sexta-feira, 8 de novembro de 2024

TRUMP NÃO FOI UM (NOVO) ACIDENTE DA HISTÓRIA. FOI UMA ESCOLHA!

 


Quase todas as tentativas de explicação que surgem do campo de uma Esquerda, magnetizada pelo identitarismo, é de uma infantilidade atroz, quando se debruça sobre o fenômeno Donald Trump e do crescimento e popularização da Extrema Direita.

O maior equívoco é querer entender ou enquadrar o fenômeno Donald Trump ou, no caso de Pindorama, Jair Bolsonaro, como tragédias pontuais ou "acidentes históricos". Essas figuras nefastas representam muito mais elementos de continuidade e aprofundamento da agenda neoliberal do que pontos erráticos de inflexões ou ruptura no curso da mobilidade do capital.

Sem uma preocupação analítica, minimamente metodológica, essa Esquerda pós-moderna, anti-marxista, anti-intelectual e neoliberal trata este tema como fosse um mero problema de "moralidade binária raciológica": empoderadas "minorias" boas contra os racistas homens brancos maus.

Em uma guinda histórica, a Esquerda abandonou os trabalhadores e a luta de classes. Por sua vez, permitiu que a classe trabalhadora e os precarizados, órfãos políticos em tempos de devastação neoliberal, caírem nos braços da Extrema Direita.

Um fator que merece um grande destaque e motivo de ampla preocupação: a Extrema Direita se popularizou e consegue, atualmente ganhar as ruas em movimentos organizados. Do outro lado, esta mesma Esquerda que só pensa em guetos narcísicos, está recheada de inócuos artifícios: acusar de "racista" qualquer um que conteste sua teologia "antirracista"; uso da autoritária "cultura do cancelamento"; querer impor uma "língua neutra"; pregar o cotismo e o empreendedorismo como demagógicas "alternativas" ao desemprego estrutural e romancear supostas "minorias" sem nenhuma relevância populacional e dinâmica social. Todavia, nada que não seja dicotômico serve para esta Esquerda!

 


As urnas estadunidenses deram um sonoro repúdio contra a ideologia "woke", encarnada na candidatura de Kamala Harris. Aparentemente, na eleição estadunidense, mostrou-se um esgotamento das pautas identitárias conduzidas pelo Partido Democrata de Joe Biden e Kamala Harris. Sendo assim, fomentar a "guerra cultural" se tornou a obsessão narcísica da "nova" Esquerda, sitiada pelas neuroses de uma classe média descolada e pseudo-progressista.

A crise estrutural do capital gerou desemprego estrutural, desesperança e medo do futuro. O medo, a incerteza e a insegurança são as dores latentes que os trabalhadores convivem diariamente. Os trabalhadores assalariados não se sentem seguros e, o trator neoliberal está solapando todos os direitos (ainda sobreviventes!) dos trabalhadores. Contudo, nos Estados Unidos, Trump soube transformar todo este lamaçal existencial em votos!

No Brasil, a Esquerda perdeu o foco do sentido de sua existência. Quando oportunistas medíocres e irrelevantes como, por exemplo, Krenak, Evaristo Lacração, Sueli Carneiro, Djamila Ribeiro e Itamar Vieira, entre outros, são alçados na condução de "porta-vozes" da Esquerda, é um sintoma que ela atingiu o colapso ideológico e sucumbiu ao irracionalismo político.

Trump nos Estados Unidos e Bolsonaro no Brasil não foram meros "acidentes históricos", mas monstros excretados pela cloaca das condições históricas de um capitalismo cada vez mais selvagem e avassalador.

Os conceitos de Esquerda e Direita, hoje, na prática, só servem como referência de sinais de trânsito. O campo econômico se traduz na hegemonia da agenda neoliberal e, sob tal premissa, tanto a Esquerda quanto a Direta se convertem em fiéis súditos. Ambas operam em prol da financeirização do capital e do lucro estratosférico dos rentistas. 

Tanto Trump ou Biden/Kamala, quando Bolsonaro ou Lula, jamais foram "contra o sistema". Pelo contrário, foram hábeis gerentes do capitalismo predatório a tal ponto que tanto Bolsonaro quando Lula são, amplamente, favoráveis que o Estado se mantenha com a independência do Banco Central. Cumpriu-se, portanto, a premissa de Hayek e Mises, dois grandes vultos neoclássicos do ultraliberalismo que recomendavam separar a Economia capitalista das decisões "intempestivas" da Políticas.

