terça-feira, 23 de dezembro de 2014

O “Krampus” de Natal: Dilma, que porra é essa???


Abrindo os pacotes...
Aos que estão mais antenados na política e de vertente mais à esquerda, sabiam que um ministério em um eventual governo tucano seria um comitê de malditos ratos privatizadores e entreguistas de carteirinha, mas a presidenta reeleita, Dilma Rousseff, conseguiu transformar a pasta de ministérios numa coisa tétrica e assombrosa.


Surge o Krampus...
Na época do Natal, Dilma lançou o seu "Krampus" do estilo ministerial como presente bizarro para o Brasil. Para quem não conhece a lenda, o Krampus é uma criatura mitológica semelhante ao um demônio que acompanha São Nicolau durante a época do Natal, ou seja, uma espécie de anti-Papai Noel dos países alpinos que sai a noite para assustar as crianças. Segundo a tradição mitológica, o Papai Noel dá presentes às boas crianças enquanto o Krampus pune as más. Logo, a presidenta Dilma lançou à versão tupiniquim do Krampus para todos os brasileiros, independente das boas ações anuais, as vésperas do Natal. O resultado é um ministério do horror natalino que irá assustar a todos que querem mudanças nos próximos quatro anos.



O Krampus ataca!... 

Os rumores se mostraram que o que vinha pela frente seria um bando de políticos parasitas em troca de apoio no Congresso Nacional. A velha troca de favores de apoios em troca de cargos e poderes que se notabilizam perversamente dentro das estruturas palacianas dos governos republicanos. Para desgraça geral da nação, tudo se confirmou em detrimento do conceito de transformação política que poderia dar segmento em novo governo petista. Agora, adeus à qualquer tipo de esperança!

O resultado é uma coisa parida por Dilma é uma digna privada entupida cheia de merda para todos os lados. Destacam-se, entre tantas merda fétidas, nos ministérios bizarros de Dilma, teremos: na Agricultura, a psicopata ruralista da Kátia Abreu; na Educação o patético “anti-professor” Cid Gomes, o ex-governador do Ceará; na Fazenda pôs um tucano para fazer a graça dos mercados além da toda a equipe econômica de bico ortodoxo na economia (vem mais arrocho pela frente!);  no Esporte, será entronizado um pastor controlador de mídia; para a Ciência o companheiro Aldo Rebelo (Santa Misericórdia!!!); no Ministério das Cidades, o puxa-saco tucano enrustido do Kassab que não sai do armário, entre outras bizarrices palacianas nos demais ministérios. Povoado de políticas e parasitas da direita, até o nome dos petistas para os Ministérios como Ideli Salvatti para os Direitos Humanos e o ex-governador da Bahia para a pasta da Defesa são verdadeiras piadas de péssimo gosto.


Preparando o Krampus para 2018...
A direita está com os cuecões de couros e calcinhas encharcadas de tanto gozo sistêmico e flatulência cantante verem  brotado nomes que estariam a disposição dos partidos que sempre foram contra a grande maioria dos que mais precisam do conceito de política pública. Teremos agora um bando de incompetentes sanguessugas em cada ministério e o que mostra que o destino pela frente se vislumbra num covil que as mais ratazanas da direita desejam: um governo fraco, cafetão, tosco, refém dos parasitismos político de Brasília e débil para 2018. Será muito difícil os partidos mais a esquerda, já frágeis politicamente, quererem defender um governo que se diz de esquerda povoado de alucinações reais da direita. Em nome de uma suposta governabilidade, Dilma engessou todo o seu governo.


Após o assombro...
Com o Krampus de Dilma saltitante e fazendo assombrações, o que resta às esquerdas e seus militantes é a pressão popular e a fiscalização para que a o Governo Dilma não seja a tampa do caixão e que o desejo de transformação para a construção de um Brasil solitário, fraterno e socialista não apenas retórica de crendices de festividades do Réveillon.

domingo, 21 de dezembro de 2014

Surfando na demagogia: como criar fatos e manipular opiniões




Curioso como a Grande Mídia consegue criar fatos e notícias e colocá-las como positivos ou negativos de maneira acachapante. A questão da "vitória" brazuca no surf com o garoto Gabriel Medina é um bom exemplo. Duvido que 99% dos brasileiros acreditavam que o surf entraria em alguma categoria de “esporte”, e pelo menos 99,9% conheceria que existia algum "campeonato mundial de surf". Vamos ser sinceros que a hipócrita é a fina flor do sorriso amarelo.

