Na cidade paulistana, mais uma medida absurda que o novo
prefeito petista Fernando Haddad por meio do seu suspeitíssimo secretário de
transportes, Jilmar Tatto, que apenas estará beneficiando as companhias
privadas de transportes e perpetuando a humilhação dos usuários enlatados diariamente.
Bilhões de reais são destinados aos subsídios de empresas
que operam da forma mais precarizada possível que não respeitam nenhuma regra
institucional ou leis trabalhistas, com profissionais sem o mínimo de respeito
pelos usuários e pelas leis de trânsito.
A privatização da CMTC (Companhia Municipal de Transportes
Coletivos), antiga companhia municipal de transporte público, ainda na gestão
de Paulo Maluf, em 1993, apenas deu margem para financiar e acelerar o
sucateamento do caótico transporte público na cidade de São Paulo. As gestões
seguintes (Celso Pitta, Marta Suplicy, José Serra e Gilberto Kassab) apenas
doaram, sob a forma de incentivo e subsídios, a bilionária transferência de
recursos públicos para empresas privadas de péssima qualidade.
Basta verificar os procedimentos (muitos vezes fraudulentos)
de concessão de licença para vans e micro-ônibus operarem no sistema da SPTRANS
(atual agência de regulação da área). Lembrando ainda que nada foi feito e não
realizado, o combate às máfias do transporte público cujos tentáculos estão
vinculados diretamente ao crime organizado em São Paulo (como é o caso de
algumas cooperativas de transporte da zona leste ligadas às facções do crime
organizado).
Em um campo minado pela usura inesgotável, é importante compreender
que o sistema de transporte, na cidade de São Paulo, é uma das áreas mais
delicadas da gestão municipal onde o desvio de recursos e fraudes é uma das mais
gritantes atrelado a um secretário municipal sendo um dos homens mais suspeitos
(proveniente da nebulosa família Tatto cujo curral eleitoral neopetista que se
baseia no extremo populoso da zona sul da cidade). Medidas para piorar o
péssimo transporte público em São Paulo, como empilhar mais gente no minúsculo
espaço físico de ônibus e vans, mostra bem a cara escancarada que, tanto faz
quem comanda a cidade, ou seja, se torna indiferente à bandeira política da administração,
seja neopetista, seja tucana. A irresponsabilidade explícita e cruel do
neoliberalismo (com vista grossa para desvios e corrupção) é que doma e define
regras da política em todas as esferas da administração pública.