domingo, 16 de julho de 2017

Safatle: A face da pseudo-esquerda ilustrada acadêmica


Em artigo nesta sexta-feira, o professor Vladimir Safatle, ligado ao PSOL, mostrou, mais uma vez, todo o mau-caratismo que lhe é muito peculiar para agradar os leitores da FOLHA e esconder os fatos que ao menos deveriam ser expostos.

Ao usar sua coluna no jornalão paulistano o professor uspiano foi extremamente infeliz. Sob o pretexto da condenação arbitrária do juiz tucano midiático golpista do Sérgio Moro contra Lula, Safatle usou o fato para atacar ex-presidente e expor o grau de fanfarronice o qual o professor vem surfando desde que virou "pop-star gourmet" dos leitores da FOLHA.

Safatle é um acadêmico pseudo-esquerda ilustrado do Alto do Olimpo Uspiano que adora surfar na crista da onda do momento. O que é a modinha do momento, Safatle abraça para agradar os leitores da FOLHA: ora aplaudiu blaquibloquis, ora criticou-os, apoiou a Lava Jato e todo o cabedal reacionário do falso combate a corrupção dos cretinos da República de Curitiba, criticou o PT (pela simples crítica de ser PT ao debilóide estilo "coxinha") e, claro, a crítica de Lula pelo fato de ser Lula. Nada que agregue alguma crítica à farsa seletiva da Lava Jato, o show midiático e as sentenças que extrapolam qualquer Estado de Direito e a Carta Magna ou, em especial, o que representa o estado de exceção que engoliu o país.

Faz lembrar aqui o dia que Safatle usou o mesmo espaço na FOLHA, quando o PSOL-SP puxou o seu tapete quando o mesmo desejava concorrer ao governo de São Paulo, para soltar cobras, lagartos e desaforos contra o seu próprio partido. Logo, as velas de Safatle se movem ao sabor dos ventos e das circunstâncias midiáticas com verborragia que é típica do acadêmico de bancada e pouco está preocupado com a materialidade da História.

Em meio ao golpe de estado, a covardia e a canalhice de boa parte dos intelectuais são de fazer corar a todos os homens e mulheres que dignificaram e ajudaram a sociedade com a reflexão crítica e a postura firme contra as injustiças e mazelas do mundo. Quando elementos da intelectualidade acadêmica fazem praticamente o mesmo jogo do senso comum do sujeito do boteco da esquina, é sinal que algo está muito errado no quesito da racionalidade derivada dos espaços de reflexão.


Diante desta esteira, Safatle se posiciona como mais um sufista (dos muitos que embalam uma pseudo-esquerda ilustrada acadêmica) que tanto se encontra na academia: finge que é esquerda quando a onda é favorável, mas não passa de um reacionário enrustido que não demora muito para esconder a verdadeira face.

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