quinta-feira, 7 de fevereiro de 2019

DESGOVERNO BOLSONARO É A IMPOSIÇÃO DA ESCRAVIDÃO LEGALIZADA




O programa da destruição massiva de todos os direitos trabalhistas do desgoverno miliciano de Jair Bolsonaro é o suprassumo da perversão dos patrões em busca da mais-valia absoluta. Em outras palavras, o trabalho formal deverá oficialmente ser transmutado analogamente ao trabalho escravo legalizado. Trocando em miúdos, será o trabalho ofertado aos trabalhadores que será destituído de quaisquer garantias, direitos ou normas trabalhistas, tais como FGTS, PIS/PASEP, décimo terceiro salário, férias e licenças conquistadas com severa luta e enfrentamento dos trabalhadores contra as mazelas dos patrões na história das batalhas sociais no Brasil. Um macabro retrocesso singular no mundo civilizado que se situa no século XXI. Todo o frágil casebre de direitos mínimos trabalhistas se colocou ainda mais em risco desde golpe de Estado de 2016 e se aprofundará no desgoverno de Bolsonaro.

Não foi por acaso que o patrono direta ou indiretamente apoiou de forma intensiva a farsante campanha eleitoral do Bolsonaro nas eleições de outubro de 2018. Assim que foi percebido que a candidatura do tucano ex-governador Geraldo Alckmin não decolava, Bolsonaro foi coroado para conduzir o visceral desejo escravocrata da burguesia e da sua faceta lacaia e mimetizada, a pequena-burguesia. Por sinal, a parcela da pequena-burguesia proprietária de pequenos estabelecimentos sempre foi fadada a ser achar "dona do poder" e tem como mote a desconsideração com os trabalhadores tão análoga quanto à burguesia. Este fenômeno é mais uma das alucinações históricas do disforme desenvolvimento social brasileiro.

Após o farsesco teatro da “fakeda", Bolsonaro, um fascista medíocre que até então era um ilustre desconhecido nacionalmente e atuou por quase três décadas de insignificância absoluta na condição de  deputado federal ligado às milícias do Rio de Janeiro, foi atirado no centro do debate midiático como uma espécie tresloucada de super-herói contra a capacidade política de regeneração do PT.

É importante esclarecer que não foram às bizarras escrotices circenses de Bolsonaro que fizeram migrar o apoio dos senhores de engenho brasileiros outrora enamorados pelo velho ninho tucano para um Jeca Tatu com arroubos de milico da caserna sem nenhum parafuso na cabeça. O novo “flerte” empresarial se deu devido a garantia assegurada da cúpula miliciana de Bolsonaro para que o então “Posto Ipiranga da Economia Bolsonarista” fosse o futuro ministro da Economia e dono totalitário do curral econômico do então futuro desgoverno, o estelionatário e dublê de bicheiro, Paulo Guedes. Como uma figura caricatural tal como seu padrinho político, Guedes é mais um economista-jagunço liberalóide formado com uma cabeça abobalhada e acha que tudo que é estatal é como doença ruim e só a imaculada iniciativa privada é a força motriz de uma economia baseada em transferência de recursos do setor público para os oportunistas de plantão do mercado.

 Com um discurso escroto, selvagem, violento e destituído de qualquer racionalidade objetiva, Bolsonaro se consolidou como o "salvador" de um Brasil chafurdado na imbecilidade coletiva e marejado pela onda de lama psicótica promovida pela grande mídia comprometida com o golpe de Estado de 2016.

Agora, com a posse de um insignificante presidente que não sabe absolutamente nada de concreto na vida, vem à pesada fatura do apoio empresarial na conta do Bolsonaro e seus milicianos colaboradores do crime organizado lícito e ilícito: a missão de passar o rolo compressor da reforma previdenciária e da (nova) reforma trabalhista diante um Congresso Nacional que recebeu uma legislatura (2019-2022) mais nefasta do que a anterior. Por sinal, a mesma que foi uma das protagonistas do golpe de Estado e contribuiu decisivamente para conduzir o país aos maiores níveis de desemprego da história.

Entender quais os reais motores do desgoverno Bolsonaro é fundamental para o trabalhador não ser, mais uma vez, enganado com o discurso canalha que vem sendo ventilado na grande mídia patrocinada pelo poder do capital patronal. A batalha contra estes monstros da desertificação dos direitos dos trabalhadores passará pela intensa capacidade de consciência de classe e organização coletiva por parte dos trabalhadores que semearão esperança na luta ou, caso não acordarem em tempo hábil, reduzirá às chibatadas o destino do Brasil como uma sociedade minimamente civilizada.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

TRUMP NÃO FOI UM (NOVO) ACIDENTE DA HISTÓRIA. FOI UMA ESCOLHA!

  Quase todas as tentativas de explicação que surgem do campo de uma Esquerda, magnetizada pelo identitarismo, é de uma infantilidade atroz,...