Quando a infantilização não tem idade, a projeção narcísica
se torna o sacrossanto altar a ser ostentado.
A Pós-modernidade embriagada pelos valores do capital se
constituiu em um retrocesso da razão e uma construção mítica da negação da
maturidade do sujeito.
A adolescentização da vida, tal como numa propaganda de
refrigerante, se forjou como uma resposta inconsciente ao medo e a insegurança
diante de um mundo em decomposição das grandes certezas e forjado pela
necessidade narcísica da aparência dos sujeitos.
Nesta lógica do imediatismo mágico, não basta parecer
"sempre jovem", tem que montar o corpo como se fosse a idealização de
uma idílica "juventude rebelde". Na prática, a projeção narcísica não
passa do desejo de ser notado, reconhecido e validado pelo Outro.
Longe de ter alguma materialidade, as identitadades
pós-modernas se constituíram na argamassa da subjetividade alimentada pela
projeção narcísica do sujeito e de acordo com a modulação de seus voláteis
desejos.
Importante salientar os valores ideológicos do capital tanto no linguajar mimetizado pelos sujeitos "pós-modernos", quanto na sua (inútil) tentativa de ser individualizar diante do oceano plasmado da unilateralidade do neoliberalismo.
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