sábado, 28 de fevereiro de 2015

Ode ao sorvete na testa: o “mimimi” da “neodireita” parida pela grande mídia e capacha dos grupos mais reacionários


Aos que ficam postando e replicando insanidades nas redes sociais ampliando-se o fosso que separa a realidade e a profunda estupidez.

Passado um período de forte e perversa opressão da vilania militar (1964-1985), com sangue, dores e luta, o Brasil entrou numa fase de democratização (ainda que lenta e incipiente, mas ainda melhor que o julgo dos psicopatas fardados). Não foi fácil e sequer a maioria das pessoas de hoje não sabe ou não compreenderam aquele momento trágico da história nacional. Há várias razões para isto, entre elas temos que para uns porque pouco importa o país, o umbigo é acima de tudo; outros por pura falta de ignorância e gozo da estupidez da percepção de mundo; e, por último, aqueles por ingenuidade acredita que um país bom é aquele onde existe um coturno para chutar a bunda daqueles que não seguem as leis (é claro, as leis dos generais trogloditas).

Hoje, o mundo digital tomou conta da esfera pública e se tornou mais um vício para um segmento da sociedade. Nunca se viu um processo tão simples e desastroso de imbecilização social. Certamente, nenhum grande teórico das comunicações imaginaria que em pouco tempo que a banal vida das pessoas, aqueles típicos comezinhos, se tornaria o assunto principal de todo mundo. Daí o sucesso dos programas imbecilizados de "reality show", ou seja, a fofoca completamente inútil, estéril e patética em tempo real. Conhecimento real e excesso de informações catárticas jamais significaram as mesmas coisas e estão bem distantes uma da outra.

Ademais, a fofoca de digitalizou os debates são tão profundo quanto um pires. Neste contexto bizarro, o arsenal de mentiras e insanidade toma conta das redes. Cada vez mais, postagens de mentiras grosseiras são postadas e replicadas sem que as pessoas responsáveis por sua replicação tenha a menor noção do que diabo está fazendo ao alimentar tamanha insanidade coletiva.

Agora, após menos de dois meses do início do novo mandato de uma presidenta que foi eleita pela a maioria da população, o grupo de raposas descontentes ventilam de forma canalha e desonesta o tal insano "impeachment". A estupidez é a irmã siamesa da intolerância. As classes dominantes sabem que nada mais estúpida, invejosas, pseudo-intelectualizada e reacionária que parte significativa das classes médias e dos emergentes instantâneos, que odeiam pobres (por não se considerarem nesta categoria), fazem ojeriza por tudo que é público (por se recusarem a utilizarem tais serviços) e acreditam de pés juntos que irão ser milionários se o PT e as esquerdas forem para Marte. Se tiverem mais sorte, tais classes irão fazer alguma visitinha nos parques temáticos de "imersão cultural" dos EUA ou irão fazer trabalhos braçais por lá, coisa que jamais tais pessoas ousariam fazer no Brasil! Questão onde a cobiça e a inveja pode dar alguma explicação. É no seio de um nicho de agentes passíveis de orquestração do ódio em que opera os agentes da barbárie.

Um exemplo tosco é uma suposta chamada para uma passeata "pró-impeachment" excretada por dos boçais fascistas que fugiram das aulas de história, e acreditam que o mundo é visto a partir da igualmente fascista Revista Veja e seus patrícios midiáticos que ventilam ódio para as classes médias (curiosamente, as que mais se beneficiaram diretamente dos governos que ela diz agora não mais gostar. Mas a memória é curta e a inteligência é escassa!). Curioso que todo este circo é patrocinado pelos tucanos. Por que não fazer um protesto contra falta de água de São Paulo? Simples, pois toda a imprensa nunca fala mal dos tucanos e todos os seus protegidos espertalhões (a omissão nos noticiários de delitos praticados por tucanos são esquecidos ou amenizados). 

É lamentável ter posturas fascistoides de pessoas (a esmagadora maioria sequer saber o que significa o termo fascismo, mas aderem a causa em seus moldes modernizados), e, do meu ponto do vista, recomendo seriamente a procurarem uma boa terapia de reflexão política e voltem urgentemente para as aulas de História, com um bom professor (não com qualquer recalcado reacionário).

Ademais, antes de replicarem besteirol nas redes sociais, abra um bom livro de História. Fazendo uso deste instrumento, poderão tecer dois favores: um para si mesmo, podendo conhecer fatos que mais passaram por suas cabeças; outro é não correr risco de se passar por idiotas postando besteiras alheias que sequer a pessoa sabe o seu conteúdo.