A agenda dos costumes se tornou o novo cabresto da Esquerda que é incapaz de sair da sedutora e traiçoeira armadilha das identidades. Kamala e Trump são faces da mesma moeda. Bolsonaro e Lula também. A retórica do falso dilema entre bons mocinhos e maus vilões apenas serve de entretenimento para uma plateia de ignorantes, desalentados, desesperados e famintos.

Sem romper com a lógica neoliberal, os Trump, Kamala, Bolsonaro e Lula da vida seguiram intactos ocupando os espaços de poder, gerenciando a exploração dos trabalhadores e destruindo a sociabilidade humana civilizatória.

(Wellington Fontes Menezes)

domingo, 27 de outubro de 2024

A CULTURA WOKE NA EDUCAÇÃO: A ERA DO ABISMO NEOLIBERAL


Com a hegemonia intacta do neoliberalismo,  chegamos aos lastimáveis vinte anos da cultura woke estadunidense que deixou a Educação brasileira mais alienada, burra e intolerante.

Graças ao fanatismo do fascismo identitário importado dos modelos sociológicos estadunidenses, lambemos o solado da cultura fetichista dos Estados Unidos e copiamos o que tem de pior naquele país: o autoritarismo narcísico, o empoderamento da ignorância e a subserviência aos valores que alicerçam os fundamentos do capital. 

Em contrapartida, apesar de todo o alarde e o apoio massivo do Grande Capital, os índices da Educação Básica não saíram dos piores níveis possíveis. 

Criou-se a ficção do cotismo de profundo teor nazista como se o Brasil mudasse em um clique de novas "cores" em meio à um estágio avassalador de desindustrialização e avanço monstruoso da dependência de um Brasil colonial agrícola.

Uma vez que o irracionalismo pseudo-cultural tomou forma em um país que está mais próximo do fascismo (em toda as suas formas metamórficas e degeneradas) e muito mais distante de uma cidadania plena, equilibrada e igualitária.

O resultado é uma cultura social cada vez mais regressiva e com níveis preocupantes de intolerância e  ignorância galopante, constituindo o aprofundamento do mau-caratismo social e a precariedade da vida. Enfim, nada a comemorar! 

(Wellington Fontes Menezes)


👉 PARA SABER MAIS: https://www.brasildefato.com.br/2024/09/16/educacao-antirracista-completa-20-anos-no-papel-com-obstaculos-na-pratica



A ALIENAÇÃO IDENTITÁRIA COMO PRODUTO PRIMORDIAL DO CULTURALISMO NEOLIBERAL

Uma marcha para o "bem viver" das "mulheres negras" (seja lá o que for isto, em um Brasil estruturado pela miscigenação!). Seria um deboche cômico se não revelasse o nível de decadência cognitiva da sociedade brasileira. Afinal, o que diabo é "bem viver" de mulheres "negras" em um país com 212,6 milhões de brasileiros? 

A estimativa orçamentária para esta micareta identitária é de 10 milhões de reais. Uma baita grana que será torrada para o delírio narcista de mulheres que acreditam que a catarse do Ego é a redenção da miséria humana em praça pública. 

Claro, como é o mote rasteiro da bricolagem identitária neoliberal, para pautas alienadas e genéricas é preciso de um inimigo igualmente alienado e genérico: "o homem branco heterosexual". Portanto, quanto mais tosco o "inimigo", melhor!

O neoliberalismo transformou os "movimentos sociais" em marcha de marmajos fascistizados com egos inflamados e frases de efeito sem lógica alguma. Um show deprimente onde a ignorância e a ostentação empoderada do Ego substituem a consciência crítica luta de classes.

Assim, segue a mesma procissão decadente de uma Ex-querda que não mais representa os trabalhadores e não oferece sequer o consolo ilusório da esperança.

Em duas décadas de emburrecimento pedagógico na Educação, o que resultou desta delirante política estadunidense escrota de supremacia racial do nazismo dos trópicos, embalado pelo identitarismo narcisista da catequese "antirracista": a formação ideológica do mau-caratismo social recheado de um jaguncismo tão alucinado quanto patético.

