sexta-feira, 24 de março de 2017

GREVE GERAL!: LUTAR NÃO É OPCIONAL, É OBRIGAÇÃO NA LUTA PELA EXISTÊNCIA!


As mudanças das condições sociais do Brasil são assustadoras diante de um atroz estado de exceção resultante de um golpe de estado. O que se projetava de pior após a derrubada da presidenta Dilma está se consolidando com velocidade espantosa carregando consigo o empobrecimento generalizado dos trabalhadores e miseráveis deste país.

É preciso que os trabalhadores entendam que a maior vítima deste golpe não foi a ex-presidenta Dilma ou o PT, mas são todos aqueles que vivem do trabalho assalariado e aqueles que padecem em busca de um sustento mínimo, ou seja, são eles, os próprios trabalhadores! É preciso deixar muito bem claro: está em curso uma guerra da nossa perversa elite política, econômica e midiática contra os mais vulneráveis e fracos deste país!

Os ataques contra a soberania e economia nacionais são campos de desarticulação e destruição promovidos pela conspiração golpista que tomou o poder. Destruição ampla e irrestrita do patrimônio público e empresas públicas com a entrega de todos os recursos minerais estratégicos para os capitalistas estrangeiros e empobrecimento das possibilidades econômicas.

Ataques viscerais contra direitos trabalhistas históricos adquiridos é o caminho que conspiração golpista usa estrategicamente para desarticular toda a estrutura mínima do frágil estado de bem estar da classe trabalhadora brasileira. Extinção da aposentadoria, terceirização do trabalho formal, precarização oficializada, destruição da CLT, ampliação massiva da jornada de trabalho, redução real e drástica dos salários, deixar nas mãos dos patrões as regras trabalhistas são elementos que deixarão, de fato, a vida do trabalhador à beira da escravidão. Lembrando ainda que os programas sociais vêm sofrendo também ataques e reduzindo recursos públicos para tais, como os programas de transferência de renda e desarticulando todo o sistema de educacional brasileiro.

A terceirização aprovada nesta quarta-feira pela Câmara dos Deputados libera para todas as atividades a precarização do emprego é na prática o extermínio da CLT e deixar que os direitos dos trabalhadores fiquem reféns das veleidades dos patrões. Desta forma, até mesmo os futuros concursos públicos estarão ameaçados já que a terceirização irá invadir a administração pública, fato que paulatinamente já está acontecendo. Na prática, a terceirização aprovada pelos deputados que atuaram no golpe pela via parlamentar, é aceitar que todas as irregularidades e abusos trabalhistas sejam considerados agora “legais” e sem o menor poder de defesa para os trabalhadores (incluindo, entre outras coisas, aumento na jornada de trabalho, redução de tempo de almoço, corte de férias e fim do descanso remunerado). É o retorno à escravidão sob o patamar do assalariamento como muitos trabalhadores pelo país já sentem na pele.

É preciso lutar e não aceitar o retorno oficial à humilhação da ultrajante senzala via a miséria do assalariamento sem nenhum direito trabalhista! A sociedade certamente ficará muito pior e muito mais empobrecida precarizando as condições mínimas de dignidade à vida humana.

A GREVE é historicamente o maior instrumento do trabalhador na luta por sua dignidade humana contra as perversas ações da usura desmedida do capital. Não há espaço para proselitismos pós-modernos que fazem apologia para ações intempestivas narcísicas a serviço do discurso capitalista, pois a luta coletiva é o espaço vital para os trabalhadores e a GREVE é o caminho da mobilização contra uma sociedade cuja democracia não existe mais, foi extirpada e cortada tal como o mandato da presidenta Dilma. Não é possível passivamente esperar que uma hipotética eleição para 2018 em um passe de mágica irá tudo mudar através de um desastroso atrelamento a um messianismo político, pois sequer sabemos se realmente teremos eleições é até lá é tempo demais para tantas desgraças contra os trabalhadores. Ademais, não existe mais legalidade jurídica no país que agora é assolado por atos arbitrários, desonestos e ultrajantes por parte de um sistema judiciário apodrecido que foi o principal fiador do golpe de estado de 2016. Até 2018 tudo é possível dentro de um estado de exceção é a História recente do país não deixa de nos dar exemplos nefastos.

Lutar não é opcional ou mais um verbo de encenação egóica, mas é DEVER de todo o trabalhador que tem consciência do seu papel social e de continuar a existir com mínima dignidade na sociedade. Se os sindicatos e centrais sindicais apáticos e acomodados não se mobilizarem para sua própria existência, eles mesmos não terão mais nenhum trabalhador para preencher suas entidades que ficarão às moscas, uma vez que os trabalhadores terceirizados não terão nenhuma possibilidade ou motivação para a sindicalização. Chega de burocratização, conformismo e subserviência patronal é preciso mobilizar e conscientizar os trabalhadores para mais um papel histórico contra a tirania dos agentes do terror em prol do capital!

BASTA DE ESCRAVIDÃO! É GREVE GERAL e todos os golpistas são TRAIDORES e INIMIGOS do povo brasileiro.

