domingo, 11 de novembro de 2018

EXEMPLO DO FASCISMO JAGUNÇO PREDATÓRIO


A História das sociedades humanas é recheada de ironias e perversões trágicas.
No início da escalada política daquilo que viríamos a conhecer como fascismo, seu berço foi a Itália após a Primeira Guerra Mundial. O primeiro programa dos "Fasci italiani di combattimento" (o embrião do seria criado, em 1921, do Partido Nacional Fascista) foi publicado em 06 de junho de 1919 no jornal Il Popolo d'Italia cuja direção era de Benito Mussolini, o futuro ditador fascista italiano. Entre suas pautas do revolucionarismo populista do programa dos fasci , um dos seus itens reivindicatórios era a modificação da aposentaria para os trabalhadores a ser alterada de 65 para 55 anos.
Cem anos depois, no Brasil do pós-golpe de 2016, primeiramente com Temer e, agora, com o fascismo jagunço à brasileira de Paulo Guedes, o vigarista superministro da economia do desgoverno Jeca Tatu de Bozonaro, propõem a aposentadoria para os trabalhadores brasileiros como idade mínima aos 65 anos!
O tempo passa, mas golpistas e jagunços fascistas brasileiros conseguiram ser mais sórdidos e cruéis do que os originais fascistas italianos! Ao apostar na barbárie, somente a barbárie se revelará em nome de um capitalismo predatório cada vez mais cruel.

terça-feira, 6 de novembro de 2018

VENCER O FASCISMO JAGUNÇO DA TRAGÉDIA BOLSONARO: RESISTIR NO PRESENTE, RESGATAR O FUTURO



Vivemos um momento histórico onde já não cabe mais o papel da servidão voluntária atrelada ao gozo da mediocridade coletiva. Chegamos ao fundo do poço em relação à nossa ignorante estupidez perante os fatos presentes e um sentimento indescritível de desconforto perante o futuro imediato para quem tem um mínimo de lucidez intuitiva. Chegou a hora de cessarmos a cômoda e irresponsável caçada aos “vilões” escolhidos seletiva e sorrateiramente por um aparelhamento midiático desde os protestos juvenis de passagens de ônibus de São Paulo que datam de 2013. De lá para cá, a onda conservadora se avolumou, perdeu o controle da Direita conservadora e se transformou em um perverso mar de alucinação da extrema-direita. A Caixa de Pandora se estraçalhou de vez e os monstros transbordaram para a sociedade.

O discurso de satanizar um único partido ou uma única pessoa por todos os sortilégios de desgraças deste país alimentou uma tragédia. O resultado disso foi à histórica alienação social que colocou a rapinagem dos abutres corruptos da extrema-direita ao poder. O país envenenado por uma grande mídia seletiva e antidemocrática ajudou a alimentar um tipo grotesco e particular de fascismo à brasileira, o “fascismo jagunço”, a saber: ignorante na forma e conteúdo, desprovido de qualquer projeto político, violento, psicótico, e grotesco em suas práticas, um culto ao irracionalismo selvagem, aliada a eclosão de um fanatismo religioso, um jorro de ódio ao conhecimento e a qualquer manifestação de atitude racional.

Com o fracasso do neoliberalismo sedimentado no projeto tucano de governar o país nos anos de Fernando Henrique Cardoso e as limitações do modelo social-democrático dos anos petistas de Lula e Dilma Rousseff (projeto esse sabotado pelo golpe de estado de 2016 contra a presidenta Dilma), os setores econômicos mais exploradores da mão-de-obra do país abraçaram o ultraliberalismo jagunço da extrema-direita. É fundamental salientar que não existe historicamente uma extrema-direita exitosa na ocupação do poder, em qualquer país do mundo, sem estar apoiada por grandes grupos econômicos para financiar seu circo de aberrações. Para aqueles que ainda estão em sono profundo, passou da hora de acordarem para a vida real que está impregnada de fantasia suicida e desejos mórbidos de eliminação do outro. É inadmissível aceitar o discurso da autodestruição social propagada incessantemente nos últimos seis meses de uma campanha inescrupulosa, mentirosa e desonesta do arauto da destruição jagunça, o ex-capitão fracassado do exército que passou para a reserva, Jair Bolsonaro, vulgo o “bunda suja” conforme atribuiu a “Revista Veja” aos militares que não evoluíram na meritocracia da carreira militar. Bolsonaro, segundo Veja, teria recebido tal designação pelo sua inaptidão aos ditames do exército e, somado a isto, devido sua polêmica participação em traquinagens circenses em quartel. Até o início do presente ano de 2018, o então ilustre “bunda suja” não passava de um desconhecido da esmagadora maioria da população brasileira.

A terrível noite de 28 de outubro de 2018, após o anúncio da vitória de Bolsonaro contra o petista Fernando Haddad, será lembrada por uma tragédia anunciada e sinalizada para todos aqueles que queriam e estavam dispostos a observarem com percepção e paciência. A eleição de Bolsonaro para a presidência do Brasil representou um desastre histórico para nossa democracia e para a sociabilidade inerente ao país.

Quem era afinal o presidente que virou “mito” sem ter feito absolutamente nada que possa de alguma forma merecer tal alcunha? Bolsonaro é uma farsa fraudulenta e não passa de uma velha raposa parasita da apodrecida política clientelista nacional que foi vendida por astutos assessores de marketing, como Steve Bannon (o polêmico ex-assessor do presidente Donald Trump que venceu via fraudes na campanha eleitoral nos Estados Unidos) aos desavisados como algo “novo” contra as velhas estruturas da política. Após ser sucessivamente eleito como deputado federal pelo Rio de Janeiro (1991-2018), Bolsonaro surfou por uma sopa de letras por diversos partidos da Direita como o PDC, PPR, PPB, PTB, PFL, PP e estava no PSC quando, ainda neste ano de 2018, Bolsonaro foi catapultado como candidato a presidência por um obscuro e inexpressível partido, o Partido Social Liberal (PSL), cuja estrutura mais se apresenta como uma organização miliciana do que um partido político por suas prestação de contas serem nebulosas e práticas questionáveis.

Sem ter efetivamente sequer um “plano de governo”, exceto a divulgação de um arquivo de “PowerPoint” recheado de bobagens senis que ronda o imaginário ignorante dos usuários de redes sociais, Bolsonaro é uma fraude ambulante que foi vendida por parte significativa da imprensa nacional como um “fenômeno de sucesso”. O que nos remete tal ao então governador do Estado de Alagoas, ao arrogante e impetuoso Fernando Collor de Mello que surgiu para o Brasil como o folclórico “caçador de marajás” em 1989 do nanico partido, o PRN. O resultado da “aventura Collor” que foi apoiado pela grande mídia brasileira, em particular, a Rede Globo, foi o aprofundamento da devastação da economia brasileira que tinha como herança a situação dilacerada pelos anos Sarney com a alta inflacionária, explicitada com o sequestro do “confisco das poupanças” de milhões de contribuintes, início das privatizações de empresas públicas como forma de “modernidade”, recorde de desemprego e um mar de corrupção que levou ao “impeachment” do seu mandato em 1992.

Parte significativa do eleitorado brasileiro não aprendeu a lição dos anos Collor e apostou novamente no erro grosseiro e muito bem conhecido! Contudo, como toda tragédia na segunda ocorrência é um desfile farsesco, Bolsonaro é uma espécie ambulante de “Collor piorado”, como demonstrou em inúmeras oportunidades tal quesito como foi registrado em todas as mídias conhecidas. O presidente eleito é um descontrolado sistemático que não consegue sequer responder uma meia dúzia de perguntas que não sejam fanfarronices e, para variar, é incapaz de fazer um discurso sem gaguejar, cometer gafes ou falar mal de alguém. Somada a tudo isto, Bolsonaro tem o explosivo agravante de trazer a toda a nefasta aparelhagem de militares ao poder, por sinal, situação inédita desde que os militares voltaram para a caserna com o fim da trágica aventura ditatorial dos generais em 1985. A eleição de Bolsonaro representou o retorno inacreditável e irresponsável do entronamento sistemático dos militares ao poder por via das urnas!

