sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Los Hermanos


Que novidade: vitória da sordidez clientelista! Invariavelmente, José Sarney se livrou de todos os processos que pairavam sobre seus obscuros atos de presidente da Casa na Comissão de Ética do Senado.


Qual ética? Novamente as velhas práticas do arquivamento de falcatruas da política nacional é posto a todo vapor. Vitorioso, o senhor feudal maranhense franje a testa, acaricia o bigode e sorri como um ingênuo e prosaico querubim: o feudo é nosso!


De olho no palanque do projeto eleitoral “Dilma-2010”, o Partido dos Trabalhadores (PT) se aliou ao PMDB numa espúria aliança para salvar a pele de Sarney. Dane-se a história e carpe diem.


Curiosamente no episódio, coube a Aloísio Mercadante, líder do PT no Senado, o encarregado de levar o ônus político da visão minúscula e politiqueira do seu partido.


Mercadante favorável as investigações contra Sarney, discursou dizendo que renunciaria ao cargo de líder caso o partido votasse favorável ao senhor feudal.


Tanto o PT votou a favor de Sarney, quanto Mercadante recuou em sua decisão de renunciar a liderança do partido no Senado. Perde a política, ganha a politicagem.


Em novo discurso, Mercadante explicou que a sua não-renúncia foi motivada por um pedido manifestado numa carta do presidente Lula de permanência na liderança do PT. Amores e sentimentos do passado pelo Brasil...


Sarney novamente impune e o clientelismo satisfeito. Mais um página arrancada da desfalecida biografia do PT. Os homens que lideram o PT esqueceram que ser "poder" não é reproduzir nefastos ranços do passado. É ir além da pobre mesmice.


Em política vale a amnésia. O que foi dito ontem não tem o mínimo valor hoje. Inimigos do passado rolam na mesma cama em festiva fornicação. Com direito a acender um cigarro...

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