domingo, 30 de julho de 2023

A FEBRE REVISIONISTA DA INVENÇÃO DO "BINARISMO RACIAL BRASILEIRO"

 


É assustador como a epidemia identitária vem se alastrando dentro das universidades, transformando as tais "pesquisas culturalistas acadêmicas" em um simulacro anêmico fetichizado: a invenção de um Brasil como um medíocre espelho racial estadunidense.

Para invejar qualquer revisionista da Extrema Direita, estamos com o suadouro da febre do revisionismo das imaginações identitárias tão patéticas que seus arautos, embriagados de falsa preocupação social, esquecem que o velho motor da História são suas determinações econômicas e não, simplesmente, um ingênuo e farsante "binarismo racial". 

Em mais um folhetim que sai das editoras de olho na lucrativa "onda identitária", acusam a "burguesia paulista" de "alimentar a branquitude" na sociedade. Como assim? 

Nada mais patético reduzir os interesses dos capitalistas da nascente São Paulo industrializada, do início do século XX, meramente, ao fator racial. Uma burguesia paulista que tinha, até mesmo, desejos separatistas com o advento do levante frustrado da "Revolução de 1932", frente ao governo da ditadura de Getúlio Vargas. 

A miséria, indistintamente, foi sempre um fator essencial para separar as classes sociais. A frágil "mobilidade social" que, por sua vez, carrega, entre outros, elementos raciais,  sempre ditou os ritmos culturais e moralistas das sociedades capitalistas e, por sinal, não o seu inverso! 

A mudança de patamar social insere o sujeito em uma "nova cultura" e os seus valores são moldados não apenas por determinações econômicas, mas interesses de classe. O revisionismo culturalista identitário opera, mecanicamente, por um simulacro caricatural, levando suas conclusões inverossímeis a invocar, sempre, genéricas determinações de uma ficcional identidade.

O sedutor revisionismo da fabricação de identidades visa apagar as determinações da dinâmica do capitalismo tardio brasileiro. Portanto, se trata de uma rasteira tentativa de obscurecer o conhecimento da História e ludibriar seus desavisados leitores que estão, atualmente, consumindo um paiol de entulho identitário na esteira da onda culturalista neoliberal.

Todavia, a falta de materialidade que sustente os delírios revisionistas inviabiliza qualquer robustez argumentativa. Logo, mais um livro que se reduz a uma bricolagem desnecessária que talvez sirva, ao menos, como um prosaico e burlesco roteiro de novela televisiva.

(Wellington Fontes Menezes)


👆 Para saber mais:  https://jornal.usp.br/cultura/livro-revela-historias-que-sao-paulo-deixou-de-contar/ 


terça-feira, 25 de julho de 2023

"IDENTITARISMO INSTITUCIONAL": A DOENÇA DO FALSO MORALISMO ESTADUNIDENSE QUE SE ESPALHA IRRESPONSAVELMENTE NA SOCIEDADE.


É quase uma declaração de "guerra cultural" publicado no jornal paulistano "Folha de São Paulo" desta terça-feira, 25 de julho.

Quanto besteirol arrogante e falacioso assinado por quatro ministras de Estado que vivem com todo o bem-estar e conforto que o capitalismo, que elas tanto defendem, consegue comprar!

Pura irresponsabilidade do governo Lula e, por sua vez, não ajuda em nada no processo de ampliação da cidadania e a desintoxicação do ar putrefato fascistóide que impregnou o país nos últimos anos.

As quatro cavaleiras do Apocalipse Identitário do Governo Lula, ao querer panfletar que a maioria da população brasileira é formada por esta entidade mística vaticinada como "mulheres negras" é de uma charlatanice que beira a perversão.

Os terraplanistas arautos da supremacia afro-negra buscam fabricar o que de pior poderia acontecer na sociedade pós-Bozo: o estimulo do fascismo com todas as cores, insanidades e perversões.

O Brasil tão miscigenado e miserável não carece de mais entulho fascista fantasiado de "reparação histórica" e fabricação de falsas demandas por espertalhões grupos de lobistas identitários.

Parece que ninguém aprendeu nada do que se passou nestes últimos dez anos, diante da miséria política brasileira. Que lástima!

(Wellington Fontes Menezes) 

domingo, 16 de julho de 2023

IDEOLOGIA DE GÊNERO: A IRRESPONSABILIDADE DA CATEQUESE IDENTITÁRIA

 


Para um processo civilizatório, toda a loucura social deverá ter um limite! E, em tempos recentes, não é que os histéricos da "Escola sem Partido" (ou seja, grupo de pais e oportunistas de Extrema Direita que vigiam os professores) tem alguma razão? É surreal, mas a realidade mostra sempre sua face inconteste.

