Mais
uma "atravessada" que o poeta Ferreira Gullar vem escrevendo na FOLHA em nome de fazer propagandear a "direita" como a defensora dos
frascos e comprimidos. Agora Ferreira conseguir inverter a realidade histórica,
dizendo que a "aproximação" de Cuba e Estados Unidos tenham partido
dos irmãos Castro, como esses estivessem de joelhos suplicado clemência no
salão da Casa Branca. Oras, tenha santa paciência Ferreirinha! Haja má-fé ao
inverter os desmandos da História!
Vamos
aos fatos. Quem transformou a ilha cubana num puteiro e numa Las Vegas
caribenha foram à cumplicidade da burguesia local com os Estados Unidos. A
revolução cubana foi uma tentativa desesperada de dar um basta à farra
ejaculadora e opressão na ilha. Em resposta a revolução promovida por Fidel
Castro e seu grupo de guerrilheiros, quem promoveu o bloqueio econômico,
comercial, político, financeiro e humanitário e sustentou por quase 53 anos foi
o governo de Washington e não de Havana. Incluso no pacote a ameaça ianque a
todos os países que por ventura pudesse "furar" este bloqueio.
Agora,
o passado o tempo com a derrocada do socialismo de viés totalitário e a vitória
da máquina de desejos ilusórios do capitalismo e não vendo mais tem mais lógica
política a manutenção do embargo, o governo de Barack Obama tenta a
reaproximação política do Havana, inclusive tentando fazer jus ao caráter de
"Prêmio Nobel da Paz" do presidente estadunidense. É claro que Obama
não é nenhum pacifista, mas sim busca extrair uma estratégia de reaproximação
com a América Latina em momento de crise interna política.
Quanto
às tentativas de socialismo impostas por governos totalitários, deve-se ter
atenção para observar que questão é outra, ou seja, foram apenas justificativas
políticas para imposição medidas coercitivas em nome de uma suposta
"causa" ou "bandeira" (ideologias e controle estão
presentes em todos os sistemas sociopolíticos). Para o capitalismo, por
exemplo, pouco importa se existe ou não democracia na base de operações de um
dado país, se as condições financeiras e materiais sejam atendidos, ou seja,
independente do modelo político, a metamorfose capitalista prospera se suas
matrizes-mestres se mantiverem intactas.
No
caso de Cuba, que é uma ilhota sobrevivente do maior cruel dos embargos da
História recente, é um exemplo de como a retórica dos vencedores poderá parecer
como uma "verdade" para todos aqueles que subvertem a realidade e
cria um mundo ficcional, seja por falta de caráter, seja por falta de
neurônios.
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