É muito fácil um sistema de dominação ideológico onde as massas se reduzem a serem rebanhos do próprio Ego e vomitar o cabedal ideológico da qual são subordinadas e oprimidas. 

A rigor, é importante que se compreenda: não precisa ser imposto um brucutu governo fascista na sociedade, mas basta cultivar uma cultura de alienação na qual os sujeitos aderem, espontaneamente, aos valores intrínsecos do fascismo e das diversas perversões que oferece qualquer sistema social de manipulação das massas.

(Wellington Fontes Menezes)


👉 PARA SABER MAIS:  https://www.cartacapital.com.br/sociedade/dez-anos-depois-marcha-das-mulheres-negras-quer-levar-1-milhao-de-mulheres-a-brasilia/


sábado, 26 de outubro de 2024

A PODRE ATMOSFERA DO PATRULHAMENTO DO FASCISMO IDENTITÁRIO

O esterco puritano que a escória do identitarismo "woke" busca patrulhar todas as pessoas, em todos os âmbitos, é puro fascismo que se voltará, cada vez mais virulento, contra a própria Esquerda que foi idiotizada e sua militância age como velhas comadres alcoviteiras puritanas.

Ninguém está a salvo destes canalhas patrulheiros da fala alheia. É o próprio "1984" de George Orwell, que escreveu este visionário romance em 1949, sendo praticado, mais uma vez, em todos os lugares públicos ou privados, inclusive dentro das escolas e, principalmente, nos intestinos das universidades, buscando coibir o pensamento crítico e a reflexão de mundo.

Segundo a lógica fascista do identitarismo, todo pensamento que não seja doutrinado pelo catecismo nazista neoliberal do "antirracismo", doutrina bancada pelo Grande Capital, é "racista, misógino e preconceituoso". Por sua vez, diante do fanatismo "antirracista", todo "branco" é racista e todo "negro" é Jesus Cristo tropicalizado em Pindorama.

O ex-ministro de Lula, o alardeado Sílvio de Almeida, um dos primeiros cretinos à surfar na onda da desgraça do identitarismo brasileiro com o irracional plágio do farsesco "racismo estrutural" estadunidense  foi a recente vítima de uma arapuca palaciana em Brasília armada por inescrupulosas fascistas identitárias. 

O próprio Almeidinha, que foi humilhado publicamente e deposto do cargo, ajudou a nutrir o Ego de suas  ex-aliadas reacionárias, que se transformarem em monstros e, impiedosamente, foi decapitado pela matilha da lacração, sem direito a nenhuma defesa.

Vale lembrar: nada é tão podre, neste Brasil que é embriagado por uma putrefata atmosfera carbonizada de uma República de Weimar tropical, que não possa piorar! O ar poluído pelas queimadas do agronegócio ainda não é o pior dos problemas diante da poluição fascista que estagnou em nossa debilitada atmosfera social.

(Wellington Fontes Menezes)


👉 PARA SABER MAIS: https://www.uol.com.br/esporte/futebol/ultimas-noticias/2024/09/20/cruzeiro-libertad.htm 


O CHARLATANISMO ACADÊMICO SEM UMA GOTA DE VERGONHA NA CARA!

A professora e proprietária do grupo editorial Companhia das Letras, Lilia Schwarcz, nos brinda com o suprassumo do charlatanismo acadêmico ao dar fôlego para uma das maiores canalhices demagógicas do identarismo que é o pseudo-conceito da "branquitude".

Com este cavalo de batalha da picaretagem acadêmica, as classes sociais são, simplesmente, ignoradas e negadas para tudo girar em torno de um bizarro "pacto de sangue transcendental" dos supostos "brancos" contra os pobrezinhos e ingênuos "negros". 

Imaginar que todo o legado populacional brasileiro é regido pelo irracional binarismo racial entre "brancos" e "negros" é de uma falsidade sem tamanho que bastariam apenas cinco minutos observando os transeuntes da paulistana Estação Brás da CPTM para verificar o quão é complexa é a mestiçagem racial brasileira tão anunciada por qualquer pesquisador que tenha uma gota de vergonha na cara! 

