terça-feira, 18 de agosto de 2015

A sanha dos tucanos e seus parasitas: um oceano de cinismo oportunista dos golpistas de plantão


Um governo que quebrou o país, recorreu ao FMI, torrou o patrimônio público vendendo empresas com valores muita abaixo do mercado para o capital privado, deixou a corrupção correr solta (assim como nos governos tucanos), tinha relações completamente espúrias com o Congresso Nacional, uma imprensa e comprou votos para sua própria reeleição e no plano educacional, entre outra desgraças, não construiu nenhuma universidade pública... Quanto a tudo isto, o Judiciário brasileiro é covarde, cínico e passional, nada investiga, nada pune, nada diz quando envolve casos de pessoas ligadas aos tucanos ou o próprio governo de Fernando Henrique Cardoso (1995-2002).

O “cidadão médio” têm muita memória curta e muito ódio jorrando ao fazer associação simbólica do PT com "pobres". As distorções políticas e das informações sobre a política são fundamentais em uma sociedade desigual para que se se aprofunde ainda mais essas desigualdades e os as diferenças entre classes sociais. Pior ainda, para este público que pouco reflete as informações distorcidas da Grande Mídia é não perceber que Dilma e o PT estão muito longe de ser um governo efetivo de esquerda, pelo contrário, compactua a maldita cartilha neoliberal em nome de uma governabilidade cambaleante. Porém, os ódios cegos e distorcidos não compreendem a política como é, mas apenas pensam nas ações políticas como se estivesse sentados num trono de uma privada.

A crise econômica está longe de qualquer outra crise durante o governo de FHC, mas a visão da Grande Mídia é que estamos pior que a aventura grega do caos econômico. Se a crise está batendo forte, não é nas costas das classes mais abastadas e rentistas que lucram e vampirizam sempre do sangue e suor dos trabalhadores.

Agora, de carona dos impulsos de ódio e histeria coletiva em praça pública, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso vem dar uma de eminência parda sugerindo que a presidente Dilma renuncie para colocar o país num atoleiro político sem precedentes. Por sinal, qualquer pessoa com mínimo de bom senso sabe que o desfecho de uma aventura desta natureza ninguém teria a menor idéia de como iria cessar ou desenrolar. Ainda, na esteira das bobagens midiáticas, se ventilou de forma irresponsável nas redes sociais, a comparação cínica que fazem com o governo Collor e o governo Dilma, eleito por duas vezes com a maioria dos movimentos sociais apoiando (mesmo que seja de forma crítica) é estapafúrdia por uma série de fatores políticos e apenas mostra o grau de cegueira que a Grande Mídia impôs aos seus teleguiados leitores.

A instabilidade democrática derivada de golpes de estado é o pior que se possa malograr numa democracia. Já vimos este filme antes e ainda se insiste na irresponsabilidade e insanidade política de políticos inescrupulosos. Isto porque FHC é o "príncipe da sociologia brasileira", título que ele adora se gabar! Imagine se fosse um operário fabril com esta postura golpista? Para falar algo tem que ter um mínimo de moral política, coisa nem nenhum FHC e nenhum destes tucanos golpistas canalhas. O mais curioso é ver a “capivara” de cada um destes políticos sujos e corruptos da tal “oposição” que agora pregam o golpe de estado no Brasil: ao fazendeiro escravocrata Ronaldo Caiado ao senador playboy Aécio Neves. É simplesmente patético!