Sim, a importância das lutas sociais é fundamental para a justiça e a democracia, contra os opressores reais de uma sociedade brutalmente desigual. É fundamental saber quem é opressor e quem é oprimido, sob o risco de apenas ser mais um lacaio imbecil sendo usando pelo opressor. Dentro de uma sociedade de brutalidade desigual, a crítica e a luta sempre devem ser contra os opressores, seja lá quem forem, mas nunca a serviço deles contra os que mais são oprimidos. Precisamos ampliar a democracia e os os meios de comunicação como ferramentas éticas de justiça social e não para serem elementos de maior opressão, tal como os fascistas fazem em sociedades com lapso de memória histórica e social.

Nada melhor na vida que a prudência e a reflexão. Nada melhor na vida do que usar aquela coisa abandonada em tempos de autismo político: o cérebro, aliada com o bom senso e a sensibilidade (conteúdos que estão sendo mais devastados com maior velocidade do que a floresta amazônica). A vida sempre é muito mais complexa do que aparenta ser. Soluções mágicas são como colocar um colírio para quem já e cego. Para a cegueira política, o melhor remédio continua sendo o estudo de forma honesta e a percepção que o mundo não pode ser um lugar para que 1% da população utilize suas botas em cima dos outro 99%.


segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

O ciclo da perversão da política sob o manto da fragilidade democrática.


Como um possível ciclo latino-americano de algumas gotas de melhoria na qualidade de vida social poderá desencadear paralelamente uma despolitização agressiva e retorno ao caos político-institucional? Tal suposto ciclo que deveria se aprofundado por reformas radicais na infraestrutura sociopolítica de uma sociedade com brutal desigualdade tenderá  a reconduzir os mais desastrosos governos de direita ao poder com tempo de duração muito maior que qualquer outro governo de caráter mais progressista. Como entender tal fenômeno?

As neuroses patológicas das classes médias são sustentadas pelo apelo narcísico e objetal apimentada pela cultura do consumismo imediatista alardeado pela Grande Mídia. A aposta na cultura do materialismo fútil e instantâneo reproduz toda uma ótica retro-fascistóide nas camadas remediadas de fácil absorção do ideário de modo de vida e cosmovisão das classes dominantes.

Disseminar o ódio sempre foi uma das maneiras mais simples e eficazes para produzir a fragmentação e a instabilidade sistêmica de um grupo, o que serve para  as classes médias e mais baixas do estrato social. Para isto, num mundo facilitado pelos meios de comunicação em massa nas mãos de um punhado de grupos econômicos, é muito mais fácil disseminar uma mentira pseudo-consistente e justifica-la como absoluta verdade.

O apelo de um grupo de elementos da classe média bem nutrida e bem vestida com suas belas grifes esnobes ao um insano golpe militar em plena paulistaníssima Avenida Paulista foi o exemplo de como a manipulação midiática e o destilar de um jorro de falsas tensões produzem no cognitivo político pouco desenvolvimento de uma camada estéril de pensamento e submissa aos interesses do Grande Capital.

As classes dominantes não precisam de nenhum esforço mais condizente na era da hipercomunicação instantânea, basta desempenhar um controle mais sistemático dos circuitos comunicacionais operantes dentro de um contingente populacional que cada vez mais reflete sobre sua própria existência e se deixa levar por versões muito mais agradáveis ao pouco esforço cognitivo de visão de mundo conectados em aparelhos portáteis midiáticos. Aí, sob o mando de um aparente mundo "sem fronteiras" se desencadeia uma guerra que nem Carl von Clausewitz poderia imaginar com tamanha articulação e que Joseph Goebbels já havia previsto com visionária maestria.


sábado, 21 de fevereiro de 2015

O desejo golpista continua aceso: Fracassa nova tentativa de golpe dos tucanos


Legítima representante das classes mais abastadas e podres da sociedade brasileira, a canalhice parasitária oportunista dos tucanos é de uma safadeza sem limites. Mais um novo pedido de impeachment contra Dilma não foi aceito pelo Supremo Tribunal Federal. A irresponsabilidade que os tucanos arvoraram pra si não tem sem o menor compromisso com qualquer senso de ética. Traduzindo em miúdos é a tentativa sórdida de apostar golpismo com os maiores disparates possível. Quando é a favor, os tucanos são "impecáveis gestores", quando é contra, são "vítimas dos corruptos".