Diante deste fantástico "pacto de sangue" de cinco séculos que envolveria, misteriosamente, "brancos" ricos e "brancos" miseráveis, ao estilo de uma "igualdade" pactual entre os usuários de drogas da Cracolândia e a plutocrata burguesia do Jardins da Paulicéia!Tudo isto para prejudicar, gratuitamente, os "negros", como se o tempo histórico fosse uma grande histeria de ódio sem fundamento algum, exceto pela inveja entre os tons de pele!

Tal "pacto da branquitude" é uma  daquelas brincadeiras de quinta série do Ensino Fundamental que, somente, em tempos de estupidez profunda que tortura os neurônios, alguém poderia ter a cara-de-pau de sustentar tamanhas cretinices em público e não ficar envergonhado de emitir tamanha bobagem! 

(Wellington Fontes Menezes)


👉 PARA SABER MAIS:  https://tvbrasil.ebc.com.br/trilha-de-letras/2024/09/lilia-schwarcz-avalia-construcao-da-branquitude-em-seu-novo-livro


CAETANEANDO BOBAGENS!


Qualquer besteirol que Caetano emitir, se traduz, automaticamente, como "genialidade". 

Agora, é a vez do protagonista "progressista" que criou o movimento da Tropicália, nos anos 1970, em plena ditadura militar, se converte ao afagar dos movimentos neofascistas fantasiados de "evangélicos", a desgraça brasileira do neopentecostalismo.

Todo "progressista" é um conservador metido a besta! Se Caetano cantou uma pasmaceira gospel, logo, tudo é permitido, uma vez que todo "gênio" é inquestionável! Será? 

Assim, seguimos numa terrível procissão rumo ao obscurantismo fascista, onde até mesmo o desgoverno bunda mole de Lula adotou o sistemático mote "Fé no Brasil", como frase oficial do Governo Federal. É, simplesmente, inacreditável, digna de Bolsonaro e sua máfia criminosa.

No país, abre-se mais pocilgas fantasiadas de templos do que botecos para o miserável esquecer a sua inútil existência. Todo o esforço é para sugar até o ultimo tostão da massa amorfa pasteurizada a qual chamamos de sociedade: grandes templos, bilionárias negociatas!

A Política foi tomada de assalto pela máfia evangélica, assim como o crime organizado cujo os tentáculos chegam nos picadeiros circenses de "descarrego" dos pilantras fantasiados de "pastores". O caso do tráfico de drogas e as relações com os currais evangélicos, no Rio de Janeiro, é exemplar!

Eis um Brasil sem pensamento critico, sem projeto de futuro, sem mobilização política que não seja fanatizada e, desgraçadamente, sem nenhum rumo que possa vislumbrar a saída deste esgoto neoliberal que chafurda e imbeciliza, velozmente, toda a sociedade.

Neste ínterim, até Caetano sai do aconchego do seu lar para colaborar com o cordão do fanatismo neofascista fantasiado de fenômeno religioso. É deprimente!

(Wellington Fontes Menezes)


👉 PARA SABER MAIS: https://veja.abril.com.br/coluna/matheus-leitao/em-turne-caetano-olha-para-um-um-grupo-esquecido-pelos-progressistas



DESGOVERNO LULA VETA PROJETO QUE IMPEDIRIA O USO DO BOLSA-FAMÍLIA EM CASSINOS VIRTUAIS

 

Este excrementíssmo desgoverno de Lula, PT e toda a base de canalhas deste Brasil é um insulto à civilização brasileira. 

O Governo Lula orientou VOTAR CONTRA um projeto que impediria que o dinheiro do assistencialismo eleitoreiro do Bolsa-Família fosse usado na desgraça dos cassinos virtuais das "bets". 

Este desgoverno Lula é uma tragédia! Além de incentivar o vicio da jogatina e da lavagem de dinheiro sujo em cassinos virtuais, permite utilizar o dinheiro público destinado ao Bolsa-Família para alimentar o mercado de jogos de azar destes cassinos virtuais.

O PT faz os fascistas se morderem de inveja! Nem os psicopatas do Bozo fariam melhor para ferrar com os mais miseráveis! Parabéns a Lula e o PT por incentivar a miséria social deste país. Não vamos ser otários: o desgoverno Lula é tão nocivo aos interesses dos trabalhadores e miseráveis deste país quanto qualquer outro! 

