Adorável um
presente e alarmista covardia intelectual frouxa que só regurgita senso comum
niilista e não tem nenhuma capacidade crítica de desvelar a realidade
arreganhada nas esquinas das cidades onde a voraz estrutura metabólica do
capital tritura sem piedade seus trabalhadores!
Há uma "turma" sintomática de
pseudo-intelectuais ou pseudo-críticos contemporâneos que fazem muito
"sucesso" nas "rodas de conversas" de parte da
"intelectualidade". Até mesmo as
quais parte das esquerdas abraça com desespero patético qualquer modismo de
momento para chamar de "meu guru". Vale ressaltar que as estratégias
mais efêmeras das esquerdas sempre formam mimetizadas pelos chacais mais
astutos da extrema-direita e alimentaram (e ainda são nutridos) mecanismos de
conquistar adeptos à causas extremistas da direita.
A "crise
da razão" como muitos pregam, esquecem que o cerne desta crise é do modelo
de capital que não quer mais tolerar mais nenhuma "conciliação de classe"
denominada amplamente de "democracia". A tal "turma" dos
descolados coveiros dos trabalhadores não passa de um bando de burgueses que
satisfazem seus egos ao serem os arautos da propaganda da morte dos mais
fracos. Por sinal, tais coveiros são incapazes de ousar questionar os modelos
de realidade impostos para satisfazer um desejo destrutivo dos detentores reais
do capital.
"Naturalizar"
a perversão e dizer que estaria inevitavelmente tudo "terminado".
Diante do contexto, é desconhecer de forma leviana os intrincados caminhos da
História e das formulações metabólicas do sistema capitalista e, por sua vez, a
força das lutas sociais.
O último
"pensador" que disse que a História havia "terminada” foi
liberal estadunidense Francis Fukuyama e ideólogo conservador, publicado em
1989 e repercutiu nos anos 1990. Diante da realidade atual, o próprio já voltou
a atrás do seu cretinismo determinista onde dava como certo a supremacia da
democracia neoliberal a la estadunidense.
O artigo
do historiador camaronês Achille Mbembe[1] segue a mesma linha
conformista com viés maníaco-depressiva e suicida que nada acrescenta a
reflexão crítica. Pior ainda, alimentam um clima de desmotivação e
enfraquecimento para a luta dos trabalhadores em busca da própria sobrevivência
em tempos da ascensão dos modelos autoritários para preservar os lucros dos
capitalistas.
Para estes
oportunistas midiáticos de mercado, é sempre muito mais fácil propagandear
proselitismos identitários vitimistas e manter intocadas as fundações do poder
da escravidão real que arde nas estruturas da perversão capitalista.
O
derrotismo acovardado contribui tão somente para satisfazer o jogo psicológico
da opressão, ou seja, a adesão voluntaria dos trabalhadores para serem
engolidos pelas estratégias da burguesia. Por sinal, tais estratégias sempre
foram de minar, primeiramente, a auto-estima e depois, se ainda resistir, a
destruição física de todos aqueles que ousarem a confrontar as ideologias de um
modelo estruturalmente perverso.
[1] O
artigo foi publicado, originalmente, em inglês, no dia 22-12-2016, no sítio do
Mail & Guardian, da África do Sul, sob o título "The age of humanism
is ending". Disponível em: http://www.ihu.unisinos.br/186-noticias/noticias-2017/564255-achille-mbembe-a-era-do-humanismo-esta-terminando
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