quarta-feira, 31 de agosto de 2016

O suicídio do Brasil: aceitar o golpe é abrir os braços para o fascismo e ganhar um laço de corda em volta do pescoço


Um circo histórico onde uma presidenta eleita democraticamente e sem ter cometido nenhum crime, foi submetida ontem a um bando de criminosos golpistas do putrefato Senado da República. Não há parâmetros para identificar tamanha bizarrice contra a democracia, um estupro sem tamanho que trará consequências nefastas caso o teatro do golpe tenha o desejo fascista já esperado:  a morte da democracia no país.

Quanto isto, as esquerdas e sindicatos organizados batem cabeças e parecem não terem consciência da lama que o país foi jogado. Mudas, omissas, acovardadas diante da via-sacra do suicídio. A direita perdeu o juízo de se transforma em um ranço fascista com ares religiosos e suicidas. Não podemos tolerar o avanço fascista sob pena de sermos atropelados e silenciados pelas insanidades dos perversos.

Uma vez a Constituição estuprada, nada mais estará assegurado na nossa sociedade. É a mais tentadora ilusão achar que restabeleceremos a democracia com eleições em 2018 sendo imposta pela junta golpista como se a nossa nefasta elite fosse democrática e republicana. Se é que teremos alguma eleição em 2018 uma vez que todos os interesses da elite burguesa já estão dentro do golpe e todos as figuras as carcomidas conservadoras e truculentas figuras de interesse da elite foram contempladas com nacos de domínio após a queda de Dilma. Logo, a quem interessaria abrir mão do poder?

Estamos flertando com o caos sendo transmitido e apoiado por uma bandida grande imprensa asquerosa que transformou a leitura da política como um caso de novela circense cujo único objetivo é destruir a imagem Dilma e atacar o PT. A questão não é partidária, mas se remete aos ganhos recentes na sociedade do frágil estado de bem-estar social que está sendo arregaçado mediante o conluio golpista.

Não podemos aceitar passivamente a democracia sendo escrachadamente estuprada. Hoje calam a democracia, amanhã será a voz de qualquer um que se manifestar por qualquer coisa diferente do cabedal fascista. Estamos permitindo que toda a nossa mínima civilidade seja jogada no esgoto e, certamente, colheremos muitas desgraças e retrocessos sociais sem limites. O golpe é só o começo, o restante serão as trevas.

Resistir ao golpe não será opção política, mas mera sobrevivência existencial!


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