A prática  do desgoverno Lula, o grande camaleão da burguesia, deixa evidente o quanto estamos à deriva diante de um Lula cada vez mais caquético, cínico e destrutivo perante a classe trabalhadora!

(Wellington Fontes Menezes)

👉 PARA SABER MAIS: https://www.carlosbritto.com/governo-e-pt-derrubam-na-camara-freio-a-apostas-por-beneficiarios-do-bolsa-familia/


ATÉ QUANDO A ESQUERDA FICARÁ REFÉM DA BOÇALIDADE IDENTITÁRIA?

Lacração, empoderamento, representatividade, "racismo estrutural", ancestralidade, saberes indígenas, língua neutra... O estoque de sandices da atual Esquerda que se entregou ao neoliberalismo superlota qualquer sanatório! 

Enquanto isto, figuras como a psicopata oportunista da Cristina Graeml, candidata a prefeitura de Curitiba, prova, pela enésima vez, a podridão falaciosa no maldito discurso identitário que impregnou o ideário de criança da quinta série do Fundamental da Esquerda.

Nada mais abobalhados do que a falsa celeuma do gênero na política e o oportunismo rastejante da histeria racial importados dos Estados Unidos, que nada condiz com a realidade brasileira e paralisam os neurônios da Esquerda. 

Abandonando suas lutas históricas, sem consciência de classe e nenhuma percepção para compreender o mundo, a Esquerda, negacionista da realidade, tomou uma sova nas urnas, diante das eleições municipais, e deixou a Direita e Extrema Direita com as quatro patas para retomar, nominalmente, o Governo Federal, em 2026.

Cada vez mais repudiada pela população, até quando a Esquerda vai querer se posar de otária e ficar delirando e vomitando a ideologia da imbecilidade identitária, enquanto a Direita e seus extremos tomam todo o poder em prol do aprofundamento das práticas neoliberais de destruição da sociabilidade humana?

(Wellington Fontes Menezes)


👉 PARA SABER MAIS: https://noticias.uol.com.br/eleicoes/2024/10/13/de-jornalista-premiada-a-negacionista-da-pandemia-quem-e-cristina-graeml.htm

MUDANÇA DE POLARIDADE


O catecismo identitário neoliberal, em particular, a Teologia Woke, empurrou a Esquerda para o pior dos mundos: assumiu uma pauta inócua fanaticamente culturalista e mordaz  conservadorismo moralista; se tornou inquisidora para o cumprimento do "politicamente correto"; um total abandono do campo econômico, da luta de classes, dos trabalhadores e, para a apoteose, se forjou como voluntariosa guardiã dos "bons costumes" de uma delirante ordem burguesa dos "descolados" e das "minorias". 

Enquanto isto, a Extrema Direita, sempre serva da ordem do capital, se posa de "anti-sistema", arauto da "mudança social" e da liberdade (sendo que isto, apenas signifique, um ultra-neoliberalismo a la Hayek e Mises).

Qual lado os trabalhadores pisoteados pelo neoliberalismo, os precarizados sem destino e os miseráveis sem vida terão maior simpatiza diante da zorra ideológica pós-moderna? 

(Wellington Fontes Menezes)

SINTOMA

 


A manchete é a síntese do que virou a Esquerda: uma grande nulidade.

Enquanto a Direita formata corações e mentes na classe dos trabalhadores e miseráveis à espera dos farelos assistencialistas, a Esquerda festeja em bloquinhos carnavalescos as neuroses de uma classe média descolada que se acha "progressista" com pautas sensacionalistas e moralistas.

Não foi apenas o Muro de Berlim que solapou e, tampouco, a desabamento da União Soviética. A Esquerda perdeu-se não apenas o rumo, mas, também, a memória política.

Hoje, temos o renascimento do pensamento neoclássico embalado na armadura draconiana do neoliberalismo. A pauta econômica é a hegemonia de um mundo onde os Mercados agem como se fossem um único Estado globalizado com fins privados.

A "guerra cultural", a doutrina woke, é um sintoma da decadência do pensamento e do posicionamento político da Esquerda.

Pouco importa o regime político ou grupos que assumem os governos, a agenda neoliberal domina todos os cenários.

(Wellington Fontes Menezes)

domingo, 8 de setembro de 2024

O SEQUESTRO DA RAZÃO

 


A Psicanálise, como criação de uma reflexão à partir da sociedade burguesa, tal como ferramenta seminal de Sigmund Freud, é de fundamental importância para compreender os dramas e as tramas do imaginário (consciente ou não) do chamado "homem burguês".

