O
melhor mecanismo para trabalhar um novo mundo é superar a tragédia política da
atualidade. Nada que uma boa guilhotina não seja capaz de operar grandes
limpezas diante da atual junta golpista e toda a sua camarilha de sustentação
cujo objetivo é apenas pilhar as riquezas nacionais e, concomitantemente,
deteriorar ainda mais as condições de vida dos trabalhadores e miseráveis deste
Brasil. Ser intolerante com a intolerância facínora da burguesia e dos
processos de destruição do ser humano.
A luta de classes nunca esteve tão viva na história recente do país.
Ignorá-la, ocultá-la ou negá-la é o caminho ideológico daqueles que vivem à
parasitar as entranhas do poder e submeter o Brasil à uma republiqueta de
quinta categoria.
As
esquerdas, se assim desejam ser alternativas políticas viáveis dentro do
universo de perversão da direita e seus extremos, será preciso acordar para o
mundo que eclodiu da forma mais bruta e impiedosa. Na verdade, a direita, como
jargão abrangente da classe dominante, nunca deixou o poder, apenas se
metamorfoseou-se de formas mais palatáveis do ponto de vista meramente
eleitoreiro dentro das democracias de fachada sob os exotismos peculiares do
estado de exceção.
A
conciliação de uma esquerda supostamente "progressista" com o
neoliberalismo serviu apenas como torniquete para estancar uma sangria de forma
muito precária e, como se observou, completamente inútil. Já o culturalismo,
além de negar a História e o conhecimento como processo de demanda fundamental
do sujeito crítico, é uma prática que vem se avolumando e que opera em favor de
um ego frágil do sujeito e dos planos da direita de diluição da luta de
classes.
Acordar
do estado letárgico e masturbatório é dever dos grupos que buscam muito além do
poder pela esquerda e anti-capitalista, mas a busca de construção de um novo
cenário civilizatório.
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