quarta-feira, 12 de agosto de 2020

ATACAR SEM PAUTAR É ATINGIR O QUE NÃO SE VÊ!

         

            Antes de tudo, gostaria de dizer do meu apreço por Christan Dunker, professor do Instituto de Psicologia da USP, cuja produção científica ultrapassou os muros da Cidade Universitária. Dunker, o qual respeito pela qualidade do seu trabalho, surpreendeu-me ao ler no "Blog da Boitempo", o seu artigo tão equivocado, desnecessário e ressentido para atacar, sabe-se lá quem, de forma indiscriminada, que ele rotulou de "esquerda".

No artigo em questão, entre os fatos citados, os quais são uma colcha de retalhos típicos de atitudes de centros acadêmicos universitários, com suas birras de sempre, sobressaltou-me Dunker invocar um oportunista de Youtube, Jonas Manoel, como uma espécie de "interlocutor de Marx". Daí foi chutar o pau da barraca da alucinação! Menos, bem menos, Prof. Dunker!

A partir da velha questão do que seria a "esquerda", esta vulgata genérica que mais parece um cestão de frutas de diversos formatos e gostos, se faz necessária a pergunta para Dunker: "Qual esquerda"? Será que Dunker outorga a todos os oportunistas da internet, destiladores de irracionalismos esdrúxulos para encherem os bolsos e tagarelarem senso comum ao estilo papo de boteco, embutidos em egos patológicos, com o irrestrito selo de "esquerda"? Afinal, para quem foi direcionada a crítica de Dunker?

Alguém que entende razoavelmente das estruturas do capital, deve saber que não se trata do "ódio ao dinheiro", mas como ele circula e se concentra, de forma tão desigual e perversa, numa sociedade capitalista, pautada em consumismo psicótico e pobreza extrema.

Dunker já escreveu artigos muito melhores e  instigantes. Este foi um dos mais atípicos e infelizes. Enfim, melhor sorte no próximo, Prof. Dunker!

 

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