Por mais respeito que tenha pela psicanalista Maria Lucia Homem, parece que ela,
infelizmente, cedeu ao senso comum desconexo e neoliberal, além de invocar os
chistes do autoritarismo das identidades dos egos. Eis um recorrente sintoma
analítico, com relação ao problema de criar departamentos enclausurados, para
distinguir psiquismo e vida social como esferas distintas.
Na era do ataque à razão e à democracia pelos fascistas de plantão, o debate público se tornou a extensão do tosco papo de botequim com pretensas cores de intelectualismo!
É preciso contextualizar a participação da mão-de-obra feminina no mercado de trabalho e a estratégia dos capitalistas de reduzir custos com a diminuição de salários dos trabalhadores em geral, e em particular, das trabalhadoras. No moto-contínuo trator do capitalismo, temos a alienação do sujeito a uma vida sem sentido para si, além de descentrado de qualquer racionalidade ou sensibilidade.
Ora, dizer que uma família é como ter uma empresa, afirmação de Maria Homem, além de ser um estereotipado senso comum, é reforçar a atuação glamourizada das perversões do capital contra os trabalhadores, independentemente do sexo!
Nesta entrevista, não há uma única menção crítica real da entrevistada à sociedade de classes, imposta pelos desígnios no capital e, de forma impune, tudo fica na esfera da subjetividade do sujeito.
Enfim, segue o pensamento único da apologia do capital que reina de forma hegemônica, sem questionamentos reais, mesmo com todas as desgraças da pandemia provocado por seus perversos arautos.
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