segunda-feira, 7 de abril de 2014

Como brincar de reproduzir a barbárie social.





Mais uma morte nestas pocilgas de fomentação da violência que se transformaram os "bailes funks". A cultura da barbárie produzindo seus cadáveres como subproduto o lixo cultural parido pela hiper-realidade do tempo histórico de violência endogenizada e omissão estatal.

Para os mais afoitos, somente faltam agora dizer que foi a polícia que organizou o tal baile funk e foram seus agentes que espancaram o rapaz. Temos uma polícia ineficiente, mas não onipresente.

Tais bailes são ligados com o tráfico de drogas, prostituição adolescente e alcoolismo da meninada. Claro que a ética dormente da sociedade, cada vez mais flexível com a Educação básica e mínima e pais (ou que sobraram das estruturas familiares) que agem como Pôncio Pilatos, acham tudo normal, que são apenas "coisa de adolescentes inocentes que cometeram excessos". Tornou-se "normal" encontrar adolescente babados e vomitando até as tripas na saída destas pocilgas ou zonzos de tanto narcótico.

Não se pode esperar muito do mundo acadêmico, mesmo porque boa parte de seus estudantes são fomentadores assíduos de ervas e talcos que movimentam a contabilidade estratosférica do crime organizado. Claro que não existe nenhuma crítica mais explicita de alas mais a esquerda porque acha isto muito "normal" este comportamento de "desenvolvimento intelectual", por isto raramente sabe de algo fora do lugar-comum e, nunca têm, propostas políticas para evitar estes pandemônios pontuais. Já a direita e seus polos mais extremos, preferem simplesmente ignorar os fatos, o quando faz algo, manda todos para a delegacia para minutos depois serem todos liberados com sorriso na cara. Entre as hipocrisias de ambos os extremos da faixa política, se deixa permitir agir de forma indelével a estruturação de uma sociedade cada vez mais violenta e refém do medo que ela mesma não quer encarar como realidade.

Depois querem reduzir com passes de mágica a criminalidade estrutural que vem sendo alavancada explicitamente. Existem alguns limites que sempre são separados com uma linha tênue entre a omissão social e a histeria coletiva de culpar sempre o "outro", no caso, na figura simbólica do Estado. 
 
Sem nenhuma participação responsável dos cidadãos não há nenhuma democracia que se sustente, exceto apelando para medidas de caráter de "exceção" (o mesmo filme carcomido de sempre). Todavia, problemas cutâneos que atiçam pontos sensíveis do coletivo são sempre mais difíceis de serem percebidos e, pior ainda, pouco desejosos de serem resolvidos.

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