O bom dos tucanos é o entreguismo, cuja explicita experiência é entregar todo o patrimônio público para dois caminhos: Se der lucro, doam para a iniciativa privada, como FHC fez com parte significativa do patrimônio público federal. Se não vislumbra nenhuma possibilidade de lucro, doam para as moscas e traças, tais como estão as escolas públicas do Estado de São Paulo.

Sim, o PT com ares tucanóides tem seus graves defeitos e que não devem se perdoados por praticarem uma gestão neoliberal com respiros sociais. A opção desastrosa pela saída fortemente à direita do governo do início do segundo mandato de Dilma complicou as forças mais progressistas em defender a sua administração e, consequentemente, apenas deu munição para seus detratores cada vez mais histéricos. Um erro muito gritante e perigoso! Todavia, no caso do PSDB, tal partido não tem defeito algum: é uma perfeita máquina de patifaria explícita apoiada por toda a Grande Mídia, seu maior cabo eleitoral. Logo, o PSDB assumiu para si o levante da direita e sua mais extremidade debilóide e esquecendo qualquer traço histórico de social democracia (mesmo que inicialmente tinha ares de fachada!).

Agora, com algumas dementes das alas mais escrotas e fundamentalistas do lodo social que apoiam a derrubada de Dilma e da democracia brasileira.  Manifestações quase sempre encabeçadas por algum remediado cujos elementos de História são do conteúdo da cabeça de um alfinete, com suas roupas fashion de gripe e quinquilharias de Miami, baforando whisky importando escondido da Polícia Federal da última viagem aos parques temáticos estadunidenses. Com os sorrisos tucanos de bico a bico, os mesmos vem implorar em redes sociais e manifestações patéticas de meia dúzia de gatos pingados para que os militares voltem a cuspir na cara da sociedade e a tratorar com cavalos defecando em praça pública e na cabeça da maior parte da população brasileira, querendo recriar um sórdido “revival” psicopata de toda a covardia traumatizante parida pela barbárie após a maldição do golpe de 1964. Lembramos que este processo de fritura da presidenta Dilma em prol de um golpista impeachment da presidenta é projetada diariamente pela Grande Mídia que domina todos os veículos de comunicação impondo os desejos e delírios perversos representados pela grande burguesia política e econômica.

Em pleno ano de 2015, todas as experiências e tragédias históricas brasileiras parecem não ter significado algum para uma parte diminuta da sociedade, em especial, a burguesia e seus arautos servos passivos da pequena burguesia pseudo-ilustrada. Deriva de amálgama jurássica uma escrota camada de seres perversos e egocêntricos que somente pensam única e exclusivamente na própria extremidade dos seus aparelhos excretores, por sinal, são os mesmos mecanismos de pensamento desta camada social.

No meio de tanta insanidade de alguns grupos projetados pela Grande Mídia para desgastar a imagem de Dilma, o governo da presidenta erra ao apostar numa governabilidade com as alas mais podres da política e, com a formação de um medonho Congresso conservador que foi expelido nas urnas em outubro passado, ficou refém do sempre governista PMDB, maior partido parasitário do Brasil. É fundamental que o desejo de aprofundar modificações mais radicais na sociedade brasileira deve suplantar o ranço da insanidade coletiva bestializada. Ventilar o “impeachment” da presidente que foi eleita democraticamente ou pedir a insana volta dos militares são elementos de retrocessos tão graves na democracia brasileira e que jamais ser mais aceitos sob o prisma de nos aventurarmos em mais um período de profunda cegueira e barbárie explícita. Lutar por mudanças, sempre; eutanásia político-social, nunca mais!

domingo, 15 de fevereiro de 2015

A direita sempre no céu: Só é “lixo” na política quem não é protegido pela Grande Mídia.


Se o PT tem seus graves feitos, todavia qualquer um da oposição de direita consegue ser amplamente pior. O preço de um momento de esvaziamento da política, pobreza espectral das figuras públicas e a rarefação do sentido da própria política em termos muito mais amplos.

Não que o PT deve ser defendido por isto, pelo contrário, devemos tecer todas as críticas que forem necessárias à exaustão quando o partido adota posições típicas dos seus críticos parasitas do poder. Não podemos passivamente aceitar políticas escrotas típicas do neoliberalismo rasteiro e jurássico da direita carcomida dentro dos quadros das esquerdas. A crítica deve ser sempre feita por idéias e concepções de sociedade mais humanitária e não por histerismos coléricos vulgares.