Nos últimos anos, o Pensamento Social, isto inclui a Psicanálise, vem sendo contaminado por uma caquética Sociologia do botequim, marejada pelo senso comum e operada por um discurso ficcional sobre a realidade brasileira.

Para este campo de retrocesso analítico, deu-se o nome de "Decolonialidade" (o termo em si já é uma bricolagem verborrágica!), ou seja, o pastoso discurso neoliberal da cultura "woke" estadunidense com ares pseudo-intelectuais que prima pela negação e distorção das Ciências e suas áreas sociológicas, imbuída de um binarismo tosco, senil e atroz entre "vítimas" e "vilões".

Assim como a Educação, a Psicanálise é calcada pela subjetividade em seus pilares e fundações teórica-arquitetônicas. Neste campo, a racionalidade dependerá do contexto empregado, uma vez que, a subjetividade dependerá de alguns mecanismos singulares, porém, mesmos assim, existem critérios de razoabilidade e limites, como todo o empreendimento científico.

É neste quesito que uma série de charlatões da vulgata "decolonial" se aproveitam para dispararem uma saraivada de pomposos discursos, sem valor substancial algum (em geral, embriagados da leitura vulgar de Michel Foucault), que nada tem de concreto, mas rendem falsas polêmicas e pode render muito dinheiro para os seus arautos de plantão.

Curiosamente, dentro da sedutora e autoritária onda identitária promovida pelo Grande Capital, como a impregnação de uma retrograda cultura nazista de supremacia racial às avessas, como a farsa doutrinária da "Pedagogia antirracista", os desvarios  maniqueístas dos "Estudos da branquitude", a fantasia da "Ancestralidade" (uma bizarra distorção deste conceito Antropológico) e o perverso "Constrangimento Pedagógico", trouxeram a  demência e o irracionalismo fascista para dentro das Ciências Sociais e a Psicanálise, onde o espaço de reflexão se tornou um boteco com petisco que promove um besteirol pseudo-acadêmico e uma perversa tentativa de fomentar uma guerra racial no país.

Os perigos do irracionalismo são conhecidos e incontáveis. Todos os exemplos da Alemanha de Weimar e o III Reich parecem que nunca foram aprendidos! Assim, como os países como Estados Unidos e Africa do Sul, que levaram suas políticas racialistas ao pé da letra com terríveis consequências.

No Brasil, a mequetrefe cópia de carbono da Decolonialidade estadunidense é o abandono da razão e da realidade histórica para abraçar uma fantasia projetiva de um Brasil colonial escravagista, uma disputa de senhores de engenho e escravos, congelado no tempo e no espaço. Para a seita decolonial, a cultura é estática, e não dinâmica! Uma verdadeira aberração conceitual manipulada para que seus chatalães decoloniais ocultem o metabolismo metamórfico do capitalismo e as lutas de classe.

Nesta decadente fabriqueta de alucinação identitária, o país se congelou no século XVIII, e sequer houve a proclamação da República e o capitalismo tardio que nos move até o momento. Delírio pouco é bobagem!

Para deixar a questão ainda mais adentro do sanatório, sequer a Psicologia e a Psicanálise tinham sido criadas para serem usadas nestas fantasias revisionistas colonialistas verborrágicas da Decolonialidade! Logo, como a Psicanálise pode explicar algo na qual ela não foi projetada e, ainda, mesmo que fosse possível, que valor, para a realidade atual, isto tem de fato?

Uma pergunta que merece destaque para finalizar este artigo. Afinal, se a Decolonialidade é um pântano de irracionalismo, por que ainda faz tanto sucesso?

A resposta é menos obscura do que aparenta. A Decolonialidade é uma cepa do irracionalismo pós-moderno, seu modo de operar é anti-marxista, por excelência, nega, vorazmente, a luta de classes e as relações capital-trabalho não existem, além de condicionar as pautas efêmeras e indolor na crítica do espantalho do "pensamento eurocêntrico" e as falsas querelas da sacrossanta tríade identitária (racialidade, sexualidade e gênero).

