Nos últimos dias, o Governo Lula
sofreu uma dura e sintomática derrota no Congresso Nacional com a derrubada do
projeto do Executivo para ampliar a taxação de IOF nas operações financeiras,
contrariando os interesses parasitários dos rentistas.
Vale lembrar que o Governo Lula é uma mãe generosa para a lucratividade do rentismo e do Grande Capital. Enfatiza-se que, de fato, é um modesto projeto, apesar de insuficiente, e salutar na metida que, minimamente, visa cobrar de quem tem mais dinheiro circulando ou investido. Perante o deserto de idéias deste medíocre Governo Lula, a questão é que se trata de um bom projeto, porém foi proposto de forma tardia, diante de um péssimo momento para ser colocado na pauta de votação de um Congresso permissivo, desonesto e contaminado pela volúpia eleitoral do próximo ano.
O governo alegou que precisava do dinheiro para manter intacto o catecismo neoliberal com as metas fiscais e o famigerado "teto de gastos". Diante da nova taxação frustrada, segundo previsão da Ministério da Economia, o governo deixará de arrecadar cerca de 10 bilhões de reais, ainda, no corrente ano de 2025.
Todavia, é bom lembrar, que somente o demagógico e inútil Programa Pé-de-meia, uma bizarra criação pirotécnica e, vergonhosamente, eleitoreira do anti-ministro da Educação, Camilo Sacana, ou seja, a doação de dinheiro para alunos do Ensino Médio, sem lógica consistente ou contrapartida alguma, custará, ao menos, em números subestimados, cerca de 13 bilhões de reais aos cofres públicos, em 2025.
Desta forma, o governo cria despesas desnecessárias, sem orçamento assegurado, sem o menor planejamento e com o altíssimo custo do derretimento político. Depois, o Governo Lula não sabe mais o que fazer, além de choramingar e reclamar pela votação perdida, em público, de que o "Congresso é contra o povo". Oras, desde quando este pavoroso Congresso foi a favor das demandas dos trabalhadores?
É bom ressaltar que Hugo Motta de Davi Alcolumbre, dois dos maiores trastes do esgoto do Baixo Clero do Congresso Nacional, foram, efusivamente, apoiados pelo soberbo "gênio político" de Lula para presidirem, respectivamente, a Câmara dos Deputados e o Senado. Lula achava que sua habitual lábia poderia controlar velhas raposas travestidas de "espíritos progressistas". Todavia, Motta e Alcolumbre, juntinhos, como bons mafiosos que são, se uniram para impor uma derrota acachapante para o governo na votação do IOF.
Tal episódio mostra, mais uma vez, toda a incompetência da equipe do Governo Lula e sua gerencial morte lenta, que continuará a sangria até o próximo ano. Se nada for feito, antes de meados do ano eleitoral de 2026, o governo entrará em colapso completo no Congresso, dominado pelo paiol de ratazanas da Direita e Extrema Direita. Cenário dantesco de um país que flerta com a ingovernabilidade, a fabricação de crises sistêmicas e a iminência da entrega nominal do poder para as mãos satânicas da Extrema Direita.
Diante de um quadro de lobotomia social operacionalizada pela tentacular devastação ideológica do neoliberalismo, perda de rumo das Esquerdas e dos movimentos sociais, onde tudo se torna mais importante do que a realidade, temos a configuração de um filme repetido com um cenário ideal para o avanço consistente e hegemônico da Direita e da Extrema Direita.
Por sinal, um alarmante avanço o qual parece que quase ninguém do que restou da Esquerda e do próprio núcleo do Governo querem reconhecer e, pior ainda, insistem no esquecimento ou na negação, de forma suicida, como se estivessem saltitantes na boca de um traiçoeiro vulcão ativo. No entanto, vale lembrar, na Política, esquecer ou negar o óbvio é padecer no Inferno!
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