Antes de tudo, gostaria de dizer do meu apreço por Christan Dunker, professor do Instituto de Psicologia da USP, cuja produção científica ultrapassou os muros da Cidade Universitária. Dunker, o qual respeito pela qualidade do seu trabalho, surpreendeu-me ao ler no "Blog da Boitempo", o seu artigo tão equivocado, desnecessário e ressentido para atacar, sabe-se lá quem, de forma indiscriminada, que ele rotulou de "esquerda".
No artigo em questão, entre os fatos citados, os quais são
uma colcha de retalhos típicos de atitudes de centros acadêmicos
universitários, com suas birras de sempre, sobressaltou-me Dunker invocar um
oportunista de Youtube, Jonas Manoel, como uma espécie de "interlocutor de
Marx". Daí foi chutar o pau da barraca da alucinação! Menos, bem menos,
Prof. Dunker!
A partir da velha questão do que seria a
"esquerda", esta vulgata genérica que mais parece um cestão de frutas
de diversos formatos e gostos, se faz necessária a pergunta para Dunker:
"Qual esquerda"? Será que Dunker outorga a todos os oportunistas da
internet, destiladores de irracionalismos esdrúxulos para encherem os bolsos e
tagarelarem senso comum ao estilo papo de boteco, embutidos em egos
patológicos, com o irrestrito selo de "esquerda"? Afinal, para quem
foi direcionada a crítica de Dunker?
Alguém que entende razoavelmente das estruturas do capital,
deve saber que não se trata do "ódio ao dinheiro", mas como ele
circula e se concentra, de forma tão desigual e perversa, numa sociedade
capitalista, pautada em consumismo psicótico e pobreza extrema.
Dunker já escreveu artigos muito melhores e instigantes. Este foi um dos mais atípicos e
infelizes. Enfim, melhor sorte no próximo, Prof. Dunker!
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