Todavia, a defesa de políticos canalhas inescrupulosos, mentirosos e desonestos por parte da Grande Mídia, como os governadores de São Paulo (Alckmin), Paraná (Richa) e Rio Grande do Sul (Sartori), sendo os dois primeiros do PSDB e o terceiro do PMDB mostram o quanto a falta de ética que ronda o pseudo-jornalismo chapa suja golpista no Brasil. Nos três casos, a falta de ética e as mentiras estão levando a um estado gritante de colapso social. Ademais, a falta de habilidade política, o profundo descaso com parcelas mais sofridas da população e a incompetência já dão belas amostras do quanto às populações destes estados irão sofrer com o eclipse de alternativas paras suas respectivas crises internas. O caso do Paraná a revolta dos servidores públicos contra o perverso governo tucano de Beto Richa é uma reação contra a letargia da demência política.

Aos leitores neo-indignados com a presidenta Dilma destes estados, devem olhar para o espelho em primeiro lugar antes de soltar seus urros de braveza seletiva. Não bastam dar uma de “otário público” moldado pelo jorro de mentiras e distorções da Grande Mídia, para tais grupos reacionários, golpistas e estúpidos por falta de cultura política, o importante é criar um fumaceiro de ódio primitivo contra o PT, Dilma e contra os pobres, numa amálgama tresloucada de pura insanidade civilizatória.

A questão do norte político e a falta de maior esclarecimento histórico e político por parte de uma sociedade que apenas pensa com o umbigo arrefece qualquer sentido mais amplo de projeto nacional. Aqui estamos falando das classes médias mais subalternas, abastadas e narcíseas e as facções reinantes do poder político-econômico.

Entre mitos e mentiras depositadas diariamente nos meios de comunicação, o resultado é um festival de insanidades sem nexo alimentando uma mixórdia de pensamentos toscos e infundados.

Quando se perde tempo com bobagens golpistas sem nexo, a crítica correta e justa do desmantelo político passa livre, bem tranquila à surdina. Afinal, em meio à algumas reações histéricas condicionadas e manipuladas pela Grande Mídia contra o governo Dilma e ventilando o besteirol oportunista do "impeachment", quem ganha com tanta demência política?

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

O Brasil construindo pelo viés da mídia e seus papagaios-de-pirata: reinações do mundo do faz-de-conta político existencial.


Aviso aos colegas desavisados (recalcados, histéricos ou iludidos... E quem sabe?) Que acham que a política é uma brincadeira de "50 tons de cinza", ou seja, a mistura folhetinesca pós-adolescente de Marquês de Sade com a boneca Barbie. Trocando em miúdos: o que qualquer cientista político ou sociólogo com mínimo de juízo na cachola concorda é que o tal "impeachment" promovido pelas ratazanas da Grande Mídia e ventilado por setores do PSDB (encabeçado pela meiga figura do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso) é uma ilusão perigosa, uma aventura sem parâmetros, dentro de uma democracia ainda instável.

O caso do ex-presidente Fernando Collor, por exemplo, foi uma exceção rara onde praticamente todos os partidos concordaram do impedimento do seu mandato (seja por razões éticas ou de traição política na cara larga!).


É uma ilusão achar que tal mecanismo (o impeachment) pode ser feito ao bel-prazer para realizar o gozo fálico do grupo dos perdedores (ou como miss invejosa que não se aguentou ao ver o brilho da primeira colocada e roubou a coroa!).

Gostemos ou não, a presidenta Dilma foi (re)eleita democraticamente e ponto final! Críticas ao seu mandato devem ser seguramente feitas, mas sem abusar do recurso da criança mimada que não gostou do brinquedo. Afinal de contas, uma boa parte dos paulistanos que ainda não perder a sanidade vive engolindo os desmandos e a incompetência o picolé de chuchu que vai fazer quase quatorze anos no poder sem pedir o impeachment do enraizado no Palácio dos Bandeirantes.

Ventilar "impeachment" tem dois mecanismos acéfalos: ou quer que o circo pegue fogo (para o engraçadinho ser o primeiro a dar no pé) ou não tem nada melhor na cabeça, pois aí, mais provável, seria bom trabalhar os sintomas destas ações persecutórias (sugiro então análise com meus valorosos colegas psicólogos e psicanalistas).