Que maluquice curricular é essa de enfiar o esdrúxulo besteirol da "ideologia de gênero" para crianças na pré-escola de 4 a 6 anos?

Para os fatos, não adianta o exercício da retórica do rocambole e negar que não haja "doutrinação" em pontuais ambientes escolares com profissionais que não refletem as boas práticas do seu ofício. O resultado midiático é catastrófico e põem em xeque as boas virtudes da esmagadora maioria dos dedicados professores com todas as suas limitações que oferece o ambiente escolar.

Vale sempre relembrar aos educadores: na primeira infância não cabe a valorização da sexualidade diante de um processo de estímulo educacional, tal como se a criança fosse um adulto-mirim com plena vida sexual. Ademais, impactar a criança com neuroses sociais como a controversa questão do "preconceito" é outra forma de aluciná-la precocemente. Excesso de realidade é tão nociva para uma criança tal como ocultar dela toda e qualquer realidade da vida material.

A Pós-modernidade é um excesso de estímulo de consumismo do erotismo e da pornografia associado à venda de mercadorias e serviços. Um notório fato contraditório do mundo capitalista é quando a Grande Mídia estimula, em demasia, a sexualização dos sujeitos e, ao mesmo tempo, vaticina que os homens devem ser castrados de seu desejo sob a alcunha que são "assediadores".

Diante da loucura pós-moderna, é muita irresponsabilidade um processo alucinado de hiperssexualização precoce do sanatório promovida pelos delirantes arautos da psicótica pedagogia da lacração!

A laicidade foi a maior conquista da Educação após a Revolução Francesa no mundo. A luta para manter a escola laica é permanente. A catequese identitária com sua mitologia pré-fabricada está passando dos limites e só fortalece a histeria da extrema direita e dos grupos religiosos. Claro, nestes termos, a revolta de alguns pais tem toda razão! É preciso ter uma gota de bom senso.

É sempre temerário trocar a laicização da Educação por ostentação de bizarras manjedouras e altares de falso misticismo nos espaços de Educação Infantil. Em detrimento dos aspectos lúdicos, como se a exposição mística de elementos da atual moda identitária fossem práticas aderentes para a tal "educação antirracista". Oras, toda Educação laica é, a priori, humanística e contrária aos preconceitos, exceto àquelas que utilizam dos abusos da pedagogia do fascismo.

Depois de todo este lamaçal psicótico identitário, serão as franjas da Esquerda, que ainda tem um mínimo de lucidez, quem pagará a conta destes irresponsáveis que criam esta desnecessária doutrinação da catequese identitária.

Pior, os fanáticos identitários ainda dão margem para extrema direita ter razão em suas queixas! Por todos os lados, a sociedade está, cada vez mais, sendo bombardeadas por elementos psicóticos e fetichistas que não ajudam em nada na formação da cidadania e bem-estar social.

(Wellington Fontes Menezes)

 

👆 Para saber mais: https://educacao.uol.com.br/noticias/2023/07/16/escola-publica-sp-enfrenta-preconceitos.htm

sábado, 15 de julho de 2023

A LEI DO FASCISMO IDENTITÁRIO: SE NÃO GOSTOU, É RACISTA!


 Se alguém fizer alguma crítica, minimamente, lúcida aos folhetins que Itamar Vieira Júnior, um arauto da lacração, escreve, logo cai na teia do "cancelamento" e é tido como "racista". 

Com um único folhetim escrito que "fez sucesso" (leia-se, obteve boas vendas mediante um tsunami marqueteiro!) e com o lançamento de novo livro "plagiado" do primeiro, Itamar só aceita ser tratado como o novo Machado de Assis da Literatura Brasileira. 

A questão nem é mais se Itamar serve para escrever um folhetim para a novela das seis da Rede Globo, mas a adoção da postura arrogante e inquisidora para incriminar quem criticar e taxar por "racista", todo aquele não considera "boa literatura" os seus alfarrábios. 

Itamar, cuja pele é a típica do processo de miscigenação brasileira, quer se passar por legítimo descendente de algum reino imaginário "africano" de Wakanda. Talvez, só com daltonismo para enxergar que Itamar teria uma pele mais escura, tal como ele próprio se vende! Logo, a questão não é étnica, mas marketing e negócios.

Na confusão proposital que a ideologia identitária faz, ressalta-se que o desejo não é sinônimo de realidade! Portanto, a realidade, com sua materialidade intrínseca, jamais é serva do desejo. Identitários são típicos terraplanistas e negacionistas biológicos que buscam, insistentemente, em vão, submeter a realidade aos seus caprichos. 

