segunda-feira, 15 de junho de 2020

INVENCIONICES EDUCACIONAIS DA BRICOLAGEM NEOLIBERAL



A matéria estruturante dos pós-modernos neoliberais é a invenção de uma suposta modernidade que renega o saber concreto para abraçar e propagar uma performance abstrata. Tal modelo é de amplo espectro social que vai da Educação à Política e, naturalmente, permeando o comportamento psicossocial e individual dos sujeitos.

Como querer operacionalizar a interdisciplinaridade se o aluno sequer conhece cada uma das disciplinas envolvidas em questão?

As invencionices construtivistas neoliberais objetivam agradar os pais-clientes que ficam a acreditar que seus filhos-clientes se transformarão em einsteinzinhos cosmopolitas por um toque de Midas via mensalidades caras e bricolagens educacionais.

Conhecimento não se constrói por geração espontânea e, pior ainda, não será renegando ou menosprezando disciplinas clássicas e fundamentais para o conhecimento ocidental que implicará no melhor aproveitamento do processo educacional.

Mudanças para enxugar os custos das escolas e demitir professores para ampliar a lucratividade do negócio por via dos "processos digitais", neste modelo finlandês, parece claro que é diluir as disciplinas em um charlatão "sopão holístico" em nome de uma receita de bolo para misturar tudo sem conhecer os ingredientes. A interdisciplinaridade é um processo sofisticado e exige conhecimento e maturidade intelectual do professor para construir seu trabalho em sala de aula. Será que as escolas vão remunerar decentemente este profissional ou irão "uberizar" seus custos?

A Educação no modelo neoliberal é sempre o compromisso do marketing pseudo-pedagógico em nome da ampliação dos lucros. Em tempos de pandemia, a cadela do fascismo, fazendo uma analogia com um alerta de Bertolt Brecht, anda solta e a sua dona, a burguesia ávida por lucros, segue insaciável! O patronato faz qualquer coisa para promover a ilusão social em nome de seus interesses capitais.

terça-feira, 2 de junho de 2020

BRASIL: ENTRE A PANDEMIA E O SANATÓRIO



Quem em sã consciência acredita que truculentas torcidas de futebol estão dispostas a defender a democracia como paladinos da ordem democrática?

Na ausência do futebol, as torcidas  ocupam o espaço da luta pela democracia que deveria ser palco de partidos políticos e setores organizados da sociedade preocupados com a ordem democrática em frangalhos.

Por sinal, os partidos de esquerda estão mais preocupados com querelas eleitoreiras e depois reclamam perderem votos para o discurso psicopata munidos de "fake news" da extrema direita.

Sem encontrarem diante de uma representatividade da classe política, "torcedores profissionais" que nunca respeitaram a democracia, num passe de mágica, agora se materializaram em protagonistas da voz da sociedade que supostamente deseja a manutenção da democracia.

O surrealismo político da miséria brasileira é tão medonho que em meio à maior crise sanitária da história recente com meio milhão de contaminados, o país é palco das ameaças institucionais de um psicopata no poder que jamais poderia ocupar sequer uma vaga de porteiro de condomínio. Por sinal, é na portaria que o profissional é tomado por todas as dores da opressão e segue seu ofício. Bolsonaro, o principal miliciano da república, é apenas um meme de si mesmo e cuja retórica é de um bufão perverso que leva o país ao completo desastre.

Diante da farra do sanatório bozofascista, os demais poderes da república apenas assistem passivos e, no máximo, emitem notinhas inúteis de repúdio.

O rabo não pode correr atrás do cachorro e a covardia social não pode, mais uma vez, deixar que os perversos psicopatas que parasitam o poder possam fazer o que bem entenderem com o destino da nação.

Não se condena a ação dos torcedores que sem futebol ficam a caça de algo para ocuparem o tempo ocioso, mas é intolerável a ausência da ação daquelas organizações sociais que deveriam acordar diante a ameaça real do neofascismo jagunço contra a democracia.

Quando outrora tidos como brucutus e organizadores de conflitos dentro e fora de campo, torcedores de futebol viram inusitados defensores da democracia é sinal que a falta de oxigênio político está em estado crítico e há uma ausência de respirador para salvar a convalescente doente na  UTI: a democracia fragmentada brasileira.

TRUMP NÃO FOI UM (NOVO) ACIDENTE DA HISTÓRIA. FOI UMA ESCOLHA!

  Quase todas as tentativas de explicação que surgem do campo de uma Esquerda, magnetizada pelo identitarismo, é de uma infantilidade atroz,...