Bolsonaro despontou em sua insignificante vida política como um contumaz falastrão grosseiro que mostrou sua jocosa ignorância em toda oportunidade que teve para fazer seu podre teatro repugnante: pedir a volta da ditadura militar, fazer apologia à violência e ao estupro, fazer honrarias aos covardes torturadores do nefasto regime militar, ofender mulheres, gays, negros, indígenas, nordestinos, “esquerdistas” e, claro, sua maior especialidade, utilizar-se ao máximo do aparelhamento e das verbas públicas da Câmara dos Deputados. Na lógica de rapina de Bolsonaro, usar verbas públicas para enriquecer seus próprios bolsos e de seus filhos, não é corrupção, apenas o “PT que é corrupto”.  E diante da sua “lógica de espertalhão”, milhares de eleitores fecharam os olhos nas urnas e entronou um sujeito que somente pensou a vida inteira no próprio bolso enquanto foi político no próprio sistema que ele acusou ser “podre” diante do seu “bunker” escondido do eleitorado durante sua campanha eleitoral de enfermo oportunista. O episódio circense da “facada” em Bolsonaro, durante o primeiro turno das eleições, até hoje não foi esclarecido e gerou dois ganhos imediatos e valorosos à Bolsonaro: hiperexposição na mídia como uma espécie de “santo salvador” que resistiu ao “atentando” e a fuga de qualquer debate o qual ele saberia que seria um completo fracasso com sua total incapacidade de orientar-se por palavras minimamente sensatas ou cognitivamente compreensíveis ao público.

Bolsonaro é mundialmente visto como um perigoso e inaceitável retrocesso político, econômico, trabalhista, social, cultural, soberania nacional e humanitário. Uma campanha eleitoral baseada em grotescas mentiras, as alardeadas “fake news” jorradas em redes sociais, em particular, no aplicativo WhatsApp denunciado pelo jornal paulistano “Folha de S. Paulo”, deu o tom da completa ausência de ética de um grupo que não mostrou nenhum projeto real para o país, exceto a promoção da barbárie promovida por asseclas de Bolsonaro em nome da violência e da promoção do ódio e de mentiras grotescas. É inacreditável que o tanto o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) quanto o Supremo Tribunal Federal (STF) ficaram omissos, se fizeram de mortos, com a avalanche de crimes eleitorais promovidos pela equipe política de Bolsonaro e seus empresários que turbinaram com verbas ilícitas o seu generoso “Caixa 2”.

Eleito presidente dias atrás, as primeiras movimentações da cúpula de Bolsonaro formada por patrões predadores, velhos políticos corruptos, nepotismo psicopata, mafiosos que se utilizam da religião para formar impérios econômicos criminosos, economista vigarista em superministério da destruição, fantoche de astronauta, juiz fascista inescrupulosamente oportunista, financiador de campanha eleitoral e um mar de trogloditas militares jagunços dão o tom dos horrores bizarros que o país atravessará para servir apenas ao banditismo inconsequente da endinheirada e atrasada elite nacional e servir aos interesses econômicos e geoestratégicos dos Estados Unidos.

A agenda bolsonarista em pauta é a destruição dos direitos previdenciários dos trabalhadores, novo ataque aos direitos trabalhistas, a privatização das empresas públicas que ainda restou após o desastre do nefasto biênio de Michel Temer do pós-golpe de 2016, a diluição de cerca de 380 bilhões de dólares de reservas externas (conquistadas nos anos Lula e Dilma), a entrega da Petrobrás e dos suculentos campos de pré-sal para as petrolíferas estrangeiras e o discurso fascista da perseguição política contra os “inimigos indesejáveis”. A perseguição aos movimentos sociais, professores, jornalistas, grupos identitários e os tais “esquerdistas” (ou seja, todos aqueles que ousarem a se opor as insanidades de Bolsonaro) estarão na agenda do terror e coação para desviar atenção da opinião pública contra o futuro fracasso das medidas econômicas e políticas de Bolsonaro.

No plano externo, já começaram os estragos com a China, Palestina, Egito que alertaram sobre as falas toscas de Bolsonaro e prometeram retaliações a respeito. A tentação para a invasão militar contra nosso país vizinho, a Venezuela, como resposta a vassalagem que país se sujeitou ao presidente estadunidense, Donald Trump, ainda está na agenda do desequilibrado presidente eleito e seus asseclas irresponsáveis. Bolsonaro é a devastação ambulante, uma espécie de Rei Midas ao contrário do “toque de ouro” da mitologia grega clássica: onde Bolsonaro toca vira destruição.

Bolsonaro é a casamento maldito entre o ultraliberalismo tosco e selvagem, o escravismo colonial da elite econômica do atraso, a violência e a coerção covarde dos militares e o neopentecostalismo das máfias da Bíblia. Aos trabalhadores, a massa que Bolsonaro sempre teve repugnância e desprezo, pois sempre votou contra eles na sua vida de parlamentar em prol dos ricos, restará o arrocho salarial, jornadas análogas à escravidão, o fim da aposentadoria real e a precarização dos empregos. É preciso deixar bem claro a seguinte lição para todos: cada dia a mais de Bolsonaro no poder será um dia a mais de devastação e mortes no Brasil.

Com Bolsonaro no poder, teremos a certeza de cortes sem limites em áreas sociais e, no maior ódio de Bolsonaro, à área de Educação. Afinal, alguém que sempre desprezou a Educação não poderia deixar impune seu ódio pelo conhecimento, pela lucidez, pela sensatez. Bolsonaro representa à apologia à ignorância primitiva que muitos cidadãos brasileiros guardam dentro de si sua completa incapacidade de compreensão de mundo: abriu-se então a era da “guerra contra o conhecimento, o anti-intelectualismo” no Brasil. No lastro da insanidade persecutória do grupo irracional denominado “Escola sem Partido” (ESP) cujo objetivo é perseguir e atacar professores em nome de crendices irracionais e religiosas, não foi a toa que um dos seus primeiros e toscos pronunciamentos de Bolsonaro, recém-eleito, foi se dirigir às redes sociais e pedir aos alunos “denunciarem” professores que fazem suposta “doutrinação” e tais que professores irão receber um “presentinho” do presidente eleito. Que presentinho é esse, Bolsonaro?

A política de “naturalização do jaguncismo” de Bolsonaro começou na grande mídia antes mesmo de ser oficializado presidente. É completamente surreal que as vigarices insanas que Bolsonaro excreta serem tratadas como meras “gafes”, “mal-entendidos”, ou pior ainda, “adaptações ao poder”, como se um sujeito de 63 anos fosse ainda uma criança que recebeu brinquedo novo e não sabe ainda brincar com ele! A alucinação mediada por uma enxurrada de mentiras canalizadas captura a subjetividade coletiva e constrói-se uma espécie de “realidade paralela” de distorção desta realidade, onde a mentira se torna a verdade e vice-versa e a truculência se “normaliza” como uma “ética do grande pai opressor”, mas que os filhos devem obedecer!

