levantar-se solitariamente contra o "mundo das dificuldades" para impor a sua vontade subjetiva do ego e, exalando uma mística "força de vontade", atingir seus objetivos.
A querela falaciosa do "lugar de fala" que se reproduz na esteira do "empoderamento" pressupõe a interdição do debate social e a captura da reflexão coletiva para a privatização da "autoridade da verdade". Uma vez que o discurso casuístico do "lugar de fala" invoca misticamente o "empoderamento" de um suposto direito exclusivo de um dado sujeito munido com características narcísicas inatas e exóticas. Curiosamente, o maniqueísmo é o alicerce de sua operação e tal premissa para existir de forma midiática, sedutora e inquestionável como ventila seus profetas, possui a invocação messiânica de um "inimigo" abstrato e subjetivo a ser ferrenhamente combatido pela "vitima falante" do "lugar de fala".
Na batalha contra uma racionalidade coletiva, a razão não mais é invocada (por sinal, ela é vilipendiada!), e emerge das catacumbas de um falso desejo oceânico exclusivo do sujeito, o misticismo narcisista do exercício autoritário de uma suposta verdade inquestionável exercida na "prática de fé" do sujeito.
Nada mais eficiente e selvagem para o capital a manipulação da subjetividade dos indivíduos que se fragmentam de forma conflitante, interditado a organização coletiva e orgânica da classe trabalhadora de forma mais ampla e menos estereotipada. Seria então a solução mágica das organizações dos trabalhadores abrir mão da busca coletiva contra as forças sempre bem estruturadas dos capitalistas em prol de saídas individualistas de protagonistas de si mesmos? Afinal, quem seria contra a emancipação do indivíduo com suas próprias mãos? Todavia o toque de Midas do "empoderamento" é mais uma bricolagem ideológica que ao contrário do mito grego, o ouro se transforma em barro.
Não é a toa a alta adesão do discurso sedutor, esvaziado e estereotipado do "empoderamento" diante do declínio e desertificação das organizações dos sindicatos de trabalhadores diante da ofensiva sem trégua do neoliberalismo e suas novas formas de escravidão dos sujeitos. Se os capitalistas sempre agem coletivamente tendo o Estado como seu escudeiro, qual razão prática da atomização dos trabalhadores?

quarta-feira, 13 de março de 2019

TODOS QUE VOTARAM NO BOZO TÊM MÃOS MANCHADAS DE SANGUE


Tudo que foi divulgado sobre Bozonaro no período de campanha eleitoral de 2018, desgraçadamente se concretizou de forma tão devastador como esperado. Uma devassidão dos mais insanos surrealismos tomou conta de um país que entregou o seu destino nas mãos de um jagunço psicopata sem uma única gota de juízo e jamais passaria em qualquer teste a respeito da sua sanidade mental. Todos que apoiaram e votaram em um dos piores seres humanos da vida pública nacional tem as mãos encharcadas de sangue das vítimas das atrocidades de um Brasil comandado para o caos social por via da selvageria e barbárie. Tantos foram os fatos sobre a imagem insana que Bozo representaria ao país e todos eles foram ignorados sumariamente! A ignorância cega foi o principal motor de uma eleição afogada por fraudes em "fake news" e movimentação milionária de caixa 2 por parte da campanha do Bozo. Diante da tragédia consumada de um desgoverno militar eleito "democraticamente" na onda Bozo, ninguém poderá alegar inocência pela eleição de um monstro e sua milícia que se comprova diariamente ser além de orquestradora do crime organizado, é recheada de pistoleiros que cometeram assassinato político. Cabe a todos que não aceitam a passividade como forma de suicido social se organizarem para o combate contra toda esta matilha de monstros em prol do futuro da nação.

