O histriônico discurso
neoliberal pós-moderno do empoderamento narcisista e subjetivo do aluno
rebaixou, rapidamente, o papel do professor para um patamar secundário de ação
e passivo às interferências grotescas dos grupos senis protofascistas ao estilo
da famigerada "Escola sem Partido".
A campanha voraz para a
banalização do trabalho docente tem um duplo viés: se por um lado, a atuação do
professor se torna cada vez menos relevante na sala de aula e na sociedade
diante do massacre ideológico da escravidão sensorial dos sujeitos pelo
capital; por outro lado, tal trabalho poderá ser substituído pelo aparelhamento
mercantil de grupos empresariais que parasitam o lucrativo mercado da Educação.
Sendo assim, se tornou práxis o discurso do mercado que prega o
"modernismo empoderado": um professor poderá
"perfeitamente" ser substituído por um simples celular com internet
dando poder ao aluno estudar onde e como quiser! A mágica da promessa do
conhecimento por osmose de dados!
Para isto, a rapinagem do
cartel das empresas do ramo alardeia com falaciosa perversão a propaganda jocosa da educação do futuro na palma da mão
do estudante. Diante da desertificação de modelos de mundo que possam opor-se
consistentemente a lógica de mercantilização da vida, a ideologia que reina
hegemonicamente é a ideologia do capital sob diversas metamorfoses e discursos
criativos para se apresentar como inevitavelmente necessária, racional e
palatável.
Grupos de estéreis fraseologias
identitárias e conservadores protofascistas se unem em falsa oposição na
dispersão do autismo social em prol da supremacia do capital. A Educação é o
elemento-motriz e sintomático das interações sociais em curso. O capital
reutiliza a ideologia conforme suas conveniências mercantis sem nenhum apreço
ao futuro de uma sociedade e dignidade humana.
Quando a Educação abandona sua
função primaz de ser oponente visceral da barbárie para ser colocada como um
shopping center de alucinadas bricolagens narcíseas da miséria humana, sua
essência primordial se torna completamente desnecessária.
Recuperar o sentido de formação
crítica, cognitiva, reflexiva, social e transformadora da Educação é a tarefa
urgente diante dos ataques das alucinações identitárias e protofascistas em um
Brasil que não desiste de promover a autodestruição da sociabilidade e a
escravidão dos trabalhadores em prol dos privilégios dos enraizados e
impiedosos donos do poder.
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