Bolsonaro é o ícone de uma massa de ignorantes com “lugar de fala” eleito com grotesca propaganda fraudulenta em urna. A ascensão da extrema-direita jagunça no Brasil representou um “grito de liberdade” e sem nenhuma vergonha para as almas grotescas que se encontravam no armário e que vinha ensaiando seu perambular por solo brasileiro desde 2013. Para Bolsonaro, um velhaco tosco, perverso e irresponsável, a vida humana não significa nada, apenas o seu propósito de vida foi perambular muito bem à custa do dinheiro público que as benesses de deputado federal ofereceram para si e para alojar toda a sua família de predadores do bem público. Bolsonaro é a ode ao nepotismo sem nenhuma gota de vergonha onde colocou todos os seus filhos em cargos políticos.

Bolsonaro massacra a realidade presente com sua metralhadora de insanidades perversas e, assim, sequestra o futuro do Brasil. Não podemos engolir ilusões baratas na vã tentativa de achar que um ser extraterreno irá iluminar a cabeça de um sujeito que já provou inúmeras vezes, diante dos olhos de quem se negou a ignorar a realidade, ser um desajustado feroz e desequilibrado.

Ninguém tem o direito de roubar o nosso futuro, a nossa dignidade, a nossa esperança. Bolsonaro emergiu das trevas do corrupto e parasita baixo clero da Câmara dos Deputados onde vegetou por lá quase três longas décadas para se projetar em 2018 como o grande fantoche de “herói nacional”. Todo grande farsante apresenta o mesmo discurso e escondem por detrás dele os reais interesses que é impor os trabalhadores brasileiros à servidão dos patrões, ampliar o lastro da miséria e a submissão covarde e voluntária os interesses de Donald Trump e seus abutres de Washington. Tudo em nome de castigados bordões vazios tão velhos quanto à era da pedra lascada, como "família", "pátria" e "Deus". O deus que Bolsonaro vive a balbuciar não é compatível a nenhum outro Deus de qualquer religião que seja usada como parâmetro comparativo. O único deus de Bolsonaro é o da morte! É para quem possui alguns preceitos religiosos, nada é tão pecador do que fazer apologia à violência e invocar o nome de Deus absolutamente em vão para ocultar a total incapacidade de gerir alguma coisa ou manusear as palavras com um mínimo de sensatez.

É preciso salvar a democracia para que possamos ser salvos! É preciso ainda compreender os valores que estão intrínsecos na democracia que não podemos abrir mão deles por mera e grotesca falta de conhecimento a respeito. Precisamos reorganizar a estrutura emocional, a consciência política e a compreensão de que estamos vivendo uma escancarada luta de classes e sem pudor algum: tudo exposto em prol da devastação do país que será alicerçado por pilhas de corpos inocentes ao chão.

Sim, a democracia ficou derrubada com a eleição de um fascista farsante, mas não vencida. Não podemos admitir que uma grotesca camarilha de parasitas perversos e irresponsáveis que tomaram de assalto o poder por via da fragilidade do aparelhamento das instituições que se dizem “democrático” faça o que bem quiser com nossas vidas, nossos entes queridos, a nossa sociedade, o nosso país, o nosso futuro e a nossa esperança. Quem não tem consciência de si e de mundo é um eterno escravo daqueles que não tem pudores para impor a escravidão.

Não podemos aceitar a lógica dos destruidores da democracia em nome de nossa cumplicidade acomodada e acovardada do império da destruição que representa a podridão devassa de Bolsonaro e sua milícia de saqueadores do erário. Não podemos ceder aos monstros (é assim que devemos encarar os perversos e impiedosos que não tem nenhum apreço pela dignidade humana!) sob a penalidade de alimentar a sangria e cavarmos a sepultura daquilo que conhecemos por uma sociedade civilizacional. Precisamos começar a organizar a mobilização popular nacional por uma frente única com estudantes, trabalhadores, partidos políticos progressistas, movimentos sociais de toda a natureza e todos aqueles que prezam a dignidade humana e os valores democráticos, cujo mote poderá ser VENCER O FASCISMO: RESISTIR NO PRESENTE, RESGATAR O FUTURO.

segunda-feira, 5 de novembro de 2018

QUEM ELEGEU O BOZO FORAM OS ELEITORES DELE


"Quem elegeu o Bozo foi o PT", esbraveja o antipetista que se diz democrático. Tornou-se comum tal como um mantra que se seguiu após o termino da noite de terror do dia 28 de outubro com a oficialização de Bozo, o insano, a ocupar o Planalto. Como se Haddad e o PT não tivessem conquistado o direito de ir para o segundo turno e com chances reais de vitória contra Bozo diante do acovardamento de praticamente toda a classe politica e instituições como o TSE e STF que fingiram não verem os gravíssimos crimes industriais e eleitorais do fascista jagunço da milícia do PSL.
Um país fascistizado e hipnotizado por um jorro incessante de "fake news" que exploraram as mais insanas alucinações de um eleitorado carente de realidade e ética social. Nesta logica rasteira, quem elegeu o Partido Nazista em votação maciça em 1932 seria então os judeus. Será? A História provou categoricamente que não.
Antes de jorrar o ódio nas análises de botequim em redes sociais é preciso levar em consideração a realidade material dos fatos. Não ser leviano apenas para sustentar uma posição egóica infantilizada e revanchista.
As eleições de 2018 resultaram em um novo patamar de crimes eleitorais onde as mentiras sórdidas difundidas em redes sociais resultaram na ascensão meteórica da extrema-direita nos cargos parlamentares e executivos no Brasil. Culpar taxativamente as esquerdas sem levar todo o quadro cultural das eleições é produzir "fake news" da real conjuntura política de um Brasil soterrado na escuridão.

sexta-feira, 2 de novembro de 2018

FORA BOZO: CONTRA A DITADURA DO FASCISMO JAGUNÇO



Lançado por "fake news" que foram espalhadas em redes sociais, financiadas por um sofisticado esquema de "Caixa 2" e gerenciadas por empresas de capital nacional e internacional, Bozo é a maior fraude eleitoral da história da republica brasileira.

Bozo é uma mentira grotesca, uma fraude ambulante que a cada dia no poder trará anos de retrocessos inacreditáveis ao país. Como toda mentira, ela não tem sustentação, tal como um castelo de cartas suspenso por frágeis ligações:  basta uma pequena corrente de ar para tudo desmoronar.
A Constituição Federal de 1988, em seu artigo 81, prevê que com a queda, deposição ou renúncia de um presidente da república até metade do seu mandato, caberá ao povo brasileiro escolher um novo presidente por eleições diretas (ou seja, via voto na urna) para completar o mandato em questão.

Não podemos dar trégua a um governo fascista eleito de forma fraudulenta por apenas um terço do eleitorado brasileiro. É preciso uma frente ampla para se unir em torno de um objetivo comum que é derrubar o fascismo jagunço de Bozo e ressaltar todo seu antro de corrupção e negociatas em prol de patrões corruptores que buscam destruir sem piedade  todo o sistema de rede de proteção de existência humana que vai deste o setor trabalhista, previdenciário, educacional, social, direitos humanos ao ambiental.

Bastaram alguns dias após ser confirmado nesta eleição do "fake news" para muitos dos eleitores do Bozo já perceberem a fraude grotesca do seu "mito de fake". As forças democráticas não poderão dar-se ao luxo de ter vacilações, egoísmos e comezinhos medíocres em um momento tão deteriorado e alarmantemente destrutivo da vida nacional.

Milhões de brasileiros estarão aprofundando drasticamente o padrão de vida e dignidade humana, levando-os aos subterrâneos da miséria diante um inescrupuloso e impiedoso governo do jaguncismo fascista para privilegiar somente ao patronato dos setores mais devastadores do capital nacional, a subservência aos interesses estadunidenses e aos rentistas parasitas do dinheiro publico.

