quarta-feira, 15 de março de 2017

15 de Março: Greve sim, Burrice não!


A paralisação nacional dos trabalhadores contra o maldito destroçamento golpista da Previdência é fundamental para que os mesmos não paguem o "pato" pelas farras perversas dos empresários e desvios do fundo de suas futuras aposentadorias.

Todavia, para ter sucesso, é necessário estratégia e evitar erros crassos. Paralisar as vias de transportes que levam os trabalhadores às manifestações é um tosco e burro. Sem acesso ao transporte público, as manifestações serão esvaziadas ficando aquele típico cenário de meia dúzia de "gatos pingados" para fazer o delírio fascista de jornalistas canalhas como os amigos da minha ex-colega de IF-USP, Laura Ferreira, a ex-"garota do tempo" que "virou" apresentadora de noticiários televisivos da BAND. Por sinal, ela nunca perdeu a pose de reacionária e antipática desde os tempos de graduação.

A questão é, por que os sindicatos de trabalhadores de transportes públicos, ônibus e metro, não liberam as catracas? Particularmente o Metro de São Paulo, vital para irrigar a mobilização do fluxo de pessoas na imensa cidade paulistana? Oras, se para usar a população como massa de manobra para derrubar Dilma foi com catracas livres em pelo domingo, por que não liberar como forma muito mais eficiente de protesto e que dá maior possibilidade dos trabalhadores chegarem às manifestações previstas na cidade?

Lembrar que cidades como São Paulo, com distâncias quilométricas, ou seja, não são românticos vilarejos de algumas cenas bucólicas européias, precisam fundamentalmente de vias de acesso de mobilização feitos pelos transportes públicos. É preciso contextualizar e ter táticas de luta na vida prática e realística. Caso contrário, as manifestações legítimas e fundamentais para os trabalhadores, além de se serem minadas, serão usadas, para variar, pela mídia fascista e golpista, contra os próprios trabalhadores.

No Brasil do golpe, parece que a burrice, a letargia e a covardia dos sindicatos e partidos de esquerda são os elementos básicos que fazem deste país o celeiro fulcral do estado de exceção exemplar para todo o restante da América Latina.

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