O Grande Capital percebeu o potencial desta seita decolonial pró-capital e passou a promovê-la, com forte veemência, grande aporte de recursos e sensacionalismo sofisticado. Neste sentido, o fascismo oculto da Decoloniedade coloca no chinelo às pseudo-teorias da Extrema Direita clássica.

Figuras, totalmente, irrelevantes intelectualmente saíram do subsolo da mediocridade para se tornarem arautos dos "novos tempos" do capital em estágio absoluto de dominação ideológica. Portanto, a hipocrisia de criticar o "pensamento eurocêntrico" e invocar uma fantasiosa África Subsaariana, mas se casar com europeu e adotar o sobrenome do marido europeu, como fez a rainha da "decolonialiadade brasileira", Lélia González, faz parte desta astuta e estratégia decolonial: fazer a crítica dos "brancos europeus", mas querer as benesses e o conforto, os títulos acadêmicos com medalha de ostentação e, o principal, o dinheiro que oferta o mundo do "branco europeu".

Não é a toa que, dentro do mundo acadêmico, o pensamento crítico vem cedendo espaço para esta seita decolonial neoliberal e seus charlatães de plantão com suas teorias estapafúrdias tão solidas como prego fincado na gelatina, que atacam o Marxismo e a racionalidade, e se mostram como as ferramentas auxiliares e ideológicas do Grande Capital, mais sedutora já criadas, negando toda a realidade histórica e distorcendo a compreensão das construções sociais.

Pensar a Educação e Psicanálise é fundamental para que os campos científicos evoluam e não caíam em armadilhas caricaturais, dogmáticas e sectárias. Todavia, jamais abandonar a racionalidade, a lógica analítica e negar a realidade histórica, sob o risco de transformar as Ciências Sociais e a Psicanálise em um grande parque de diversões da miséria cognitiva nutrida pelo senso comum e do charlatismo pseudo-científico.

(Wellington Fontes Menezes)


👉 PARA SABER MAIS: https://diplomatique.org.br/psicanalises-a-brasileira/


domingo, 1 de setembro de 2024

DECOLONIALIDADE E IDENTITARISMO: UMA GRANDE FARSA IDEOLÓGICA DO CAPITAL DO SÉCULO XXI

 


A Pós-modernidade, com sua vulgata irracional da decolonialidade, é uma grande e confortável fantasia maniqueísta da História, como se estivéssemos numa redoma do tempo e congelados no Brasil colonial, perfazendo um romanceiro de Pindorama.

Em todo o texto (vide o link abaixo), nenhuma palavra do autor sobre o capitalismo ou sobre sua existência no mundo, nenhuma crítica, nada, zero!... Bizarro!

Aliás, para a tropa de arautos identitários da fantasia mística decolonial, o capitalismo e suas aberrações sociais, os trabalhadores e as lutas de classes nunca existiram no planeta!

O "apagamento" (usando um bordão da moda!) da História, a partir do século XVIII, é assustador devido a tamanha grosseria destas pseudos-teorias decoloniais que se propõem a serem, de forma megalomaníacas, "revolucionárias e libertadoras".

Nesta linha irracionalista e delirante do pensamento pós-moderno que mistura rancor, negacionismo e ódio da História pela deturpação decolonial, só e, somente só, existiram (e existem!) foucaultianas "opressões" étnicas-raciais, racismo, "corpos oprimidos" e machismo! Todas as demandas e adversidades universais se convertem em maleáveis e inesgotáveis "preconceitos" e, portanto, os "culpados" (leia-se, "todos os brancos", seja lá o que signifique isto, em um Brasil estruturado pela miscigenação étnica) deverão ser punidos! 

Se não bastassem as loucuras maniqueístas decoloniais, há uma "tese" da seara do charlatanismo, tão cretina quanto insana, que afirma existir, historicamente e por séculos, um suposto "pacto de branquitude" de todos os tais "brancos" do Brasil contra os "negros". Além da sordidez desta falácia que é inexequível, tamanho "pacto" que só se imagina em uma teoria fantasiosa da conspiração, é de uma infantilidade medonha e grotesca.

É sempre muito mais confortável assassinar o pensamento crítico e arranjar fáceis "culpados" pelas agruras do mundo. Pois bem, para o estábulo decolonial, tudo é culpa do espantalho criado por uma imagética sensacionalista da matriz "homem-branco-hetero-eurocêntrico".

