A paralisação nacional dos trabalhadores contra o
maldito destroçamento golpista da Previdência é fundamental para que os mesmos
não paguem o "pato" pelas farras perversas dos empresários e desvios
do fundo de suas futuras aposentadorias.
Todavia, para ter sucesso, é necessário estratégia e
evitar erros crassos. Paralisar as vias de transportes que levam os
trabalhadores às manifestações é um tosco e burro. Sem acesso ao transporte
público, as manifestações serão esvaziadas ficando aquele típico
cenário de meia dúzia de "gatos pingados" para fazer o delírio
fascista de jornalistas canalhas como os amigos da minha ex-colega de IF-USP,
Laura Ferreira, a ex-"garota do tempo" que "virou" apresentadora
de noticiários televisivos da BAND. Por sinal, ela nunca perdeu a pose de
reacionária e antipática desde os tempos de graduação.
A questão é, por que os sindicatos de trabalhadores de
transportes públicos, ônibus e metro, não liberam as catracas? Particularmente
o Metro de São Paulo, vital para irrigar a mobilização do fluxo de pessoas na
imensa cidade paulistana? Oras, se para usar a população como massa de manobra
para derrubar Dilma foi com catracas livres em pelo domingo, por que não
liberar como forma muito mais eficiente de protesto e que dá maior
possibilidade dos trabalhadores chegarem às manifestações previstas na cidade?
Lembrar que cidades como São Paulo, com distâncias
quilométricas, ou seja, não são românticos vilarejos de algumas cenas bucólicas
européias, precisam fundamentalmente de vias de acesso de mobilização feitos
pelos transportes públicos. É preciso contextualizar e ter táticas de luta na
vida prática e realística. Caso contrário, as manifestações legítimas e
fundamentais para os trabalhadores, além de se serem minadas, serão usadas,
para variar, pela mídia fascista e golpista, contra os próprios trabalhadores.
No Brasil do golpe, parece que a burrice, a letargia e
a covardia dos sindicatos e partidos de esquerda são os elementos básicos que
fazem deste país o celeiro fulcral do estado de exceção exemplar para todo o
restante da América Latina.
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