Diante de tudo isto, FHC deveria ao menos ter a grandeza de manter-se sua boca imensa fechada e saber que o seu rabo é tão grande sujo que não dá moral nenhuma vir colocar mais fogo na fervura política fabricada por seu partido golpista no país.

segunda-feira, 17 de agosto de 2015

De mulher para mulher: as delícias do gozo feminino de exercer o machismo fascista de cada dia



As mulheres são muito mais interessantes para qualquer análise dada sua complexidade e natureza. Chico Buarque, magistral compositor e cantor brasileiro, sabia disso e escreveu um clássico imortal "Geni e o Zepelim", uma ode ao desejo e o escárnio da personagem da canção. Hoje, temos a presidenta Dilma Rousseff como a Geni do momento, merecedora do ódio público, principalmente de uma parcela significativa de mulheres. Neste último domingo, 16 de agosto, mais uma movimentação nacional para a exacerbação do ódio em praça pública municiado pela Grande Mídia. A série de cartazes, gestos e palavras de ódio são representativas de um momento que a pulsão de morte passa a orientar uma parcela da sociedade, sem uma objetividade política mais clarividente, exceto o apelo ao ódio represado do cotidiano.

Dilma é um caso que salta aos olhos e merece reflexão em tempos de gritos fascistas e insanidade coletiva nas ruas. Não apenas por ser a presidenta, mas pela dimensão humana que envolve toda a dimensão do linchamento moral de uma mulher. Pela primeira vez no Brasil uma mulher foi eleita e reeleita como presidenta da república, fato histórico dentre de um contexto de uma política patriarcal e machista. Mesmo assim, nada como criar celeuma diante do fato. Pergunta-se de forma objetiva: se a presidenta não fosse mulher, despertaria tanta inveja e ira de outras mulheres?


Vindo de muitos homens que apenas toleram mulheres para serviços "menores" e sexuais, não poderia se esperar nada além de diferente do patriarcado chauvinista. Um jorro perverso de gozo de pura pulsão de morte diante daqueles que insultam os mais fracos perante os seus olhos. Todavia, nada mais sintomático foi ver e ouvir um bando de mulheres xingado em praça pública outra mulher nestas manifestações midiáticas "anti-Dilma e anti-PT", a presidenta Dilma, com os mesmos insultos que os homens mais boçais e machistas costuma dirigir-se ao "sexo frágil" (por sinal, a fragilidade apenas está na conotação machista do péssimo termo). Mais curioso ainda é que toda esta insatisfação é de conteúdo vazio, sem um significado real, apenas comentários genéricos sobre a pessoa da presidenta. Nenhuma crítica mais consistente sobre a condução do seu governo, exceto pelo apelo histérico de uma suposta moralidade com os pudores do do era vitoriana. Neste caso, o gozo preferido é falar mal, como nos comezinhos da velha fofoca da vizinhança, das festinhas dos sorrisos do cinismo amarelo, dos ambientes familiares e de trabalho.

Daí um dos fatores que é tão difícil de acabar com a violência contra as mulheres quando estas assumem posturas violentas contra si mesmas. A "questão do gênero", tão em moda dos debates de agora e explorada de forma ora simplória, ora e histérica, parece apenas ver a superfície que atinge esta dimensão social subjetiva da violência introjetada e projetada que vai além da natureza meramente aparente.

Aos gritos de "vaca", "vagabunda", "puta", "vergonha", muitas mulheres que participaram do circo dos horrores deste domingo fascista dão o salvo-conduto para todos aqueles que gozam oprimindo o outro ter toda a liberdade de fazer o mesmo com elas. Como se fosse liberado para insultar, bater, arrebentar qualquer mulher "odiada". Se Dilma é a "vaca" desejada do momento eleito por uma parcela de mulheres com verborragia fascista, logo a presidenta seria o objeto da inveja de todas elas. Nada mais amado/odiado do que seu objeto de amor/ódio.


O nosso fascismo cotidiano é muito mais complexo do que a vã filosofia da superfície dos rótulos e do fetiche das nomenclaturas caricaturais. Estamos imerso no velho terreno pantanoso da exploração da política do ódio, onde se estabelece a guerra de todos contra todos e, consequentemente, de forma ambivalente, todos serão violadores e vitimas de si mesmos. 

TRUMP NÃO FOI UM (NOVO) ACIDENTE DA HISTÓRIA. FOI UMA ESCOLHA!

  Quase todas as tentativas de explicação que surgem do campo de uma Esquerda, magnetizada pelo identitarismo, é de uma infantilidade atroz,...