Sem nada substancial para propor, basta pregar mentiras e distorções da realidade. Os bordões decoloniais é um vazio de idéias, nada além de "culpa" cristã e culpados que deverão arder na fogueira decolonial... Tudo bem simples, binário e simplório, sem gastar nenhum dos neurônios. Ponto final!

Fica muito nítido os motivos pelos quais o Grande Capital injeta, sistematicamente, grande quantidade de dinheiro e influencia políticas públicas para patrocinar arautos da picaretagem que se propõem a serem parlapatões revisionistas da História.

Ademais, todo o sectário e nazista catecismo identitário "antirracista" e afins de supremacia raciológica dos trópicos está tomando espaço na Educação e na sociedade, em todos os seus âmbitos, produzindo uma geração de alienados e serviçais úteis para o capital.

Afinal, antes de embarcar na montanha russa do sanatório decolonial, é importante para compreender o mundo atual, quais os motivos que o Grande Capital se "interessa" por teses ficcionais da História, produzidos por fascistas clássicos, neofascistas e, agora, os atuais identitários decoloniais.

(Wellington Fontes Menezes)

 

👉 PARA SABER MAIS: https://outraspalavras.net/descolonizacoes/decolonizalizacao-o-desafio-do-pensamento-outro/

sábado, 17 de agosto de 2024

OS ESPINHOS DO ÉDEN NARCÍSICO


 

A práxis da liberdade, no sistema capitalista, é uma eterna e sedutora prisão voluntária. Eis o nível de regressão da maturidade dos sujeitos Pós-modernos na era da infantilização alienada da vida.

Na Ética Pós-Moderna, se faz necessário criar neologismos para inventar e justificar o encantamento apologética dos "corpos livres" (a bravata do delírio foucaultiano que impregnou o mundo acadêmico pós-moderno!) diante de currais para a diversão (supostamente, livres do fetiche dos "olhares preconceituosos") sob o véu da doutrinação narcisista sobre o vazio existencial.

Um exemplo peculiar é o bordão do neologismo da "não-monogamia", ou seja, a ficção verborrágica para o sujeito que é solteiro (ou solitário!), mas se acha tão importante para o "planeta Universo" que não poderá se vincular a nenhum outro ser ou grupo social. Tal bordão vai além do apelo sexual, mas se instrumentaliza na dissociação do sujeito diante da negação da sociabilidade.

Contudo, a observa-se o sentido da premissa do "Ser Livre", ou seja, o "Ser Insocial", não aderente à lógica da socialização humana. A patologia do umbigo é tão atroz que não se constrói vínculos efetivos nos laços sociais. Deste modo, toda a coletividade não se tornaria mais importante, uma vez que a sociedade, outrora "coletiva", seria construída apenas por indivíduos, remetendo a um conhecido aforismo provindencial da ex-Primeira Ministra do Reino Unido, Margaret Thatcher, a rainha do neoliberalismo.

O narcisismo é, portanto, uma forma de doutrinamento e controle social arregimentado pelas rédeas sedutoras do capital. Nesta lógica de operação de manipulação de massas, se pauta a Educação neoliberal que coloca o estudante (sujeito esse que nada sabe e está na condição de aprendiz), como centro do mundo e, de antemão, um sujeito de suposto saber inato à existência!

Daí, tem-se o sucesso do "mito do empreendedorismo" na sociedade atual: o sujeito que se ergue, economicamente, por si mesmo, sem ajuda no malévolo "Estado". Premissa negacionista aplicada à exaustão, na Educação, em todos os níveis, que fazem Friedrich Hayek e Ludwing von Mises, apóstolos do ultra-liberalismo, contorcerem-se de gozo no jazigo do umbral do Inferno.

O narcisismo se tornou, no mundo da hegemonia neoliberal, um formidável instrumento de controle social. Muito além dos limites impostos por um psicologismo estéril, é preciso compreender o funcionamento das estruturas psicológicas como eficientes alicerces de domesticação dos sujeitos em um mundo onde o pensamento hegemônico neoliberal opera, silenciosamente, pela dissolução da própria sociabilidade.

(Wellington Fontes Menezes)


👉 Para aprofundar a leitura: 

https://www.uol.com.br/splash/noticias/2024/08/17/forro-nao-mono.htm 

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