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2019

O AUTISMO IMPOSTO PELA GRANDE MÍDIA


Com mais de 12 milhões de desempregados no país, o noticiário do Jornal da Band é de um perverso destilar de cinismo sem limite. A emissora entusiasta e apoiadora hercúlea de todas as maldades contra os trabalhadores por parte do Pacotão de Satanás das reformas de destruição de direitos trabalhistas e previdenciários desde Temer até a equipe satânica do Bozo, vem buscando criar uma farsesca tentativa de noticiar matérias de forma otimista do medíocre desempenho da economia brasileira desde o golpe de 2016.
Nesta quarta-feira (27/02), um exemplo desta "empolgação" foi noticiar com festividade catatônica a ampliação da venda de imóveis de alto padrão em São Paulo, em particular, prédios considerados de puro luxo. Todavia, a reacionária emissora do grupo Band, "esqueceu" de comentar em seu principal telejornal para o telespectador que tal "crescimento" de vendas de mansões verticais é apenas um retrato terrível da concentração de renda cada vez mais perversa na sociedade brasileira.
O problema é escancarado: de um lado temos a ampliação das moradias precárias dos mais pobres que sofrem sem um programa de moradia popular e, do lado oposto, a oferta de luxo desmedido para um punhado de oportunistas que abocanham quase toda a riqueza gerada na circulação de renda da economia gerada pelo suor dos trabalhadores.
Nada mais cretino é comemorar o desfruto de uma infinitesimal minoria de aproveitadores diante de um oceano de milhões de desempregados nas principais cidades do país!
Diante desta realidade dantesca, temos a invenção, por parte do insano e irresponsável desgoverno do Bozo, de uma tentativa de guerrear contra uma nação-irmã que nunca fez nada contra o Brasil, que é a Venezuela! Para variar, muito samba no pé para dias contínuos do desvario da alucinação coletiva popular do carnaval.
Contra as questões vitais que padecem a sociedade brasileira, um jorro de colírio ao estilo de lama tóxica do jumentismo alucinógeno para adormecer os poucos neurônios da sociedade brasileira. Por sinal, uma sociedade que vem padecendo de um atormentador autismo político suicida e aplaudindo retrocessos vexatórios.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2019

O PIOR GOVERNO DOS ÚLTIMOS TEMPOS: UM BRASIL À DERIVA


Em 45 dias após a posse do presidente Bolsonaro, tudo que seus adversários e desafetos previram com desenvoltura aconteceu com a rapidez de um raio que anuncia uma torrencial tempestade. Bolsonaro é a face de um fiasco muito bem anunciado: um governo completamente perdido e batendo cabeça entre seus principais operadores; pessoas completamente estúpidas nos principais postos estratégicos da administração federal e chafurdado de militares de questionáveis elaborações técnicas e psíquicas; uma política externa tão desnecessária e pateticamente submissa aos interesses dos Estados Unidos que assombra até os menos nacionalistas; um vice-presidente bufão que fica oficialmente mais no cargo da presidência enquanto vaga perdido um presidente enfermo e moribundo que não sai do Twitter (e, para insanidade geral, ambos não se toleram!); um circo diário patrocinado pela insana família do presidente cujos filhos se comportam como moleques mimados numa loja de cristais; jorros incessantes de denuncias de corrupção e um arsenal de tolices proferidas por ministros que fazem uma criança de alguns meses de vida ficar com as bochechas coradas de tanta vergonha.

O trágico resultado é que estamos diante de um Brasil jogado em um profundo lodaçal ao estilo da lama tóxica e assassina da Vale em Brumadinho (MG), sendo gerido por um mar putrefato de assombrosos incompetentes. Absolutamente tudo que o desgoverno Bolsonaro fez até agora é altamente nocivo para os trabalhadores brasileiros e fere frontalmente tantos interesses econômicos estratégicos nacionais quanto a soberania nacional.

Não há fanatismo de seus delirantes apoiadores que resista aos mecanismos mais grotescos de conduzir a administração pública e o futuro da nação. Eleito por uma eleição marcada pela farsa eleitoral de uma "facada" midiática para uma corrupta e mentirosa campanha conduzida por fake news em redes sociais, Bolsonaro continua sendo o que sempre foi: um tosco meme ambulante, ou seja, uma piada que nunca teve graça, exceto para uma parcela de transeuntes que tem senso crítico do tamanho de um átomo de hidrogênio. Nem tucanos e tampouco petistas, juntos, fizeram tantas desgraças em tão pouco tempo como a falida e patética desordem governamental da gestão Bolsonaro.

A pergunta que cabe no momento é: até quando a parcela minimamente racional da sociedade aguentará ser conduzida e humilhada pelas criaturas mais grotescas e provenientes do esgoto mais dantesco da vida pública nacional?