Se o impeachment é um mecanismo democrático? Sim, faz parte e esta na regra do jogo. Todavia, é bom deixar bem claro, que agora não é o caso de um recalcado "impeachment" de Dilma, e se fosse por "mérito", na lista de impedimentos estaria em primeiro plano os governadores corruptos e canalhas dos Estados. Principalmente um governador cujo grupo está a mais de dois decênios no poder e de tão bom que é deixou a boca seca de todos os paulistanos: reacionários, histéricos, recalcados ou não.


Quanto pior, melhor: a aposta paulista na barbárie social.


São Paulo é o exemplo do retardo-político brasileiro cuja liderança tucana é o mote para um Estado cada vez mais omisso, violento e inutilmente conservador. As classes médias paulistanas (aqui pensamos de um plasmado de pessoas que apesar da diferença econômica, possuem em comum uma estranha apologia pela indiferença, exacerbação narcísica e o desprezo pelo social), ao contrário do que se pode imaginar, não tem interesse algum nos serviços públicos, uma vez que acreditam que o sistema privado é a panaceia fundamentalista do modelo capitalista à brasileira.

A grande preocupação do eleitorado tucano e seus simpatizantes à botox tem a ver exclusivamente dos gastos com que os “pobres” potencialmente não caiam em seus ombros. Afinal, em discurso muitas vezes verbalizado à surdina, pobre deveria ser todos eles fuzilados pela ROTA, segundo a mentalidade irradiada por Higienópolis, Jardins e arredores. Por que tanta conivência da sociedade com o extermínio de pessoas pelas polícias paulistas? Parafraseando o ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, Hélio Luz, quem quer uma polícia realmente honesta e não-corrupta? Para os paulistanos, e por extensão os paulistas mais emergentes, pouco importa se a segurança pública é um arremedo ridículo de psicopatas fardados, agentes truculentos que operam as leis conforme seus humores ou um grupo de incompetentes ou lenientes que mal esclarecem 5% dos casos policiais.

Já na apodrecida Educação Pública de décadas de descaso tucano, pouco importa se cada vez mais os números são catastróficos e a situação beira a falência total. A saúde pública pouco importa, para as classes médias, o importante é não pagar impostos para economizar em viagens e comprar bugigangas para serem escondidas no desembarque do aeroporto da Polícia Federal. Eis um mote típico: reclamar é bom, pagar impostos não! Até quando o plano de saúde deixar na mão e seus clientes perceberam que céu não é tão anil quanto suas soberbas poderiam imaginar. Daí a culpa é de quem? A gritaria das classes médias paulistanas é contra o Estado (quase sempre, contra Dilma e o PT, os Judas favoritos dos paulistanos)!

Entra eleição e sai eleição, os tucanos ficam no poder em São Paulo. Uma dinastia que já varou duas décadas e nada indica que irá cessar. Não importa se seja um patético José Serra ou insosso Geraldo Alckmin, ou qualquer papagaio de pirata que diga: “nada vai mudar e tudo será perfeito!”. Não existe uma liderança popular entre os eleitores tucanos, a tal ponto que o escolhido para candidato a presidente no ano passado foi um playboy de pura incompetência que conseguiu afundar o Estado de Minas Gerais, o patético Aécio Neves. 

Para ser mais ridículo o quadro do escolhido tucano, considerado pelo próprio folhetim tucano oficial, a Revista Veja do Grupo Abril, o pior senador do Brasil. Nas eleições de outubro passado, nos dois turnos, São Paulo elegeu este troglodita da política, mas graças ao restante do país, o Brasil se livrou momentaneamente de um pulha como Aécio no Planalto. Mesmo apostando na barbárie, os paulistanos das classes médias e seus remediados perdulários de cultura lumpemproletariada insistem em se posarem de vítimas como se o mundo fosse contra seus ganhos de soberba e indiferença. Nas ondas redes sociais, assistimos, por exemplo, a patologia de insanidade facistóides e, agora, com ares golpistas, que surfa de forma medonha e preocupante.

Como entender o ódio das classes medianas contra os pobres? Com uma mídia controlada pelos grandes usurpadores do país, a ideologia da classe dominante é pulverizada diariamente para se inserir no inconsciente pouco crítico nas classes médias que adotam seus modelos de visão de mundo e cultura social similares das classes dominantes. Daí a sintomática negação por qualquer programa social governamental que possa beneficiar as classes precarizadas e mais necessitadas do Poder Público. A morte da solidariedade e o alicerce da estupidez não permite entender que uma sociedade “pacificada” somente será possível de sobreviver quando não existam gritantes diferenças socioeconômicas entre seus membros.

