sábado, 4 de outubro de 2025

TEMPOS NEOLIBERAIS, TEMPOS DE PICARETAGENS

 


Em pleno século XXI, a idiotice reina imaculada em todos os excrementos sociais! Como conseguimos retroceder tão estupidamente no fosso cultural do nosso tempo histórico?

Desde a farsa da distorção histórica até o mais embusteiro discurso do vitimismo chantagista, embalando a demagogia que envolve o loteamento de vagas cotistas em concursos públicos, a sofrência dos neurônios é o carro-chefe da vida na era pós-moderna neoliberal.

Naturalizou-se a estupidez como força-matriz de um discurso do qual tanto a Extrema Direita quanto a Direita Identitária — fantasiada de "Ex-querda" neoliberal — se beneficiam, lucram e despejam uma artilharia de sandices sobre a política e a vida social.

Mesmo amparada por um mínimo de razoabilidade, toda e qualquer crítica ou questionamento, hoje, transforma-se automaticamente no confortável e punitivo "preconceito". Discordar das mais toscas e monstrengas bizarrices, defecadas em nauseantes "rodas de conversa" ou em praça pública, pode fazer com que o sujeito seja taxado de um insólito "racista", "machista" ou "alguma coisa-fóbico"!

O modelo neoliberal de cerceamento da vida e dos neurônios construiu um inacreditável aparato de controle psicossocial que nem Adolf Hitler ou Joseph Goebbels poderiam sonhar no alvorecer do Terceiro Reich.

Na "zona de conforto" dos “outros saberes” (novo termo que oculta a picaretagem retórica!), onde repousa tranquilamente o charlatanismo identitário, nenhuma crítica pode ser feita aos neofascistas fantasiados de supraentidades do ancestralismo de gogó.

A prepotente picaretagem desses grupelhos não tem limite! Pior ainda é dar destaque a todo tipo de charlatão com adorno da Shopee na cabeça, surfando na onda das identidades de araque, afirmando ter soluções mágicas para tudo no universo terráqueo: para os dramas sociais, para a Educação, para a Psicanálise e até para o ensino de Matemática! Agora, inclusive, surfando na reunião mundial, surgem as “soluções ancestrais” para a crise climática! Poupe-nos de tanto cinismo grotesco que debocha de nossas poucas sinapses de inteligência!

O que a turma fashion do “misticismo identitário” vai fazer na COP30, a cúpula mundial sobre a crise climática? Será que um sensacionalista "trabalho" de curandeirismo empoderado quilombolesco vai resolver o problema estrutural da crise provocada pelo Grande Capital? Será que dirão que tudo é “culpa” de um tal “racismo ambiental” — o bordão-mor da porra-louquice identitária —, acusando que a natureza é "racista" e só ataca, exclusivamente, a mulher-preta-empoderada-quilombola-etcetera e muito blablablá?

Trocando em miúdos: a retórica do charlatanismo fantasiado de “racismo ambiental” é a forma que os servos identitários encontraram para retirar a culpa de seus patrocinadores capitalistas e jogá-la nos ombros do bordão mágico do “preconceito”! Que maravilha! Mais subserviente, impossível!

Depois, com o peito estufado como pombo em busca de farelo de pão, vem a turma da Ex-querda neoliberal reclamar dos charlatões da Bíblia que se intrometem na política! Ah, vá…

Entre a turma do terreiro e a malta que sequestra a Bíblia com arma na mão, o que não falta é um tosco negacionismo do mundo real, praticado pelos capachos culturalistas do capital, que desconhecem qualquer vergonha na cara e se nutrem de uma ganância desmedida para se aproveitarem dos farelos patrocinados pelo Grande Capital. Em suma, é uma overdose inescrupulosa de oportunismo rasteiro!

Que tempos de puro suco de mediocridade civilizacional! O neoliberalismo é a desertificação do futuro — e transforma o presente em água de vaso sanitário entupido. Saravá, amém!

👉 PARA SABER MAIS https://www.brasildefato.com.br/podcast/bem-viver/2025/10/03/quem-reza-nao-faz-arminha-nem-destroi-a-natureza-diz-lider-de-religiao-de-matriz-africana/

(Wellington Fontes Menezes)

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