Mais uma falsa polêmica para desviar o foco do golpe de estado e sua destruição nacional em foco: agora, é a vez da histeria da "carne podre". Devem-se combater todos os abusos trabalhistas e
sanitários de qualquer natureza em qualquer espaço onde o capital oprime e
degenera as relações de trabalho e consumo, todavia destruir todo um setor
produtivo é insanidade e pouco estar atento as complexidades da economia e das
dificuldades presentes para sairmos de nosso subdesenvolvimento.
Como desejar que o país saia da
estagnação, produza alimentos dentro do país e não ficar refém das intempéries
do comércio externo? Através de prosaicas hortaliças comunitárias para uma
população de 200 milhões de habitantes? É surreal comentários sem reflexão de
algumas "mídias alternativas" dizendo, em tom acusatório a falaciosa
argumentação de quem seria contra os insanos e midiáticos agentes da Polícia
Federal diante da falastrona "Operação Carne Fraca" estaria apoiando
o latifúndio e abusos de leis trabalhistas! Haja reducionismo nesta retórica
simplista! Ao que parece, falta um
mínimo de senso crítico que grassa em todos os polos políticos, da direita à
esquerdas e os extremos de ambos no Brasil pré e pós golpe de estado! Deve
estar em debate central que a quebra deste fundamental setor da economia
brasileira traria muitas vantagens comerciais para exportadores internacionais
(em particular, EUA e Europa) tendo em vista o grande mercado consumidor
brasileiro e a potencial produção local.
Altamente competitivo no mercado internacional o qual
o país é o atual líder deste segmento, somente para refrescar a memória, a
cadeia produtiva do setor frigorífico tem diversas pequenas propriedades
envolvidas que geram muitos postos de trabalho e sustento de pequenas e médias
cidades pelo país. Precisamos é quebrar o monopólio das grandes empresas do
setor e ampliar o sistema cooperativo de trabalhadores dentro dos diversos
setores produtivos no Brasil. Construir sistemas integrados de cooperativas de
trabalhadores é o passo mais importante para ampliar a geração de riquezas,
produção de alimentos e distribuição direta de renda aos que mais precisam ser
assistidos.
É preciso sair do romantismo amador e entender que se
as esquerdas e seus extremos não conseguem compreender a dinâmica complexa do
país, as disputas internacionais pelo monopólio de commodities e redistribuição
de uma nova ordem mundial de trabalho/consumo, as ligações entre cadeias
produtivas/trabalho é melhor ficarem no acomodado irrealismo do onanismo
culturalista de centro de acadêmico com suas bandeiras infantilizadas
narcísicas e caricaturais. A vida tem a carne muito mais fraca e os interesses
dos abusos da dinâmica capitalista muito mais fortes.
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