quinta-feira, 5 de janeiro de 2017

Uma nova esquerda é caminhar por outros caminhos sem o temor dos velhos vícios


O melhor mecanismo para trabalhar um novo mundo é superar a tragédia política da atualidade. Nada que uma boa guilhotina não seja capaz de operar grandes limpezas diante da atual junta golpista e toda a sua camarilha de sustentação cujo objetivo é apenas pilhar as riquezas nacionais e, concomitantemente, deteriorar ainda mais as condições de vida dos trabalhadores e miseráveis deste Brasil. Ser intolerante com a intolerância facínora da burguesia e dos processos de destruição do ser humano.
A luta de classes nunca esteve tão viva na história recente do país. Ignorá-la, ocultá-la ou negá-la é o caminho ideológico daqueles que vivem à parasitar as entranhas do poder e submeter o Brasil à uma republiqueta de quinta categoria.
As esquerdas, se assim desejam ser alternativas políticas viáveis dentro do universo de perversão da direita e seus extremos, será preciso acordar para o mundo que eclodiu da forma mais bruta e impiedosa. Na verdade, a direita, como jargão abrangente da classe dominante, nunca deixou o poder, apenas se metamorfoseou-se de formas mais palatáveis do ponto de vista meramente eleitoreiro dentro das democracias de fachada sob os exotismos peculiares do estado de exceção.
A conciliação de uma esquerda supostamente "progressista" com o neoliberalismo serviu apenas como torniquete para estancar uma sangria de forma muito precária e, como se observou, completamente inútil. Já o culturalismo, além de negar a História e o conhecimento como processo de demanda fundamental do sujeito crítico, é uma prática que vem se avolumando e que opera em favor de um ego frágil do sujeito e dos planos da direita de diluição da luta de classes.
Acordar do estado letárgico e masturbatório é dever dos grupos que buscam muito além do poder pela esquerda e anti-capitalista, mas a busca de construção de um novo cenário civilizatório.

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