Diante deste cenário, surgiu o modismo do fetiche das identidades e, por sinal, essa é a "mercadoria cultural" que mais rende rápido capital no momento! Observa-se então, o nível que a loucura identitária está sendo impregnada no Brasil! Quanto maior a histeria, mais lucrativo para quem está na crista da onda em prol do escrachado neoliberalismo.

É assim que age os jagunços fascistinhas das identidades de araque pós-modernas. Que Brasil sem fundo! Vale lembrar que um típico modus operandi do fascismo é o julgamento sumário dos seus críticos. 

Deste modo, o tempo se encarregará de dizer se Itamar será o novo Machado de Assis do século XXI, ou apenas mais um oportunista que está na crista de um modismo fascistóide, perverso e rasteiro. 

(Wellington Fontes Menezes)


👆 Para saber mais: https://www.publishnews.com.br/materias/2023/07/14/apanhadao-da-semana-itamar-vieira-junior-volta-a-acusar-critica-literaria-de-racismo

terça-feira, 11 de julho de 2023

A ESQUERDA INFANTO-JUVENIL E A RAPOSA FASCISTA

Na semana passada, grande parte da Esquerda estava comemorando eufórica o chilique público do bozofascista carioca que o ocupa o Palácio dos Bandeirantes e o genocida do Jair Bolsonaro. 

Parecia que o jagunço letrado do Tarcísio tinha se transformado na criatura virgem e imaculada que estava se rebelado contra o Grande Pai Fascista... Seria um novo Che Guevara que troca "bolacha" por "biscoito"? Todavia, a cena foi mero embuste digno de ouro de tolo: só patética performance!

Os noticiários da Grande Mídia e os ditos do campo progressista, em particular os blogues petistas e afins, destacaram todo o episódio como se fosse a redenção para o Éden. Escreviam, eufóricos, nas redes sociais: "Grande dia!". Será que foi uma derrota para a Extrema Direita?

Buscando descolar a imagem do astuto Tarcísio da figura nefasta do Bozo, a "Folha de S. Paulo" destacou, em demasia, tal episódio. Em suma, um belo truque de marketing pessoal de Tarcísio de olho no Planalto, em 2026: sair do cercadinho do extremismo fanatizado e ir comendo as beiradas do Centro, atingindo, até mesmo, o tal "campo progressista".

Na mesma semana, o Governo Lula torrou sete e meio bilhões de reais para emendas de parlamentares. Toda a bolada para a Câmara dos Deputados aprovar, de forma meteoricamente, a "Reforma Tributária". Como bom capacho do capital, o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, publicamente, teceu longa gratidão ao governador Tarcísio pelo "empenho na aprovação da Reforma". Ademais, o próprio presidente Lula teve aparição pública com Tarcísio. 

Trocando em miúdos, no caso da aprovação da "Reforma Tributária", o governo Lula torrou parte do erário para comprar votos, mas quem ganhou projeção e publicidade para seu projeto eleitoral foi Tarcisio, o neo-progressita que caiu do céu e nas graças de parte venal do petismo!

O fato é que o jagunço do governador de São Paulo jamais deixou de ser de Extrema Direita com políticas neoliberais, como alguns bestializados querem acreditar! Tal como ele sempre deixou bem claro e energético como irradiação solar: segue com suas convicções à serviço do capital. Sua mentalidade política continua tão grotesca quanto as poluídas águas do Rio Tietê. 

Afinal, o que mudou? A ingenuidade e prepotência rotineira das Esquerdas. Somente uma militância de Esquerda tão alienada quanto infantilizada, além de "comprar" o jogo de cena de Tarcísio, ainda ajudou a promover a campanha eleitoral do (ex-?)bozofascista. 

Para tranquilidade de Tarcísio, como uma boa raposa que vive na moita a espera dos acontecimentos, a Direita nem precisa fazer campanha. Basta deixar a Esquerda pós-moderna de bico aberto e tagarelando suas projeções e alucinações suicidas. 

Enfim, o cenário político para a corrida ao Planalto para 2026, aos poucos, com três anos de antecedência, vai se definindo de forma assustadora e suicida.

(Wellington Fontes Menezes)


TRUMP NÃO FOI UM (NOVO) ACIDENTE DA HISTÓRIA. FOI UMA ESCOLHA!

  Quase todas as tentativas de explicação que surgem do campo de uma Esquerda, magnetizada pelo identitarismo, é de uma infantilidade atroz,...