PELA REVOGAÇÃO DE TODOS OS ATOS DO DESGOVERNO GOLPISTA E CADEIA PARA OS INIMIGOS DO POVO!

segunda-feira, 20 de março de 2017

A carne é fraca e demente: combater abusos trabalhistas e sanitários é diferente de destruir todo um setor produtivo


Mais uma falsa polêmica para desviar o foco do golpe de estado e sua destruição nacional em foco: agora, é a vez da histeria da "carne podre". Devem-se combater todos os abusos trabalhistas e sanitários de qualquer natureza em qualquer espaço onde o capital oprime e degenera as relações de trabalho e consumo, todavia destruir todo um setor produtivo é insanidade e pouco estar atento as complexidades da economia e das dificuldades presentes para sairmos de nosso subdesenvolvimento.

Como desejar que o país saia da estagnação, produza alimentos dentro do país e não ficar refém das intempéries do comércio externo? Através de prosaicas hortaliças comunitárias para uma população de 200 milhões de habitantes? É surreal comentários sem reflexão de algumas "mídias alternativas" dizendo, em tom acusatório a falaciosa argumentação de quem seria contra os insanos e midiáticos agentes da Polícia Federal diante da falastrona "Operação Carne Fraca" estaria apoiando o latifúndio e abusos de leis trabalhistas! Haja reducionismo nesta retórica simplista!  Ao que parece, falta um mínimo de senso crítico que grassa em todos os polos políticos, da direita à esquerdas e os extremos de ambos no Brasil pré e pós golpe de estado! Deve estar em debate central que a quebra deste fundamental setor da economia brasileira traria muitas vantagens comerciais para exportadores internacionais (em particular, EUA e Europa) tendo em vista o grande mercado consumidor brasileiro e a potencial produção local.

Altamente competitivo no mercado internacional o qual o país é o atual líder deste segmento, somente para refrescar a memória, a cadeia produtiva do setor frigorífico tem diversas pequenas propriedades envolvidas que geram muitos postos de trabalho e sustento de pequenas e médias cidades pelo país. Precisamos é quebrar o monopólio das grandes empresas do setor e ampliar o sistema cooperativo de trabalhadores dentro dos diversos setores produtivos no Brasil. Construir sistemas integrados de cooperativas de trabalhadores é o passo mais importante para ampliar a geração de riquezas, produção de alimentos e distribuição direta de renda aos que mais precisam ser assistidos.

É preciso sair do romantismo amador e entender que se as esquerdas e seus extremos não conseguem compreender a dinâmica complexa do país, as disputas internacionais pelo monopólio de commodities e redistribuição de uma nova ordem mundial de trabalho/consumo, as ligações entre cadeias produtivas/trabalho é melhor ficarem no acomodado irrealismo do onanismo culturalista de centro de acadêmico com suas bandeiras infantilizadas narcísicas e caricaturais. A vida tem a carne muito mais fraca e os interesses dos abusos da dinâmica capitalista muito mais fortes.

quarta-feira, 15 de março de 2017

15 de Março: Greve sim, Burrice não!


A paralisação nacional dos trabalhadores contra o maldito destroçamento golpista da Previdência é fundamental para que os mesmos não paguem o "pato" pelas farras perversas dos empresários e desvios do fundo de suas futuras aposentadorias.

Todavia, para ter sucesso, é necessário estratégia e evitar erros crassos. Paralisar as vias de transportes que levam os trabalhadores às manifestações é um tosco e burro. Sem acesso ao transporte público, as manifestações serão esvaziadas ficando aquele típico cenário de meia dúzia de "gatos pingados" para fazer o delírio fascista de jornalistas canalhas como os amigos da minha ex-colega de IF-USP, Laura Ferreira, a ex-"garota do tempo" que "virou" apresentadora de noticiários televisivos da BAND. Por sinal, ela nunca perdeu a pose de reacionária e antipática desde os tempos de graduação.

A questão é, por que os sindicatos de trabalhadores de transportes públicos, ônibus e metro, não liberam as catracas? Particularmente o Metro de São Paulo, vital para irrigar a mobilização do fluxo de pessoas na imensa cidade paulistana? Oras, se para usar a população como massa de manobra para derrubar Dilma foi com catracas livres em pelo domingo, por que não liberar como forma muito mais eficiente de protesto e que dá maior possibilidade dos trabalhadores chegarem às manifestações previstas na cidade?

Lembrar que cidades como São Paulo, com distâncias quilométricas, ou seja, não são românticos vilarejos de algumas cenas bucólicas européias, precisam fundamentalmente de vias de acesso de mobilização feitos pelos transportes públicos. É preciso contextualizar e ter táticas de luta na vida prática e realística. Caso contrário, as manifestações legítimas e fundamentais para os trabalhadores, além de se serem minadas, serão usadas, para variar, pela mídia fascista e golpista, contra os próprios trabalhadores.

No Brasil do golpe, parece que a burrice, a letargia e a covardia dos sindicatos e partidos de esquerda são os elementos básicos que fazem deste país o celeiro fulcral do estado de exceção exemplar para todo o restante da América Latina.

TRUMP NÃO FOI UM (NOVO) ACIDENTE DA HISTÓRIA. FOI UMA ESCOLHA!

  Quase todas as tentativas de explicação que surgem do campo de uma Esquerda, magnetizada pelo identitarismo, é de uma infantilidade atroz,...