segunda-feira, 17 de outubro de 2016

As esquerdas no berçário



Para as esquerdas, o melhor não é unirem-se e lutarem contra o rolo compressor do golpe, mas ficarem assistindo crianças brincando de revolução no Playstation. Por que não há conversa entre as esquerdas?

Parece que os marmanjos preferem ficar torcendo para que crianças virem revolucionários com chupetas à se depararem com a realidade dos desafios de um mundo destroçado.

Se ocupação de escolas por crianças e jovens fosse algo tão decisivo para a luta contra os opressores, as revoluções Francesa e Russa teriam sido dentro de conventos e seminários da época. O fetiche do voluntarismo ativista é tão sólido quanto um sorvete de picles no verão carioca. A guerra do Playstation serve mais para produzir fotos nas redes sociais do que algo minimamente concreto. Não é errado brincar de revolução no berçário, mas é trágico ficar em delírio alucinógeno achando que a chupeta irá decidir qualquer movimento se não for pela organização consciente da luta de classes que os setores partidarizados e sindicalizados possam organizar os trabalhadores.

É preciso dar um basta na neurose dos fetiches sexuais de discursos pedantes que ronda o imaginário das ditas "novas esquerdas" que agradam apenas ao público universitário mais "transado" e que vive seu estado de delírio existencial sem observar a realidade concreta. Mais uma vez, o voluntarismo tresloucado ocupa o espaço da consciência de classe e sobram devaneios narcisistas e "selfies" sem nexo.

Partidos, sindicatos e movimentos sociais estão assistindo o golpe pela televisão e preferem xingarem-se entre si, mudar até mesmo o nome do PT, se estapearem para ver quem leu mais Marx, a ter a coragem de lutar todos juntos contra um golpe que vem para assolar toda a esquerda do pais. Haja narcisismo de gozo infantilizado em momentos de trevas e alucinações psicóticas!

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