É preciso que Bozo seja destronado do seu ímpeto devastador para que os trabalhadores e os mais frágeis socialmente garantam o direito de existência e seguirem respirando. É preciso dizer basta a qualquer  tipo de facínora ditadura do capital com as mordaças da violenta selvageria truculenta das hordas de Bozo!

terça-feira, 16 de outubro de 2018

DEMOCRACIA X DITADURA



Na democracia você elege por maioria de votos um governo e tem o direito de criticá-lo. Na ditadura você não tem direito a nada e se abrir a boca tomará porrada e/ou perderá a vida.

 Na democracia ocorre corrupção no governo e tem seus meios para controlar e punir eventuais culpados. Já na ditadura, a corrupção é uma prática obrigatória do grupo que toma e parasita o poder e, por sua vez, ninguém vive para poder criticar ou denunciar os desvios do erário.

Na democracia, há liberdade partidária e participação política daqueles que desejam se manifestar das mais diferentes tendências possíveis. Enquanto que na ditadura não há nenhuma participação política de qualquer natureza que não seja reprimida por agentes do poder que ditam as regras do que pode ou não ser realizado na sociedade.

A democracia é falha e precisa sempre ser aprimorada em todos os sentidos. A ditadura nunca tem falha, pois quem dizer alguma coisa contrária aos seus métodos será preso, torturado e morto.

Na democracia você tem ampla defesa de algo que seja acusado. Em uma ditadura, não existe nenhuma garantia de defesa e também é recorrente julgamentos sumários, ou seja, você poderá ser condenado por algo que não tenha a menor idéia do que seja sem nenhum meio de se defender.

Há uma notória ilusão que na democracia existam mais crimes, pois são amplamente divulgados. Numa ditadura, nada é divulgado, isto se chama “censura”. Logo, o silêncio sobre os fatos conforta a alma dos desavisados. A imprensa é censurada e tudo que é divulgado para a população passa por um “censor”. Daí tem-se claramente a sensação de mais “segurança”, ou seja, “se não sei de nada, não tenho medo e me sento mais seguro”. Entendeu a diferença?

Mas sempre tem aquele que diz: “Ah, meu avô dizia que naquele tempo da ditadura era tudo melhor!”. A pergunta é: Será mesmo?. Baseando em quê que é melhor? Se for o lado que ele aceitava ser passivo com os militares de forma mansinha com todos os direitos dele sonegados e sem liberdade alguma, talvez a vida dele seja de baixa expectativa. Porém, se ele for minimamente crítico com qualquer situação, ele teria sérias dificuldades de sobrevivência. Ademais, a nostalgia é como um porta-retrato, você vê a foto de um momento, mas não lembra de todo o filme que passou em função dela.

Antes de abrir a boca ou escrever bobagens nas redes sociais ou votar em quem insanamente faz apologia à governo militares e promete instaurar um ditadura, procure saber mais a respeito! Procure valorizar sua liberdade de expressão, mesmo que ela seja uma completa estupidez. Lembre-se que numa democracia você é um ignorante tagarela com vida e numa ditadura a sua ignorância somente se manterá no inicio, para aplaudir ditadores, mas depois será sumariamente descartada.

Se você acha que a ditadura é algo bom, é porque nunca viveu debaixo de uma realmente. Uma democracia você sabe quando um governo começa e quando ele termina. Numa ditadura, você fica sabendo quando ele começa e jamais saberá ele terminará. Não pegue “amostra grátis”, pois a ditadura é como um veneno que poderá parecer aparentemente doce a princípio, mas mata!

A eleição da irracionalidade egóica



O típico eleitor do Bozo é guiado por um profundo senso de ignorância estupida, infantilidade emocional, um recém-aflorado narcisismo que estava recalcado e completo desprezo pela vida alheia (incluindo a sua própria!).

É como um sujeito que dirige um ônibus lotado de passageiros a 200 km/h trafegando em um penhasco rumo a uma ribanceira suicida. Ele recebe avisos de alertas intensos sobre sua atitude inconsequente, avisos sonoros, buzinas incessantes, gritos de pavor dos passageiros, mas ele segue firme dizendo que a culpa era do ex-patrão e soltando sistematicamente sua gargalhada: "kkkkkk". Ele não se importa de cair em um precipício, desde que leve junto consigo o máximo de pessoas, incluindo amigos e familiares.

Ele ignora todos os perigos, sente orgulho de sua atitude profundamente egoísta e, ainda, se coloca como um "rebelde" de um mar de "corrupção e baixa moral". Afinal, diante de sua completa insignificância descartável do mundo material, ele se coloca como aquele que enfim poderá ser protagonista de alguma coisa na vida: a destruição de tudo ao seu redor, sem remorsos e com orgulho de ser "incluído na nova ordem"... Mesmo que ele não saiba o que isto signifique, mas também não está interessado em saber e desconfia que, apesar de tudo, ser de fato tudo mentira mesmo...

Mas não importa, nada importa, nenhuma razão importa... Com descontrole emocional ele controla a situação, pisa mais fundo no acelerador e vai rindo histericamente com seu ônibus lotado de almas desesperadas rumo ao apocalipse do seu imprestável ego.


segunda-feira, 15 de outubro de 2018

A autoverdade como linguagem do mundo irracional



Estamos na fase da autoverdade onde um fato imaginário se transforma em "verdade" por si mesmo, sem questionamentos ou reflexão. Há uma ojeriza pelo conhecimento, fruto do menosprezo da Educação e banalização do trabalho docente (que por sinal, perdeu seu papel social ativo para se tornar algo meramente descartável). A veneração da tecnologia reforça a autoverdade sendo que sua força se processa na ignorância e arrogância do sujeito que acredita que por si mesmo é dotado de uma auto-inteligência "mistica", daí o sucesso de todo sortilégio de meios de comunicação de auto-ajuda.

 A comunicação formal acaba perdendo força em um mundo que ninguém tem mais tempo para nada. Logo, temos a força mística dos grupos de redes sociais, em particular o Whatsapp, como a fonte de conhecimento primário do sujeito. Como são relações horizontais entre seus pares, há um nível maior de confiança e credibilidade da informação.

Por exemplo, se um grupo de família de WhatsApp a tia ou avó passa uma mensagem que ela recebeu de algum lugar que nem lembra mais, sobre o problema da educação seria a patologia exercida pelo "kit gay", logo automaticamente isto se torna "verdade" para todo o grupo.

A autoverdade se materializa na sua simples evocação do sujeito narcísico: "se eu falo, então é verdade e ponto final". Combater a autoverdade leva tempo, estratégia e a difícil tarefa de reconectar o mundo ao materialismo iluminismo.

O neofascismo de hoje se alimenta das mesmas construções do passado, se aproveitando da tecnologia para impor sua linguagem subliminar de autoverdade em um mundo onde o conhecimento se torna algo a ser ignorado e desprezado.

15 de outubro - Dia dos Professores: o que há para comemorar?