Tchan-tchan-tchan, eis que surge o “Brasil das ondas”! De repente, e não mais que de repente, o rapaz virou uma "estrela nacional" instantânea por "representar a garra do país em sal, suor e ondas"... No que mesmo? Há sim, aquilo que é ficar em cima de uma prancha sobre as águas. Legal, bravo, clap-clap-clap!...  Mas qual o significado para receber tantas manchetes de primeira página em jornais e portais de notícia?  É o popular complexo-de-vira-lata gritando que até se tivéssemos sido campeão do campeonato mundial de par-ou-ímpar teríamos um “guerreiro” nacional? Talvez a questão esteja bem além da famosa premissa de Nelson Rodrigues.

Nada contra a prática "esportiva" e muito menos contra o repentino "campeão mundial" seja lá quem organiza o tal evento e credibilidade para o propósito. Surf é surf, demagogia é outra história. Aqui, a questão não é desqualificar a vitória do garoto, mas é sintomático o poder de manipulação entre positivo e negativo de uma dada notícia pelos quais os aparelhos midiáticos causam dentro da "opinião pública". A promoção da comoção publica é o espetáculo da notícia.

Vejamos os últimos fatos contundentes do cenário nacional. Em meados do ano passado, uma súbita queda artificial se abateu na popularidade da presidenta Dilma. Sem nada aparente que possa ampliar ou declinar naturalmente o humor popular perante a governanta, inicialmente na cidade de São Paulo, uma somatória de protestos que não tinha nada a ver com seu Governo Federal. A grita era contra a elevação da tarifa de ônibus da capital, mas que  sorrateiramente, a Grande Mídia buscou incansavelmente utilizar-se daqueles mecanismos democráticos para se voltarem contra o governo federal.

Sintomaticamente, uma repentina convulsão nacional histérica e catártica tomou o país de forma histriônica que “batiam cabeças” com tantas demandas difusas, mas que havia em comum em quase todos os protestos foi um ranço conservador, retrógrado e alguns borrões fascistóides. Curioso foi o fato de até mesmo a presunçosa Folha de São Paulo, que antes pedia para a polícia bater nos manifestantes do “Movimento Passe Livre” em fervor editorial, repentinamente, vendo a oportunidade de atacar o governo federal, até lançou um bizarro “cronograma de manifestações” em suas folhas impressas e em edição eletrônica. De ataques viscerais ao oportunista apoio aos protestantes. Mera coincidência de espírito cívico? E logo quem, a “imparcial” Folha?
Para muitos entusiastas polianas ou saudosistas de algum tempo remoto deram o nome pomposo e falacioso de “jornadas de junho”, mas prefiro o termo “protestos de inverno” que faz mais jus ao todo imbróglio conservador e catártico do ocorrido.

Em agosto passado, temos a comoção nacional pela morte cinematográfica do então candidato à presidência pelo PSB, Eduardo Campos que era uma carta fora do baralho político, criou-se o mito da floresta, a senadora Marina Silva para sucessão  com ares apocalípticos. O mesmo ocorreu com o insosso candidato tucano, Aécio Neves, que sequer tinha apoio suficiente dentro do partido (desde o início, de fato, a cúpula paulistana do PSDB nunca apoiou o mineiro, em especial, o governador Alckmin). Vendo o jogo primário de Marina ir ralo abaixo, a Grande Mídia voltou a apostar qualquer coisa que fosse contra um eventual novo governo do PT, ou seja, no momento, o então tucano Aécio Neves. Para os controladores da Grande Mídia, a questão nunca foi de nomes políticos para a sucessão presidência, mas candidatos-títeres que interrompam o ciclo do PT no Planalto. O resultado foi uma eleição baseada numa sangria desatada e um circo midiático que somente favoreceu o candidato anti-petista. A vitória se deu em curta margem percentual a qual favoreceu a reeleição de Dilma.

Em suma, do céu ao inferno, ou vice-versa, o poder midiático de criar heróis circunstanciais e inimigos viscerais pela fabricação de sensações positivas ou simples notícias ou mentiras deslavadas. Quem controla o quarto poder do grande império das famílias midiáticas? O fato certeiro é que sem a democratização da mídia teremos os velhos e podres mecanismos de fabricação de notícias e manipulação de versões e opiniões sobre os fatos da aparente realidade por parte dos grandes grupos de interesses políticos e econômicos no Brasil. Nesta onda, a turbulência derruba todo o país que não consegue se estabilizar na prancha da demagogia e da fabricação de noticias.


TRUMP NÃO FOI UM (NOVO) ACIDENTE DA HISTÓRIA. FOI UMA ESCOLHA!

  Quase todas as tentativas de explicação que surgem do campo de uma Esquerda, magnetizada pelo identitarismo, é de uma infantilidade atroz,...