Na indiferença encontramos o caos. Na falta de solidariedade encontramos a violência gratuita, tosca, perversa, brutal. Assim prega as classes médias, que flertando com um discurso fascistoide, fingem que é o topo da cadeia da ideologia política e sequer se assusta com a possibilidade de morrem todos com suas bocas indiferentes bem secas.
São Paulo é o símbolo de uma indiferença crônica que nega um futuro mais solidário e humano. A indiferença paulista não serve como modelo para um país que precisa urgentemente avançar no projeto de construção de nação mais harmônica e menos desigual socioeconômico. Não se pode aceitar que uma sociedade fecha-se cegamente em fanatismos do “livre mercado” e apostar na ignorância para transformar esperança em barbárie. Assim explicar a “paixão” dos insossos leitores paulistas pelo modelo jurássico-conservador tucano que vende incompetência como “choque de gestão” administrativa, pela opção do pragmatismo retardado sob o a luz de discursos imbecis.

Não foi a toa que partiu justamente de São Paulo um grupo de toupeiras ambulantes que parece ter vindo de algum lugar bizarro da Era Paleozoica. Sintomático que Após a vitória da reeleição da presidenta Dilma do pleito de outubro, em plena Avenida Paulista, um grupelho pediu a volta da “intervenção militar”! Parece ser “justo” no que tange a insanidade paulistana, afinal de contas, os mesmos que reclamam da violência são os mesmos que a reproduzem diariamente (diante desta insanidade toda, sorrisos de lideranças tucanas não escondiam contentamento diante dos ecos surreais daqueles boçais com demência histórica).

Agora, se apegando no caso da velha corrupção da Petrobras o qual a Grande Mídia transformou em novela mexicana, uma grita insana histriônica é pelo “impeachment democrático” de Dilma, com direito a artigo do conhecido jurista conservador e amigo dos tucanos, Yves Gandra Martins, na Folha de S. Paulo. Não faltam também as velhas e conhecidas teorias da conspiração como as das “urnas fraudadas”, que por sinal, somente haveria hipotética fraude quando o eleito é do PT, ou seja, uma estranha seletividade que nada diz sobre os decênios de mandato irrestrito dos tucanos em São Paulo.

O gozo da histeria é a marca que sendo martelada diante de um discurso que beira um extremismo de direita acéfalo e que vem tomando conta das lamúrias insensatas e irresponsáveis de parte das classes medianas paulistas e, principalmente, paulistanas. O eleitor conservador típico de São Paulo não é bobo por maioria de votos, mas se deixa seduzir por uma ideologia cínica, perversa e que se autoengana na retórica autofágica do mote vitimológico oportunista do “nós contra o mundo” (onde se lê “mundo”, leia-se os pobres!).

domingo, 8 de fevereiro de 2015

Além da falta de vergonha na cara de Alckmin, falta até mesmo giz branco nas escolas públicas administradas pelo governador de São Paulo.




O governo de Geraldo Alckmin vai a vento em popa com o descaso da Educação Pública em São Paulo. 

Além de deixar todos os paulistanos com a boca seca e ter os maiores assassinatos por forças policias dos últimos tempos, na área de Educação o descalabro é bem conhecido e sentido por todos que trabalham no setor. Após vetar assistência psicológica nas escolas, cortar coordenadores, restringir material de limpeza, verbas adicionais para a escola, agora, pasmem, até mesmo falta giz branco em muitas unidades escolares. 

Ademais, sem a menor perspectiva de carreira docente dentro do quadro do funcionalismo da Educação, Alckmin até está congelando a evolução por estudo dos professores, que na prática são míseros percentuais adicionais no salário. 

Este é mais um retrato não de apenas um governo incompetente e patético, assim como é a dinastia tucana. Sobretudo de uma perversa cultura de desprezo pela questão social e pelos que mais necessitam do Poder Público. 

Sim, estamos falando do Estado de São Paulo, o maior da América Latina com uma educação pública jogada às traças e o total descaso de anos de inútil governo tucano.

TRUMP NÃO FOI UM (NOVO) ACIDENTE DA HISTÓRIA. FOI UMA ESCOLHA!

  Quase todas as tentativas de explicação que surgem do campo de uma Esquerda, magnetizada pelo identitarismo, é de uma infantilidade atroz,...