Nós professores sofremos hoje um dos piores ataques contra a profissão docente de todos os tempos. Sofremos com a desqualificação da carreira, salários humilhantes, violências verbais e físicas em sala de aula, temos que atuar para além do aspecto docente para mediação de conflitos, desvalorização e escárnio social da profissão.
E, se não bastasse todas as agruras, Bozonaro, o candidato jagunço psicopata a presidente, inundou as redes sociais de criminosa difamação de que nós seriamos doutrinadores, aliciadores e abusadores de alunos. É surreal tamanho são os absurdos que a milícia criminosa de Bozonaro vem pregando contra os professores.
Além de todos os ataques insanos, agora temos o ataques contra a existência da carreira docente com o uso do "Ensino a Distância" (EaD) cujo objetivo principal é ampliar os lucros das empresas que exploram este segmento de mercado conduzindo a demissão em massa de professores e diminuição no custo de logística do ambiente físico escolar. Por sinal, Bozonaro que não entende absolutamente nada sobre coisa alguma do planeta Terra, muito menos de Educação, prometeu, se for desgraçadamente eleito, fazer uma insanidade monstruosa: levar o EaD para a alfabetização e o Ensino Básico. A maldição do "novo currículo do Ensino Médio" do governo golpista de Temer vai também nesta direção: tornar a Educação uma mera bricolagem inútil, insignificante, apenas para cumprir obrigações constitucionais e o descarte da profissão docente.
Ser professor hoje virou saco de porrada para treinamento de boxeadores. Nas redes sociais, a tosca ignorância virou a moda do momento e o professor que buscar colocar um pouco de razão na histeria coletiva é apedrejado.
A cultura da ignorância, agora promovida a exaustão pela milícia de Bozonaro, colocou os professores como "inimigos da sociedade". É preciso dar um basta e recolocar a tarefa docente no campo da razão e do esclarecimento.
Lutar para a valorização profissional, social e, acima de tudo, a autoestima seriamente abalada dos professores diante de sucessivos e covardes ataques a nossa profissão e nossas vidas. Mais do que a devida reflexão diante do dantesco momento histórico, estamos diante da perspectiva urgente para a manutenção da democracia brasileira ameaçada pela figura psicopata de Bozonaro que já prometeu perseguir professores e destruir a Cultura, a Educação, a Ciência e tudo que este monstro e sua horda miliciana desejarem pulverizar em nome da selvageria jagunça.
Mais do que nunca, cabe a nós professores atribuirmos de nossos valores que rege a ética democrática e o compromisso com o saber para lutar contra todas estas opressões em prol do projeto civilizacional. Lembremos que não existe nenhuma civilização possível sem a atuação dos professores de todos os níveis e de todas as áreas. Estamos todos na mesma situação e na mesma batalha. Lutemos por dignidade, compromisso, democracia em prol da civilização humana.

quinta-feira, 4 de outubro de 2018

Nada mais insano do que o Power Point do Bozo relativo ao seu "Programa de Governo"



Prepare o seu coração que a tragédia é terrível!.
Alguém conhece o Programa de Governo do Bozo? Oficialmente, além do que o economista do Bozo Paulo Guedes fala ou o vice do Bozo, General Mourão tagarela, oficialmente foi divulgado um Power Point (a moda do Dellagnol colou) intitulado "Caminho da Prosperidade: Proposta de Plano de Governo" cuja capa trás uma menção bíblica "E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará"(João 8:32) e possui exatas 81 páginas (melhor dizendo, slides!). Cita também na capa do programa que será estabelecido em três eixos: constitucional, eficiente e fraterno (o "fraterno" é de uma meiguice que só o Bozo têm! Que lindo!).
Todo o sofrível material é recheado de frases feitas, palavras de ordem e patrióticas e citações do senso comum. Claro, a busca de incriminar as esquerdas por todas as desgraças no país. Interessante que este documento não está disponível no site oficial do partido do Bozo, o PSL, mas em link do site do filho do Bozo, o vereador do Rio de Janeiro, o Carlos (aquele que postou recentemente imagem de apologia à tortura). O que disponibilizo aqui é de um site que não tem referência direta ao site do partido do Bozo ou do seu clã.
O país que é laico será regido pela Bíblia! O fundamentalismo das máfias evangélicas bancando o programa "Brasil acima de tudo. Deus acima de tudo" do boçal Bozo e citações a respeito dos valores da família.
De todo o jorro de senso comum encontrado nas redes sociais, ou seja, todo aquele besteirol que antes era falando na mesa do bar agora é postado nas redes sociais (por exemplo, o mote "minha bandeira jamais será vermelha", é transcrita ao logo do Power Point!) despencou no Programa de Governo do Bozo. Creio que a passagem mais "fantástica" do Programa do Bozo é esta pérola abaixo que explica a "trajetória" do Brasil recente:
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"Nos últimos 30 anos o marxismo cultural e suas derivações como o gramscismo, se uniu às oligarquias corruptas para minar os valores da Nação e da família brasileira... Queremos um Brasil com todas as cores: verde, amarelo, azul e branco".
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É assombroso o nível de amadorismo destes imbecis! Para uma visão daqueles que produziram o material para o BOZO, o Brasil foi governado nos últimos trinta anos por uma junção de marxistas e oligarcas!!! Como seria possível que elementos de classes tão díspares poderiam fazer tal mágica da governabilidade? Nem alunos do Ensino Médio ou do Fundamental II escreveriam tamanha birutice sem nexo algum!... O mais insano ainda é que justamente as "oligarquias" das bases ruralista e da mineração, além das máfias evangélicas, empresas de distribuição/redes de lojas e a indústria bélica são os principais "apoiadores" que sustentam (financeiramente) a candidatura do BOZO!
Todo o Power Point é recheado de infantilidades, por exemplo, como aquele que associa os estados da federação com alto índice de violência/criminalidade com os governos "participantes do Foro de São Paulo" (sic)... Com direito a uma figura com o mapa do Brasil cercada de estrelinhas vermelhas e símbolo da foice e do martelo (a alusão da "ameaça comunista"). Ah?... Como é que é?... É como se o PT, PCB, PCdoB, PCO, PSTU, PSOL governassem praticamente todo Brasil nas últimas décadas!... Seria então a sucursal "Brasil" da URSAL, a hilária organização mundial "comunista" inventada pelo fanático religioso Cabo Daciolo, candidato a pastor-presidente? Haja estupidez com esta extrema-burrice de monstros retardados! É inacreditável!
De resto é o receituário liberalóide de frases soltas: diminuir ministérios, privatizar tudo e deixar para o mercado resolver por si só todos os problemas da economia. Mágica! O mais terrível, entre tantas insanidades, para os trabalhadores é uma tal "carteira de trabalho verde e amarela" que será na prática mero papel se valor jurídico algum que prevalecerá o "contrato individual" sobre a CLT. Em outras palavras, será a LEGALIZAÇÃO da escravidão!!! Há uma menção sobre o "Bolsa Família" que diz que irá manter e até aumentar seu rendimento sem nenhuma explicação de como será feito isto. Mas, quem acredita em fascista?
Não, não dá para aguentar!... É urgente vencer a extrema-burrice para que possamos ter um mínimo de sociabilidade no Brasil infestado de intolerância que é promovida pela política do ódio representada por uma candidatura profundamente nefasta com viés sociopata!
A profunda e infantilizada idiotice não poderá ser vencedora estas eleições para o bem de toda a sociedade que carece se manter civilizada.


(Link de acesso ao Power Point do Bozo: http://politicaedireito.org/br/wp-content/uploads/2018/08/PLANO_DE_GOVERNO_JAIR_BOLSONARO_2018.pdf )

sábado, 29 de setembro de 2018

Os bozolóides da Bozolândia



O sujeito não sabe nenhuma gota da diferença entre capitalismo ou socialismo, liberalismo ou economia planificada, fralda descartável ou tampax, onde se localiza no mapa a Venezuela ou Cuba e, tampouco, as dimensões da própria ignorância e goza ao posar de “cientista politico” no mundo da Bozolândia.  O mundo para ele é plano, raso, regido pela violência, ignorância abissal e orientado por onde o nariz apontar.

Os apoiadores fervorosos do Bozo, os bozolóides, não entendem porque ficam efusivamente histéricos em apoiar um fantoche de militar com pantufas, mas como zumbis, gritam que ele seria um “mito”, sem saber realmente por qual motivo ele ganhou ou ainda mereceria tal alcunha.
Perguntar sobre “programa de governo” do Bozo é pior que ofender a mãe do bozolóide. O sujeito fica completamente aturdido com tal ofensa. Afinal, qualquer coisa que seja minimamente construtivo é motivo de briga de foice no escuro.

