quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Feminismo pós-moderno (ou o que restou do feminismo) no divã.




Suspeito que os “novos tempos” do feminismo estejam na antessala da neurose: ora pende histericamente para o lesbo-feminismo onde todo homem é machista, feio, mau e estuprador (não, necessariamente, nesta ordem), ora pende para a livre liberdade de prostituição, "a arte de fazer amor como um bom negócio, inclusive, social" (claro, agora se tornou uma "honra e digno" ser prostituta em tempos neoliberais com selo do Ministério da Saúde!). Eis a confusão entre sexualidade feminina, exploração de seres humanos e altos lucros com a genitália em tempos de identidades descartáveis.

Nesta miscelânea que a Pós-modernidade oferta, no grande liquidificador de alhos com bugalhos e sobra pedestal para tão poucos santos. Quando interessa o discurso do "homem mau", logo, todos são machistas e estupradores. Quando é sobre "liberdade sexual", o mesmo homem mau e estuprador é bem-vindo para pagar seus vinte minutos de esporro com as dignas e honradas putas comercializáveis ("as atrizes do amor").

Descartando a "sociologia da vitimização" que não leva a lugar algum, exceto o exagero no paternalismo maniqueísta, é difícil levar a sério esta nova "leva" de supostas feministas, que mais parecem carecem de um lugar no divã ou de uma melhor sensibilidade do que realmente é a realidade (e para além dela).

Enfim, que Simone Beauvoir esteja descansando em paz!

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