A matéria estruturante dos
pós-modernos neoliberais é a invenção de uma suposta modernidade que renega o
saber concreto para abraçar e propagar uma performance abstrata. Tal modelo é
de amplo espectro social que vai da Educação à Política e, naturalmente, permeando
o comportamento psicossocial e individual dos sujeitos.
Como querer operacionalizar a
interdisciplinaridade se o aluno sequer conhece cada uma das disciplinas
envolvidas em questão?
As invencionices
construtivistas neoliberais objetivam agradar os pais-clientes que ficam a
acreditar que seus filhos-clientes se transformarão em einsteinzinhos
cosmopolitas por um toque de Midas via mensalidades caras e bricolagens
educacionais.
Conhecimento não se constrói
por geração espontânea e, pior ainda, não será renegando ou menosprezando
disciplinas clássicas e fundamentais para o conhecimento ocidental que
implicará no melhor aproveitamento do processo educacional.
Mudanças para enxugar os
custos das escolas e demitir professores para ampliar a lucratividade do
negócio por via dos "processos digitais", neste modelo finlandês,
parece claro que é diluir as disciplinas em um charlatão "sopão
holístico" em nome de uma receita de bolo para misturar tudo sem conhecer
os ingredientes. A interdisciplinaridade é um processo sofisticado e exige
conhecimento e maturidade intelectual do professor para construir seu trabalho
em sala de aula. Será que as escolas vão remunerar decentemente este
profissional ou irão "uberizar" seus custos?
A Educação no modelo neoliberal
é sempre o compromisso do marketing pseudo-pedagógico em nome da ampliação dos
lucros. Em tempos de pandemia, a cadela do fascismo, fazendo uma analogia com
um alerta de Bertolt Brecht, anda solta e a sua dona, a burguesia ávida por
lucros, segue insaciável! O patronato faz qualquer coisa para promover a ilusão
social em nome de seus interesses capitais.