Bozolóides não possuem um único argumento plausível que possa explicar o motivo racional pelo qual deposita tanta confiança em uma velha raposa da politicagem do "baixo clero", com três décadas de inutilidade perdulária na Câmara dos Deputados, sem nenhum único projeto útil à sociedade aprovado, que não sabe nenhum conteúdo de qualquer assunto que não seja “meter bala” nos outros, que não tem uma gota de civilidade que não seja ameaçar as pessoas (inclusive a ex-mulher dele), que não explica seu enriquecimento estratosférico escondido de declarações de renda, que não consegue completar uma única frase que não seja insultar os outros (em especial, mulheres, “esquerdistas” e gays) e, sua especialidade, é o campeão de invocar mentiras grotescas alucinógenas.

Quando o bozolóide é questionado pela escolha que, ou seja, momento sacrificante que implica seus neurônios rangendo buscar construir mínima sinapse, surta, grita, faz beicinho, bate o desespero e ataca feito um boi bravo que arrebentou a cerca de arame farpado. Daí o diálogo vira demência de sanatório, um conflito patético que é tão produtivo quanto contar grãos de areia no deserto. O interlocutor, devidamente aparelhado com a benevolente paciência de Jó, que tentar buscar alguma coerência com o pensamento irracional e alienado do bozolóide acaba sendo vencido pelo cansaço e o tédio com a falta mínima de coerência ou bom senso, além do ejacular incessante de grosserias gratuitas.

O típico apoiador do Bozo, um ignorante por excelência, é pior que a própria criatura, pois Bozo sabe que faz um personagem teatralizado, uma tosca caricatura de si mesmo. Já o apoiador fiel do Bozo é natural, sem couraça, que se livrou do armário e, agora, gira sua metralhadora de estupidez sem piedade. Os militares são cortejados por eles como semi-deuses, não importa se eles não sabem absolutamente nada da vida real que não seja infantis joguinhos de guerra e destruição de tagarelices toscas sobre a vida social. A mesma democracia que permite seus uivos infanto-juvenis pelas ruas, eles negam e a repudiam com veemência e irracionalidade sem limite. Para um bozolóide fervoroso, seus sonhos de consumo é viver recheada de bordoadas de cacetes de militares, final a robusteza verde-oliva é o suprassumo da macheza viril em seus mais onanísticos delírios homoeróticos.

Pior que a nefasta e abjeta figura de Bozo, são seus fiéis e perversos bozolóides que pouco importa com a realidade social, o mundo material, o sofrimento alheio, a miséria humana, a brutalidade cometidas por agentes militares ou policialescos ou sequer com a de democracia. Por sinal, paradoxalmente, o ódio do bozolóide é contra a democracia, segundo eles, deveria ser destruída pelas botinas de generais. Seus únicos e insanos interesses são sempre em busca de brutalidade, irracionalidade e sangue a todo vapor. É um caldo tão inacreditável que é preciso uma profunda análise de como é possível que parte da sociedade brasileira descer tão profundo nas mais alucinógenas formas de autodestruição em pleno século XXI.


sábado, 22 de setembro de 2018

O “Efeito Bozo”: Para além de Bolsonaro



O eleitorado do Bolsonaro é o que pior aflorou no pós-golpe de 2016. Não representa nenhuma novidade em termos de cultura política no país, mas há na esfinge atual uma naturalização dos elementos mais primitivos como mediadores da convivência social.

Não se engane a respeito do “efeito Bozo”: ele não é um fato novo na vida nacional. O apoio bolsonarista de extrema-direta não se consistiu necessariamente em elementos de um "fascismo clássico europeizado" (tema sempre controverso do ponto de vista de análise histórica, mas com resultados conhecidamente nefastos), mas finca com bases na amálgama autóctone abrasileirada. Ademais, basta lembrar nossa constituição fascista à brasileira, o "Integralismo" de Plínio Salgado dos anos 1930. A extrema-direita hoje brasileira constitui-se de homens e mulheres que desprezam quaisquer valores democráticos, ignoram qualquer sofrimento alheio e não se sentem mais reprimidos para dizer o que realmente pensam em relação ao outro. O espetáculo da indiferença tomou forma em torno de um show midiático de pura ostentação da selvageria e da truculência como forma deturpada de sociabilidade.

O suprassumo do individualismo que encontrou no comportamento de massa alguns elementos para irradiar sua repressão que em situação de isolamento atomizado teria grande dificuldade para manifestar com toda a sua energia. Bolsonaro é o canalizador destes elementos represados, recalcados e que se sentiam acuados em um mundo de fragilidades existências, crise sócio-político-econômica e valores simbólicos banalizados.

O ódio sempre fez ligação direta entre o medo, o sentimento de perda e a irracionalidade. Não se combate moralistas apontando suas distorções morais, pois isto é o sistema de retroalimentação deles. Dizer simplesmente que os adeptos ao bolsonarismo são “preconceituosos” é condecorá-los como uma espécie de medalha de sangue em peitos de balão inflável diante da constituição da linguagem que apenas produz um rito caricatural de ofensas desconexas disparados à todos os seus supostos inimigos. As redes sociais, pelo seu anonimato e facilidade de manipulação para qualquer pessoa que não requer maiores conhecimentos de tecnologia ou, quiçá, norteador de mundo, se tornou um terreno fértil para a dispersão de um vasto oceano de deturpações da realidade histórica, ofensas banais, manifestações de intolerância e graves ameaças pessoais. Os desejos destrutivos da pulsão de morte mais profundos do “cidadão de bem” não se encontram mais entre os limites tênues do inconsciente e da consciência, mas manifestadas explícita e energeticamente nas redes sociais.  

A classe burguesa brasileira, aquela que detém de fato as rédeas do poder e que não teve pudores nenhum em se aliar a golpes de estado na História recente do Brasil, tem uma sua constituição “bolsonarista” bem antes da figura caricatural do parlamentar-bufão resgatado do limbo após vagar por 27 anos ininterruptos na penumbra da Câmara de Deputados sem um destaque que merecesse uma gota de atenção e alçado como o candidato da ignorância coletiva ao Planalto.


É importante deixar claro que o resgate midiático do patriarca do clã nepotista Bolsonaro só foi possível mediante uma terrível conjuntura política com um golpe disfarçado de “impeachment” que destitui a presidenta Dilma diante da onda anti-PT, derretimento momentâneo do campo das esquerdas mergulhada na orfandade de ação e abduzida por uma onda identitarista neoliberal. Diante deste quadro, destaca-se acima de tudo, o rol de horrores imposto do governo Temer cuja base aliada impulsionadora do golpe (PMDB, PSDB e DEM) e sua saraivada de retrocessos históricos para a sociedade brasileira apoiada pela cumplicidade vexatória do aparelhamento jurídico e a parceria carnal das grandes empresas que dominam os meios de comunicação no país.

Apontar suas falhas materiais e incongruentes de visão de mundo dos seguidores do bolsonarismo seria um caminho promissor, mas não espere um grande avanço progressista em grupos embriagados de insensatez. Não se toma chá e torradas com tranquilidade fingindo ser um Lorde inglês diante de sujeitos que tem grandes dificuldades de se manifestarem sem causar nenhum espasmo emocional quando são confrontados com a realidade. Neste sentido, barrar a candidatura de Bolsonaro nas eleições ao Planalto é obrigação fundante de todos aqueles que almejam uma sociedade minimamente civilizada. Porém, é preciso entender que independente do resultado das eleições, mesmo com a derrota de uma representatividade tão vil de Bolsonaro, o seu legado de intolerância que sustenta a extrema-direita abrasileirada ainda se apresentará tanto nos parlamentos eleitos (federal e estaduais) com um corpo de deputados atrelados às suas parcas e abjetas ideias de mundo-plano bolsonarista, quanto na violência já manifestada na sociedade de matriz autoritária, desigual e excludente.