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2019

DESGOVERNO BOLSONARO É A IMPOSIÇÃO DA ESCRAVIDÃO LEGALIZADA




O programa da destruição massiva de todos os direitos trabalhistas do desgoverno miliciano de Jair Bolsonaro é o suprassumo da perversão dos patrões em busca da mais-valia absoluta. Em outras palavras, o trabalho formal deverá oficialmente ser transmutado analogamente ao trabalho escravo legalizado. Trocando em miúdos, será o trabalho ofertado aos trabalhadores que será destituído de quaisquer garantias, direitos ou normas trabalhistas, tais como FGTS, PIS/PASEP, décimo terceiro salário, férias e licenças conquistadas com severa luta e enfrentamento dos trabalhadores contra as mazelas dos patrões na história das batalhas sociais no Brasil. Um macabro retrocesso singular no mundo civilizado que se situa no século XXI. Todo o frágil casebre de direitos mínimos trabalhistas se colocou ainda mais em risco desde golpe de Estado de 2016 e se aprofundará no desgoverno de Bolsonaro.

Não foi por acaso que o patrono direta ou indiretamente apoiou de forma intensiva a farsante campanha eleitoral do Bolsonaro nas eleições de outubro de 2018. Assim que foi percebido que a candidatura do tucano ex-governador Geraldo Alckmin não decolava, Bolsonaro foi coroado para conduzir o visceral desejo escravocrata da burguesia e da sua faceta lacaia e mimetizada, a pequena-burguesia. Por sinal, a parcela da pequena-burguesia proprietária de pequenos estabelecimentos sempre foi fadada a ser achar "dona do poder" e tem como mote a desconsideração com os trabalhadores tão análoga quanto à burguesia. Este fenômeno é mais uma das alucinações históricas do disforme desenvolvimento social brasileiro.

Após o farsesco teatro da “fakeda", Bolsonaro, um fascista medíocre que até então era um ilustre desconhecido nacionalmente e atuou por quase três décadas de insignificância absoluta na condição de  deputado federal ligado às milícias do Rio de Janeiro, foi atirado no centro do debate midiático como uma espécie tresloucada de super-herói contra a capacidade política de regeneração do PT.

É importante esclarecer que não foram às bizarras escrotices circenses de Bolsonaro que fizeram migrar o apoio dos senhores de engenho brasileiros outrora enamorados pelo velho ninho tucano para um Jeca Tatu com arroubos de milico da caserna sem nenhum parafuso na cabeça. O novo “flerte” empresarial se deu devido a garantia assegurada da cúpula miliciana de Bolsonaro para que o então “Posto Ipiranga da Economia Bolsonarista” fosse o futuro ministro da Economia e dono totalitário do curral econômico do então futuro desgoverno, o estelionatário e dublê de bicheiro, Paulo Guedes. Como uma figura caricatural tal como seu padrinho político, Guedes é mais um economista-jagunço liberalóide formado com uma cabeça abobalhada e acha que tudo que é estatal é como doença ruim e só a imaculada iniciativa privada é a força motriz de uma economia baseada em transferência de recursos do setor público para os oportunistas de plantão do mercado.

 Com um discurso escroto, selvagem, violento e destituído de qualquer racionalidade objetiva, Bolsonaro se consolidou como o "salvador" de um Brasil chafurdado na imbecilidade coletiva e marejado pela onda de lama psicótica promovida pela grande mídia comprometida com o golpe de Estado de 2016.

Agora, com a posse de um insignificante presidente que não sabe absolutamente nada de concreto na vida, vem à pesada fatura do apoio empresarial na conta do Bolsonaro e seus milicianos colaboradores do crime organizado lícito e ilícito: a missão de passar o rolo compressor da reforma previdenciária e da (nova) reforma trabalhista diante um Congresso Nacional que recebeu uma legislatura (2019-2022) mais nefasta do que a anterior. Por sinal, a mesma que foi uma das protagonistas do golpe de Estado e contribuiu decisivamente para conduzir o país aos maiores níveis de desemprego da história.

Entender quais os reais motores do desgoverno Bolsonaro é fundamental para o trabalhador não ser, mais uma vez, enganado com o discurso canalha que vem sendo ventilado na grande mídia patrocinada pelo poder do capital patronal. A batalha contra estes monstros da desertificação dos direitos dos trabalhadores passará pela intensa capacidade de consciência de classe e organização coletiva por parte dos trabalhadores que semearão esperança na luta ou, caso não acordarem em tempo hábil, reduzirá às chibatadas o destino do Brasil como uma sociedade minimamente civilizada.

quinta-feira, 31 de janeiro de 2019

Mitologias Periféricas



É ilusão achar que o funk/rap/hip hop são "culturas revolucionárias periféricas" como alardeiam enfeitiçados pós-modernos da academia ou fora dela. Como se costuma endeusar muitos teóricos da pós-modernidade neoliberal, o suprassumo do combate às agruras do capital estaria na periferia.