Os níveis da fascistização à brasileira não se poderá ser ignorado ou buscar fazer um irresponsável “diálogo republicano”: é preciso combater sem trégua todo o fantasma do retrocesso e da perversão latejante na sociedade do autoritarismo que sempre objetiva impor as mais terríveis agressões à classe dos trabalhadores e de todos aqueles socialmente vulneráveis às perversões do capital. Estar indiferente hoje diante de todo este processo de auto-barbárie social é se colocar como um voluntário passivo em prol da fascistização à brasileira e que finge ignorar os reais problemas do país que e atingirá a todos, indistintamente, de forma mais trágica possível. Urge que cada sujeito consciente tome partido contra uma ameaça tão grave, tão bestial e tão real diante da História recente do Brasil.




quarta-feira, 25 de julho de 2018

As esquerdas na Pós-modernidade: a perda de rumo



As esquerdas só caíram no conto do vigário vigarista do culturalismo identitário pós-moderno devido à orfandade logo após a queda do Muro de Berlim. A intensa frustração pela derrocada do regime soviético resultou que as diversas correntes de esquerdas boiarem em um oceano de incertezas perante o futuro e, consequentemente, à adesão intempestiva para qualquer paixão que pudesse chamar de "minha".
A carência foi tão profunda que boa parte dos partidos de esquerda adentrou em uma espécie de adesão sem luto à pós-modernidade e abraçou bandeiras profundamente neoliberais com afeições sociais que é o caso do culturalismo identitário. Na amplitude de tal carência de visão de mundo pós-muro, os partidos de esquerda se permitiram apaixonarem-se até mesmo por uma saraivada de histerias narcisistas autoritárias que nem nos piores pesadelos no ápice da Guerra Fria dos anos 1960 era possível de imaginar. 
Sucumbir ao neófito autoritarismo moralista identitário é estar de mãos dadas com o levante da extrema-direita clássica, mas agora com roupagem elegante com carinha de jovens donzelas e rapazes de fino trato. A cepa identitária é o pior que poderia acontecer às esquerdas pós-muro, uma vez que permitiram desnortearem-se dos históricos caminhos coletivos em prol dos trabalhadores e mergulharem uma insignificância juvenil ferozmente narcísica e profundamente individualista. Nada mais estranho ainda é ouvir dentro dos partidos de esquerda que subjetividades antropológicas, sexuais, psicológicas e comportamentais formariam as propaladas "novas classes" do século XXI. Pior ainda, segundo esta lógica de sequestro da razão do materialismo histórico, as lutas sociais se limitariam a "darem voz" aos devaneios narcísicos de cada indivíduo que, por sua vez, estaria dentro destas "novas classes".
As farsas articuladas midiaticamente e minuciosamente alardeada por grupos de interesses dão uma dimensão histérica de um conjunto de demandas neoliberais narcisistas. Nesta esteira de produção desvario, vem se constituindo em "verdades autoritárias empoderadas" tão nocivas como qualquer outra arbitrariedade perversa do balaio protofascista. As esquerdas precisam acordar desta abdução suicida e reagirem contra este cavalo de troia alojado em suas fileiras, caso ainda elas desejarem representarem os anseios cada vez mais inquietantes da imensa classe trabalhadora.

domingo, 27 de maio de 2018

Rumo ao precipício no pós-golpe: boleias de diesel para o caos




Diante da analise de conjuntura e dos retrocessos impregnados nela, é preciso cautela diante dos acontecimentos. Em 2013 vimos uma onda de "protestismos" afoitos de "indignados" e que foram usurpados pela burguesia e seus gerentes da direita. Resultou no golpe institucional de 2016 e o atual processo de degeneração de todas as recentes conquistas para os trabalhadores dentro de um conjunto social mais amplo. Por mais que foram insuficientes, é preciso reconhecer avanços significativos e que hoje rapidamente se encontra em um avassalador retrocesso.  Como foi previsto, a situação do país so piorou desde o golpe e com carga de dramaticidade agonizante.



1. O locaute dos caminhoneiros, oportunismos imediatos e o preço dos combustíveis


A greve de trabalhadores é um direito assegurado constitucionalmente, mas o locaute, isto é, a “greve dos patrões” (o locaute, derivado do inglês “lockout”) é proibido por lei por ser considerada prática abusiva. Das trevas, seguem os arautos da perversão buscando justificativa para "empoderar a greve" dos patrões e seus caminhoneiros: dizer que o locaute não é locaute e a greve é “legítima”. Porém, uma análise minimamente séria dos fatos, que mais irá se beneficiar com as chantagens do movimento é o patronato. Em nenhum momento se falou em questões trabalhistas e tampouco se questionou as condições de trabalho dos caminhoneiros. Em todo o momento o interesse de praticar um capitalismo sem nenhum custo: isenção de pedágios, isenção de impostos e, o principal, a bolsa-diesel, custo praticamente zero para os patrões com combustíveis. Sim, é absolutamente verdade a questão nevrálgica e que gerou toda uma insatisfação por parte dos patrões do setor de transportes e na sociedade devido a uma política de preços completamente absurda por parte da Petrobrás nas mãos do PSDB, principal partido articulador do golpe de estado de 2016, dentro do loteamento de pastas e estatais do governo de Temer.


A entrega da Petrobrás para o "livre mercado" mudou radicalmente a política de tarifas de combustíveis praticados pelos governos Lula e Dilma as quais eram controladas pela estatal brasileira. Do controle estratégicos de preços, a subida do governo Temer levou consigo os interesses de multinacionais estrangeiras no pós-golpe e a mudança estratosférica das tarifas. Obra direta do golpismo alavancado pela burguesia nacional, temos hoje a política surreal de reajustes diários de preços de combustíveis atrelada diretamente pelo mercado internacional de petróleo e, por sua vez, dando maior retorno aos acionistas da estatal. Por sinal, o atual presidente da Petrobrás, Pedro Parente e responsável direito pela política de reajustes diários de preços de combustíveis, já se mostrou em diversas ocasiões a preocupação por rentabilizar acionistas em detrimento dos serviços estratégicos prestado pela empresa.


A centralidade do petróleo é tema que interessa as grandes corporações estrangeiras, em particular os Estados Unidos, tanto no Brasil como na Venezuela. Colocar mais diesel na fervura e adesismos sem reflexão, diante de um chantagista locaute de donos de transportes de cargas e submissão da estratégia de “greve e caos” por parte de seus empregados terceirizados, demonstra mais uma vez que setores das esquerdas não aprendem lições históricas, não se utilizam de estratégias e mergulham de cabeça dentro do tanque de posto de combustível sem gasolina. Lembrando que a partir de um locaute reacionário com forte presença da extrema-direita (os caminhoneiros é um setor altamente precarizado, atípico de mobilização sindical e se posiciona de forma mais global e ideologicamente no campo reacionário). O mote de guerra visível é a "intervenção militar". A partir de um coletivo completamente difuso como são os trabalhadores do sistema de transportes de cargas, sem um sindicato trabalhista forte e agregador, sem nenhuma liderança significativa e sendo conduzido por surreais trocas de mensagens de aplicativo de celular, o "Whatsapp", o que temos é a insanidade coletiva de um amontado de caminhões que fazem chantagem contra a sociedade e com uma retórica reacionária em prol dos lucros imediatos. O amadorismo desta categoria de trabalhadores, baseada na truculência e no reacionarismo infantilizado é o reflexo da total desorganização e perversão de uma greve autofágica a qual ninguém irá ganhar absolutamente nada com sua dimensão. A inércia para resolver a situação é proporcional à sede de barganha deste setor “grevista” sabendo da fragilidade de um governo inepto e apodrecido.