Essa mesma periferia sendo alardeada como totem de um processo de subproduto do capitalismo tardio e grotescamente selvagem. A tal cultura periférica  não mais é do que uma contracultura reacionária, narcisista e com ar blasé de um masturbatório autoritarismo adolescente que acaba despertando apenas uma visceral inveja do estilo consumista da pequena burguesia (ou seja, o estrato disforme de uma "classe média").

Modos de consumo, culto a marcas e processos de consumismo são elementos comuns a jovens de díspares poder econômico. Uma apologia da ignorância em seu sentido pleno com um mar de arrogância juvenil, agora com viés do "empoderamento" da obsessão das redes sociais.

A indústria cultural capta quase sempre com muita precisão formas de construção e instantâneo descarte dos volúveis desejos juvenis. Por sinal, jovens pobres que sonham em serem tão exploradores e consumistas quanto os patrões dos pais destes mesmos jovens ou, quando estão empregados, seus próprios patrões. O desejo da ilusória ascensão social é apenas a carga de mimetização de um midiático e perverso aparato para legitimar as disparidades sociais promovidas pela voracidade do capital.

Nada mais poderoso na ideologia do capital do que construir e retroalimentar supostos críticos do seu sistema que não passam de adoradores (in)volutários de suas entranhas.

Não se compreende o sistema capitalista fazendo carinha de "mano" emburrado e tampouco gestos sistemáticos e obsessivos corporais. Como se apenas a teatral "performance do gueto", por si mesma, já seria suficiente. Para a desilusão de muitos, o mundo é mais complexo do que a vã "filosofia periférica" do senso comum.


sexta-feira, 25 de janeiro de 2019

A miséria do discurso neoliberal pós-moderno na Educação



O histriônico discurso neoliberal pós-moderno do empoderamento narcisista e subjetivo do aluno rebaixou, rapidamente, o papel do professor para um patamar secundário de ação e passivo às interferências grotescas dos grupos senis protofascistas ao estilo da famigerada "Escola sem Partido".

A campanha voraz para a banalização do trabalho docente tem um duplo viés: se por um lado, a atuação do professor se torna cada vez menos relevante na sala de aula e na sociedade diante do massacre ideológico da escravidão sensorial dos sujeitos pelo capital; por outro lado, tal trabalho poderá ser substituído pelo aparelhamento mercantil de grupos empresariais que parasitam o lucrativo mercado da Educação. Sendo assim, se tornou práxis o discurso do mercado que prega o "modernismo empoderado": um professor poderá "perfeitamente" ser substituído por um simples celular com internet dando poder ao aluno estudar onde e como quiser! A mágica da promessa do conhecimento por osmose de dados!

Para isto, a rapinagem do cartel das empresas do ramo alardeia com falaciosa perversão a propaganda  jocosa da educação do futuro na palma da mão do estudante. Diante da desertificação de modelos de mundo que possam opor-se consistentemente a lógica de mercantilização da vida, a ideologia que reina hegemonicamente é a ideologia do capital sob diversas metamorfoses e discursos criativos para se apresentar como inevitavelmente necessária, racional e palatável.

Grupos de estéreis fraseologias identitárias e conservadores protofascistas se unem em falsa oposição na dispersão do autismo social em prol da supremacia do capital. A Educação é o elemento-motriz e sintomático das interações sociais em curso. O capital reutiliza a ideologia conforme suas conveniências mercantis sem nenhum apreço ao futuro de uma sociedade e dignidade humana.

Quando a Educação abandona sua função primaz de ser oponente visceral da barbárie para ser colocada como um shopping center de alucinadas bricolagens narcíseas da miséria humana, sua essência primordial se torna completamente desnecessária.

Recuperar o sentido de formação crítica, cognitiva, reflexiva, social e transformadora da Educação é a tarefa urgente diante dos ataques das alucinações identitárias e protofascistas em um Brasil que não desiste de promover a autodestruição da sociabilidade e a escravidão dos trabalhadores em prol dos privilégios dos enraizados e impiedosos donos do poder.


TRUMP NÃO FOI UM (NOVO) ACIDENTE DA HISTÓRIA. FOI UMA ESCOLHA!

  Quase todas as tentativas de explicação que surgem do campo de uma Esquerda, magnetizada pelo identitarismo, é de uma infantilidade atroz,...