O jogo oportunista de fazer demagogia imediatista do "combustível barato" ganha apoio instantâneo numa sociedade que faz apologia ao auto-interesse e cada vez mais refém ao medo e o ódio. A legitimidade de uma greve se desfaz quando interesses meramente egoístas corporativistas ou pessoais são os únicos alicerces em detrimento de todo um conjunto social. Para isto utiliza-se a tática perversa e criminosa de estrangulamento de bens e serviços que nem em países com conflito bélico costuma praticar, ou seja, cortar toda e qualquer forma de circulação de mercadorias numa dada região população de forma a buscar praticar uma eutanásia social prejudicando todas as classes sociais, particularmente os mais frágeis. É como colocar um arsenal na cabeça de um único sujeito e pedir para que ele abra a carteira! É repudiável a condução sociopata de movimentos chantagistas diante de um governo golpista e o qual os próprios “grevistas” apoiaram efusivamente para a deposição da presidenta Dilma.


A paralisação que completou uma semana afetou diretamente o setor produtivo e profundamente a circulação de mercadorias e abastecimento de praticamente todas as regiões do país. Mostra-se também o nível fantástico de fragilidade do processo desenvolvimentista brasileiro das últimas décadas centralizada e dependente em sua grande maioria no fluxo de mercadorias do transporte modal rodoviário que trás alto custo em toda a cadeia produtiva até o setor final, o consumidor.




 2.     Os trogloditas e os desavisados pegam carona na boleia


Neste cenário de inédito surrealismo diante da repercussão, dentro do estado de exceção de um governo golpista, tosco, incompetente e apodrecido, tais caminhoneiros servem como uma excelente massa de manobra para os movimentos mais reacionários e dantescos dentro da sociedade. Tornou-se comum militares se posarem como "heróis da pátria, seja em manifestação de grupos da extrema-direita, seja no desfile de soldados e blindados da fracassada “intervenção federal” no Rio de Janeiro, assim como os ensaios para “observar” o locaute dos caminhoneiros são exemplos da rotina que tropas federais do exército estão presentes no cotidiano. Desde 2013, apoiadores de "intervenção militar" perderam a vergonha e expõe suas taras em público, inclusive gritam efusivamente o nome do candidato à presidência da extrema-direita, Jair Bolsonaro. Bem posicionado em todas as pesquisas eleitorais e deputado há mais de três décadas, Bolsonaro ocupa vaga na Câmara dos Deputados e muito conhecido pelo nepotismo ao colocar seus filhos para igualmente parasitar a política. Abaixo da tenda do circo de terror, maculando obrigações constitucionais, militares oportunistas não tem mais vergonha em aparecerem abertamente propagandeando uma ideologia protofascista. Generais demagogos usam as redes sociais para pregar sem o menor pudor uma "intervenção" contra os tais "políticos corruptos" para "salvar o Brasil". Esperando com muito ardor o caos social e sem nenhuma punição por ferimento constitucional, é crescente a arrogância prepotente de setores militares por aventuras autoritárias para se posarem de "heróis da pátria"!


A política do ódio tem como objetivo primordial ampliar a sensação de perda, orfandade e insegurança e avidamente construir uma aderência ao autoritarismo da segurança e controle social. Neste campo, a grande mídia, em particular a Rede Globo são responsáveis diretas pela efervecencia de um reacionarismo alucinógeno, agressivo e que fomenta sistematicamente desde 2013 ataques diretos ao PT, o ex-presidente Lula, a classe política e a idéia da “generalização da corrupção”. A democracia brasileira, a impregnação subliminar (muitas vezes, escrachado!) de um discurso autoritário, seria o mal que gera “políticos corruptos” e somente poderia se livrar desta moléstia com “autoridade”. Não é a toa a mudança de narrativa: quando interessava derrubar Dilma, o discurso era manifesto com a idéia do “PT ladrão”. Agora, com um país em crise de governabilidade e caos econômico, o discurso foi substituído por “político é tudo igual”. Portanto, com uma classe política em franca decadência de legitimidade do pós-golpe, surge os “patriotas do coturno”. O país está flertando erraticamente para soluções salvadoras e autoritárias. Sintomaticamente, observa-se efeito claro da "política do ódio" impregnada pela grande mídia na sociedade desde 2013 com a campanha anti-PT e a dispersão de elementos autoritários via apologia ao mercado como grupos organizados de extrema-direita que infestaram as redes sociais e transbordaram no liame político e social. Um outro sintoma é o movimento chamado “Escola sem Partido” que ataca majoritariamente professores em nome dos “bons modos e costumes” e grupos reacionários juvenis como o MBL e o Vemprarua, alimentados com verbas dos setores mais conservadores da sociedade, partidos da direita e ONGs estadunidenses.


O Brasil segue a deriva, às portas de um clássico golpe militar, mais uma vez, por pura ganância de facções alojada no poder econômico em busca de lucros fáceis nas costas de trabalhadores precarizados. Diante do circo com muita alucinação e irresponsabilidade (não há falta esta amalgama de combustível!), surfa na onda parte de uma esquerda, afoita para embarcar mais uma onda aventureira revolucionária da fase oral freudiana tal como foram as delirantes "jornadas de junho" de 2013. Retrato de uma série de protestos originados de protestos contra passagens de ônibus em São Paulo e espalhou-se pelo país, onde toda a horda de "patriotas" e reacionários tomou o país numa onda de "indignação seletiva" (leia-se, contra o PT) de um rastilho de autismo político promovida pela Rede Globo e seus comparsas midiáticos. Resultado: golpe institucional contra Dilma em 2016, um retrocesso reacionário histórico, prisão do ex-presidente Lula, o principal líder da oposição e líder nas pesquisas eleitorais para presidente, o país no fosso econômico e o estado de exceção abrindo as portas tétricas à um novo golpe militar.



3.     Perigo do tamanho de um caminhão sem freio


Em meio a todo este cenário, temos um Judiciário que foi um dos protagonistas fundantes do golpe de estado de 2016, impôs um estado de exceção descartando premissas constitucionais e se sentiu no “apogeu” diante da prisão ilegal e sensacionalista de Lula. O governo golpista de Temer apodreceu desde a sua usurpação da cadeira de Dilma e está em acelerado estado de decomposição. É preciso cautela com o jogo midiático e refletir para além do senso comum da política com visão de papo de botequim tão impregnado nos setores da classe média. Já cansamos de ver este filme com o golpismo de generais assassinos no golpe de 1964 e, observa-se que após mais de cinco décadas, parte significativa de setores da sociedade ainda está avida por trágica reprise.


O atual caos patrocinado pela horda de caminhões nas estradas criando um clima de medo e desabastecimento em todo o país é muito significativo e perverso. É primordial leitura de conjuntura e estratégia política para que os setores mais esclarecidos da sociedade não fomente o discurso do ódio e o país caia como um “pato” novamente na armadilha preparada pelos setores mais reacionários que desejam o aprofundamento do caos e utilização de medidas autoritárias de exceção. É preciso não correr na pista como um caminhão desgovernado em uma pista completamente esburacada! Há momentos que precisa avançar e saber também recuar diante das circunstancias que envolvem um perigo ainda muito maior dentro de um cenário de forte reacionarismo e obscurantismo psicológico. O jogo do momento é muito complexo e resultará no futuro imediato do país.

TRUMP NÃO FOI UM (NOVO) ACIDENTE DA HISTÓRIA. FOI UMA ESCOLHA!

  Quase todas as tentativas de explicação que surgem do campo de uma Esquerda, magnetizada pelo identitarismo, é de uma infantilidade atroz,...